A que podemos comparar a bíblia

A que podemos comparar a bíblia

Durante muitos anos da minha vida eu tentei ser como as outras pessoas. Eu queria orar como elas, agir como elas e até pensar como elas. Depois de muitas lutas e insatisfação, finalmente entendi que Deus nunca iria me ajudar a ser outra pessoa, a não ser eu mesmo. Aprendi que existe uma razão por Ele ter me feito desse jeito e que é muito ruim tentar ser alguém que eu não sou.

Entenda que a maior liberdade que você pode ter é ser você mesmo. Jesus veio para libertar as pessoas em muitos aspectos da vida, e fazer com que sejamos nós mesmos, é um deles. Você não precisa competir para ser melhor do que ninguém. A Bíblia diz em 2 Coríntios 10:12 que quem faz isso, age sem entendimento. Por isso, tudo o que Deus espera é que tentemos ser o melhor que consigamos. Eu sempre penso assim: "Deus quer que eu seja uma pessoa melhor, um cristão melhor, um filho melhor, um marido melhor, um pai melhor etc." Então, desde que eu entendi isso, tenho crescido muito e sofrido menos.

Nós podemos olhar para as pessoas como exemplos que nos ajudarão a melhorar em nosso comportamento, mas não devemos deixar que ninguém, a não ser Jesus, seja o nosso modelo. O apóstolo Paulo pediu para as pessoas o imitarem, assim como ele imitava a Cristo (1 Coríntios 11:1). Ou seja, ele era um exemplo para elas, mas nunca disse para as pessoas serem exatamente iguais a ele. Deus dá dons e talentos para cada um, e você deve usar aquilo que Deus colocou em suas mãos ao invés de ficar cobiçando os dons dos outros.

Seja você mesmo e faça seu melhor para Deus. Se as pessoas te rejeitarem, estarão rejeitando o que Deus criou, e não o que você criou. É lógico que nós precisamos mudar em muitas áreas, mas só Deus pode fazer a verdadeira mudança, e Ele faz isso do jeito dEle e no tempo certo. Às vezes ficamos tão mal por não gostarmos de quem somos e acabamos criando uma falsa imagem para mostrarmos ao mundo (geralmente isso acontece quando temos problemas nos relacionamentos). Mas quando começamos a experimentar a liberdade de sermos simplesmente quem Deus quer que sejamos, a unção dEle vem sobre nós e as pessoas percebem a diferença em nossa vida. Eu aprendi a parar de forçar as pessoas gostarem de mim e comecei a confiar que Deus me daria relacionamentos abençoados. Se você fizer o mesmo e começar a gostar de quem você é, você terá mais aceitação e menos rejeição das pessoas.

"Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém" (Gálatas 6:4).

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Com que coisa podemos comparar o Reino de Deus?

11 de junho de 2018 Centro de Estudos Bíblicos

A que podemos comparar a bíblia

por Tomaz Hughes*

Existe um consenso entre os estudiosos modernos, sejam católicos ou protestantes, que existem duas palavras nos textos evangélicos que provém do próprio Jesus e que não dependem da reflexão posterior das comunidades: “Reino” e “Pai” “Abbá” em aramaico.

Estamos tão acostumados de ter Jesus como “objeto” da nossa pregação que esquecemos que Ele não pregou a si mesmo, mas o “Reino de Deus” (geralmente citado em Mateus como o Reino dos Céus, para evitar o uso do nome de Deus, em uma comunidade predominantemente judeu-cristã). A vida inteira de Jesus foi dedicada ao serviço desse Reino, que Ele nunca define, pois é uma realidade dinâmica, mas que Ele descreve por comparações, usando parábolas. “Parábola” é um tipo de comparação, usando símbolos e imagens conhecidos na vida dos ouvintes, e que os leva a tirar as suas próprias conclusões (de fato, várias vezes temos a explicação de uma parábola nos evangelhos, mas essa nasceu da catequese da comunidade e não teria feito parte da parábola original).

O Capítulo 13 de Mateus talvez seja o melhor exemplo do uso de parábolas para clarificar a natureza do Reino – ou Reinado – de Deus.

No tempo de Jesus

No tempo de Jesus e das primeiras comunidades cristãs, os diversos grupos religiosos judaicos (com a exceção dos ultraconservadores e elitistas Saduceus), esperavam a chegada do Reino de Deus e achavam que poderiam apressar a sua chegada – os Fariseus através da observância da Lei, os Essênios através da pureza ritual, os Zelotas através de uma revolta armada.

