Você sabe exatamente como fazer a checagem dessas informações comente

Com a internet e as redes sociais, acompanhar e compartilhar notícias que acontecem em nosso entorno, no Brasil ou no mundo é muito fácil e rápido. Porém, é preciso tomar alguns cuidados, afinal, se as notícias conseguem se espalhar com rapidez e facilidade, a desinformação também consegue.

Mas você sabia que existem algumas formas simples de combater notícias falsas, ou as chamadas Fake News? Por isso, listamos 5 passos simples para você seguir antes de compartilhar uma noticia e colaborar com a luta contra a desinformação. E quem também estão ligados nesse assunto são os atendidos e atendidas do programa Idosos, da Liga Solidária. Dê play no vídeo para conferir nosso recado sobre as Fake News e se liga nas dicas:

Um título e chamada atraente são fundamentais nos conteúdos jornalísticos e nas redes sociais, pois com ele, é possível atrair a atenção do leitor e felizmente, a internet está repleta de conteúdos atrativos ao público. Mas cuidado!

Recebeu um conteúdo que chamou atenção? Antes de passá-lo adiante tenha certeza do que se trata, lendo todo o conteúdo. E certifique-se do contexto que ele representa. O mesmo vale para imagens, áudios e vídeos.

Toda notícia precisa apresentar algumas informações, como por exemplo, data de publicação, quem escreveu, imagens e legendas e o endereço do veículo em que foi publicada. Busque por elas.

Não consegue identificar alguma? Fique atento! No caso de datas, há notícias que não necessariamente são falsas, mas retratam fatos do passados e são repassadas como atual. Verifique também se o texto parece confuso ou possui erros de português.

Caso esteja desconfiado da veracidade de alguma informação, busque por outras fontes. Afinal, dificilmente um veículo de comunicação será o único a divulgar um fato por muito tempo.

Fazer essa busca é muito fácil. Basta digitar o título da notícia ou palavras-chaves que tenham a ver com o assunto no Google e pesquisar. Certifique-se também que os sites que divulgam a notícia são de jornais sérios, tradicionais e confiáveis.

Hoje, a internet oferece alguns canais gratuitos especializados para checar informações. Esses são alguns deles que você pode consultar: Aos fatos, Agência Lupa, Fato ou Fake, Projeto Comprova e E-Farsas.

Geralmente, assuntos que estão em alta ficam em destaque nesses sites. Além disso, alguns oferecem serviços como checagens de falas de autoridades e é possível contar com recurso de recebimento de checagem diretamente no seu celular ou e-mail.

Notícias falsas as vezes podem dizer exatamente o que você quer ler, mas lembre-se: Nem tudo é o que parece. Desconfie de tudo o que receber, principalmente conteúdos viralizados nas redes socias ou que chegam diretamente no seu WhatsApp sem a sua solicitação. Fique sempre de olho também nos perfis que compartilharam o conteúdo, mas embora existam perfis Fakes que compartilham desinformação, perfis de conhecidos também não estão livres de cair em Fake News. Desconfie sempre e em caso de identificar uma notícia falsa, oriente a pessoa que repassou, se possível.

Recebeu uma notícia, seguiu essas dicas e tem certeza de que ela é verdadeira? Então, é só compartilhar! Afinal, informação sempre é bom e conteúdos sérios merecem ser passados adiante. Compartilhe também esse post com os amigos e familiares e vamos juntos combater as notícias falsas!

Os painéis de informações estão disponíveis apenas em alguns países/regiões e idiomas. Estamos trabalhando para disponibilizar esse recurso em mais locais.

Os painéis de informações fornecem mais contexto sobre vídeos no YouTube. Você verá diferentes tipos de referências de fontes terceirizadas, como links para checagens de fatos nos resultados da pesquisa. Oferecemos esse contexto para que você tenha informações suficientes na hora de tomar decisões sobre os vídeos que assiste no YouTube.

Em alguns casos, quando você pesquisar no YouTube algo relacionado a uma declaração específica, será exibido um painel de informações que inclui uma checagem de fatos de uma empresa de notícias terceirizada independente. Esse recurso mostra se a declaração relacionada à sua pesquisa é verdadeira, falsa ou algo como "parcialmente verdadeira", de acordo com a verificação.

