No texto, a favelização é abordada criticamente como um processo

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intensidade sonora (medida em W/m 2 ) e 0I a intensidade mínima para a audição humana. Se N=100 dB, a intensidade sonora, em W/m 2 , será (A) 10 12 I0 (B) 100 I0 (C) 100 10 I0 (D) 10 100 I0 (E) 10 10 I0 33 Em uma maternidade, estão previstos os nascimentos de quatro bebês para hoje. Sabe-se que a probabilidade de cada bebê ser do sexo masculino é a mesma de cada bebê ser do sexo feminino. A probabilidade de nascerem quatro bebês do mesmo sexo é de: (A) 1/2 (B) 1/4 (C) 1/8 (D) 1/16 (E) 1/32 34 Admita que 150 pessoas precisem de um transplante e que exatamente 69 delas ainda não conseguiram um doador. O percentual das pessoas que já conseguiram um doador é de (A) 46% (B) 54% (C) 56% (D) 69% (E) 81% Espaço reservado para rascunho 11 Parte IV – Geografia / História 35 Analise o texto sobre o processo de favelização: Nos anos 1960, quando a América Latina estava debatendo como lidar com os assentamentos informais, as favelas, o urbanista britânico John Turner definiu que “favela não é problema, é solução”. Naquela ocasião, no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, as remoções forçadas eram a metodologia vigente. De lá pra cá, as favelas cresceram descontroladamente no Rio. Fracassaram retumbantemente as iniciativas do governo local para lidar com a favelização. Nítida é a aliança das milícias com a expansão imobiliária informal da Zona Oeste. Os bairros informais, dos trabalhadores e suas famílias, são os lugares onde se perpetua a ausência da República, a ponto de já termos um estado paralelo, armado, rico e violento. A democracia está se fraturando também. Tanto devemos urbanizar favelas, como monitorar e controlar, encerrando o ciclo de geração de mais favelização. FAJARDO, W. Favela, lugar dos esquecidos. O Globo, Rio, 13 out. 2018, p. 14. Adaptado. No texto, a favelização é abordada criticamente como um processo (A) gerador de regimes democráticos. (B) garantidor de valores republicanos. (C) promotor de especulação imobiliária. (D) indicador de segregação socioespacial. (E) identificador de países latino-americanos. 36 Observe a charge a seguir: Disponível em: http://focanaopiniao.blogspot.com/2017/06/sustentabilidade- ignorancia-e.html. Acesso em: 10 out. 2018. Tendo em vista a crise ecológica, registra-se, na charge, uma crítica favorável ao emprego (A) ostensivo da repressão policial. (B) produtivo dos recursos hídricos. (C) racional dos recursos naturais. (D) sustentável dos serviços públicos. (E) comunitário da segurança urbana. 37 Dois momentos importantes da história brasileira se desenvolvem no final da década de 1920 e na década de 1930, anunciando mudanças significativas no cenário político e econômico. Esses momentos históricos são: (A) O processo de modernização das estruturas urbanas brasileiras, com o desenvolvimento das camadas médias urbanas, e a criação da Coluna Prestes, que implementou, no ano de 1935, a política industrial do período. (B) A crise de 1929, que teve sérios impactos sobre a economia brasileira, e o Convênio de Taubaté, que desenvolveu a política de renovação da agricultura cafeeira no início da década de 1930. (C) A implementação da Revolução de 1930, em decorrência da crise das oligarquias controladoras da política do café com leite, e a criação do Estado Novo por Getúlio Vargas. (D) A Primeira Guerra Mundial, que gerou perdas substantivas para os cafeicultores paulistas, e o New Deal, que colocou o Brasil na dependência da economia norte- americana a partir de 1939. (E) A crise da economia do café, com o fim dos subsídios estatais provocado pela crise de 1929, e o desenvolvimento da industrialização brasileira, realizado a partir do governo de Eurico Gaspar Dutra. 38 Observe a imagem sobre a irradiação no Brasil: Disponível em: http://efienergy.com.br/atlas-brasileiro-de- energia-solar-2a-ed-disponivel-para-download/. Acesso em: 10 out. 2018. TOTAL DIÁRIO DA IRRADIAÇÃO GLOBAL HORIZONTAL - MÉDIA ANUAL Wh/m 2 .dia 3500 3750 4000 4250 4500 4750 5000 5250 5500 5750 6000 6250 12 Qual é a região que concentra o maior potencial para a produção de energia solar? (A) Sul. (B) Norte. (C) Sudeste. (D) Nordeste. (E) Centro-Oeste. 39 Os planos econômicos são uma marca comum às economias latino-americanas e ao Brasil em especial. Frente à história brasileira, podemos afirmar que ela está repleta de planos, especialmente a partir da década de 1950. Até o final do século XX, o resumo geral da história desses planos é o seguinte: (A) Os planos mais significativos para a economia brasileira foram o Plano de Metas, implementado por Juscelino Kubistchek, que orientou a política desenvolvimentista durante a década de 1960; os Planos Cruzado I e II, Plano Bresser e Plano Verão, durante o período presidencial de José Sarney, de tentativa de contenção da inflação; os Planos Collor I e II, durante o governo de Fernando Collor de Mello; e, por fim, o Plano Real, implementado durante o governo Itamar Franco. (B) A economia brasileira se manteve, no século XX, através da implementação de planos econômicos que começaram com o Encilhamento, durante a passagem da monarquia para a república – desenvolvido por Roberto Simonsen – e terminaram com o Plano Real, criado no governo de Fernando Henrique Cardoso, que culminou com a eliminação da inflação e deu início ao processo de retomada do desenvolvimento. (C) Os planos econômicos brasileiros, durante o século XX, visaram aumentar a capacidade de produção do setor agrícola da economia, sugerindo que a opção brasileira pela industrialização, feita a partir de 1930, era um equívoco e fez com que a política do agronegócio só se iniciasse na década de 1950 com o Plano de Metas, desenvolvido por Juscelino Kubistchek e administrado por Roberto Campos, ministro do planejamento. (D) A economia brasileira recebeu maior reconhecimento com o Plano Real, desenvolvido pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, e com as políticas sociais de Luis Inácio Lula da Silva, voltadas à educação e à saúde, que atingiram os setores populares, revertendo a situação de pobreza e promovendo os investimentos no agronegócio através de alianças com os líderes ruralistas da região centro-oeste. (E) Os planos econômicos que acabaram por criar uma base de desenvolvimento definitiva para o Brasil foram aqueles desenvolvidos durante o governo de José Sarney, através dos Planos Cruzado I e II e, durante o governo de Itamar Franco, através do Plano Bresser e do Plano Verão, ambos desenvolvidos por Maílson da Nóbrega e que colocaram o Brasil numa posição de destaque no cenário internacional. 40 Analise os Textos I e II sobre o processo de globalização: Texto I O analista internacional Samir Amin fez uma análise histórica sobre o capitalismo para concluir que a globalização é igual ao imperialismo e que este organiza o apartheid em escala global, criando “centros” hegemônicos e “periferias” espoliadas. Amin divide o processo de globalização em três fases. A primeira começou com a conquista das Américas. A segunda fase se baseou na revolução industrial e no controle colonial sobre Ásia e África. A terceira abre-se a partir da descolonização, a partir da qual se constrói uma nova forma de dominação. COSTA, E. A Globalização e o Capitalismo Contemporâneo. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p. 58. Adaptado. Texto II

