Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

. Acesso em: 8 fev. 2016. Página 228

Revisitando o capítulo

Resolva os exercícios no caderno.

1. Defina:

a. complexo regional da Amazônia;

b. Amazônia Internacional;

c. Amazônia Legal.

2. Cite cinco características naturais do bioma amazônico.

3. Qual é a importância da serrapilheira para a manutenção da Floresta Amazônica?

4. Explique, em poucas palavras, com base no texto “Onde há mais vida”, da página 213, a relação entre a presença de populações tradicionais e o nível de biodiversidade existente em algumas regiões pesquisadas na Amazônia.

5. Na região amazônica, diversos endereços residenciais, industriais ou comerciais são indicados tomando-se como referência sua proximidade com determinados rios, como: Comércio de conservas. Margem esquerda do Rio Xarapocu, s/nº, Afuá-PA. • Com base nesse exemplo, caracterize a importância da rede hidrográfica para a economia e para a população da região.

6. Elenque as principais iniciativas do Estado brasileiro para promover a “integração da Amazônia” ao território nacional.

7. Observe o mapa da fronteira econômica e do eixo de integração na Amazônia, na página 219, e responda:

a. Como tem se caracterizado espacialmente a expansão da fronteira econômica na região?

b. Como estão distribuídas as rodovias na região?

8. No processo de promoção do desenvolvimento das atividades agropecuárias e florestais no espaço amazônico, destaque as principais características dos pequenos núcleos urbano-rurais, das médias propriedades rurais e dos latifúndios empresariais.

9. De acordo com o mapa da página 222, como se caracteriza a indústria na Amazônia?

10. Quais são as principais ameaças aos conhecimentos tradicionais dos povos da Amazônia?

11. De acordo com o que foi estudado neste capítulo e com o que você vê nos noticiários cotidianamente, o que tem desencadeado os conflitos de terra na Amazônia?

12. Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

13. O que é o arco de desflorestamento da Amazônia? Com base no que você estudou neste capítulo, explique por que ele existe.

TRABALHANDO COM GÊNEROS TEXTUAIS

A peça publicitária abaixo faz parte de uma campanha promovida pela ONG Instituto Peabiru.

Leia com atenção.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Institutu Peabiru

1. De que trata a peça publicitária?

2. Qual é o objetivo do texto em forma de questionamento?

3. A qual processo estudado neste capítulo o texto se refere?

4. Em sua opinião, publicidades como essas são importantes? Procure saber a opinião dos colegas, conversando a respeito do tema e do conteúdo da campanha.


Página 229

ANÁLISE DE MAPA

Observe no mapa abaixo os focos de queimada no território brasileiro registrados durante o mês de setembro de 2015, pelo satélite artificial NOAA.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: CPTEC. Disponível em: . Acesso em: 8 fev. 2016.

Agora, responda:

1. Utilizando como referência o mapa das regiões geoeconômicas brasileiras, da página 184, identifique no mapa acima em qual grande região (Centro-Sul, Nordeste ou Amazônia) está concentrado o maior número de focos de queimada.

2. Estabeleça relações entre a ocorrência dos focos de queimada e a área de abrangência do “arco de desflorestamento da Amazônia”. Para isso, utilize o mapa desta página e o mapa da página 225.

3. É possível estabelecer relações entre os focos de queimada mostrados no mapa e a expansão da fronteira econômica no Brasil? Quais?

PESQUISA

Reúna-se com alguns colegas e pesquisem o conceito de desenvolvimento sustentável: seu significado e ações relacionadas a ele, entre outros tópicos.

Em seguida, busquem informações a respeito de atividades econômicas que causam pouco impacto ambiental à Floresta Amazônica. Proponham soluções que minimizem o processo de destruição desse bioma, utilizando o conceito de desenvolvimento sustentável.

Vocês deverão apresentar o resultado da pesquisa para os demais grupos, confrontando as informações encontradas por todos. Página 230

Enem e Vestibulares

Resolva os exercícios no caderno.

1. (Enem – 2014)

A convecção na Região Amazônica é um importante mecanismo da atmosfera tropical e sua variação, em termos de intensidade e posição, tem um papel importante na determinação do tempo e do clima dessa região. A nebulosidade e o regime de precipitação determinam o clima amazônico.

FISCH, G.; MARENGO, J. A., NOBRE, C. A. Uma revisão geral sobre o clima da Amazônia. Acta Amazônica, v. 28, n. 2, 1998. (Adaptado).

O mecanismo climático regional descrito está associado à característica do espaço físico de:

a. resfriamento da umidade da superfície.

b. variação da amplitude de temperatura.

c. dispersão dos ventos contra-alísios.

d. existência de barreiras de relevo.

e. convergência de fluxos de ar.

2. (Enem – 2010)

No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país, ligando o interior ao principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximadamente, 900 quilômetros de linha, passam, hoje, 5353 vagões e 100 locomotivas.

Disponível em: . Acesso em: 27 jul. 2010. (Adaptado.)

A ferrovia em questão é de extrema importância para a logística do setor primário da economia brasileira, em especial para porções dos estados do Pará e Maranhão. Um argumento que destaca a importância estratégica dessa porção do território é a:

a. produção de energia para as principais áreas industriais do país.

b. produção sustentável de recursos minerais não metálicos.

c. capacidade de produção de minerais metálicos.

d. logística de importação de matérias-primas industriais.

e. produção de recursos minerais energéticos.

3. (Enem – 2012)

A moderna “conquista da Amazônia” inverteu o eixo geográfico da colonização da região. Desde a época colonial até meados do século XIX, as correntes principais de população movimentaram-se no sentido Leste-Oeste, estabelecendo uma ocupação linear articulada. Nas últimas décadas, os fluxos migratórios passaram a se verificar no sentido Sul-Norte, conectando o Centro-Sul à Amazônia.

OLIC, N. B. Ocupação da Amazônia, uma epopeia inacabada. Jornal Mundo, ano 16, n. 4, ago. 2008. (Adaptado.)

O primeiro eixo geográfico de ocupação das terras amazônicas demonstra um padrão relacionado à criação de:

a. núcleos urbanos em áreas litorâneas.

b. centros agrícolas modernos no interior.

c. vias férreas entre espaços de mineração.

d. faixas de povoamento ao longo das estradas.

e. povoados interligados próximos a grandes rios.

4. (Enem – 2013)

Nos últimos decênios, o território conhece grandes mudanças em função de acréscimos técnicos que renovam a sua materialidade, como resultado e condição, ao mesmo tempo, dos processos econômicos e sociais em curso.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2004. (Adaptado.)

A partir da última década, verifica-se a ocorrência no Brasil de alterações significativas no território, ocasionando impactos sociais, culturais e econômicos sobre comunidades locais, e com maior intensidade, na Amazônia Legal, com a:

a. reforma e ampliação de aeroportos nas capitais dos estados.

b. ampliação de estádios de futebol para a realização de eventos esportivos.

c. construção de usinas hidrelétricas sobre os rios Tocantins, Xingu e Madeira.

d. instalação de cabos para a formação de uma rede informatizada de comunicação.

e. formação de uma infraestrutura de torres que permite a comunicação móvel na região.

5. (Unesp – 2015)

Discursos e opiniões e ajuda econômica se expressam em restrições às decisões sobre o uso do território. Os novos recortes territoriais significam proteção da natureza, da biodiversidade e das populações tradicionais, mas também implicam a retirada de extensas parcelas do território do circuito produtivo nacional e restrições à plena decisão do Estado brasileiro sobre o uso do território. As restrições territoriais associadas às ações ambientalistas orientam-se por um modelo endógeno, que visa a preservação ou o uso dos recursos naturais locais pelas populações locais.

BECKER, Bertha K. Por que não perderemos a soberania sobre a Amazônia? In: Albuquerque, Edu Silvestre (Org.). Que país é esse?. 2005. (Adaptado.)
Página 231

Constituem-se em novos recortes territoriais, ou em novas formas de regulação do uso do território, que contribuem para a conservação dos recursos florestais:

a. unidades de conservação, terras indígenas e fronteiras agropecuárias.

b. polos de produção metal-mecânica, reservas particulares do patrimônio natural e estações ecológicas.

c. terras indígenas, reservas extrativistas e unidades de conservação.

d. parques industriais, polos de colonização agropecuário e terras indígenas.

e. áreas de proteção ambiental, projetos de exploração mineral e reservas biológicas.

6. (UFRGS-RS – 2014)

A floresta precisa ter valor em pé. Este era o mantra da geógrafa política Bertha Becker, que faleceu no último dia 13, sábado, aos 83 anos, deixando um legado de quase meio século de estudos sobre a Amazônia. Para Bertha, era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação; dar motivos para aqueles que enriquecem, ou simplesmente tiram seu sustento da mata, quererem preservá-la.

Adaptado de: Acesso em: 18 set. 2013.

Sobre o desenvolvimento econômico da Amazônia, assinale a alternativa correta.

a. O potencial dos cursos fluviais nunca foi aproveitado como recurso energético, devido ao relevo extremamente plano da região.

b. A inexistência de institutos de pesquisa na região comprometeu a exploração de seus recursos minerais.

c. As atividades econômicas desenvolveram-se sem impactos significativos ao ambiente, uma vez que a floresta Amazônica ainda é bastante extensa, cobrindo pouco menos que a metade do território brasileiro.

d.A integração da Amazônia à economia nacional baseou-se nas atividades agrícolas e minerais que promoveram o desenvolvimento sustentável da região.

e. A Amazônia tem uma contribuição significativa nas atividades de extração e transformação mineral, porém essas atividades têm desterritorializado as populações tradicionais e degradado o ambiente.

7. (Uesb-BA – 2013)

Esta obra é dividida em dois tramos. O Solimões, que se estende de Tabatinga/AM a Manaus/ AM, tendo aproximadamente 1600 km, e o Amazonas, que vai de Manaus/AM a Belém/PA, com 1650 km. O primeiro tramo possui calado mínimo de 6 metros e o segundo tem calados de 10 metros.

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Page 2

. Acesso em: 30 abr. 2016.

Esta obra didática apresenta dois momentos em que o aluno pode ter contato com a metodologia de avaliação aplicada no Enem e em outras avaliações externas: por meio dos exercícios selecionados para a seção “De olho no Enem”, que indicam a competência e a habilidade em destaque trabalhadas na atividade, assim como a resolução e a justificativa do exercício; e também pela seção “Enem e vestibulares”, que apresenta um rol de questões aplicadas nos últimos exames e em importantes vestibulares de universidades de todo o país.

Conteúdo do Volume 2

Os conteúdos que esta obra propõe para o 2º ano do Ensino Médio seguem as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006). Eles estão organizados em quatro unidades, apresentadas sinteticamente a seguir.

Unidade 1
Urbanização e questões demográficas da atualidade

Nessa primeira unidade são discutidas as relações entre os processos de industrialização e de urbanização, assim como o fenômeno da metropolização no mundo. São apresentados também os principais conceitos demográficos relacionados ao crescimento, à distribuição e à estrutura da população mundial e da população brasileira.

Unidade 2
O espaço agrário no mundo contemporâneo

Nessa unidade são analisadas as novas relações de produção entre o campo e a cidade, a coexistência da agropecuária moderna com sistemas agrícolas tradicionais e a identificação das principais regiões produtoras de alimentos do mundo. Discute-se ainda o papel do agronegócio como fonte de matéria-prima e de divisas e sua incapacidade de eliminar a fome no mundo, além dos impactos ambientais decorrentes desse modelo de produção em escala planetária.

Unidade 3
O espaço geográfico brasileiro

O processo histórico de ocupação e a formação territorial do Brasil são apresentados nessa unidade. São discutidas também a industrialização e a modernização da economia brasileira durante o século XX. Na discussão são considerados a verificação da infraestrutura desenvolvida e o aumento das atividades agropecuárias. São analisadas ainda as consequências desse processo: a concentração fundiária, o êxodo rural e a rápida urbanização do país.

Unidade 4
Os complexos regionais brasileiros

A última unidade do volume aborda os conceitos de região e de regionalização aplicados à gestão territorial no país. São apresentados também os principais aspectos ligados à organização do espaço geográfico dos grandes complexos regionais brasileiros: Nordeste, Amazônia e Centro-Sul.

Página 15

Estrutura das unidades

A seguir apresentamos em detalhes a estrutura interna das unidades que compõem este livro e seus diferentes recursos, para que o professor possa aproveitá-los em seu planejamento e nas aulas.

Páginas de abertura

As páginas de abertura das unidades foram elaboradas com o objetivo de sensibilizar os alunos e inseri-los no tema que será trabalhado. São apresentadas imagens motivadoras para atrair o foco dos alunos para o conteúdo a ser trabalhado. A exploração dessas imagens permitirá ao professor mobilizar a atenção e aguçar a curiosidade da classe.

Páginas de conteúdo

Elaboradas com o propósito de tornar as aulas mais dinâmicas, as páginas de conteúdo apresentam as seguintes características gerais: textos claros e concisos, com explicações e informações sobre os pontos principais de cada assunto; emprego privilegiado de imagens no contexto de cada página, como suporte para as explicações e informações mais complexas; boxes com textos teóricos e complementares para o aprofundamento do conteúdo proposto.

A análise de mapa, gráfico, manchete e/ou texto de jornal, tira, obra de arte, texto literário etc. é proposta por meio de questionamentos que buscam desenvolver as habilidades específicas da área de Geografia, assim como sensibilizar e estimular os alunos a explorar o conteúdo apresentado.

Boxes ou infográficos trazem informações complementares a respeito do assunto em questão.

