A dança dos velhos é uma dança popular da

A Catira, também chamada de Cateretê, é uma dança coletiva e popular do folclore brasileiro.

Essa expressão é típica da região sudeste, entretanto, foi aos poucos se espalhando e ganhando adeptos em outros locais.

Hoje podemos ver essa dança em quase todas as regiões do Brasil, com destaque para o sudeste e o centro-oeste.

Note que essa manifestação cultural é mais encontrada nas cidades interioranas e, portanto, faz parte da cultura sertaneja.

A dança dos velhos é uma dança popular da
Grupo de catira em apresentação

Até os dias de hoje, é comum observar grupos de Catira formados exclusivamente por homens, os quais são chamados de catireiros.

Origem da Catira

A origem da Catira é múltipla, ou seja, ela reúne traços europeus, indígenas e africanos. A verdade é que desde o período colonial já temos essa dança como manifestação cultural.

Para alguns, ela está associada às atividades dos tropeiros, o que explica sua característica mais marcante, a qual reúne somente homens.

Estudiosos apontam que como eles faziam o transporte de gado entre os locais, provavelmente, a dança tenha surgido nos momentos de descanso e descontração do grupo.

Como se Dança Catira?

Essa dança folclórica é marcada pela batida dos pés e das mãos movimentadas pelo ritmo da música, que por sua vez, é produzida pela viola caipira. Por esse motivo, a moda de viola é o ritmo mais empregado.

A dança dos velhos é uma dança popular da
Os catireiros se apresentam um de frente para o outro, formando duas fileiras

Na dança, duas fileiras são formadas pelos integrantes, que se movimentam de frente um para o outro. Dessa maneira, as batidas dos pés e das mãos são intercaladas por pulos.

Ela é formada geralmente por dois violeiros e um grupo de, no máximo, dez integrantes. Mas, devemos observar que isso pode variar dependendo do local onde ela ocorre.

Os violeiros podem estar frente a frente, ou ainda, virados para os demais dançarinos. São eles os responsáveis por iniciar a música, momento chamado de rasqueado.

Logo, os dançarinos fazem o movimento denominado escova, onde há uma rápida batida das mãos e dos pés, acompanhado por seis pulos.

Ao longo da música destacam-se dois movimentos: serra acima e serra abaixo. No primeiro, os dançarinos rodam uns atrás dos outros e da esquerda para a direita, alternando a batida dos pés e das mãos.

No segundo, e após realizada a volta completa, eles viram e voltam para trás (da direita para esquerda) com as batidas alternadas dos pés e das mãos.

No recortado, as fileiras e os dançarinos trocam de lugar. Por fim, temos o levante, onde todos cantam a melodia em coro.

Vestimenta na Catira

Os integrantes do grupo de Catira possuem uma vestimenta específica. Eles usam camisas, calças, chapéus e botinas.

Esse último adereço talvez seja o mais importante, uma vez que fazem o som de batida, que se junta com as melodias.

Além disso, o lenço é muito comum, sendo que alguns usam no pescoço, outros, na cintura.

Atualmente, já é possível encontrar mulheres que fazem parte do grupo de catireiros, e mesmo assim, a vestimenta é igual.

Vídeo de Catira

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Músicas da Catira

Decerto as músicas que acompanham a Catira são relacionadas com a cultura do interior e a vida no campo. Confira abaixo três delas:

Homenagem Ao Catira (Luiz Fernando e João Pinheiro)

Afirme o pé companheiro nós vamos entrar na função Pra cantar um recortado eu mudei a afinação Foi pra atender um pedido, o chamado de um irmão Lá pras bandas de Rio Claro nós vamos é dar trabalho

Pros campeão da região

A festa vai começar, abre a roda no salão Grupo Catira Brasil é líder na tradição Moçada boa no pé não fica parada não É escola no catira o mundo inteiro admira

Já vem de seis geração

Bate palma rapaziada, bate forte o pé no chão É no estilo mineiro que eu faço a saudação Pra cantar um improviso eu canto com perfeição Canto em qualquer altura, não toco em viola dura

Só gosto é de trem bão

Esse é o derradeiro verso guarde a viola e o violão Vai aqui nossa homenagem e o nosso aperto de mão Aos amigos do catira orgulho do meu sertão Pros amigos verdadeiros Luiz Fernando e João Pinheiro

Pede paz e proteção.

Catira (Chico Lobo)

Pra se dançar o catira Tem que se bater o pé Vem depois um palmeado Só não dança quem não quer

Ai, ai, só não dança quem não quer

Primeiro um sapateado Depois um palmeado Pro catira sair gostoso Tem que ser bem animado

Ai, ai, tem que ser bem animado

Pra se dançar o catira Tem que ter bons violeiros Nós tocando de viola Podem vir os catireiros

Ai, ai, podem vir os catireiros

Meu Catira (Fernando Perillo)

E bate o pé, o pé no chão O meu catira se dança assim Se ouve o som, palmas na mão Uma viola e um violão

E bate o pé, chapéu na mão

E um sentimento que vira paixão E vem de lá do coração Lugar sagrado que move a razão

Na luz do sol, na solidão

O meu catira alegra o sertão E bate o pé, o outro pé E bate palmas com a palma da mão Vem da raiz, é tradição Por isso toca o seu coração

Ei ai ai ai, ei ai ai ai, ei ai ai ai

Curiosidade sobre a Catira

Fortemente presente na cultura popular de diversos estados do Brasil, em 2010 aconteceu na cidade de Uberaba (MG) o primeiro Festival Nacional de Catira. Ali, o segundo festival ocorreu em 2013.

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TRABALHO DE INGLÊS PARTE 1 Dança de velhos A dança-de-velhos, que não tendo parte representada, consiste numa coreografia pura, executada por figurantes fantasiados de velhos. Assinalada por Mello Morais Filho na província do Rio de Janeiro do século XIX, durante as festas do Divino Espírito Santo, foi descrita como dança da qual participavam doze velhos “cabeçudos”, de óculos e com casas de rabo-de-tesoura e botões de papelão. Supõe-se que esse termo indique o uso de máscaras. Arrastando os pés, os “velhos” seguiam para um tablado, sob risos e aplausos dos assistentes. Em Goiás, o folguedo existiu até pelo menos 1922. Nesse ano foi descrito por Americano do Brasil, que lhe deu como figuras principais o batuque, a contradança, o rilo etc. Provavelmente a coreografia é uma espécie de quadrilha, assemelhada ao rilo na disposição dos pares, que formam um oito. Os dançarinos cantam quadras soltas, acompanhados por viola e violão. Ainda em Goiás é outro nome do "quebra-bunda". A dança-de-velhos existiu em São Paulo no início do século XIX, na cidade de Franca, onde era executada por velhos e mocinhas — estas representadas por meninos vestidos de mulher. Atualmente existe em Angra dos Reis e Parati RJ, por ocasião das festas do Divino, de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário. É dançada por moças e rapazes fantasiados de velhos, todos apoiados em bordões. A fantasia masculina consiste em perucas de algodão, barbas e bigodes; a feminina, em saia comprida e bata franzida. Em 1972, em Parati, RJ, houve uma dança-de-velhos com a participação de 16 pares e acompanhamento da Banda Musical Santa Cecília. A melodia é dividida em três partes: marcha, allegro e fadinho. Durante a marcha, “velhos” e “velhas”, dispostos em colunas de dois, cumprimentam-se, avançando trôpegos e marcando o tempo com fortes pancadas do bordão contra o solo. Seguem-se diversas mudanças de posição, com repetidas meias-voltas.

Ainda durante a marcha há o garranchê