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O processo chamado de favelização está relacionado ao início de construções de moradia localizadas em áreas impróprias, que foram sendo levantadas ao longo dos processos de urbanização na história, decorrente de diversos fatores, dentre eles a falta de acesso a moradias, questões econômicas, dentre outros.

No Brasil o desencadeamento de uma grande parte do processo de favelização ocorre durante o século XX, quando se inicia de maneira mais intensa a urbanização. A formação das cidades, decorrente da chegada das indústrias em movimento paralelo à mecanização do campo, isso é, a entrada das máquinas no trabalho rural o que ocupou diversas vagas de trabalho de camponeses, resultou em um evento conhecido como êxodo rural, a saída da população do campo em direção às cidades, em busca de novos postos de trabalho e qualidade de vida, o que por vezes não consegue ser atingido.

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Favela no Rio de Janeiro, Brasil. Foto: Ronaldo Almeida / Shutterstock.com

Com o alto fluxo de pessoas migrando para as cidades, que estavam se formando de maneira lenta e com recursos escassos para a época do início do século XX, surgem grandes problemas para os centros urbanos, como as superlotações em hospitais, escolas, falta de acesso a saneamento básico, moradias sem estrutura adequada, alastramento de doenças, desemprego, entre outros.

As moradias nos centros urbanos se concentravam nas áreas planas, centrais e próximas às indústrias recém instaladas, porém seu custo era elevado. Muitos dos camponeses que estavam chegando nas cidades não possuíam renda econômica suficiente para comprar casas ou terrenos nessa localidades, sendo assim começaram a ocupar os espaços não construídos aos arredores das cidades, e em terrenos impróprios para construções, como encostas de morros, margens de rios, e áreas sujeitas a riscos. Essas regiões começaram a ser chamadas de favelas.

As favelas surgem a princípio pela falta de acesso às moradias nas áreas centrais e planas das cidades, seja pela falta de espaço para ocupar ou a privação econômica para adquirir um espaço nos centros urbanos, resultando nas invasões e ocupações dos espaços incongruentes.

Outro fator histórico que resultou em um processo de favelização no Brasil sucedeu-se no final do século XIX com a abolição da escravatura, muitos dos ex-escravizados não tinham morada nem recursos financeiros para adquirir terras, sendo assim, foram levados a ocupar as áreas inabitadas e inabitáveis para as elites brasileiras nesse período, se igualando as áreas impróprias citadas anteriormente, como as encostas de morros, margens de rios, entre outros.

Com o processo de favelização há acumulação de problemas urbanos, como a falta de infraestrutura, ausência de saneamento básico, perigos ligados a catástrofes naturais como escorregamentos superficiais de terra, alagamentos, soterramentos, etc.  É visível que nas favelas não há coleta e tratamento de esgoto, as construções são inapropriadas, possuem cabos de eletricidade, telefonia e internet clandestinos, falta de asfalto e planejamento nas vias, processos esses resultantes de um sistema social que não os veem com devida importância, sempre marginalizando e excluindo socialmente.

Há uma intensificação no processo de formação de favelas ao longo do século XX e continuando durante o início do século XXI, nesse momento com um motivo diferente: não pela mudança de uma área rural para o espaço urbano, mas pela falta de acesso financeiro para moradias, devido também a outros fatores, o que resulta na existência de favelas e moradias irregulares em diversas cidades do Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos, como nas cidade de São Paulo e Rio de Janeiro.