Panama para suape pe são quantos dias de navio

A Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) deu aval para o Porto de Suape receber navios porta-contêineres da classe New Panamax, a de maior dimensão disponível na América Latina, que mede 366 metros de comprimento, largura de 52 metros e capacidade para cerca de 14 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Apenas portos de classe mundial têm infraestrutura para receber esse tipo de embarcação, a maior que pode cruzar o Canal do Panamá por meio das novas eclusas.

A aptidão foi comprovada em estudos da Universidade de São Paulo (USP), contratados em 2019, e contou com a ativa participação da praticagem Pernambuco Pilots, assim como de oficiais da CPPE e das empresas de rebocagem atuantes no porto. O levantamento demonstrou que Suape dispõe de condições favoráveis e apresenta as variáveis ambientais e de infraestrutura exigidas para que o navio opere. A permissão para navios New Panamax favorece a atração de novas rotas de navegação para o país, atendendo importadores e exportadores da região Nordeste, onde Suape é o porto líder em movimentação de contêineres.

“Suape é a principal porta de entrada e saída de navegações de cabotagem e de longo curso para o Nordeste e merecia mais essa autorização para se equiparar a outros grandes portos mundiais. A nova condição fortalece a missão estratégica de Suape de ser um hub logístico para região, assim como a de fomentar a vocação de entreposto do nosso porto. Além disso, abrindo possibilidade para atender o Estado com mais produtos de escala global, a gente ganha mais um item de grande valor para a lista de atrativos de Pernambuco na hora de atrair novos investimentos”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio.

A operação de embarcações de grandes dimensões já é uma realidade no Porto de Suape. Em julho de 2020, um navio conteineiro da classe Sammax, com 330 metros de comprimento e capacidade para transportar 12 mil TEUs, atracou no cais 2. A Portaria 37/2021, publicada pela administração portuária no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (13/04), estabeleceu parâmetros operacionais e de manobra de navios para que Suape pudesse receber embarcações com comprimento total (LOA) entre 337 até 366,99 metros, e largura máxima (boca máxima) entre 48 e 52,99 metros.

“Estarmos aptos a receber esses megaconteineiros é condição indispensável para que Suape exerça a vocação de porto concentrador de cargas de alto valor agregado na América do Sul. Passamos a ter a possibilidade de incremento na movimentação de contêineres, inclusive no transbordo, já que elevamos nossa capacidade para recebimento de navios de 14 mil TEUs”, explica Roberto Gusmão, presidente de Suape.

Para realizar manobras de entrada e atracação ou saída e desatracação, é necessário o emprego de alguns requisitos, como atuação de, pelo menos, dois práticos a bordo, e os procedimentos devem ocorrer somente com luz natural. Além disso, deve-se utilizar o mínimo de quatro rebocadores. Uma vez atracado, o navio pode operar em qualquer horário, já que o Porto de Suape funciona durante 24 horas.

Líder na movimentação de contêineres no Norte/Nordeste, Suape bateu recorde em 2020 com 483.919 TEUs e 1,6% de crescimento em relação ao ano anterior. Em toneladas foram 3,6% de aumento nas cargas conteinerizadas, passando de 5,3 milhões para 5,5 milhões. O acordo assinado entre o Tecon Suape (terminal de contêineres) e a Agência Argentina de Investimento e Comércio Internacional aumentará o fluxo de mercadorias que tenham o Nordeste como origem e destino. Com isso, Pernambuco passará a absorver diretamente toda a carga argentina com destino à região, tendo Suape como porta oficial no comércio bilateral.

A ampliação do Canal do Panamá terá consequências decisivas em várias partes do mundo e, em particular, no norte do território brasileiro.

Inaugurado em 1914, o Canal tomou outra dimensão em 26 de junho, após dez anos de obras de grande porte. Neste dia, o navio chinês Cosco Shipping Panama, embarcando 9.400 containers, entrou no lado atlântico no Canal ampliado e saiu, à tarde, no lado do Pacífico.

No seu novo recorte o Canal pode assegurar a travessia diária de 48 a 51 navios, em vez de 35 a 40 navios por dia, como era caso anteriormente. Além disso, só passavam navios com capacidade máxima de 5.000 toneladas. Agora, podem transitar navios comportando até 13.000 toneladas. No ano passado, o Canal de Suez também inaugurou suas vias expandidas, aumentando o fluxo de navios e de cargas entre a Europa e a Ásia através do Mediterrâneo e do Mar Vermelho.

Como foi observado, mesmo com suas dimensões ampliadas, ambos os canais não podem ser cruzados pelos cargueiros de maior porte, os quais continuarão singrando pela Rota do Cabo e pelo Cabo Horn. Outros problemas do Canal de Panamá têm a ver com a conjuntura mundial e, em particular, com o arrefecimento da economia da China, segundo cliente do Canal, depois dos Estados Unidos.

Não obstante, os especialistas consideram que o novo Canal do Panamá acentuará as mudanças econômicas mundiais. Aqui é preciso salientar o impacto que o aumento do fluxo marítimo transoceânico terá no norte do Brasil. Um artigo de Fernanda Pires no jornal Valor mostra que problemas logísticos atrasam a integração dos portos brasileiros no novo fluxo comercial do Panamá.