Comentários e sugestões ao professor, com dicas e orientações didático-pedagógicas, assim como remissões a outros conteúdos do volume, auxiliam o docente no desenvolvimento das aulas e na exposição do assunto.

O vocabulário, sempre articulado ao texto-base e disposto na página, traz o significado de termos técnicos, científicos e históricos citados. Com esse recurso objetiva-se tornar a leitura mais dinâmica e enriquecer o vocabulário do aluno.

Saberes em foco/Culturas em foco/Mulheres em foco

Nessas seções são propostos momentos que viabilizem o trabalho integrado e interdisciplinar, assim como discussões a respeito de aspectos culturais ou que envolvam a cidadania. São textos complementares que visam ampliar e/ou aprofundar o estudo do tópico por meio de informações e dados, discussões ou opiniões sobre assuntos polêmicos, a fim de incentivar o aluno a refletir criticamente, individualmente ou em grupo.

Espaço e Cartografia

Em alguns capítulos o professor encontrará uma seção denominada “Espaço e Cartografia”, trazendo uma ou mais propostas de atividade. Na seção “Espaço e Cartografia” busca-se desenvolver conteúdos relacionados ao tema de cada unidade. O trabalho envolve diferentes procedimentos e habilidades (confecção de croquis, representação bidimensional do espaço, pontos de vista, simbologia cartográfica, escala cartográfica etc.) e é desenvolvido de acordo com o grau de complexidade do assunto abordado e o nível de escolaridade do aluno.

De olho no Enem

Em todas as unidades, ao longo dos capítulos o professor encontrará exercícios selecionados de avaliações do Enem que se referem ao tópico em estudo, com suas respectivas respostas e sua resolução comentada. O objetivo é que o aluno se habitue à metodologia dessa prova de avaliação externa, entendendo a lógica que envolve a estruturação dos testes.

Páginas de atividades

Nas páginas de atividades, no fim de cada capítulo, são propostas questões que visam à reconstituição do conteúdo dos tópicos principais estudados. Além disso, apresentam outros trabalhos complementares que permitem a interpretação e a aplicação dos conteúdos conceituais e procedimentais desenvolvidos. As atividades sugeridas também estimulam a reflexão, o debate e o desenvolvimento de atitudes. As questões apresentadas não só propiciam a sistematização do conteúdo estudado, como também permitem a interpretação pessoal a respeito dos temas trabalhados e a troca de opiniões (por meio de diálogos e debates) com os colegas e com o professor. Além de questões ligadas diretamente ao texto-base do capítulo, nas páginas de atividades são propostos trabalhos que auxiliam no desenvolvimento de competências e habilidades próprias de alunos do Ensino Médio, como interpretar textos, mapas, gráficos, fotografias e quadrinhos, fazer pesquisas, individualmente ou em grupo, realizar debates e trabalhos práticos. Essa variedade de propostas oferece ao aluno novas alternativas de aprendizagem. Ao mesmo tempo, oferece ao professor uma diversidade de situações de avaliação. Vale destacar ainda a seleção de novos testes do Enem e de vestibulares de todas as regiões do país, apresentados na subseção “Enem e Vestibulares”, nas páginas de atividades de todos os capítulos.

Página 16

Quadro curricular – volume 2 – 2º ano Ensino Médio

Unidade 1 – Urbanização e questões demográficas da atualidade

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
1. As cidades e o fenômeno da urbanização Os primórdios das cidades. Cidade. Analisar o processo de formação das cidades.
A indústria e o processo de urbanização no mundo. Indústria. Relacionar o processo de urbanização ao estabelecimento da indústria moderna.
O processo de urbanização e suas diferentes configurações nos países e regiões do mundo. Urbanização. Analisar o processo de urbanização nos países capitalistas de industrialização tardia.
Industrialização. Caracterizar o crescimento urbano nos países com baixo nível de industrialização.
Industrialização tardia. Entender a função do planejamento urbano e dos planos diretores.
Metrópoles e metropolização. Ler e interpretar gráficos e mapas.
Megalópoles. Analisar o processo de metropolização e a hierarquia urbana no mundo.
Planejamento urbano. Analisar os problemas decorrentes do fenômeno de metropolização.
Plano diretor.
Arte urbana.

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
2. A dinâmica demográfica mundial na atualidade A distribuição da população mundial Populoso e povoado. Compreender a distribuição espacial da população mundial
População absoluta. Analisar a teoria de Thomas Malthus.
Densidade demográfica. Identificar e caracterizar períodos de transição e de explosão demográfica.
Identificar as diferenças do índice de crescimento natural nas nações pobres e ricas.
O crescimento da população mundial. Transição demográfica. Analisar as ações dos Estados nacionais relacionadas às dinâmicas populacionais.
Teoria de Thomas Malthus. Identificar os principais impactos dos diferentes métodos contraceptivos no controle da natalidade
Crescimento natural ou vegetativo. Entender a estrutura da população mundial
Taxa de natalidade. Conhecer os fatores que desencadeiam a mudança na estrutura etária
Taxa de mortalidade. interpretar e analisar pirâmides etárias
Explosão demográfica. Entender o que é bônus demográfico
Métodos contraceptivos
Taxa de fecundidade
Estrutura da população mundial. Expectativa de vida ao nascer Ler e interpretar gráficos, figuras e mapas.
Estrutura etária
Pirâmide etária
PEA e PEI.
Bônus demográfico.

Página 17



Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades

3. A população brasileira
A distribuição da população Recenseamento Compreender a distribuição territorial da população brasileira
A evolução demográfica da população brasileira Diversidade étnico-cultural Relacionar o índice de crescimento natural e os fluxos migratórios ao crescimento demográfico brasileiro.
A queda do crescimento vegetativo brasileiro Movimentos migratórios Entender o papel das melhorias médico-sanitárias no crescimento vegetativo brasileiro
A estrutura etária da população brasileira Imigração Entender a influência do processo de urbanização e da mudança no papel da mulher na sociedade brasileira na queda do crescimento vegetativo nacional
A formação étnica e cultural da população brasileira Emigração Caracterizar a estrutura etária brasileira.
Os movimentos migratórios Trabalho em condições similares ou análogas à escravidão Compreender os fatores que influenciam no processo de envelhecimento da população brasileira
Reconhecer a composição étnico-cultural da população brasileira
Entender as diferenças entre os movimentos de imigração e emigração
Conhecer as áreas de repulsão e atração populacional dentro do território brasileiro

Unidade 2 – Espaço agrário no mundo contemporâneo

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
4. Agropecuária moderna e sistemas agrícolas tradicionais O espaço agrário mundial. Campo Reconhecer a importância histórica da atividade agropecuária para a vida dos seres humanos.
As relações capitalistas de produção. Produção agrícola. Relacionar a atividade industrial às transformações na produção agrícola.
Espaço agrário. Reconhecer as relações econômicas entre campo e cidade.
A influência da indústria na organização da produção agropecuária. Divisão territorial do trabalho Analisar o processo de estabelecimento da agropecuária comercial moderna e identificar as características desse sistema agrícola.
Monoculturas Ler e interpretar mapas, gráficos e tabelas.
Sistema de integração
Reconhecer a origem e as principais características das plantations.
A agropecuária moderna Agricultura tradicional de subsistência Caracterizar a agricultura itinerante.
Sistemas agrícolas tradicionais
Plantations.
Identificar as principais características da produção de arroz na Ásia.
Agricultura itinerante. Identificar as principais características da prática do pastoreio nômade na África.
Rizicultura asiática. Comparar a produção agrícola não capitalista à agropecuária comercial capitalista.
Terraceamento. Reconhecer o papel das tecnologias na organização do espaço rural.
Sistema de jardinagem.
Pastoreio nômade.

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
5. Regiões agrícolas, fome e mercado global de alimentos As principais regiões agrícolas do mundo. Regiões agrícolas. Identificar as principais regiões agrícolas do mundo.
O funcionamento do mercado mundial de produtos agrícolas. Fronteira agrícola. Analisar e caracterizar a agropecuária comercial nos Estados Unidos e Canadá, na Europa, na América Latina, na África Subsaariana e no Sul, Leste e Sudeste asiáticos.

Página 18


As causas da fome no mundo.
Commodities.
Relacionar a modernização agrícola ao avanço das fronteiras agrícolas nos países subdesenvolvidos.
Mercado mundial de produtos agrícolas. Protecionismo e subsídio agrícola. Identificar as regiões do globo onde a agropecuária tradicional de subsistência ainda é praticada.

Entender o que são agronégócios e commodities.
Analisar o mercado mundial de produtos agrícolas.
Avaliar criticamente a concessão de subsídios a agricultores de países ricos.
Relacionar o problema da fome ao atual funcionamento do mercado mundial de alimentos.
Ler e interpretar mapas, gráficos e figuras esquemáticas.

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
6. Agronegócio e problemas ambientais no campo O que é agronegócio. Agronegócio. Entender o agronegócio e sua cadeia de produção.
Cadeia de produção agrícola. Pacote Verde. Identificar o campo como resultado da ação humana sobre o meio natural.
A Revolução Verde. Cadeia de produção. Analisar a Revolução Verde e identificar suas principais características.
Monoculturas e concentração de terras. Biodiversidade. Ler e interpretar mapas, gráficos e tabelas.
O que são Organismos Geneticamente Modificados. Organismos Geneticamente Modificados. Identificar os principais problemas ambientais causados pelo atual modelo de desenvolvimento agrícola.
Atividades agropecuárias e problemas ambientais. Problemas ambientais. Analisar aspectos relacionados à exaustão dos solos, à poluição ambiental e aos Organismos Geneticamente Modificados.
Agricultura sustentável e soberania alimentar. Agricultura orgânica. Identificar técnicas agrícolas alternativas.
Poluição dos solos. Avaliar criticamente a utilização de alimentos transgênicos.
Erosão dos solos. Entender o que é agricultura sustentável.
Agricultura sustentável.
Soberania alimentar. Reconhecer a importância da soberania alimentar.

Unidade 3 – Espaço geográfico brasileiro

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
7. Brasil: organização do território As dimensões do território brasileiro. Território. Reconhecer as dimensões do território brasileiro e relacionar o conceito de território ao de soberania.
Limite.
Fronteira. Identificar os limites do mar territorial do Brasil.
Soberania.
Fusos horários brasileiros. Fusos horários Identificar a posição geográfica e os fusos horários do Brasil.
O processo de formação do território brasileiro. Formação e organização espacial. Caracterizar a formação histórica do território nacional.

Página 19


Lugar. Identificar as principais características da exploração do pau-brasil, do cultivo da cana-de-açúcar, da pecuária e da mineração na organização espacial do território brasileiro.
Paisagem. Compreender como as diferentes atividades econômicas contribuíram para a formação do território brasileiro.
Analisar a distribuição das sesmarias e a origem dos latifúndios no Brasil.
Cultura. Reconhecer os limites do Tratado de Tordesilhas e a importância da conquista dos sertões para a assinatura do Tratado de Madri.
Identificar a importância da atividade agropecuária para a consolidação das fronteiras nacionais atuais.
O Estado e a gestão do território brasileiro. Estado-nação Analisar o processo de formação do Estado-nação brasileiro.
Gestão territorial Ler e interpretar paisagens, mapas e cartas.
Políticas territoriais Reconhecer o papel das redes de transporte férreo e rodoviário e das linhas de distribuição de energia e de telefonia na configuração do território brasileiro.
Paisagem Caracterizar a realidade socioespacial brasileira até a década de 1930 e as transformações ocorridas no país após a implantação de novas políticas territoriais.
Organização territorial. Caracterizar as diferentes formas de ocupação do território brasileiro desde os séculos passados e identificar sua relação com a organização territorial atual.
Tecnificação do território. Identificar as marcas deixadas na paisagem pelas diversas formas de ocupação do território brasileiro.

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
8. Capital, estado e atividade industrial no Brasil O Estado e a gestão do território brasileiro no século XX Fronteira agrícola Reconhecer as principais características da economia brasileira ao longo do século XX
O Estado e a atividade industrial Modelo de substituição de importações Analisar as interferências do Estado e do capital estrangeiro na economia brasileira durante o processo de industrialização tardia.
Modernização econômica Desenvolvimentismo Ler e interpretar paisagens, mapas, gráficos e ilustrações.
Modelo desenvolvimentista Industrialização. Identificar as fases de modenização da economia nacional.
Desenvolvimentismo no regime militar Indústria de base. Caracterizar a atividade industrial brasileira e identificar os motivos de se concentrar na região Sudeste do país.
A dívida externa brasileira Indústria de bens intermediários. Localizar e caracterizar os principais centros industriais especializados do país e identificar os motivos que levaram a essa especialização.
A indústria brasileira na atualidade Industrialização tardia. Relacionar o desenvolvimento da indústria automobilística brasileira à realização de investimentos estatais em infraestruturas de transporte.
Complexos industriais e agroindustriais. Analisar as infraestruturas para a geração de energia do Brasil e a sua importância para o setor industrial.
Milagre brasileiro. Relacionar o aumento da dívida externa nacional durante o período do milagre brasileiro ao processo de industrialização pelo qual passou o país.
Analisar os motivos da criação de superintendências de desenvolvimento regional.
Caracterizar a distribuição da população brasileira no território nacional.

