Como aliviar cólica de bebê de 1 mês

14/01/2020

Como aliviar cólica de bebê de 1 mês
Os pais de recém-nascidos logo identificam o choro de cólica – é aquele mais agudo e sofrido, em que o bebê aparenta dor e desconforto. Mas não precisa se desesperar, porque o comportamento não está associado a nenhuma doença. Na verdade, as cólicas (contrações da musculatura abdominal) são naturais e esperadas, isto é, fazem parte do desenvolvimento da criança. Elas acontecem nos primeiros três meses de vida porque seu filho está se acostumando a digerir o leite e a flora intestinal dele ainda não está formada. É uma adaptação necessária para que o corpo da criança aprenda a lidar com o volume do alimento e também com os gases. Veja alguns sinais básicos para identificar o problema:1. O bebê chora sem parar2. Você já o alimentou, trocou a fralda, verificou se não era frio ou calor, e mesmo assim seu filho continua chorando3. Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome4. A barriga fica endurecida5. Ele solta gases6. O rosto fica avermelhado7. As mãos ficam com os punhos fechados8. A expressão do rosto é de dor e sofrimento

COMO ALIVIAR AS CÓLICAS

*Mantenha-se tranquilo para poder aclamar a criança.*Dê colo e carinho para o bebê na hora do choro.*Deite-o de bruços e embale-o nos braços.*Coloque a barriguinha dele em contato com o seu abdome: calor e aconchego ao mesmo tempo são imbatíveis!*Esquente um pano a ferro ou opte por bolsa de água quente. Tome cuidado para não esquentar demais e nunca encoste a superfície quente direto na pele da criança. Envolva-a em um pano. Em lojas de artigos para bebês há bolsas térmicas de gel.*Fique com o seu filho em um ambiente aconchegante, à meia luz e, se puder, coloque uma música relaxante.*Apesar de o peito acalmar a criança, evite amamentá-la, pois a sucção estimula as contrações intestinais, o que agrava as dores.*Massagens circulares em sentido horário no abdômen e ao redor do umbigo ajudam a soltar os gases. Passe a mão com um pouquinho de óleo de bétula ou de amêndoa. Isso aquece o local e acalma o bebê.

*Exercícios com as pernas também contribuem para diminuir as dores e soltar gases. Deite o bebê de costas e flexione as suas perninhas sobre o abdome.

Parte do desenvolvimento infantil, as cólicas em recém-nascidos estão relacionadas ao tipo de dieta da criança, perfil da microbiota e o sistema gastrointestinal ainda em formação. Apesar de não serem sinal de algo grave, os acessos de choro, contorcionismos de braços e pernas e gritos inconsoláveis pelos quais elas são marcadas acabam assustando e tirando o sono dos pais.

Mas, não se preocupe: algumas estratégias simples ajudam a amenizar as crises. Veja abaixo o que é possível fazer para diminuir o sofrimento do bebê e também as atitudes contraindicadas.

Como aliviar cólica do bebê

Massagem: deve ser feita em sentido horário ao redor do umbigo, com movimentos suaves e um pouco de pressão. Métodos como a shantala também funcionam.

Calor: bolsas térmicas até são úteis, mas há risco de queimaduras. O melhor é o contato pele a pele, com a barriga do bebê colada na do adulto.

Banho quentinho: o princípio segue o do item acima. A água morna relaxa a musculatura do bebê e alivia as dores. Em alguns casos, ele embala na soneca.

Falsa sucção: o movimento de sugar dá prazer e acalma o neném. Então, ele pode ser posicionado próximo ao peito ou mesmo com a boca no dedo da mãe ou do pai. Só cuidado com a chupeta, que falaremos adiante.

Carinho: pegar no colo, fazer carinho, cantar… O suporte emocional e a proximidade física são fundamentais para atenuar a crise. Fora que estreitam laços entre pais e bebê.

Arrotar: eliminar gases é bacana, mas nem toda criança arrota e fica tranquila. O essencial é mantê-la de barriga para cima e cabeça levemente elevada depois da mamada.

Amamentar: se o pequeno quiser comer durante uma crise, a mãe pode dar o peito. Basta tomar cuidado para que ele não mame demais e, assim, tenha prejuízos na digestão.

Enrolar: quanto mais aninhado o bebê estiver, mais se sentirá como se morasse no útero, o ambiente mais confortável e seguro que ele já viu.

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O que não é aconselhado

Oferecer chás: como eles costumam ser colocados na mamadeira, estão associados a um risco elevado de desmame precoce. Daí por que são contraindicados.

Desmamar: os episódios podem dificultar a amamentação e causar frustração. Mas o leite materno é o alimento mais bem tolerado pelo intestino do pequeno.

Dar chupeta: ela até tem seu papel aliviador, só que deve entrar em cena apenas quando o aleitamento estiver bem estabelecido, porque também facilita o desmame.

Automedicação: remédios antigases e analgésicos, como o paracetamol, devem ser indicados pelo pediatra, e de preferência quando outras táticas falharam.

