Por que não são considerados seres vivos

Quando falamos em seres vivos, logo nos lembramos dos animais, entretanto, plantas, fungos, protozoários, algas e bactérias são também considerados seres com vida. Apesar de bastante distintos, todos eles possuem características que permitem classificá-los como tais.

Quais características permitem-nos dizer que um organismo é vivo?

Para ser considerado vivo, os pesquisadores analisam alguns critérios bastante simples, tais como:

  • Reprodução: Os seres vivos são capazes de deixar descendentes, ou seja, são capazes de reproduzir-se. Inicialmente, acreditava-se que micro-organismos, como as bactérias, surgiam por abiogênese. Hoje, no entanto, sabe-se que até mesmo esses pequenos organismos reproduzem-se. No caso das bactérias, o principal tipo de reprodução é a divisão binária ou cissiparidade, um tipo de reprodução assexuada.

  • Evolução: A evolução é um processo que atua sobre todos os seres vivos, modificando-os através do tempo. Nesse ponto, é importante destacar a seleção natural, que acaba selecionando os organismos que apresentam maiores chances de sobrevivência em determinado ambiente. Os organismos mais adaptados sobrevivem por mais tempo no meio e, consequentemente, repassam suas características vantajosas aos seus descendentes.

  • Metabolismo: Os seres vivos apresentam metabolismo, ou seja, no interior de suas células, ocorrem reações químicas que garantem sua sobrevivência. Esse metabolismo garante, por exemplo, que os seres vivos adquiram energia para realizar atividades, como reprodução e locomoção.

  • Resposta a estímulo: Os seres vivos conseguem responder a estímulos, o que garante que eles interajam com o meio. Um estímulo de dor, por exemplo, pode fazer que um animal afaste-se de uma área. Outro exemplo é o estímulo luminoso, que faz as plantas crescerem em direção à luz.


As plantas carnívoras conseguem responder ao toque e capturar sua presa

  • Célula: Costuma-se aceitar que os seres vivos possuem células, sendo estas consideradas a unidade estrutural e funcional de um organismo. Alguns seres são formados por diversas células (multicelulares); outros, no entanto, apresentam apenas uma (unicelulares).

  • Material genético: Todos os seres vivos possuem DNA e/ou RNA, material responsável por controlar seu metabolismo e garantir que características sejam passadas para a próxima geração (hereditariedade).

O que dizer dos vírus?

Como todos nós sabemos, os vírus são seres acelulares que não possuem metabolismo próprio. Por causa dessas características, classificar os vírus como seres vivos não é uma tarefa fácil, e as opiniões no meio científico são bastante divergentes. Existem pesquisadores que não consideram os vírus como seres vivos em razão da ausência de células e metabolismo, sendo considerados por muitos apenas produtos químicos. Outros, no entanto, afirmam que ele são, sim, organismos vivos, pois conseguem utilizar a maquinaria da célula infectada a seu favor, reproduzem e sofrem evolução.

Curiosidade: Você sabia que o mundo tem aproximadamente 8,7 milhões de espécies de seres vivos?


Por Ma. Vanessa dos Santos

Carolina Batista

Professora de Química

Seres vivos são organismos que reúnem características indispensáveis que permitem distingui-los dos seres não vivos.

Por exemplo, podemos dizer que uma planta é um ser vivo, pois apresenta propriedades como crescimento, reprodução e organização celular. Essas características não são observadas em um ser que não possui vida, como o Sol.

Costumamos ouvir que os seres vivos são aqueles que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Entretanto, esses organismos apresentam outras características que, em conjunto, permitem a sua existência e vida.

Os ecossistemas terrestres são formados por fatores bióticos, ou seja, as comunidades vivas e fatores abióticos, que correspondem aos não elementos não vivos. Nesse contexto, os seres vivos necessitam dos seres não vivos para sobreviver. Por exemplo, seres vivos, como uma árvore e uma flor, necessitam de seres não vivos, como água, solo e Sol para existir.

Confira alguns exemplos de seres vivos e seres não vivos.

Seres vivos Seres não vivos

Seres produtores (algas e plantas)

Água
Seres consumidores (herbívoros e carnívoros) Ar
Seres decompositores (fungos e bactérias) Solo

Uma das características mais marcantes é a presença de células em na estrutura dos seres vivos. Todos os seres vivos, com exceção dos vírus, são constituídos por células, seja apenas uma (seres unicelulares) ou mais células (seres pluricelulares).

Saiba mais sobre os seres vivos e não vivos.

E os vírus?

Enquanto alguns estudiosos classificam os vírus apenas como partículas infecciosas, muitos pesquisadores os colocam no grupo de seres vivos por apresentarem material genético, serem capazes de se reproduzir e sofrerem alterações que representam uma evolução.

Características dos seres vivos

As características gerais dos seres vivos permitem diferenciá-los dos seres não vivos. Esse conjunto de propriedades permitem definir o que chamamos de vida. Confira algumas características a seguir.