Página 20



Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
9. Modernização do campo brasileiro Processo de modernização desigual. Modernização do campo. Analisar o impacto da industrialização sobre a organização da produção agrícola nacional.
Concentração fundiária. Agroindústria Identificar o papel da agroindústria na economia nacional.
Mudanças nas relações de trabalho no campo. Latifúndio e minifúndio. Relacionar a liberação de linhas de crédito bancário para agricultores ao aumento da produção agrícola.
Reforma agrária e conflitos de terra. Concentração fundiária. Identificar os diferentes estágios de mecanização do campo brasileiro e relacioná-los ao processo de concentração fundiária e às transformações nas relações de trabalho no campo.
Trabalhador volante. Analisar as tensões geradas pela concentração fundiária no Brasil e os conflitos decorrentes da modernização do campo.
Conflitos no campo. Reconhecer os conflitos no campo como decorrência do processo de concentração fundiária no país.
Reforma agrária. Entender o papel dos movimentos sociais componeses no processo de reforma agrária.
Movimentos sociais camponeses.

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
10. Urbanização brasileira O êxodo rural e as transformações na economia e no espaço das cidades brasileiras. Êxodo rural. Relacionar o processo de modernização das atividades agrícolas ao aumento do êxodo rural no Brasil.
Relacionar o aumento do êxodo rural à aceleração da urbanização e ao crescimento da população urbana brasileira.
As características da PEA brasileira. Urbanização. Analisar a distribuição da População Economicamente Ativa por setores de atividade econômica.
Os processos de metropolização e de concentração urbana. População Economicamente Ativa. Ler, interpretar e analisar gráficos, mapas e tabelas.
A transformação das paisagens urbanas e o desenvolvimento dos diferentes setores da economia brasileira. Metropolização. Compreender o processo de metropolização no Brasil e o papel das tecnologias na transformação do espaço urbano brasileiro.
Desiguladades socioespaciais nas grandes cidades. Regiões metropolitanas. Identificar as regiões metropolitanas do Brasil e a megalópole brasileira.
Fronteiras econômicas e urbanização. Conurbação urbana. Identificar os elementos da paisagem urbana que caracterizam as metrópoles brasileiras.
Desconcentração industrial e crescimento das cidades médias no Brasil. Megalópole. Relacionar o avanço das fronteiras econômicas brasileiras ao aumento do número de cidades e ao processo de urbanização no Brasil.
Rede urbana brasileira. Fronteira econômica. Avaliar criticamente o avanço do cultivo da soja no país.
Fluxos migratórios. Caracterizar os fluxos migratórios do Brasil.
Desconcentração industrial. Relacionar o aumento do número de cidades de médio porte no Brasil ao processo de desconcentração espacial das indústrias.
Cidades médias. Identificar as desigualdades socioespaciais existentes nos grandes centros urbanos brasileiros.
Rede urbana. Caracterizar a rede urbana brasileira e analisar sua organização hierárquica.
Hierarquia da rede urbana.
Desigualdades socioespaciais.

Página 21



Unidade 4 – Os complexos regionais brasileiros

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
11. As regiões brasileiras e o complexo regional Nordeste Os diferentes critérios de regionalização do território brasileiro. Regionalização. Reconhecer a importância do IBGE e analisar as regionalizações brasileiras oficiais propostas por esse órgão.
O IBGE e as regionalizações oficiais. Regiões geoeconômicas. Caracterizar a regionalização geoeconômica do território brasileiro.
As grandes regiões geoeconômicas. Complexo regional. Ler e interpretar representações cartográficas.
O complexo regional Nordeste. Organização espacial. Identificar as principais características climáticas e de vegetação da região Nordeste.
A organização espacial do complexo Nordeste. Formação territorial regional. Identificar os contrastes relacionados à distribuição da população, à organização das áreas urbanizadas e ao Índice de Desenvolvimento Humano da região.
As ações do Estado nacional na região Nordeste. Zona da Mata. Caracterizar os estados que fazem parte do complexo regional do Nordeste.
As sub-regiões nordestinas e suas características socioeconômicas e naturais. Agreste. Relacionar a atual configuração territorial do Nordeste aos diferentes processos de ocupação da região ocorridos no passado.
O potencial econômico do Nordeste. Meio-Norte. Identificar as principais ações do Estado nacional sobre a região nordestina.
Corredor de Exportação Norte. Avaliar criticamente a importância da Sudene para a economia regional.
Sertão. Identificar as sub-regiões nordestinas e suas características físicas e socioeconômicas.
Secas e estiagens. Analisar a importância das altas tecnologias do Corredor de Exportação Norte para a economia da região.
Transposição do rio São Francisco. Identificar as características físicas e socioeconômicas do Sertão nordestino.
Potencial econômico nordestino. Reconhecer a influência das condições climáticas na vida da população sertaneja.
Analisar as consequências da seca para a economia da sub-região.
Avaliar criticamente o projeto de transposição das águas do rio São Francisco.
Identificar as ações do Estado nacional sobre a sub-região sertaneja.
Reconhecer o potencial econômico do Nordeste.
Identificar os setores da economia que se destacam na região Nordeste.
Identificar aspectos da cultura nordestina que podem contribuir para o incremento da atividade turística na região.

Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
12. Complexo regional Amazônia As principais características naturais do bioma amazônico. Complexo regional da Amazônia. Identificar as características naturais do bioma amazônico.
A interdependência dos elementos da natureza do bioma amazônico. Floresta latifoliada equatorial. Analisar a distribuição da vegetação da Amazônia.
Os problemas ambientais relacionados à ação humana na região. Bioma. Compreender como o clima, o relevo, a hidrografia e os solos são interdependentes nessa região e como ocorrem as chuvas de convecção.
A importância da Amazônia para o equilíbrio natural do planeta. Amazônia Internacional. Analisar os tipos climáticos atuantes na região.

Página 22


A ocupação e a transformação do espaço amazônico Interdependência de elementos naturais Reconhecer aspectos da cultura que envolvem os rios da região amazônica.
Os processos de ocupação e de transformação da Amazônia. Chuvas de convecção. Compreender a importância da biodiversidade da Amazônia e avaliar criticamente a ação dos seres humanos sobre esse ambiente.
A influência das atividades econômicas nas características naturais e no cotidiano dos povos da floresta. Tipos climáticos. Analisar o arco de desflorestamento da Amazônia.
Biodiversidade. Ler e interpretar mapas, gráficos, tabelas, esquemas e paisagens.
Arco de desflorestamento da Amazônia Relacionar a emergência da indústria automobilística no final do século XIX ao desenvolvimento econômico da Amazônia.
Ocupação territorial. Analisar as fases da economia da região e sua relação com a atração de migrantes para a Amazônia.
Atividade econômica. Analisar o processo de ocupação do espaço amazônico.
Amazônia Legal. Avaliar criticamente as ações do Estado nacional para a integração da Amazônia à economia nacional.
O processo de urbanização na Amazônia. Polos de desenvolvimento. Identificar os objetivos da criação da Sudam e o papel da entidade na formação da Amazônia Legal e da Zona Franca de Manaus.
Analisar as atividades agropecuárias e florestais desenvolvidas na Amazônia e reconhecer o papel do Incra e da Sudam no seu desenvolvimento.
Extrativismo. Compreender as formas de ocupação das frentes agropecuárias na região amazônica.
Analisar as atividades de exploração mineral desenvolvidas na Amazônia e reconhecer a importância da mineração industrial para a ocupação da região.
Fronteira econômica. Identificar os polos de desenvolvimento da Amazônia.
Compreender a importância da criação da Zona Franca de Manaus para a industrialização da região.
Área indígena. Identificar os tipos de indústria existentes na região amazônica.
Analisar a apropriação do espaço natural da Amazônia por capital privado e a ameaça que isso oferece aos povos da floresta.
Expropriação de terras. Avaliar criticamente a apropriação dos conhecimentos empíricos dos povos da floresta por instituições de pesquisa e multinacionais dos setores químico e farmacêutico.
Identificar as áreas indígenas brasileiras.
Urbanização. Relacionar os processos de expropriação de terras e de urbanização da Amazônia.
Ler e interpretar mapas, imagens de satélite e paisagens.

Página 23



Capítulo

Objetos de estudo

Noções/conceitos

Habilidades
13. Complexo regional Centro-Sul As principais características econômicas e sociais doCentro-Sul Complexo Centro-Sul. Reconhecer as principais características socioeconômicas do Centro-Sul.
As atividades industrial e agroindustrial na região. Industrialização e urbanização. Caracterizar a indústria e analisar a concentração espacial da atividade industrial na região.
As transformações do espaço natural e as marcas na paisagem Agroindústria. Reconhecer as principais características da atividade agroindustrial no Centro-Sul.
Transformações no campo e a urbanização do Centro-Sul Fronteiras agrícolas. Analisar as ações do Estado nacional sobre a organização industrial e agroindustrial na região.
As regiões metropolitanas e os problemas urbanos do Centro-Sul. Regiões metropolitanas. Analisar a influência das tecnologias na produção industrial e agroindustrial do Centro-Sul.
A localização e as principais características de algumas das maiores cidades do país Problemas urbanos. Relacionar o deslocamento das fronteiras agrícolas ao plano federal de ocupação do território nacional.
Os problemas decorrentes da intensa ocupação urbana Configuração do espaço geográfico urbano Avaliar criticamente o avanço das fronteiras agrícolas sobre o Cerrado brasileiro.
Modernização parcial da agricultura Identificar as marcas deixadas pela sociedade na paisagem da região Centro-Sul.
Ler e interpretar gráficos, mapas e paisagens.
Analisar o processo de modernização parcial da agricultura no Centro-Sul e as transformações das relações de trabalho no campo.
Analisar a maneira como a agricultura da região vem se modernizando e identificar sua relação com o inchaço das cidades.
Analisar o processo de formação das regiões metropolitanas do Centro-Sul.
Identificar os principais problemas das cidades do Centro-Sul e associá-los ao rápido crescimento das metrópoles e das cidades médias brasileiras.
Identificar as principais formas de uso e de ocupação do espaço urbano do Centro-Sul e analisar a distribuição da população na região.
Analisar as principais características das metrópoles do Centro-Sul.
Ler e interpretar mapas, tabelas e paisagens.

Página 24

Orientações e sugestões para o trabalho dos capítulos

A seguir, são apresentadas orientações e sugestões relacionadas ao conteúdo de cada capítulo deste volume.

Unidade 1

Urbanização e questões demográficas da atualidade

A Unidade 1 destaca o estudo das cidades, da população mundial e da população brasileira, com o objetivo de levar os alunos a compreender os aspectos fundamentais do processo de urbanização no espaço geográfico mundial – especialmente aqueles relacionados à industrialização – e as características da dinâmica da população mundial na atualidade, como distribuição, crescimento e estrutura. São apresentados também aspectos históricos e atuais da estrutura da população brasileira, assim como sua formação étnica e cultural, além dos movimentos migratórios. É fundamental que os alunos entendam as etapas desses processos e sejam capazes de identificá-los em sua realidade.

Capítulo 1 – As cidades e o fenômeno da urbanização

No primeiro capítulo deste volume, que trata dos processos de urbanização tanto nos países em que se originou a Revolução Industrial quanto nos países de industrialização tardia e também naqueles com baixos níveis de urbanização, os alunos deverão identificar as semelhanças e as diferenças ocorridas. Deverão também compreender que a urbanização é um fenômeno mundial, identificar os problemas do espaço urbano e perceber que eles próprios fazem parte desse processo.

Página 10

Os primórdios do urbano

O texto a seguir tem o objetivo de enriquecer o estudo das origens da urbanização. Com base nele, converse com os alunos sobre as transformações na paisagem provocadas pelo surgimento das cidades, o papel do trabalho na modificação do espaço geográfico e as diferentes formas de organização da sociedade no decorrer do tempo.

Torna-se importante, pois, explicar a origem da cidade no mundo antigo, e também – na medida do possível – o seu destino no momento atual. Para fazê-lo, devemos lembrar em poucas palavras as grandes mudanças da organização produtiva, que transformaram a vida cotidiana dos homens e provocaram, a cada vez, um salto no desenvolvimento demográfico.

1. O homem apareceu na face da Terra há, talvez, 500000 anos, e durante um tempo muito longo (que, em geologia, corresponde ao período pleistocênico) viveu coletando seu alimento e procurando um abrigo no ambiente natural, sem modificá-lo de maneira profunda e permanente. A esta época os arqueólogos dão o nome de Paleolítico (pedra antiga) e compreende mais de 95% da aventura total do homem; nela ainda hoje vivem algumas sociedades isoladas nas selvas e nos desertos.

2. Cerca de 10000 anos atrás – após a fusão das geleiras: a última transformação profunda do ambiente natural, que assinala a passagem do Pleistoceno para o Holoceno – os habitantes da faixa temperada aprenderam a produzir seu alimento, cultivando plantas e criando animais, e organizaram estabelecimentos estáveis – as primeiras aldeias – nas proximidades dos locais de trabalho. É a época Neolítica (pedra nova), que para muitos povos se prolonga até o encontro com a colonização europeia (para os Maoris da Nova Zelândia até o início do século passado).


Página 25

3. Há cerca de 5000 anos, nas planícies aluviais do Oriente Próximo, algumas aldeias se transformaram em cidades; os produtores de alimento são persuadidos ou obrigados a produzir um excedente a fim de manter uma população de especialistas: artesãos, mercadores, guerreiros e sacerdotes, que residem num estabelecimento mais complexo, a cidade, e daí controlam o campo. Esta organização social requer o invento da escrita, daí começa, de fato, a civilização e a história escrita, em contraposição à pré-história. Doravante, todos os acontecimentos históricos sucessivos dependem da quantidade e da distribuição deste excedente.