Como as checagens de fatos são exibidas no YouTube

Se uma empresa de notícias tiver verificado algo específico relacionado à pesquisa, você verá um painel de informações sinalizado como "Checagem de fatos independente" com as seguintes informações:

  • O nome da empresa que fez a verificação
  • A declaração verificada
  • Um resumo do que o editor encontrou nesse processo
  • Um link para o artigo da verificação com mais informações
  • Dados sobre a data de publicação do artigo da checagem de fatos

Mais de um resultado será exibido quando houver verificações relacionadas feitas por outras empresas de notícias.

Se uma checagem de fatos não for exibida

Nem todas as pesquisas exibem esse tipo de verificação, e isso depende de vários fatores. O principal deles é se os termos da pesquisa claramente indicam que o usuário busca informações sobre a veracidade de uma declaração. Também consideramos se a checagem de fatos é relevante ou recente com relação aos termos da pesquisa.

A checagem de fatos pode não ser exibida caso nenhuma empresa de notícias tenha publicado um artigo relevante à pesquisa. O YouTube não oferece orientação editorial sobre essas verificações ou os sistemas de classificação exibidos nos painéis de informações.

Feedback sobre a checagem de fatos

O YouTube não endossa nem cria as checagens de fatos exibidas nos painéis de informações. Caso você discorde das informações de algum artigo usado nessa seção, entre em contato com o proprietário do site em que ele foi publicado. Se você acha que uma checagem de fatos viola nossas diretrizes da comunidade, envie feedback.

Quem publica as checagens de fatos

Os artigos de verificação exibidos no YouTube usam as marcações ClaimReview do schema.org (em inglês) disponíveis ao público. Além disso, um editor poderá aparecer nos painéis se:

  • ele for um signatário verificado do Código de Princípios (em inglês) da International Fact-Checking Network, a rede internacional de checagem de fatos, ou de uma empresa confiável de notícias;

E

Os editores e as checagens de fatos feitas por eles são frequentemente analisados para garantir que:

  • os artigos de verificação atendam às diretrizes da comunidade do YouTube;
  • os artigos atendam às diretrizes de dados estruturados ClaimReview;
  • os artigos de checagem de fatos tenham declarações e classificações claras que sejam facilmente encontradas ao longo do artigo;
  • a fonte e os métodos da checagem de fatos sejam rastreáveis e transparentes, com citações e referências às fontes primárias.

Caso um artigo não siga essas diretrizes, poderemos decidir não mostrá-lo ou remover a permissão que a empresa de notícias responsável tem para mostrar checagens de fatos no YouTube.

Observação: nos Estados Unidos, exibimos apenas checagens de fatos de editores que estejam nesse país.

Como avaliamos a confiabilidade

Usamos vários indicadores para garantir que apenas conteúdo de fontes bem estabelecidas e relevantes apareçam nos painéis de informações. Além disso, avaliamos os conhecimentos e a confiabilidade do conteúdo com a ajuda de classificações externas. Nos esforçamos para desenvolver nossos produtos e aplicar nossas políticas com o objetivo de garantir que inclinações ideológicas e políticas não influenciem na avaliação de fontes oficiais.

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Checar uma notícia antes de compartilhá-la com os familiares é essencial para ela não se tornar viral (Foto: BBC)
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Você abre seu celular e recebe uma notícia encaminhada por um amigo ou parente. Ela confirma completamente suas convicções ou então causa muita surpresa ou repulsa? Há chances de que a notícia seja falsa.

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A disseminação de notícias falsas com o objetivo de manipular a opinião pública preocupa ainda mais com a proximidade das eleições brasileiras.

Dá um pouco de trabalho checar se a notícia recebida é verdadeira ou falsa, mas vale a pena fazer isso e incorporar alguns desses passos a seu dia a dia e ao consumo de notícias. Não contribua para a disseminação de notícias falsas. Tenha certeza de que é uma informação verdadeira antes de compartilhá-la.

A seguir, um guia de como identificar notícias falsas e, abaixo, algumas respostas sobre esse fenômeno.