Organização celular

A célula pode ser definida como a unidade fundamental dos seres vivos. Trata-se de uma estrutura altamente organizada que desempenha funções vitais em seu interior. As células podem ser de dois tipos: eucarióticas e procarióticas.

As células eucarióticas formam os organismos eucarióticos, como fungos, plantas e animais. São estruturas mais complexas que as células procarióticas que constituem os seres procariontes, como as bactérias.

Os seres vivos apresentam reações químicas no interior das células para regular a energia e os materiais necessários para suprir suas necessidades.

Esses processos bioquímicos podem ser divididos em anabolismo, que agrupa as reações de síntese e construção, e catabolismo, que reúne as reações de quebra ou degradação.

Crescimento

Os seres vivos crescem e se desenvolvem, seja pelo aumento do volume das células (hipertrofia) ou multiplicação celular (hiperplasia).

Nos seres vivos podemos observar o crescimento individual, de acordo com as características de cada espécie. Para isso, genética, hormônios, nutrição e metabolismo são alguns dos fatores relacionados.

Reprodução

Os seres vivos são capazes aumentar o número de espécies através da reprodução. Os novos indivíduos podem ser gerados a partir da reprodução sexuada, pela união dos gametas masculinos e femininos, ou por reprodução assexuada, que tem como exemplos bipartição, brotamento e esporulação.

Outras características importantes são a nutrição, pois todos os seres vivos precisam de alimento para sobreviver e processamento de energia, já que uma fonte de energia é fundamental para que realizem suas atividades.

Para saber mais sobre essas características e conhecer outras, leia características dos seres vivos.

Exercícios sobre seres vivos

Questão 1

O que é um ser vivo?

Esconder RespostaVer Resposta

Resposta: Um ser vivo é um organismo que apresenta características fundamentais que são utilizadas para marcar o fator vida e assim diferenciá-lo de um ser não vivo.

Questão 2

Cite pelo menos três características importantes que os seres vivos apresentam.

Esconder RespostaVer Resposta

Resposta: Crescimento, reprodução e organização celular.

Questão 3

Do que são constituídos os seres vivos?

Esconder RespostaVer Resposta

Resposta: Os seres vivos apresentam a célula como menor unidade, pois podem ser formados apenas por uma célula (unicelulares) ou mais (pluricelulares).

A única exceção são os vírus, organismos acelulares considerados por muitos estudiosos como seres vivos, por compartilharem de algumas características.

Questão 4

Cite 5 exemplos para seres vivos e 5 exemplos para seres não vivos.

Esconder RespostaVer Resposta

Resposta:

Seres vivos: Animais, fungos, plantas, algas e bactérias.

Seres não vivos: Neve, rocha, água, ar e fogo.

Adquira mais conhecimento com os conteúdos:

 Com certeza, você já ouviu falar que vírus não são seres vivos, não é mesmo? Esse é, inclusive, um dos motivos pelos quais alguns autores justificam o fato de esses organismos não estarem classificados em nenhum dos famosos cinco reinos de Whittaker.

Apesar disso, os vírus apresentam algumas características de seres vivos. Alguns pesquisadores, porém, dizem que esses organismos têm uma “vida emprestada” ou, ainda, que são uma prova de como um ser não vivo se tornou vivo. Então, afinal, os vírus são ou não são vivos?

→ Vivos ou sem vida?

Uma das características mais marcantes dos vírus é o fato de esses organismos não possuírem células. A presença dessa estrutura é fundamental para classificar um ser como vivo de acordo com a Teoria Celular. É por essa razão que muitos autores afirmam que os vírus não são seres vivos.

Além disso, uma outra característica peculiar, que faz com que muitos considerem os vírus como seres sem vida, é a ausência de um metabolismo. Diante desse fato, os vírus somente conseguem se reproduzir dentro de uma célula, sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios. Vale salientar que os mimivírus apresentam capacidade de produzir certas proteínas, produtos que anteriormente eram considerados uma característica dos genomas celulares.

Os vírus possuem ainda algumas características comuns a seres vivos, como a presença de material genético e a capacidade de evoluir. O material genético possui informações importantes que determinam as características de um organismo.

A capacidade de evoluir, por sua vez, diz respeito às mudanças que os vírus sofrem ao longo do tempo. Isso pode ser claramente observado quando falamos dos vírus da gripe, por exemplo, que frequentemente sofrem mudanças, mostrando-nos, assim, sua capacidade de modificação.

Assim sendo, existem características que podem sustentar a ideia de que os vírus sejam organismos sem vida e também evidências que sugerem que são vivos. É por esse motivo que, provavelmente, você encontrará fontes afirmando que os vírus são seres vivos e outras dizendo o contrário. Fato é que os vírus estão entre nós, sendo vivos ou não, e apresentam-se bem-adaptados a viver no nosso planeta.