Os estudiosos distinguiram a Idade do Bronze, na qual os metais usados para os instrumentos e as armas são raros e dispendiosos, sendo reservados, portanto, a uma classe dirigente restrita que absorve todo o excedente disponível, mas que, com seu consumo limitado, também limita o crescimento dos habitantes e da produção; a Idade do Ferro, que se inicia por volta de 1200 a.C. com a difusão de um instrumental metálico mais econômico, da escrita alfabética e da moeda cunhada, ampliando assim a classe dirigente e permitindo um novo aumento da população. A civilização greco-romana desenvolve esta organização numa grande área econômica unitária – a Bacia Mediterrânica –, mas escraviza e empobrece os produtores diretos e caminha para o colapso econômico, do século IV d.C. em diante.

4. Outras transformações históricas – a civilização feudal e a civilização burguesa – preparam a transição histórica seguinte: o desenvolvimento da produção com os métodos científicos, que caracteriza nossa civilização industrial. O excedente assim produzido, crescente e ilimitado, não é reservado necessariamente a uma minoria dirigente, mas é distribuído para a maioria, e teoricamente para toda a população, que pode crescer sem obstáculos econômicos, até atingir ou ultrapassar os limites de equilíbrio do ambiente natural. Nesta situação nova, como iremos ver, a cidade (sede das classes dominantes) ainda se contrapõe ao campo (sede das classes subalternas), mas este dualismo não mais é inevitável e pode ser superado. Desta possibilidade nasce a ideia de um novo estabelecimento, completo em si mesmo, como a cidade antiga (chamado, portanto, com o mesmo nome), mas estendido a todo o território habitado: a cidade moderna.

BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 2003. p. 9-10.

Página 11

Culturas em foco – O poder da arte do grafite

•Converse com os alunos sobre o grafite e pergunte a eles de que maneira esse tipo de arte está presente na cidade onde moram. Estimule-os a falar sobre as questões suscitadas dando destaque às intervenções artísticas urbanas.

•Ressalte que as relações estabelecidas nas sociedades humanas, como as relações culturais, políticas e de trabalho, são estudadas pelos cientistas sociais. Esses profissionais se dedicam ao estudo da origem das sociedades e as transformações pelas quais elas passaram ao longo do tempo. Os estudos realizados pelos cientistas sociais em cada uma de suas especialidades, como Sociologia, Antropologia ou Ciência Política, são fundamentais para a compreensão da sociedade e de suas manifestações culturais.

•Acesse o documento “Desigualdades urbanas e juventudes”, de Kátia Maia, publicado pelo Le Monde Diplomatique, que apresenta textos de diferentes autores sobre os jovens e as cidades. Disponível em: . Acesso em: 5 mar. 2016.

Página 13

As cidades da era industrial e o planejamento urbano

Para aprofundar o estudo das cidades e suas características, converse com os alunos sobre a seguinte análise feita pela geógrafa paulista Ana Fani A. Carlos, professora da Universidade de São Paulo:
Página 26

O uso da cidade remete-nos à análise das relações sociais de produção. O mercado será o elo, os seus mecanismos determinarão a garantia de acesso à propriedade privada, pela possibilidade de pagamento pelo preço da terra. [...]

Assim, as classes de maior renda habitam as melhores áreas, seja as mais centrais ou, no caso das grandes cidades, quando nestas áreas centrais afloram os aspectos negativos como poluição, barulho, congestionamento, lugares mais distantes do centro. Buscam um novo modo de vida em terrenos mais amplos, arborizados, silenciosos e com maiores possibilidades de lazer. À parcela de menor poder aquisitivo da sociedade restam as áreas centrais, deterioradas e abandonadas pelas primeiras, ou ainda a periferia, logicamente não a arborizada, mas aquela em que os terrenos são mais baratos, devido à ausência de infraestrutura, à distância das “zonas privilegiadas” da cidade, onde há possibilidades da autoconstrução – da casa realizada em mutirão. Para aqueles que não têm nem essa possibilidade, o que sobra é a favela, em cujos terrenos, em sua maioria, não vigoram direitos de propriedade.

Ao exército industrial de reserva que não consegue sequer viver de bicos e se apega ao comércio nos semáforos, e às esmolas, sobram os bancos públicos, as marquises ou o abrigo das pontes e viadutos, como pode ser observado em São Paulo.

CARLOS, Ana Fani A. A cidade. São Paulo: Contexto, 1997.

Capítulo 2 – Dinâmica demográfica mundial na atualidade

O segundo capítulo aborda questões demográficas do mundo, como distribuição, crescimento, transição demográfica e estrutura da população. O objetivo é que os alunos compreendam a dinâmica da população mundial e as questões a que se relacionam com ela.

Página 26

A distribuição da população mundial

Proponha aos alunos que analisem o mapa de distribuição da população mundial. Oriente-os na identificação das regiões geográficas de maior e menor concentração populacional e peça que registrem suas conclusões.

Sugira aos alunos que acessem o site do IBGE para que obtenham outras informações sobre a demografia da população dos países do mundo. Disponível em:




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Page 3

. Acesso em: 18 dez. 2015.
Página 15

Contudo, o setor industrial não foi capaz de absorver a demanda de trabalhadores provenientes do campo. De maneira geral, a mão de obra foi absorvida pelo setor terciário da economia e, em sua maior parte, trabalhando de maneira informal. Dessa forma, uma das principais marcas da urbanização nesses países é a forte segregação socioespacial existente, sobretudo, nos grandes centros urbanos.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

André Horta/Fotoarena

Morro do Estado, bairro de Niterói (RJ), 2015.

A urbanização nos países com baixo nível de industrialização

Até o início da década de 1990, dezenas de países da Ásia, da África e da América Latina possuíam grande parte da população fixada no campo. Contudo, nas últimas décadas, um expressivo processo de urbanização, alimentado pelo êxodo rural, tem ocorrido entre essas nações, as quais têm em comum uma economia baseada na exploração de matérias-primas minerais e na produção agrícola voltadas para a exportação e com um baixo nível de industrialização. Como exemplos desse processo, é possível citar o Laos e o Camboja, na Ásia, o Equador e a Bolívia, na América do Sul, e vários países da África. Entre as causas do intenso fluxo migratório campo-cidade nesses países, desencadeado, sobretudo, nas últimas duas décadas, destacam-se:

• a miséria em que vivem os trabalhadores camponeses;

• a concentração de terras agricultáveis nas mãos dos latifundiários e de empresas estrangeiras ligadas ao agronegócio;

• as guerras civis e os conflitos entre grupos étnicos rivais;

• a guerrilha promovida por traficantes de narcóticos e de pedras preciosas.

Entre as consequências desse rápido afluxo de migrantes para as cidades, temos a explosão de áreas com moradias precárias, as chamadas megafavelas, onde faltam até mesmo as mínimas condições de infraestrutura, como o acesso a água potável.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Olatunji Omirin/AFP

Mulheres e crianças no campo de refugiados Kabalewa, região de Diffa, no Níger. Foto de 2015. Página 16

ESPAÇO E CARTOGRAFIA

A paisagem em texto, fotografia e imagem orbital

O texto que segue destaca algumas particularidades de Kibera, a favela mais populosa da África, em Nairóbi, na capital do Quênia. Leia com atenção.

Em 2001, conflitos étnicos entre núbios e luos, duas das principais tribos do Quênia – ao todo são mais de 40 –, resultaram em milhares de refugiados e centenas de mortos na maior favela da África: Kibera, localizada na capital Nairóbi. Ali, vivem hoje, numa área de aproximadamente um quilômetro quadrado, 800 mil pessoas. Os conflitos de outrora se estabilizaram, mas outros não pararam de emergir. Num país em que cerca de 57% da população sobrevive com menos de um dólar por dia e onde a taxa de desemprego é das maiores, Kibera não deixou de ser um lugar violento. Este, no entanto, não parece ser o principal problema das famílias que ali vivem, amontoadas em casas de pau a pique e telhado de zinco. O dilema desses homens e mulheres, e das crianças que correm pelas estreitas vielas da favela, é saber até quando ficarão ali.

Diferente do que acontece em algumas comunidades no Brasil, em Kibera ninguém detém a posse da terra. Pior: não há nenhuma perspectiva nem programa governamental que aponte no sentido da regularização da ocupação desta grande área próxima ao centro de Nairóbi. Pelo contrário, os diversos programas habitacionais desenvolvidos pelo governo queniano demonstraram, nos últimos anos, incapacidade para enfrentar a realidade local.

O último deles, alardeado pelo governo do presidente Mwai Kibaki, funciona sob a seguinte lógica: empreiteiras, com financiamento do Banco Mundial, compram áreas estatais ao redor de Kibera e ali constroem o que seriam, em teoria, conjuntos habitacionais populares. A população da favela, no entanto, está longe de conseguir pagar as prestações da moradia ofertada, a partir de então, pela iniciativa privada – com direito a toda sorte de especulação imobiliária. Às casas construídas em terreno público só resta serem vendidas para a classe média queniana, que se beneficia daquilo que deveria ser ofertado às famílias extremamente carentes de Kibera – por conta de tais programas, constantemente ameaçadas de despejo. [...]

BARBOSA, Bia. Maior favela da África aposta na juventude e organização popular como saída. Carta maior, São Paulo, 29 jan. 2007. Disponível em: . Acesso em: 11 abr. 2015.

Observe, nesta página, uma fotografia que mostra parte da favela de Kibera, no ano de 2014.

Por fim, analise com atenção a imagem orbital abaixo, que apresenta a localização da favela de Kibera dentro do sítio urbano de Nairóbi.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Recep Canik/Anadolu Agency/AFP

Comunidade de Kibera, em Nairóbi, Quênia. Foto de 2014.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Google Earth 2016

Imagem de satélite mostra a comunidade de Kibera (ao centro), em Nairóbi, Quênia. Foto de 2016.

Atividade cartográfica

Resolva os exercícios no caderno.

1. Quais são as características citadas no texto, a respeito de Kibera, que podem ser identificadas na fotografia e na imagem orbital apresentadas?

2. O texto menciona que Kibera possui uma extensão aproximada de um quilômetro quadrado. Como a imagem orbital nos permite ter ideia dessa dimensão? Cite duas maneiras diferentes de se identificar esse aspecto e explique sua opção.

Professor, retome o trabalho com escalas. Se possível, trabalhe em conjunto com o professor de Matemática.

Página 17

Competência de área 2: Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

Habilidade 09: Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

De olho no Enem – 2013

Embora haja dados comuns que dão unidade ao fenômeno da urbanização na África, na Ásia e na América Latina, os impactos são distintos em cada continente e mesmo dentro de cada país, ainda que as modernizações se deem com o mesmo conjunto de inovações.

ELIAS, D. Fim do século e urbanização no Brasil. Ciência geográfica, ano IV, n. 11, set./dez. 1988.

O texto aponta para a complexidade da urbanização nos diferentes contextos socioespaciais. Comparando a organização socioeconômica das regiões citadas, a unidade desse fenômeno é perceptível no aspecto:

a. espacial, em função do sistema integrado que envolve as cidades locais e globais.

b. cultural, em função da semelhança histórica e da condição de modernização econômica e política.

c. demográfico, em função da localização das maiores aglomerações urbanas e continuidade do fluxo campo-cidade.

d. territorial, em função da estrutura de organização e planejamento das cidades que atravessam as fronteiras nacionais.

e. econômico, em função da revolução agrícola que transformou o campo e a cidade e contribui para a fixação do homem ao lugar.

Gabarito: C

Justificativa: Questão de nível de exigência elevado, por demandar a interpretação comparativa dos processos de urbanização ocorridos no mundo periférico. A alternativa a está incorreta, pois a rede urbana dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento caracteriza-se por ser descontínua e desintegrada, ao contrário do proposto no distrator. A alternativa b está incorreta, pois embora haja, de fato, semelhanças entre determinados processos e algumas características comuns, não se pode ignorar a influência das identidades culturais próprias e dos contextos locais, que conferiram aspectos peculiares no processo de urbanização ocorrido nos diferentes espaços mencionados, o que impede tratá-los de forma padronizada. A alternativa d está incorreta, pois no mundo periférico a urbanização acelerada e a falta de planejamento produziram uma desorganização espacial das cidades, opostamente ao que está alegado no distrator. A alternativa e está incorreta por ignorar que a revolução agrícola provocou o deslocamento de milhares de trabalhadores rurais para os espaços urbanos, não havendo, portanto, a alegada fixação do homem ao lugar. A alternativa correta está na letra c, pois a continuidade dos fluxos demográficos do campo para a cidade é uma característica comum ao mundo periférico, e que está diretamente relacionada à tendência de formação de grandes aglomerações urbanas nessas regiões.

Urbanização: fenômeno mundial

Atualmente, cerca de 53% da população mundial, o equivalente a 3,5 bilhões de pessoas, vive em cidades, percentual que deve aumentar ainda mais nas próximas décadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030, cinco bilhões de pessoas viverão em centros urbanos, o equivalente a 60% da população do planeta, que deverá ser, então, de 8,5 bilhões de habitantes. Observe, no gráfico ao lado, a evolução da população rural e da população urbana mundial no decorrer das últimas décadas e as estimativas para os próximos anos.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Gráfico: ©DAE

Fonte: FAOSTAT. Disponível em:




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Page 4

. Acesso em: 16 jan. 2016.

a. Utilizando um mapa político do continente africano, localize os países citados no texto.

b. Onde estavam trabalhando as crianças? E por quem foram resgatadas?

c. Em que sistema agrícola tradicional é possível destacar a produção de cacau na Costa do Marfim?

d.Pesquise sobre as diferentes formas de trabalho escravo infantil no Brasil e no mundo e sobre o tráfico de crianças para o trabalho. Em seguida, debata sobre o tema em sala de aula, utilizando como ponto de partida o texto apresentado acima. Página 76

Enem e Vestibulares

Resolva os exercícios no caderno.