Quando receber uma notícia, tome algumas precauções e reflita:
1) Pare e pense. Não acredite na notícia ou compartilhe o texto de imediato.

2) Ela lhe causou uma reação emocional muito grande? Desconfie. Notícias inventadas são feitas para causar, em alguns casos, grande surpresa ou repulsa.

3) A notícia simplesmente confirma alguma convicção sua? Também é uma técnica da notícia inventada. Não quer dizer que seja verdadeira. Desenvolva o hábito de desconfiar e pesquisar.

4) A notícia está pedindo para você acreditar nela ou, por outro lado, ela está mostrando por que acreditar? Quando a notícia é verdadeira, é mais provável que ela cite fontes, dê links ou cite documentos oficiais e seja transparente quanto a seu processo de apuração.

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5) Produzir uma reportagem assim que eventos acontecem toma tempo e exige profissionais qualificados. Desconfie de notícias no calor do momento.

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O que fazer na prática:
1) Leia a notícia inteira, não apenas o título;

2) Averigue a fonte:

a. É uma corrente de WhatsApp ou de outra rede sem autoria alguma ou link para um site? Desconfie e, de preferência, não compartilhe;

b. Tem autoria? É uma fonte legítima, na qual você já confiou no passado? Se não, talvez seja melhor não confiar. Pesquise o nome do veículo, autor ou da autora no Google e veja o que mais essa pessoa está produzindo e para qual veículo de imprensa. Além disso, preste atenção para averiguar se o site que reproduz a notícia está publicando só notícias de um lado político, por exemplo, mostrando que talvez haja algum viés ideológico;

c. Há no texto referência a um veículo de imprensa, como se fosse o autor da notícia? Entre no site original do veículo de imprensa para verificar se a notícia está lá de fato;

3) Digite o título da notícia recebida no Google. Se for verdadeira, é provável que outros veículos de imprensa confiáveis estejam reproduzindo a mesma notícia; se for falsa, pode ser que veículos de checagem já tenham averiguado o boato. Pesquise nos resultados da busca;

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4) Pesquise, também, os fatos citados dentro da notícia. Ela se apoia em acontecimentos verificáveis? Por exemplo, se ela afirma que alguma autoridade disse algo, há outros veículos de imprensa reproduzindo o que essa autoridade falou? Tente procurar isso na internet;

5) Verifique o contexto, como a data de publicação. Tirar a notícia verdadeira de contexto, divulgando-a em uma data diferente, por exemplo, é um tipo de desinformação;

6) Pergunte para a pessoa que encaminhou a notícia para você de quem ela recebeu, se confia na pessoa e se conseguiu checar alguma informação;

7) Recebeu uma imagem que conta uma história? É possível fazer uma busca "reversa", por meio da imagem, e não por texto, e verificar em que outros sites ela foi reproduzida, o que pode dar pistas de sua veracidade. Salve a foto no seu computador e suba ela no seu mecanismo de busca ou cole o url dela nesse navegador: https://images.google.com/

Se estiver no celular, tente neste site independente do Google: https://reverse.photos/

8) Recebeu um áudio ou um vídeo com informações? Tente resumir essas informações e procurá-las no Google. Exemplo: você recebe um áudio dizendo que no dia seguinte haverá greve de ônibus. Procure no Google: "greve de ônibus" junto com a data.

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Outra opção é buscar no Google: "áudio greve de ônibus WhatsApp", por exemplo. Essa busca pode resultar em um desmentido de uma agência de checagens de notícia, se ela não for verdadeira, ou em uma notícia real de algum órgão de imprensa, se for verdadeira;

9) Números: a notícia cita números de pesquisas ou de outros dados? Tente procurá-los isoladamente para checar se fazem sentido;

Fontes: NewsLitTip, CNJ (Conselho Nacional de Justiça), BBC, Factcheck.org

O que são 'fake news' ou notícias falsas e por que isso deve te interessar?
Notícias falsas são um termo para designar notícias fabricadas, comprovadamente falsas - normalmente feitas para prejudicar outras pessoas e muitas vezes com objetivos políticos ou que procurem o lucro.

saiba mais

E elas sempre existiram, diz Sam Wineburg, professor de História da Universidade de Stanford nos Estados Unidos, mas, "no passado, dependiam de jornais ou papéis que circulavam de mão em mão".