O texto de hoje nos adverte que não é nem possível e nem necessário tentar apressar a chegada ou o crescimento do Reino de Deus, pois ele possui uma dinâmica interna própria de crescimento. Como a semente semeada cresce independente do semeador e sem que ele saiba como, assim o Reino cresce onde plantado, pois também tem a sua própria força interna que, passo por passo, vai levá-lo à maturidade. Assim, o texto nos ensina o que Paulo ensina de uma maneira diferente aos coríntios, quando, referindo-se ao trabalho de evangelização desenvolvido por ele, Apolo e outros/as missionários/as; ele afirma “Paulo planta, Apolo rega, mas é Deus que faz crescer” (1 Cor 3, 6).

Uma das imagens que Jesus usa para caracterizar o Reino é a do grão de mostarda. Embora a semente seja minúscula, ela cresce até se tornar um arbusto frondoso. Assim Jesus quer que relembremos que é importante começar com ações pequenas e singelas, pois, pela ação do Espírito Santo, elas poderão dar frutos grandes. Esta parábola é um lembrete para que não caiamos na tentação de olhar as coisas com os olhos da sociedade dominante, que valoriza muito a prepotência, o poder, a aparência externa.

A nossa vocação é plantar e regar, nunca perdendo uma oportunidade de semear o Reinado de Deus – ou seja, criar situações onde realmente reine o projeto do Pai, projeto de solidariedade e amor, partilha e justiça, começando com sementes minúsculas, para que, não através do nosso esforço, mas da graça de Deus, eventualmente cresça uma árvore frondosa que abrigará muitos.

Partilhado pelo autor.

Muitas vezes, é fácil comparar o que temos - nossos talentos, habilidades, posses - com os de outros. Quando reconhecemos nossas diferenças e contribuições únicas para o corpo de Cristo, damos um passo importante em nossa progressão eterna.

A que podemos comparar a bíblia
       

Num mundo de constante comparação, é difícil não julgar o nosso próprio valor com base no que vemos dos outros. As habilidades e os dons de outras pessoas costumam parecer muito melhores que os nossos. Mas a realidade é que cada um de nós nasce com diferentes talentos, habilidades e ambições.

O apóstolo Paulo ensinou que os membros individuais compõem "o corpo de Cristo" (ver 1 Coríntios 12:27). Todos têm o seu próprio papel e contribuição para esse corpo e, por maiores ou menores que sejam as nossas contribuições em comparação com outras, qualquer coisa que fazemos com fé pode fazer a diferença. De facto, quando uma pessoa age com fé, pode mudar uma família ou comunidade inteira, ou mesmo uma geração.

Fritz imigrou para um novo país aos 19 anos. Ele teve a coragem e a fé em Deus para deixar a sua cidade natal e começar uma nova vida. Essa vida foi cheia de oportunidades para os seus filhos, netos e bisnetos. Uma pessoa agindo com fé mudou centenas de vidas.

Cabe a nós ser o melhor que podemos ser. Não é útil ou produtivo reter por medo de que o nosso melhor não seja tão bom quanto o de outra pessoa. Fritz sabia disso quando embarcou num navio para um novo país. Ele tinha a responsabilidade de fazer uma mudança para que as gerações seguintes pudessem ser abençoadas e, assim, ele agiu com fé.

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Avançar com fé.

A fé é a nossa ligação com Deus. O apóstolo Paulo escreveu que “todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gálatas 3:26). Fé em Deus é o que nos sustenta em tempos difíceis. É o que nos motiva a esperar por tempos melhores. A fé une todos os filhos de Deus juntos num propósito.

Quando estamos todos empenhados em ser o melhor que podemos, não há espaço para inveja ou comparação.

Jesus pediu aos Seus seguidores que fossem o melhor que pudessem ser e fossem como crianças: humildes, ensináveis e cheias de fé (ver Mateus 18: 2–5). Quando nos sentimos desencorajados, podemos lembrar as sábias palavras do Élder Jeffrey R. Holland: “[Deus] não mede os nossos talentos ou nossa aparência; Ele não mede as nossas profissões ou os nossos bens. Ele aplaude todos os corredores, dizendo que a corrida é contra o pecado, não um contra o outro” (“O Outro Pródigo”, A Liahona, maio de 2002, p. 64).

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Um novo ano, um novo você.

O mundo é rápido em julgar e ainda mais rápido em criticar. Mas se focarmos na nossa própria fé, saberemos como ser melhores seguidores de Cristo. Podemos esforçar-nos para ser mais amorosos do que éramos um ano atrás, um mês atrás, até mesmo ontem. Somos mais honestos, mais ensináveis, mais dispostos a reconhecer as necessidades dos outros? Por maiores ou menores que sejam, nossas contribuições fazem a diferença.
 

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