1. (Uepa – 2015)

“O uso dos objetos através do tempo mostra histórias sucessivas desenroladas no lugar e fora dele”, mediada pelas técnicas que são responsáveis pela diferenciação espacial ocorrida nas relações campo-cidade, ao longo dos tempos. Analisando essa relação é correto afirmar que:

a. o espaço agrário originou-se da sedentarização do homem, caracterizando-se pela concentração industrial e como espaço de consumo e de troca dos produtos primários oriundos da cidade.

b. na sociedade contemporânea, a relação entre o campo e a cidade é conflituosa, pois o campo determina as relações político-econômicas, enquanto a cidade se restringe ao espaço de lazer subordinada à produção do campo.

c. as técnicas que mediam a relação campo-cidade produzem um espaço complexo que vai além da troca de produtos, uma vez que ambos atendem às necessidades do capital, ou seja, à acumulação do lucro.

d. no mundo contemporâneo, a relação campo-cidade é definida pela utilização de tecnologias de ponta que aumentam a produtividade da agricultura familiar, reduzindo as desigualdades socioespaciais e ambientais.

e. a relação campo-cidade define o espaço agrário como lugar das decisões políticas e econômicas, pois este é responsável pela territorialização do capital industrial.

2. (Enem – 2010)

A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria é hoje exportadora de trabalhadores. Empresários de Primavera do Leste, Estado de Mato Grosso, procuram o bairro de Vila Maria para conseguir mão de obra. É gente indo distante daqui 300, 400 quilômetros para ir trabalhar, para ganhar sete conto por dia. (Carlito, 43 anos, maranhense, entrevistado em 22/3/98).

Ribeiro, H. S. O migrante e a cidade: dilemas e conflitos. Araraquara: Wunderlich, 2001 (adaptado).

O texto retrata um fenômeno vivenciado pela agricultura brasileira nas últimas décadas do século XX, consequência

a. dos impactos sociais da modernização da agricultura.

b. da recomposição dos salários do trabalhador rural.

c. da exigência de qualificação do trabalhador rural.

d. da diminuição da importância da agricultura.

e. dos processos de desvalorização de áreas rurais.

3. (UFPR – 2015)

A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, foi condenada a pagar indenização por dano moral coletivo de R$ 1 milhão por condições degradantes de trabalho. A condenação é resultado da ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Umuarama (PR), ajuizada em 2012, após investigação que flagrou trabalhadores em condições análogas à escravidão. […] No início de 2012, o MPT-PR em Umuarama constatou graves irregularidades trabalhistas na Fazenda Jaraguá, em Iporã. Os problemas iam desde jornada excessiva e condições precárias dos alojamentos até a contaminação da água fornecida aos trabalhadores para consumo. “A situação encontrada configura trabalho degradante, já que foram desrespeitados os direitos mais básicos da legislação trabalhista, causando repulsa e indignação, o que fere o senso ético da sociedade”, afirma o procurador do Trabalho Diego Jimenez Gomes, responsável pelo caso. A BRF é uma gigante do ramo de produtos alimentícios que surgiu a partir da fusão entre Sadia e Perdigão, além de ser detentora de marcas como Batavo, Elegê e Qualy. A empresa tem 49 fábricas em todas as regiões do país e mais de 100 mil funcionários. Em 2013, a receita líquida foi R$ 30,5 bilhões e o lucro líquido consolidado foi de R$ 1,1 bilhão.

Portal Instituto Unisinos, 29 ago. 2014. Disponível em: . Acesso em: 3 fev. 2016.

Com base no texto e no conhecimento de Geografia agrária, assinale a alternativa correta.


Página 77

a. A organização da produção agropecuária no Brasil apresenta contradições estruturais entre as formas de organização do trabalho e as estratégias empresariais de incremento dos lucros.

b. Apenas os estados brasileiros com formas de produção no campo mais atrasadas mantêm práticas de trabalho degradantes.

c. A expansão das relações capitalistas no campo e a modernização da agricultura permitiram abandonar relações de produção pré-capitalistas.

d. A fusão de grandes empresas produtoras de alimentos implica uma separação entre indústria e agricultura.

e. A ausência de mão de obra capacitada para atender às novas tecnologias aplicadas à produção agropecuária leva empresas a suprir sua demanda, utilizando trabalhadores em condições análogas à escravidão.

4. (Ufal – 2015)

Essa atividade agrícola é responsável por garantir a segurança alimentar do país, gerando os principais produtos da cesta básica consumida pelos brasileiros. Ela emprega quase 75% da mão de obra no campo e é responsável pela segurança alimentar do país, produzindo 70% do feijão, 87% da mandioca, 58% do leite e 46% do milho, entre outros produtos consumidos pela população.

CASSEL, Guilherme. Um novo modelo de desenvolvimento rural. Folha de S.Paulo. São Paulo, 11 out. 2009.

O texto se refere à agricultura:

a. familiar.

b. transgênica.

c. empresarial.

d. de exportação.

e. de subsistência.

5. (UFPE-PE) A agropecuária é uma das mais antigas atividades da história da humanidade, tendo passado ao longo da sua evolução por uma série de transformações. Em relação a esta atividade, analise o que se afirma a seguir.

() Apesar da grande produção de grãos existente no planeta, uma parcela considerável da população mundial é atingida pela fome. Este flagelo é produto muito mais de fatores políticos e econômicos, estando presente, muitas vezes, em países que são grandes produtores e exportadores de grãos.

() Os fatores de produção agrícola são: terra, capital e trabalho. Dependendo do maior ou menor emprego desses fatores, a atividade agrícola é classificada como extensiva ou intensiva.

() Na agricultura intensiva, o aumento da produtividade é alcançado com a incorporação de novas terras ao processo produtivo.

() A distribuição da população economicamente ativa por setores produtivos, nos países centrais, revela que é o setor primário, onde se encontra a atividade agropecuária, aquele que absorve menos mão de obra.

() O agronegócio da fruticultura, no Vale do São Francisco, permite a presença, no meio rural, não apenas da atividade agrícola mas também de atividades dos setores secundário e terciário, relacionadas ao processo de produção que aí se desenvolve.

6. (Enem – 2009) Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário.

São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução Industrial, as quais incluem:

a. a erradicação da fome no mundo.

b. o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas.

c. a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.

d. a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.

e. o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.

Página 78

CAPÍTULO 5 REGIÕES AGRÍCOLAS, FOME E MERCADO GLOBAL DE ALIMENTOS

Leia o título e o destaque da notícia a seguir.

Trigo importado encarece pão no Amazonas

Hoje 100% do trigo utilizado em pães e massas no Amazonas é importado dos Estados Unidos

CÂMARA, Lucas. Jornal do Commercio. 23 fev. 2015. Disponível em:




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Page 5

. Acesso em: 16 jan. 2016.

Estado e gestão do território brasileiro no século XX

E por aqueles campos que ele agora via da janela do trem em movimento na certa passara um dia o Cap. Rodrigo Cambará, montado em seu flete, de espada à cinta, violão a tiracolo, chapéu de aba quebrada sobre a fronte altiva. De certo modo, ele simbolizava a tradição de hombridade do Rio Grande, uma tradição – achava Rodrigo – que as gerações novas deviam manter, embora dentro dum outro ambiente. Tinham-se acabado as guerras com os castelhanos. As fronteiras estavam definitivamente traçadas. Trilhos de estrada de ferro cortavam os campos, e ao longo dessas paralelas de aço, através de centenas de quilômetros, estavam plantados postes telegráficos. Em algumas cidades havia já telefones e até luz elétrica. Os inventos e descobrimentos da ciência, as máquinas que a inteligência e o engenho humano inventavam e construíam para melhorar e facilitar a vida, aos poucos iam entrando no Rio Grande e um dia chegariam a Santa Fé.

VERÍSSIMO, Érico. O retrato. Porto Alegre: Globo, 1963. v. 2. p. 316-317.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Vicente Mendonça


Página 125

O trecho da obra de Érico Veríssimo ilustra uma nova etapa na História e na Geografia do Brasil. A partir do início do século XX, as fronteiras nacionais estavam definidas, e começava a se implantar em determinadas áreas o processo de tecnificação do território, ou seja, de prolongamento das estradas de ferro, da rede de distribuição de energia elétrica, telegrafia, telefonia, entre outras. Contudo, a organização espacial interna do país ainda se configurava como um grande “arquipélago”, com as principais regiões econômicas coexistindo de maneira desarticulada, voltadas basicamente para o abastecimento do mercado externo.

Observe novamente o mapa que mostra a configuração do território brasileiro no início do século XX (página 125) e verifique o que ocorria em cada atual região do país. Note que no Sudeste se destacavam a atividade cafeeira no interior paulista e a mineração de ferro em Minas Gerais. No Sul, as áreas coloniais de imigração europeia, baseadas em pequenas propriedades rurais, voltavam-se à policultura e à produção de erva-mate. O Centro-Oeste, que despontava como área de pecuária extensiva, era o principal fornecedor de carne bovina para o Sudeste. O Nordeste organizava-se em torno da atividade canavieira na Zona da Mata e do cultivo de algodão no Agreste, produção em sua maior parte destinada à exportação. Já a Amazônia destacava-se, até o início da década de 1920, como o grande polo mundial da produção de borracha natural.

O intercâmbio entre essas regiões e entre os estados que as compunham era muito restrito em decorrência dos pesados impostos alfandegários internos e da modesta infraestrutura das vias de transportes que vigoravam na época.

Essa realidade socioespacial somente mudaria a partir da década de 1930, com o processo de centralização político-administrativa promovido pelo governo federal, que passou a restringir drasticamente o poder dos governos estaduais e municipais e a intervir de forma planejada na organização do espaço geográfico nacional por meio de novas políticas territoriais.

Política territorial: toda atividade do Estado que implique intervenções no território nacional, como nas áreas de política regional, urbana ou ambiental, além da integração nacional e das questões de fronteira.

Determinadas ações do Estado, como a extinção dos impostos interestaduais e a realização de altos investimentos em obras de infraestrutura (rodovias federais, usinas hidrelétricas, portos etc.), possibilitaram o desenvolvimento da atividade fabril no país, facilitando a circulação de pessoas, informações e mercadorias. Todas as regiões econômicas passaram, então, a se articular em torno do centro industrial que se erguia no Sudeste.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Acervo Laeti Imagens

Etapa de construção da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, 1923. A ponte liga a parte insular à parte continental da cidade.
Página 126

A partir do final da década de 1940, o Estado também passou a estimular a expansão das chamadas fronteiras econômicas ou agrícolas em direção às grandes áreas, ainda pouco povoadas, do Cerrado e da Floresta Amazônica, que passaram a ser desmatadas. Para tanto, nas décadas seguintes, colocou em prática planos que visavam ao desenvolvimento regional:

• Transferiu a capital do país para a Região Centro-Oeste, criando um novo Distrito Federal e inaugurando em 1960 a cidade de Brasília.

• “Rasgou” o interior do país com extensas rodovias, como a Cuiabá-Santarém, a Belém-Brasília e a Transamazônica.

• Implantou grandes projetos de colonização agrícola e de mineração (Rondônia, Jari, Carajás, entre outros) nas regiões Centro-Oeste e Norte, desencadeando um amplo processo de povoamento dessas porções do território brasileiro.

Essas ações promoveriam a integração efetiva do território nacional e uma melhor distribuição populacional, diminuindo a pressão demográfica na região costeira do país.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Alfredo Obliziner/CB/D.A Press.

Trecho da Rodovia Transamazônica ainda em construção perto de Altamira (PA), fotografado em 1972.

Competência de área 4: Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

Habilidade 18: Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.

De olho no Enem – 2011

O Centro-Oeste apresentou-se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era praticamente virgem, não possuindo infraestrutura de monta, nem outros investimentos fixos vindos do passado. Pôde, assim, receber uma infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna.

SANTOS, M. A. Urbanização brasileira. São Paulo: Edusp, 2005 (adaptado).

O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro. O processo econômico diretamente associado a essa ocupação foi o avanço da:

a. industrialização voltada para o setor de base.

b. economia da borracha no sul da Amazônia.

c. fronteira agropecuária que degradou parte do Cerrado.

d. exploração mineral na Chapada dos Guimarães.

e. extrativismo na região pantaneira.

Gabarito: C

Justificativa: A partir do final da década de 1940, o Estado brasileiro passou a estimular a expansão das fronteiras agrícolas em direção a áreas ainda pouco povoadas do território brasileiro. Entre os espaços mais afetados por essa nova orientação, está o bioma Cerrado, especialmente nos vastos territórios da Região Centro-Oeste – embora a região do Pantanal Mato-grossense também tenha sido impactada. Atividades de pecuária extensiva e, posteriormente, monoculturas de soja, passaram a transformar expressivamente as paisagens locais. Está correta, portanto, a alternativa c. A alternativa a está incorreta, pois não houve expressiva industrialização voltada para o setor de base na região Centro-Oeste do Brasil. A alternativa b está incorreta, pois o Ciclo da Borracha, cujo auge ocorreu na virada do século XIX para o XX, não tinha a porção sul da Amazônia como seu principal território de expansão, mas sim as áreas no entorno dos grandes rios da Bacia Amazônica, afetando, portanto, a Região Norte, e não a Centro-Oeste. A alternativa d está incorreta, pois, embora a Chapada dos Guimarães esteja localizada na Região Centro-Oeste, nunca teve um expressivo ciclo de exploração mineral que justificasse as afirmações mencionadas no texto apresentado como suporte. A alternativa e está incorreta, pois a atividade econômica que melhor caracteriza a região pantaneira é a pecuária extensiva, e não o extrativismo.