O que mudou? "Hoje, uma notícia falsa pode viralizar em um instante - as redes sociais permitem um alcance enorme. Além disso, hoje, há mais produtores de informação", afirma ele.

Ou seja, o alcance e a difusão de notícias falsas aumentaram.

O fenômeno começou a ser observado mais de perto - estudado por pesquisadores e reportado pela mídia - com a profusão de notícias falsas nas redes sociais durante as eleições americanas em 2016, quando Donald Trump foi eleito para a presidência do país. Também foi quando o termo "fake news", cuja tradução por aqui é "notícias falsas", começou a ser usado.

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Há pesquisas que apontam que as notícias falsas que circularam nas redes sociais durante o pleito americano podem ter influenciado seu resultado.

Há outros fatores que contribuem para a profusão das notícias falsas atualmente e para a conversa em torno desse tema: a alta polarização política - destaque nesse estudo recente sobre o assunto -, a forma como as redes sociais funcionam e a fácil receita de sites com anúncios online são alguns exemplos.

O próprio uso do termo "fake news" é polêmico. Depois que foi eleito, Trump começou a usar a expressão para atacar parte da imprensa americana, usando a expressão para se referir à cobertura de sua gestão, ressignificando-a.

Especialistas preferem falar em "desinformação" ou, em português, "notícias falsas" mesmo. "O termo se politizou. Não ajuda mais", diz Peter Adams, vice-presidente da área de educação da News Literacy, instituição que promove aulas sobre o assunto. "É melhor falar em vários tipos de desinformação. Alguns exemplos são: uma sátira que não é interpretada como tal, conteúdo deliberadamente manipulado e notícias disseminadas fora de contexto."

E por que você deve se importar com isso tudo? "Porque a verdade é justamente a base da democracia. A qualidade da informação está diretamente ligada à democracia", diz Wineburg. Tudo bem discordar, mas que seja de fatos verdadeiros, não inventados. Principalmente agora, com as eleições brasileiras em outubro deste ano.

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Mas muita gente cai nessa?
Sim.

Um dos estudos mais importantes sobre o assunto, publicado em março por pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), mostrou que as notícias falsas se disseminam mais rapidamente e com maior alcance que notícias verdadeiras - isso porque as pessoas as espalham mais.

Segundo o trabalho, notícias falsas são 70% mais prováveis de serem retuitadas (o estudo foi conduzido no Twitter) do que notícias verdadeiras.

Há várias teorias para explicar porque isso acontece: a hipótese dos pesquisadores do MIT, segundo disseram ao site da universidade, é que as pessoas gostam de compartilhar novidades para mostrar que estão "por dentro".

Também pode ser relacionado às emoções das pessoas - eles observaram que notícias falsas causam mais surpresa e repulsa, enquanto as verdadeiras causam mais ansiedade e tristeza. Quanto maior a surpresa com uma notícia, portanto, maior a vontade de compartilhá-la. E as pessoas, segundo o estudo, se surpreendem mais com as notícias inventadas (por isso faz todo sentido observar suas emoções ao ler uma notícia e desconfiar se ela for muito exaltada, como indicado no guia acima).

"Se algo te faz ficar muito bravo ou feliz, pare um pouco e pense antes de compartilhar a notícia. É como dizer: 'Se algo é muito bom para ser verdade, provavelmente não é", diz Melissa Zimdars, professora de mídia da faculdade de Merrimack, nos EUA, que pesquisa sobre desinformação.

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Além disso, qualquer um pode cair nessa. Enquanto alguns pesquisadores apontam que pessoas mais velhas estão ligadas à difusão de notícias falsas, outros dizem que pessoas mais jovens tampouco estão ilesas.

Esse estudo mostra que pessoas mais velhas seguem no Facebook "páginas engajadas, que lideram a polarização do debate político", enquanto os jovens se atêm às páginas da imprensa tradicional, "que costumam adotar um tom mais neutro nas reportagens".

Um estudo de pesquisadores de Stanford, que teve participação do professor Wineburg, mostrou como estudantes têm dificuldade de distinguir anúncios de notícias e de identificar de onde vieram informações.