Os portos de Manaus (AM) e Suape (PE) não possuem ainda terminais de contêineres e nenhum porto do Nordeste tem capacidade para se transformar num hub (concentrador de cargas) atlântico. Mas os portos de Barcarena e Santarém, no Pará, Itaqui (MA) e Salvador (BA), estão em pleno crescimento. No chamado Arco Norte que inclui os portos fluviais e marítimos dos quatro estados citados acima, as exportações aumentaram 51% entre janeiro e novembro de 2015.

No período filipino, antes de o Brasil existir na sua configuração territorial plena, o governo metropolitano determinou, em 1621, a criação do Estado do Maranhão, depois Estado do Maranhão e Grão-Pará, que englobava todo o norte do Brasil atual, tanto o interior quanto o litoral, a partir do Cabo dos Touros, no norte de Natal (RN).

A separação do novo Estado do norte, do Estado do Brasil, cuja sede ficava na Bahia, guiava-se pelo imperativo das correntes marítimas e pela logística da navegação à vela. Toda essa parte do litoral brasileiro é sulcada pela corrente das Guianas que corre no rumo Leste-Noroeste. Para os grandes veleiros, era mais fácil fazer a viagem de Belém-Lisboa-Belém do que a viagem de ida e volta Salvador-Belém- Salvador.

A partir de agora, há uma nova dinâmica econômica e geopolítica entre o norte do Brasil, o Caribe e o Pacífico, através do Canal do Panamá, em detrimento das ligações do Norte com o Centro-Sul e em particular, com Santos.

No século 17, para resolver um problema similar, a América portuguesa foi dividida em duas entidades separadas. Agora, o desafio é bem maior: trata-se de integrar o Brasil todo num só corpo. Lembrando sempre que o federalismo é cláusula pétrea da Constituição (§ 4º do artigo 60).

LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO
Cientista político e historiador, professor emérito da Universidade de Paris-Sorbonne e professor da Escola de Economia de São Paulo - FGV. É membro da Academia Europaea.

UOL Notícias - SP
Publicação: 05/07/2016

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O governo de Pernambuco, por meio do Complexo Industrial Portuário de Suape, assinou um acordo de cooperação técnica com a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) na sexta-feira (21), na Cidade do Panamá, para aumentar o nível de desenvolvimento e atrair maiores oportunidades para o Porto de Suape. Participaram do ato o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, o presidente de Suape, Leonardo Cerquinho, e o diretor de Planejamento e Gestão de Suape, Francisco Martins. O documento que será assinado prevê uma aliança de cooperação para alcançar objetivos comuns.

“Estamos buscando parceiros internacionais que tenham operações com grandes portos e grandes armadores. O Canal do Panamá é um deles, onde pretendemos fazer uma sinergia muito boa, tendo em vista a conexão que ele faz entre o Pacífico e costa leste da América do Sul. Então, vamos atrás desses parceiros para o Porto de Suape e para Pernambuco, mostrando todo o nosso potencial”, comentou o secretário.

“O acordo com o Canal do Panamá será muito positivo para o Porto de Suape, pois vai viabilizar novas rotas marítimas internacionais, vislumbrando o nosso segundo terminal de contêineres. Isso se refletirá em aumento na movimentação de cargas e incremento nos negócios do porto”, explicou Leonardo Cerquinho.

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A expansão do canal foi inaugurada em 26 de junho de 2016 e, desde então, houve um impacto nos padrões de negócios em todo o mundo. O alargamento do Canal mudou a navegação pelas rotas internacionais que ligam o Pacífico, o Atlântico e o Golfo do México, alterando a lógica do tráfego marítimo e atingindo os mercados nas Américas Central e do Sul. Nesse contexto, o Porto de Suape tem um enorme potencial para se consolidar como um hub port, não só pela localização como pela infraestrutura que possui, atraindo as cargas de grandes navios da Ásia que passam pelo Canal.   

No acordo, que terá validade de dois anos, as partes se comprometem a empreender iniciativas conjuntas como esforços de mercado para a propagação dos benefícios resultantes da expansão do canal e da interconexão que oferece a localização estratégica do Porto de Suape na rota marítima. Também prevê o intercâmbio de informações no desenvolvimento de estratégias de comercialização; realização de estudos conjuntos sobre áreas de interesses; partilha de informações sobre melhorias e/ou esforços de modernização com objetivo de aumentar a demanda ou evolução dos serviços de transporte; além de poderem compartilhar experiências de sustentabilidade.

Na terça-feira (25), o grupo pernambucano fará uma visita aos três maiores terminais de contêineres do Canal do Panamá com o objetivo de divulgar o Tecon 2 de Suape. Pela manhã, está prevista uma ida às instalações do Terminal Internacional de Manzanillo, que é um dos principais portos de transbordo da região e operado pela SSA Marine. No início da tarde, será realizada uma visita ao Porto de Balboa (Panama Ports Company), no lado do Pacífico. A PPC é uma subsidiária da Hutchinson Ports, administradora dos portos de Cristóbal e Balboa, localizada nas duas extremidades do Canal, servindo como uma rede de distribuição para as rotas comerciais do Atlântico e do Pacífico.

A programação será encerrada com uma ida às instalações da PSA Panamá, no Porto de Rodman. A PSA Panamá opera desde 2010 e é uma subsidiária da PSA International, um dos principais grupos portuários do mundo, com participação em cerca de 40 terminais em 16 países da Ásia, Europa e Américas.


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