Página 127

Marcas da ocupação do território e paisagens brasileiras

A disposição no território dos elementos naturais e daqueles criados pela sociedade, como cidades, plantações, rodovias, ferrovias, portos e hidrelétricas, e a distribuição espacial da população configuram a organização do espaço de um país. O mapa ao lado mostra de maneira esquemática a organização atual do espaço geográfico brasileiro.

Durante os últimos cinco séculos, novas áreas foram gradativamente incorporadas ao território brasileiro, que passou por várias transformações até chegar à presente organização espacial interna. Pode-se afirmar que muitos dos aspectos da atual organização do espaço geográfico brasileiro decorrem da maneira como o território foi ocupado e constituído, de acordo principalmente com as relações sociais de produção que se sucederam ao longo dos séculos.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: Anuário estatístico do Brasil 1996. Rio de Janeiro: IBGE, 1997. Anuário estatístico do Brasil 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

Nesse sentido, nas paisagens de diversos lugares do Brasil coexistem elementos culturais estabelecidos de acordo com as novas relações sociais de produção e elementos característicos de antigas relações, permanências históricas ou marcas de um tempo passado que foram incorporadas às atividades contemporâneas. Podemos citar como exemplos a cultura de cana-de-açúcar da Zona da Mata nordestina, que ainda é em grande parte desenvolvida por meio do tradicional sistema de plantation, como no Período Colonial; as manufaturas artesanais, que se desenvolveram praticamente em todas as regiões brasileiras; o trabalho servil empregado nas atividades primárias, ainda muito comum no interior do país.

Nas paisagens de diferentes regiões brasileiras também há, junto desses elementos culturais, muitos elementos naturais originais, sobretudo no que se refere às formas de relevo e às formações vegetais. Essas últimas surgem em áreas reduzidas como elementos remanescentes que constituem marcas de um tempo anterior à ocupação efetiva do território brasileiro pela sociedade moderna.

Nas fotografias ao lado, podemos identificar “marcas” da ocupação do território brasileiro, de acordo com as funções econômicas que cada uma das regiões representadas nas imagens desempenhou na história do país.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Cassandra Cury/Pulsar Imagens

Para que a cana pudesse se espalhar na Zona da Mata, o gado e o carro de boi enfrentaram e venceram a caatinga e a seca, rumo ao interior. Na foto, carro de boi na zona rural de Serra Talhada, Pernambuco, em 2014.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Andre Dib/Pulsar Imagens

A descoberta de ouro em Minas Gerais, no século XVII, criou verdadeiros monumentos de arte barroca, como a cidade de Ouro Preto. Na foto, de 2015, praça da cidade com monumento em homenagem a Tiradentes. Página 128

Revisitando o capítulo

Resolva os exercícios no caderno.

1. Por que podemos dizer que o Brasil é um país “continental”?

2. O que é mar territorial? E Zona Econômica Exclusiva?

3. Caracterize a posição geográfica do território brasileiro.

4. Quantos fusos horários possui o Brasil? Em qual deles está localizada a cidade em que você mora?

5. O que foi o Tratado de Tordesilhas?

6. Como o sistema de plantation contribuiu para a transformação do espaço geográfico brasileiro até o século XIX?

7. Caracterize a conquista dos sertões e destaque o papel dos rios no processo de ocupação territorial do nosso país.

8. Até a década de 1930, como se configurava regionalmente o território brasileiro? A partir desse período, o que transformou essa realidade socioespacial?

9. Quais foram as principais ações do Estado brasileiro para expandir as fronteiras econômicas em território nacional?

10. Com base na observação do lugar em que você mora, faça uma pesquisa para identificar os elementos das paisagens que constituem “marcas” do processo de ocupação desse lugar.

TRABALHANDO COM GÊNEROS TEXTUAIS

Metamorfose

Meu avô foi buscar prata

mas a prata virou índio. Meu avô foi buscar índio mas o índio virou ouro. Meu avô foi buscar ouro mas o ouro virou terra. Meu avô foi buscar terra e a terra virou fronteira. Meu avô, ainda intrigado, foi modelar a fronteira:

E o Brasil tomou forma de harpa.

RICARDO, Cassiano. In: MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 2002. p. 395.

Com base na leitura da obra do poeta modernista Cassiano Ricardo (1895-1974), responda:

a. Quais são os trechos que indicam cada uma das etapas de ocupação territorial de nosso país?

b. Em sua opinião, quem seria o “avô” mencionado no poema?

c. Que personalidade do governo brasileiro foi responsável para que o Brasil tomasse, definitivamente no início do século XX, “forma de harpa”?

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Vicente Mendonça


Página 129

ANÁLISE DE MAPA

Observe o mapa usado para divulgar na mídia os horários das provas do Enem que ocorreram nos dias 24 e 25 de outubro de 2015.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: ENEM 2015. Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2016.

Note que a cor aponta as 13h no mapa não está contemplando o sudoeste do Amazonas. Confira o mapa dos fusos horários, na página 114.

a. Por que o horário de fechamento dos portões dos estabelecimentos onde se realizaram as provas não é o mesmo nos diferentes grupos de estados brasileiros?

b. Para responder esta questão, observe a data em que ocorreu a prova do Enem. Sabendo que os estados da Região Nordeste, assim como Tocantins, Pará e Amapá, encontram-se no mesmo fuso horário de Brasília, explique o fato de terem os portões fechados no mesmo horário do fuso que está uma hora atrasado em relação ao horário oficial brasileiro.

ANÁLISE DE GRÁFICO

Observe o gráfico.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Gráfico: ©DAE

Fonte: BADIE, Bertrand. Atlas da mundialização: compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 119.

a. Leia novamente o texto em boxe da página 119 e diga qual foi a proporção de africanos escravizados trazidos para o Brasil, dentro do total daqueles trazidos para o continente americano.

b. Quais foram as atividades econômicas desenvolvidas com base na mão de obra de africanos escravizados em território brasileiro? Em que período histórico mais se destacaram? Página 130

Enem e Vestibulares

Resolva os exercícios no caderno.

1. (Enem – 2009)

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

BETHEL, L. História da América. São Paulo: Edusp, 1997. v. 1.

As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados, identificados no mapa, conclui-se que

a. Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz do rio Amazonas.

b. o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite físico da América portuguesa.

c. o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa além da linha de Tordesilhas.

d.Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios na América em relação ao de Tordesilhas.

e. o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da América Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental.

2. (Enem – 2009)

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: CIATONNI, A. Geographie. L’ espace mondial. Paris: Hatier, 2008.

A partir do mapa apresentado, é possível inferir que nas últimas décadas do século XX registraram-se processos que resultaram em transformações na distribuição das atividades econômicas e da população sobre o território brasileiro, com reflexos no PIB por habitante. Assim,

a. as desigualdades econômicas existentes entre regiões brasileiras desapareceram, tendo em vista a modernização tecnológica e o crescimento vivido pelo país.

b. os novos fluxos migratórios instaurados em direção ao Norte e ao Centro-Oeste do país prejudicaram o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões, incapazes de atender ao crescimento da demanda por postos de trabalho.

c. o Sudeste brasileiro deixou de ser a região com o maior PIB industrial a partir do processo de desconcentração espacial do setor, em direção a outras regiões do país.

d. o avanço da fronteira econômica sobre os estados da Região Norte e do Centro-Oeste resultou no desenvolvimento e na introdução de novas atividades econômicas, tanto nos setores primário e secundário, como no terciário.

e. o Nordeste tem vivido, ao contrário do restante do país, um período de retração econômica, como consequência da falta de investimentos no setor industrial com base na moderna tecnologia. Página 131

3. (UFPR – 2014) Considere as seguintes afirmativas sobre a sociedade e a economia açucareiras entre os séculos XVI e XVII do período colonial brasileiro:

1. O período de produção açucareiro pode ser compreendido em seus aspectos econômicos como a primeira iniciativa de colonização do Brasil, em que o açúcar era o principal produto no comércio com a metrópole.

2. Entre 1630 e 1654, os espanhóis controlaram as fontes brasileiras de produção de açúcar em Pernambuco com o apoio dos indígenas e dos escravos, que podiam viver sob uma administração política mais tolerante aos seus costumes religiosos.

3. O declínio da economia açucareira ocorreu após a expulsão dos holandeses, que investiram na produção de açúcar nas Antilhas.

4. O sistema açucareiro caracterizou-se por uma agricultura em grandes propriedades, comandadas pelo senhor de engenho, que possuía plenos poderes políticos sobre a estrutura que os engenhos mobilizavam no campo e nas vilas.

Assinale a alternativa correta.

a.Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

b. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

c. Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

d. Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.

e. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

4. (Fuvest – 2015) Observe a tabela:



Imigração: Brasil, 1881-1930 (em milhares)
Ano Chegadas
1881-1885 133,4
1886-1890 391,6
1891-1895 659,7
1896-1900 470,3
1901-1905 279,7
1906-1910 391,6
1911-1915 611,4
1916-1920 186,4
1921-1925 386,6
1926-1930 453,6
Total 3964,3

Leslie Bethell (ed.), The Cambridge History of Latin America, v. IV. Adaptado.

Os dados apresentados na tabela se explicam, dentre outros fatores,

a. pela industrialização significativa em estados do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela ligada a bens de consumo.

b. pela forte demanda por força de trabalho criada pela expansão cafeeira nos estados do Sudeste do Brasil.

c. pela democracia racial brasileira, a favorecer a convivência pacífica entre culturas que, nos seus continentes de origem, poderiam até mesmo ser rivais.

d. pelos expurgos em massa promovidos em países que viviam sob regimes fascistas, como Itália, Alemanha e Japão.

e. pela supervalorização do trabalho assalariado nas cidades, já que no campo prevalecia a mão de obra de origem escrava, mais barata.

5. (Unicamp – 2015)

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Cândido Portinari. Lavrador de Café. 1934. Óleo sobre tela (100 × 81 cm).

É correto afirmar que a obra acima reproduzida

a. faz menção a dois aspectos importantes da economia brasileira: a mão de obra negra na agricultura e o café como produto de exportação.

b. expressa a visão política do artista, ao figurar um corpo numa proporcionalidade clássica como forma de enaltecer a mão de obra negra na economia brasileira.

c. exalta o homem colonial e as riquezas da terra, considerando-se que o país possui uma economia agrícola diversificada desde aquele período.

d. apresenta uma crítica à destruição da natureza, como se observa na derrubada de árvores, e uma crítica à manutenção do trabalho escravo em regiões remotas do país. Página 132

CAPÍTULO 8 CAPITAL, ESTADO E ATIVIDADE INDUSTRIAL NO BRASIL

Modernização do território brasileiro

Como vimos no capítulo anterior, até o início do século XX a economia brasileira era baseada em atividades primárias, como o extrativismo florestal e mineral e as atividades agrícolas de exportação (plantations). Além disso, a população era predominantemente rural: de acordo com dados oficiais da época, cerca de 90% dos brasileiros viviam na zona rural, sendo poucos os grandes núcleos urbanos (a maior parte deles localizava-se na faixa litorânea do território).

Boa parte desses núcleos tinha função meramente político-administrativa ou existia em razão das atividades comerciais portuárias (exportação dos produtos nacionais), como São Luís, Recife, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro e Santos. Já os núcleos localizados no interior do território, como Garanhuns, Caruaru e Feira de Santana, no Agreste nordestino, e Sorocaba, Ponta Grossa e Erexim, no sul do país, funcionavam como pontos de troca comercial entre os produtores rurais (principalmente pecuaristas).

Pequenos processos de urbanização ocorreram nesse período, com a expansão da fronteira agrícola cafeeira no interior dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, onde novas cidades eram fundadas à medida que as lavouras de café se expandiam e novos ramais ferroviários eram construídos para escoar a produção até os portos.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Instituto Moreira Salles

Embarque de café no Porto de Santos (SP), c. 1900. Nessa época, a expansão urbana se deu em razão das atividades ferroviárias e da cafeicultura.

SABERES EM FOCO

Mudanças em tela

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo

Tarsila do Amaral. Operários, 1933. Óleo sobre tela, 150205 cm.

Essa tela da pintora e desenhista brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973), denominada Operários, foi pintada em 1933. Essa obra revela algumas das principais mudanças de ordem econômica e demográfica pelas quais o Brasil passou a partir das primeiras décadas do século XX. Tente identificar os elementos retratados pela artista que indicam essas mudanças, analisando a imagem com atenção. Depois, troque ideias com o professor sobre o que você e seus colegas observaram na representação.

Página 133

Indústria impulsionada pelo Estado

Professor, explique aos alunos que a fronteira agrícola cafeeira também recebeu a denominação histórica de “frente pioneira do café”.

O perfil econômico e populacional do Brasil – população predominantemente rural e empregada em atividades primárias – somente se transformou a partir da década de 1930, quando a industrialização foi impulsionada.

Nesse período, o Estado passou a incentivar a criação de indústrias nos centros urbanos maiores, como São Paulo e Rio de Janeiro, objetivando assegurar o desenvolvimento da economia do país, seriamente abalada por uma profunda crise econômica que assolava o mundo no período entre guerras (Primeira e Segunda Guerras Mundiais).

A estratégia adotada foi apoiar a transferência de capitais do setor cafeeiro para o de produção de mercadorias até então importadas dos países industrializados do Hemisfério Norte. O Estado pretendia aumentar e diversificar a produção da indústria brasileira, ainda restrita aos setores têxtil, alimentício e de alguns poucos bens de consumo, como chapéu, sabão e vela.