"O argumento de que são 'nativos digitais' não cola", diz Wineburg. "Jovens podem, sim, ser nativos digitais e ainda assim cair nos truques. As pessoas confundem a habilidade dos jovens em operar tecnologia com a sofisticação necessária para entendê-la."

Ele faz um paralelo: é como ser fluente em uma língua, como somos quando crianças, e não saber sua gramática - que só aprendemos depois, na escola.

O que se sabe sobre notícias falsas no Brasil?
Esse guia tem razão de ser: há muitas notícias falsas circulando no Brasil.

Há pessoas e empresas que ganham dinheiro produzindo e sustentando sites e páginas de notícias falsas no Brasil. Em 2017, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou como funcionava um desses sites. Reportagens recentes do programa Profissão Repórter e do portal G1, ambos da Globo, mostraram como funcionam outras páginas.

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O próprio Facebook removeu 196 páginas e 87 perfis no Brasil, em julho, após uma "rigorosa investigação".

As páginas e perfis removidos fariam "parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo, com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação", afirmou em comunicado.

Várias das páginas afetadas eram relacionadas ao MBL (Movimento Brasil Livre) - grupo de direita que teve participação significativa nas manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT), em 2016. Mais recentemente, o Facebook derrubou uma rede brasileira que vendia curtidas e seguidores após uma investigação com um think tank americano chamado Digital Forensic Research Lab, do Atlantic Council.

Também há um grande número de correntes falsas circulando pelo WhatsApp, no Brasil e em outros países.

Alguns exemplos locais são as notícias falsas que circularam após o assassinato da vereadora Marielle Franco e durante a greve dos caminhoneiros, entre tantas outras.

A natureza fechada da rede - de mensagens privadas - dificulta o rastreamento dessas notícias falsas. Há pesquisadores que apontam outro problema na difusão de notícias falsas do Brasil: o fato de que muita gente só tem acesso à internet por meio de aplicativos como WhatsApp e o Facebook e, portanto, acesso a informação por meio dessas redes.

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Há, por fim, perfis falsos nas redes sociais - o Facebook anunciou, por exemplo, ter encerrado 583 milhões de contas nos três primeiros meses de 2018. Pesquisadores das universidades do Sul da Califórnia e de Indiana estimam que haja entre 9% a 15% de robôs no Twitter.

Uma reportagem da BBC Brasil de 2017 mostrou que existia no Brasil pelo menos uma empresa que supostamente criava e vendia perfis falsos em redes sociais para políticos e empresas.

Os perfis eram controlados por pessoas de verdade, sentadas atrás de computadores em diversas partes do Brasil, inventando rotinas e mensagens para seus "personagens" para fazê-los parecerem mais reais. Eles não compartilhavam necessariamente notícias falsas, mas criavam uma falsa sensação de apoio a políticos.

Mas veículos de notícias e agências de checagem no Brasil têm tentado combater notícias falsas - até unindo esforços -, assim como pesquisadores têm acompanhado o fenômeno e desenvolvido ferramentas para tentar combatê-lo.

Qual é o papel do Estado e o das empresas de tecnologia nisso tudo?
No Brasil, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até meados de agosto, já disse que as notícias falsas podem colocar em risco o processo democrático durante as eleições, e que a Justiça irá remover notícias falsas que forem abusivas. Não há mais detalhes de como isso se dará. Um grupo de trabalho foi criado para estudar o tema na corte.

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Alguns países no mundo introduziram legislação contra notícias falsas - o que alguns especialistas apontam como potencialmente perigoso. A Alemanha é um exemplo, com uma lei que entrou em vigor neste ano exigindo que redes sociais removam discurso de ódio e notícias falsas de suas plataformas em até 24 horas, sob pena de multa.

Outros países, como os Estados Unidos, cobram regulação de empresas como Facebook e Twitter. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, foi chamado ao Congresso em abril deste ano para responder a questões sobre anúncios e perfis e notícias falsos circulando na rede durante as eleições americanas.

Depois que de ter páginas "amigas" removidas, o MBL acusou o Facebook de "censura" e falou-se na Câmara dos Deputados em criar uma "CPI do Facebook".

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