E o que é controverso

Bicicletinha: o movimento das pernas é eficaz, mas suspeita-se que a pressão pode lesar articulações — ainda mais se os membros estiverem esticados. Tenha cautela.

Probióticos: o Lactobacillus reuteri é a bactéria mais promissora nos estudos de prevenção do quadro. Acontece que a ciência não bateu o martelo sobre a real eficácia.

Acupuntura: é aliada na redução da dor de recém-nascidos e bebês, mas faltam evidências robustas sobre a ação específica na presença da cólica.

Troca de fórmula: a láctea, feita com leite de vaca, pode instigar o incômodo. Porém, só o médico está apto a confirmar se a substituição compensa.

Colaborou: Marcus Renato de Carvalho, pediatra e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e responsável técnico da pesquisa de Luftal

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Como aliviar cólica de bebê de 1 mês
Bebê com cólica precisa de massagem, colo e carinho (Foto: Shutterstock)

Os pais de recém-nascidos logo identificam o choro de cólica – é aquele mais agudo e sofrido, em que o bebê aparenta dor e desconforto. Mas não precisa se desesperar, porque o comportamento não está associado a nenhuma doença. Na verdade, as cólicas (contrações da musculatura abdominal) são naturais e esperadas, isto é, fazem parte do desenvolvimento da criança. Elas acontecem nos primeiros três meses de vida porque seu filho está se acostumando a digerir o leite e a flora intestinal dele ainda não está formada. É uma adaptação necessária para que o corpo da criança aprenda a lidar com o volume do alimento e também com os gases.

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+ Bebê sofre demais para evacuar: o que fazer?
 

ATÉ QUANDO ELAS VÃO APARECER?

O mal-estar dura em média três meses, tempo que o organismo leva para amadurecer o mecanismo da digestão. No terceiro mês após o nascimento, o bebê completa um ciclo de 12 meses desde a fecundação, ou seja, 1 ano, contando o período de vida intrauterina. É nessa fase que ele deixa de ser um recém-nascido. No 4° mês, a flora intestinal está formada e o cérebro e o intestino já se entendem melhor. Então, as cólicas deixam de ocorrer. Caso elas persistam por muito mais tempo, busque a orientação de um pediatra para investigar o caso. Há crianças, por exemplo, que têm refluxo, doenças inflamatórias intestinais ou alergia a proteína do leite de vaca (e a ingestão desse alimento em excesso pelas mães pode provocar dor no bebê). O consumo de fórmulas de leite não apropriadas ao recém-nascido também costuma causar cólicas. Nessas situações, cabe ao pediatra ajustar a dieta da mãe (quando houver excessos) e a dieta do bebê, se não estiver adequada.

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Curso SOS Maternidade (Foto: Divulgação)

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SERÁ QUE É CÓLICA?

Veja alguns sinais básicos para identificar o problema:

1. O bebê chora sem parar2. Você já o alimentou, trocou a fralda, verificou se não era frio ou calor, e mesmo assim seu filho continua chorando3. Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome4. A barriga fica endurecida5. Ele solta gases6. O rosto fica avermelhado7. As mãos ficam com os punhos fechados

8. A expressão do rosto é de dor e sofrimento

Como aliviar cólica de bebê de 1 mês
Bebê chorando; mãe; colo (Foto: Thinkstock)

COMO ALIVIAR AS CÓLICAS

*Mantenha-se tranquilo para poder aclamar a criança.*Dê colo e carinho para o bebê na hora do choro.*Deite-o de bruços e embale-o nos braços.*Coloque a barriguinha dele em contato com o seu abdome: calor e aconchego ao mesmo tempo são imbatíveis!*Esquente um pano a ferro ou opte por bolsa de água quente. Tome cuidado para não esquentar demais e nunca encoste a superfície quente direto na pele da criança. Envolva-a em um pano. Em lojas de artigos para bebês há bolsas térmicas de gel.*Fique com o seu filho em um ambiente aconchegante, à meia luz e, se puder, coloque uma música relaxante.*Apesar de o peito acalmar a criança, evite amamentá-la, pois a sucção estimula as contrações intestinais, o que agrava as dores.*Massagens circulares em sentido horário no abdômen e ao redor do umbigo ajudam a soltar os gases. Passe a mão com um pouquinho de óleo de bétula ou de amêndoa. Isso aquece o local e acalma o bebê.

*Exercícios com as pernas também contribuem para diminuir as dores e soltar gases. Deite o bebê de costas e flexione as suas perninhas sobre o abdome.

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HÁ REMÉDIO?

É possível utilizar produtos para aliviar o desconforto, desde que eles sejam prescritos pelo pediatra do seu filho. Os probióticos, por exemplo, à base de lactobacilos, costumam diminuir a dor porque contribuem com a formação da flora intestinal do bebê. Também há medicamentos específicos, os antiespasmódicos, que podem ajudar. Mas lembre-se: o pediatra é quem deve receitá-los e orientar como usar. 

FONTES CONSULTADAS: Alessandra Cavalcante Fernandes, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco (SP);  Mariane Franco, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); e Nelson Douglas Ejzenbaum, médico pediatra e neonatologista, membro da SBP.

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