A indústria nascente deveria atender à demanda interna nos mais diferentes segmentos (siderúrgico, metalúrgico, mecânico, automobilístico, químico etc.), substituindo os produtos importados por mercadorias fabricadas em território nacional. É por isso que os especialistas caracterizam o processo de industrialização brasileira como um modelo baseado na substituição de importações.

O processo de industrialização desencadeado no Brasil revelou-se como o início de uma fase de forte interferência do Estado na economia. O governo transformou-se no principal agente de modernização econômica do país durante um longo períododesenvolvimentista, que se estendeu até a década de 1980.

Vamos, a seguir, conhecer as principais fases do período desenvolvimentista no Brasil.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Acervo Laeti Imagens

Interior do Moinho Matarazzo. Primeiro moinho de trigo no país, berço do nascimento das Indústrias Matarazzo, na cidade de São Paulo. 1915.

Indústria na Era Vargas e durante o governo JK

No período compreendido entre as décadas de 1930 e 1950, o Estado, representado pelo governo de Getúlio Vargas, investiu intensamente na implantação de indústrias de base, criando grandes empresas públicas nos setores siderúrgico (como a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN –, em Volta Redonda, Rio de Janeiro), extrativista mineral (como a Companhia Vale do Rio Doce – atual Vale –, de extração de ferro, em Minas Gerais) e petroquímico (como a Petrobras e diversas refinarias de petróleo).

A implantação desse parque industrial de base foi um fator decisivo para que passasse a ocorrer a entrada em massa de capital industrial monopolista no país. Além disso, criou condições para o fornecimento de matérias-primas necessárias ao desenvolvimento de outros segmentos industriais.

A partir da segunda metade da década de 1950, Juscelino Kubitschek, o JK, deu continuidade aos ideais desenvolvimentistas, levando o país a ingressar em uma nova fase de industrialização, com a multiplicação das indústrias de bens intermediários (mecânicos, de transportes, elétricos, de comunicação etc.) e de bens de consumo (eletrodomésticos, automóveis, entre outros).

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Eugênio Silva/O Cruzeiro/EM/D.A Press.

Brasil. Belo Horizonte (MG), 1954. O governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek de Oliveira e o presidente da República do Brasil, Getúlio Vargas (óculos) participam da inauguração das instalações da Companhia Siderúrgica Mannesmann.
Página 134

Contudo, boa parte dos setores industriais mais dinâmicos e modernos ficou nas mãos do capital estrangeiro, principalmente estadunidense e europeu, que importava de seus países de origem a tecnologia necessária para a produção. Essas empresas viam no Brasil ótimas oportunidades para expandir seus negócios, já que o país oferecia mão de obra barata, abundância de matérias-primas e um crescente mercado consumidor para seus produtos.

Podemos afirmar que o desenvolvimento industrial brasileiro foi um processo tardio, já que teve início quase dois séculos depois da Primeira Revolução Industrial. Além disso, nosso país tornou-se cada vez mais dependente da tecnologia produzida nos países desenvolvidos.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Ed Viggiani/Pulsar Imagens

Com os incentivos fiscais concedidos pelo governo federal a partir da década de 1950, grandes montadoras de automóveis, como a Volkswagen e a Ford, passaram a produzir em larga escala no país. Linha de produção em fábrica de motores de indústria automobilística Camaçari (BA), 2015.

Competência de área 4: Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

Habilidade 18: Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.

De olho no Enem – 2013

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

JK – Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Que mais quer?

JECA – Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!

THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras & Expressões, 2001.

A charge ironiza a política desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, ao:

a. evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu as desigualdades regionais do país.

b. destacar que a modernização das indústrias dinamizou a produção de alimentos para o mercado interno.

c. enfatizar que o crescimento econômico implicou aumento das contradições socioespaciais.

d. ressaltar que o investimento no setor de bens duráveis incrementou os salários de trabalhadores.

e. mostrar que a ocupação de regiões interioranas abriu frentes de trabalho para a população local.

Gabarito: C

Justificativa: A charge apresentada como suporte evidencia a contradição inerente ao processo de desenvolvimento industrial brasileiro, destacando um de seus períodos históricos mais relevantes: o governo JK. Pelo seu caráter concentrador e excludente, apesar de ofertar uma série de modernidades ao país, tal processo não se mostrou capaz de superar problemas básicos de boa parte da sociedade brasileira, como a fome. A alternativa que retrata a interpretação correta, atendendo às demandas do enunciado, é a letra c. A alternativa a interpreta incorretamente a charge apresentada, pois o incremento da malha viária nacional não proporcionou a redução das desigualdades regionais no país, como alegado. Da mesma forma, a alternativa b também interpreta incorretamente a charge, já que a crítica do Jeca destaca como a população brasileira, apesar dos automóveis e das estradas, ainda carecia de mais acesso à alimentação básica. A alternativa d está incorreta, pois ocorreu o oposto durante o governo JK, um período marcado pela acentuação das desigualdades sociais e pela redução do ganho dos trabalhadores em razão de elevado processo inflacionário. Além disso, se tivesse ocorrido o contrário, não haveria razão para o Jeca reclamar da falta de acesso à alimentação básica. A alternativa e apresenta uma constatação que, embora correta, não tem qualquer relação com a charge apresentada como suporte e não atende ao comando da questão.

Página 135

Desenvolvimentismo no regime militar

A prioridade dos governos militares, após o golpe de Estado de 1964, foram os setores industriais eleitos como estratégicos (telecomunicações, petroquímica, extração mineral, de geração de energia, aeroespacial). Assim, foram criadas diversas empresas estatais para atuar nesses segmentos, caso da Embraer, Telebras e Embratel, além de ter sido reforçado o caráter estatizante da Petrobras.

Todas essas ações governamentais faziam parte dos chamados Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs). Boa parcela dos investimentos dos PNDs também foi direcionada para impulsionar o setor da indústria da construção civil, já que se priorizou a implantação de diversas obras de infraestrutura, sobretudo na área de transportes viários (construção de estradas, rodovias, pontes, viadutos, portos e aeroportos) e no sistema de geração de energia elétrica, necessários à viabilização do incremento da atividade manufatureira desejado para a época. A seguir, estudaremos como isso ocorreu.

Infraestrutura de transportes

Em relação à infraestrutura de transportes, o Estado priorizou a ampliação da malha rodoviária, construindo rodovias entre os principais centros industriais. Além disso, estendeu a infraestrutura desse tipo de transporte para o interior, ligando o Sudeste, que vinha se industrializando rapidamente, às demais regiões brasileiras, inclusive àquelas que ainda se encontravam praticamente isoladas, como a Centro-Oeste e a Norte.

Ainda que o transporte rodoviário seja mais oneroso que o ferroviário e o hidroviário (veja o mapa na página seguinte), foram as rodovias que possibilitaram o fluxo de matérias-primas entre as áreas fornecedoras e as indústrias, e dos bens industrializados entre os centros produtores e os diferentes mercados consumidores espalhados pelo país. Foi esse meio de transporte que permitiu o deslocamento massivo de mercadorias e pessoas entre as regiões brasileiras.

O crescimento da indústria automobilística no país (com a instalação de multinacionais montadoras de automóveis, ônibus e caminhões, fabricantes de autopeças, de pneus etc.) foi um fator de grande importância para a decisão do Estado de investir grandes somas de dinheiro no sistema de transporte rodoviário.

Concomitantemente à implantação dessas multinacionais, a partir da década de 1950, a malha rodoviária brasileira mais que quintuplicou, passando de aproximadamente 300 mil quilômetros para os atuais 1,7 milhão de quilômetros de estradas, das quais apenas 12% são pavimentadas. A maior parte foi construída na Região Sudeste, a mais industrializada do país (observe novamente o mapa da rede de transportes).

A prioridade dada ao transporte rodoviário provocou a estagnação gradativa do sistema ferroviário brasileiro, que durante o período “áureo” da economia cafeeira era o principal meio de transporte utilizado, desempenhando papel fundamental no desenvolvimento econômico do país. Atualmente, a malha ferroviária nacional, com cerca de 29,8 mil quilômetros, é menor do que a existente nas primeiras décadas do século XX.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Ed Viggiani/Pulsar Imagen

Na imagem, trecho da rodovia Presidente Dutra, em Taubaté (SP), 2015.
Página 136

Transporte no Brasil

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: IBGE. Atlas escolar. Disponível em:




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Page 6

. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado).

Com base nas informações contidas no texto, depreende-se que

a. o processo migratório foi desencadeado por ações de governo para viabilizar a produção industrial no Sudeste.

b. os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificação da mão de obra migrante.

c. o processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como inchaço urbano.

d. as migrações para o Sudeste desencadearam a valorização do trabalho manual, sobretudo na década de [19]80.

e. a falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa maior versatilidade profissional.

2. (Enem – 2011)

Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade. Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2010.

A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma característica comum a esses espaços tem sido

a. o planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender as necessidades básicas dos moradores.

b. a organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo poder público.

c. a presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos espaços naturais circundantes.

d. a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas materiais e humanas.

e. o isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação de políticas que tentam reverter esse quadro.

3. (Enem – 2012)

Minha vida é andar

Por esse país Pra ver se um dia Descanso feliz Guardando as recordações Das terras onde passei Andando pelos sertões

E dos amigos que lá deixei

GONZAGA, L.; CORDOVIL, H. A vida de viajante, 1953. Disponível em: . Acesso em: 20 fev. 2012. (Fragmento).

A letra dessa canção reflete elementos identitários que representam a

a. valorização das características naturais do Sertão nordestino.

b. denúncia da precariedade social provocada pela seca.

c. experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante.

d. profunda desigualdade social entre as regiões brasileiras.

e. discriminação dos nordestinos nos grandes centros urbanos.

Página 177

4. (UFRGS-RS – 2015)

Tá vendo aquele edifício, moço / Ajudei a levantar / Foi um tempo de aflição / Eram quatro condução / Duas prá ir, duas prá voltar / Hoje depois dele pronto / Olho prá cima e fico tonto / Mas me vem um cidadão / E me diz desconfiado / “Tu tá aí admirado? / Ou tá querendo roubar?” / Meu domingo tá perdido / Vou prá casa entristecido / Dá vontade de beber / E prá aumentar meu tédio / Eu nem posso olhar pro prédio / Que eu ajudei a fazer...

Fonte: Zé Ramalho. Cidadão.

A letra da música trata de um setor da economia fortalecido nos últimos anos, em decorrência do crescimento econômico brasileiro. Considere as afirmações relativas a esse setor.

I. É chamado de setor primário e abrange, além das atividades ligadas à construção civil, os serviços de marketing e a venda de imóveis.

II. É caracterizado pela desigualdade econômica e social, vivida pelos trabalhadores.

III. Ampliou a procura por operários, com contratação, inclusive, de mulheres. Quais estão corretas?

a. Apenas I.

b. Apenas II.

c. Apenas III.

d. Apenas II e III.

e. I, II e III.

5. (UFSC – 2015) Sobre urbanização, é correto afirmar que:

01. a forte urbanização brasileira pode ser explicada por vultosos investimentos em áreas degradadas dos principais centros urbanos, o que atraiu grande contingente de trabalhadores.

02. é possível haver crescimento urbano sem que haja urbanização. Esta só ocorre quando o crescimento urbano é superior ao rural.

04. a indústria se tornou forte atrativo para as cidades, o que ocasionou intenso êxodo rural.

08. o crescimento urbano no Brasil se deu de forma harmoniosa, não havendo grandes diferenças entre as regiões e as cidades industriais em franca expansão.

16. a cidade capitalista é a expressão do próprio modo de produção capitalista, com suas contradições e resistências de grupos menos privilegiados em relação a outros com maiores benefícios.

6. (Fuvest-SP – 2015)

São objetivos do Plano Diretor SP: promover melhor aproveitamento do solo nas proximidades do sistema estrutural de transporte coletivo com aumento na densidade construtiva, demográfica, habitacional e de atividades urbanas; incrementar a oferta de comércios, serviços e emprego em áreas pobres da periferia; ampliar a oferta de habitações de interesse social nas proximidades do sistema estrutural de transporte coletivo.

Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 1º ago. 2014. Adaptado.

É correto afirmar que tais medidas visam a

a. estimular a aproximação espacial entre moradia, emprego e serviços na cidade.

b. inibir a verticalização em áreas próximas a vias de circulação e nas periferias.

c. reduzir a densidade demográfica em áreas próximas ao sistema estrutural de transporte coletivo.

d. coibir a distribuição espacial do setor terciário em áreas pobres da periferia.

e. restringir a concentração espacial de habitações de interesse social a áreas periféricas da cidade.

7. (UFAC – 2012) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, entre os quais podemos destacar:

a. Falta de infra-estrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.

b. Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infra-estrutura e todas as formas de violência.

c. Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.

d. Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços.

e. Luta pela posse da terra, falta de infra-estrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.

Página 178

UNIDADE 4 OS COMPLEXOS REGIONAIS BRASILEIROS

Nesta unidade, vamos identificar as principais características de cada um dos grandes complexos regionais brasileiros: Nordeste, Amazônia e Centro-Sul. Neste capítulo, veremos as características da organização do espaço geográfico nordestino e o potencial econômico da região. No Capítulo 12, verificaremos os aspectos naturais, a ocupação e a transformação no espaço da região amazônica. Por fim, no Capítulo 13, veremos como o espaço geográfico da região Centro-Sul está consolidado com base em seus aspectos econômicos. Antes, porém, vamos conhecer melhor as formas de regionalização do território brasileiro.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Paulo Fridman/Pulsar Imagens

A paisagem predominante no Brasil do século XXI é a interminável sucessão de campos cultivados, substituindo o cerrado e boa parte das florestas que antes caracterizavam o interior do país. Na foto, aspecto da intensa mecanização do campo brasileiro: diversas colheitadeiras varrem ao mesmo tempo uma extensa plantação na área rural de Tangará da Serra, Mato Grosso, em 2012. Página 179 Página 180

CAPÍTULO 11 AS REGIÕES BRASILEIRAS E O COMPLEXO REGIONAL NORDESTE

Vimos, na Unidade 3, que o Estado brasileiro lançou mão de ações centralizadoras para modernizar a economia do país. Entre essas ações, destaca-se, a partir da década de 1930, a criação de uma série de órgãos gestores que auxiliaram na execução do plano desenvolvimentista brasileiro de integração nacional.

Nesse contexto, foi criado, em 1934, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Reunindo pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, como geógrafos, economistas e matemáticos, o IBGE tornou-se responsável pelo levantamento de dados estatísticos a respeito das realidades municipais, estaduais e regionais, bem como pelo tratamento e pela análise dessas informações. Desde então, os levantamentos têm sido feitos por meio de recenseamentos (censos) periódicos realizados em todo o país, como foi visto no Capítulo 3.

Além disso, o IBGE tem criado propostas oficiais de regionalização do espaço geográfico brasileiro, auxiliando no planejamento das ações estatais.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

IBGE


Home page do IBGE. Foto de 2016.
Página 181

O IBGE e as regionalizações oficiais

A primeira proposta de regionalização apresentada pelo IBGE data da década de 1940 e foi fundamentada principalmente em critérios de ordem natural, como formas de relevo, clima e vegetação. Contudo, grandes transformações na organização espacial interna do país ocorreram desde então, como a formação de centros urbano-industriais, a expansão das fronteiras agrícolas, a modernização das atividades econômicas e o rápido crescimento da população nacional, o que promoveu uma profunda mudança no perfil geográfico do Brasil. Diante dessa nova realidade, o IBGE mudou os critérios de regionalização e passou a se basear, sobretudo, em aspectos de ordem socioeconômica e demográfica, mas sempre considerando os limites estaduais, a fim de facilitar a coleta e a organização dos dados estatísticos.

Observe, nos mapas desta página, a evolução das propostas oficiais de divisão regional do território brasileiro durante o século XX.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: IBGE. Disponível em:




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Page 7

. Acesso em: 8 fev. 2016.

As terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas foram reconhecidas pela Constituição Federal de 1988 como sendo de posse permanente desses povos, com direito ao usufruto exclusivo das riquezas naturais nelas existentes. Constitucionalmente, este é um direito inalienável, indisponível e imprescritível. [...]

As terras indígenas na Amazônia Legal, como no restante do país, são extremamente vulneráveis, invadidas constantemente por madeireiros, garimpeiros, peixeiros, rizicultores, fazendeiros, posseiros, biopiratas e outros aventureiros em busca do lucro fácil. No sul do Pará, na terra indígena Kayapó, por exemplo, existe contrabando de mogno. Em Rondônia, terras indígenas continuam sendo arrasadas pela exploração ilegal de madeira e pelo garimpo. Em Roraima, na terra indígena Raposa Serra do Sol, fazendeiros praticam a monocultura do arroz usando agrotóxicos que envenenam os rios e os solos e provocam a mortandade dos pássaros. A terra indígena Yanomami até hoje não está livre da invasão garimpeira. A mais recente ameaça às terras indígenas na Amazônia vem da expansão do agronegócio, especialmente da monocultura da soja. No Mato Grosso, essa cultura é mais antiga; no sul do Amazonas, na região de Lábrea, as plantações mais recentes já são consolidadas e, nas terras de Roraima, os fazendeiros já têm prontos estudos de viabilidade e pretendem iniciar o plantio. As consequências da expansão do agronegócio na região amazônica estão relacionadas à degradação ambiental e à ameaça aos territórios já conquistados ou ainda reivindicados pelas populações tradicionais, entre elas os povos indígenas.

Mas o problema vai além, e está ligado ao modelo de desenvolvimento que o Estado brasileiro continua adotando não apenas para aquela região, mas para todo o país: um desenvolvimento voltado para atender às necessidades do mercado externo, no qual os recursos naturais sofrem toda a sorte de pressão e no qual as diversidades culturais e étnicas do país são vistas como entrave à expansão dos lucros ou à elevação do saldo da balança comercial. [...]

HECK, Egon; LOEBENS, Francisco; CARVALHO, Priscila D. Amazônia indígena: conquistas e desafios. In: Estudos avançados, São Paulo, v. 19, n. 53. 2005. p. 242. Disponível em: . Acesso em: 8 fev. 2016.

Resolva os exercícios no caderno.

De acordo com as informações do texto e do mapa, responda: Qual é a situação da maior parte das áreas indígenas na Amazônia? Converse com os colegas, façam uma pesquisa individual sobre o assunto e tragam para a sala de aula as informações que coletarem.
Página 222

Saberes em foco

Os conhecimentos dos povos tradicionais da Amazônia

Como resultado do processo de ocupação da Amazônia ao longo dos séculos, é possível afirmar que existe nessa região uma grande diversidade sociocultural. Na Amazônia vivem cerca de 180 povos indígenas, totalizando aproximadamente 250 mil indivíduos, 357 comunidades de quilombolas e milhares de comunidades de seringueiros, ribeirinhos, castanheiros, açaizeiros, babaçueiros etc. Todos esses povos e comunidades possuem um conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos naturais e da biodiversidade existente na região. Entretanto, esse mesmo processo de ocupação vem ameaçando o domínio que as comunidades possuem sobre esses saberes. Isso porque, além de terem suas terras ameaçadas, esses povos também têm sido vítimas de outra forma de espoliação: a apropriação de seus conhecimentos empíricos a respeito da flora e da fauna amazônicas por instituições de pesquisa ou por empresas químicas e farmacêuticas. Por meio de agentes infiltrados nas comunidades, essas empresas obtêm informações sobre as propriedades orgânicas e terapêuticas de determinadas plantas, fungos e animais que vivem nos ecossistemas locais, levando clandestinamente o material coletado e as informações aos centros de pesquisa, que podem estar localizados no Brasil ou no exterior. Nesses locais, técnicos e cientistas, com base nos saberes daqueles povos, desenvolvem em laboratório novos materiais, como medicamentos, resinas e fibras, patenteando a “descoberta” e obtendo grandes lucros com a venda desses produtos no mercado internacional, prática denominada biopirataria.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Ricardo Teles/Pulsar Imagens

Habitantes da Amazônia há milhares de anos, os indígenas acumularam preciosos conhecimentos sobre a região. Na imagem, indígenas da Aldeia Kamayurá pescam na Lagoa Iananpaú. Parque do Xingu, Mato Grosso, 2014.
Página 223

Expropriação de terras e a urbanização da Amazônia

Observe o mapa abaixo.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fonte: IBGE. Atlas escolar. p. 114. Disponível em: . Acesso em: 8 fev. 2016.

Ainda que a Amazônia continue sendo a região com as menores densidades demográficas do país, nas últimas décadas tem ocorrido crescimento acelerado da população. Durante a década de 1990, por exemplo, o índice de crescimento populacional médio na região foi de 3% ao ano, enquanto a média nacional não ultrapassou 1,65%.

Outro recorde de crescimento na região refere-se à taxa de urbanização, que saltou de 35%, no final da década de 1960, para os atuais 75%, mostrando que hoje a população amazônica vive predominantemente em cidades. Contudo, diferentemente do que vem ocorrendo nos demais complexos regionais, em que há concentração da população em cidades de médio e grande porte (entre 100 mil e 1 milhão de habitantes ou mais), na Amazônia as taxas de urbanização são maiores nas cidades pequenas, com até 50 mil habitantes. As exceções são alguns centros regionais e as metrópoles de Belém e de Manaus, cidades que abrigam, cada uma, mais de 1,5 milhão de habitantes. Esse intenso aumento da população urbana da região deve-se, em grande parte, aos seguintes fatores:

• O fracasso dos projetos agropecuários, principalmente daqueles voltados ao assentamento de pequenos produtores rurais.

• O intenso processo de concentração fundiária e de grilagem de terras de posseiros e indígenas, que levam grandes contingentes de famílias expropriadas a migrar em direção aos centros urbanos.

• Os processos de desapropriação de extensas áreas pelo governo federal para a implantação de projetos econômicos e de infraestrutura, como é o caso das hidrelétricas de grande porte.


Página 224

Contudo, ao chegarem às cidades, o que os migrantes encontram são locais sem infraestrutura adequada para abrigá-los – já que muitas ainda não contam com sistema de distribuição de água ou de coleta de esgoto –, ruas sem calçamento e déficit de habitações e empregos. Dessa forma, ocorre a expansão dos bairros carentes.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Evaristo SA/AFP Photo/Getty Images

A construção de usinas hidrelétricas de grande porte como é o caso de Tucuruí e Belo Monte, no estado do Pará, de Jirau, em Rondônia, e de Balbina (esta última construída no rio Uatumã a fim de fornecer energia elétrica para a Zona Franca de Manaus), no estado do Amazonas, desabrigaram populações indígenas, além de ribeirinhos e agricultores, formando um grande contingente de expropriados. Boa parte dessas famílias se dirigiu aos centros urbanos principais da região, abrigando-se principalmente nos bairros periféricos. Na fotografia, habitações sobre palafitas na periferia de Altamira, Pará, em 2012.

Mulheres em foco

Bertha Becker e a floresta urbanizada

A geógrafa Bertha K. Becker (1930-2013) é reconhecida por unir, de maneira muito particular em sua produção científica, a teoria à pesquisa de campo. Dedicou boa parte de sua vida acadêmica ao entendimento da lógica de ocupação territorial do espaço amazônico. Para ter uma visão abrangente desse processo, visitava comunidades de ribeirinhos, aldeias indígenas, sindicatos de trabalhadores urbanos, comissões de pastorais da Igreja católica, entre outros segmentos sociais. Em seus últimos trabalhos, analisou o recente processo de concentração da população nas áreas urbanas, chamando a Amazônia de “a floresta urbanizada”. Com 19 livros publicados e dezenas de artigos científicos, Becker é considerada referência internacional para aqueles que desejam conhecer um pouco melhor essa região, que cobre aproximadamente metade do território brasileiro e que chama a atenção do mundo na atualidade.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Ana Paula Paiva/Valor/Folhapress

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Editora Garamond

Acima, Berta Becker em foto de 2011. À direita, capa do seu livro A urbe amazônida, lançado em 2013, pouco antes de seu falecimento.
Página 225

Amazônia: um domínio ameaçado

O domínio natural amazônico, embora compreenda uma vastidão de florestas, campos e cerrados, dispondo de uma imensa biodiversidade, apresenta grande fragilidade. Como vimos, os ecossistemas existentes no interior desse domínio relacionam-se intensamente uns com os outros; por isso, qualquer alteração em um de seus elementos deverá interferir nas particularidades dos demais. Um exemplo é o que provoca a derrubada de árvores para uso agrícola ou para a atividade de garimpo. A retirada da floresta elimina a serrapilheira, onde está a camada de húmus que fertiliza e protege os horizontes mais superficiais dos solos amazônicos. Sem ela, as camadas arenosas ficam expostas a intempéries, sobretudo às chuvas torrenciais que caem diariamente na região, causando a laterização dos solos e o assoreamento dos rios e igarapés.

Laterização: processo de intemperismo típico de regiões de clima tropical ou equatorial, que provoca a formação de hidróxidos de ferro e/ou alumínio (laterita) nos solos, podendo deixá-los impróprios para a atividade agrícola.

Nas últimas décadas do século XX, o processo de ocupação e de exploração dos recursos naturais da Amazônia intensificou o ritmo de desflorestamento na região, ameaçando o equilíbrio dos ecossistemas e a biodiversidade existente nesse domínio natural, incluindo espécies da fauna e da flora ainda desconhecidas por estudiosos e cientistas.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Lalo de Almeida/Folhapress

Garimpo ilegal dentro da Floresta Nacional do Jamari, em Itapuã do Oeste, Rondônia, 2015, que abriu enorme ferida na mata.

Vários estudos, produzidos a partir da década de 2000, com base em levantamentos de campo e por sensoriamento remoto (imagens de radar e de satélites), têm ajudado o governo federal a monitorar a progressão da área desmatada na região amazônica e tomar medidas para diminuir o ritmo de derrubada da floresta. A maioria dos desmatamentos está em uma faixa de terras que vai do nordeste do Pará, passando pelo noroeste do Maranhão e do Tocantins, pelo norte do Mato Grosso e por Rondônia, até o Acre. É o chamado arco de desflorestamento da Amazônia.

Por que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um rápido processo de urbanização no complexo amazônico?

Mapa: ©DAE/Allmaps

Fontes: IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de janeiro, 2012. p. 103. Disponível em:




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Page 8

Museu da Imigração do estado de São Paulo.

Museu da Pessoa, um museu virtual de histórias de vida.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com dados e estudos sobre a população e a economia brasileira.

Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getulio Vargas, que apresenta um grande acervo da economia, população, política e cultura brasileira.

Ministério das Cidades.

Unidade 2

Para ler


BRANCO, Samuel Murgel. Natureza e agroquímicos. São Paulo: Moderna, 2003.

CHIAVENATO, Júlio José. Violência no campo: o latifúndio e a reforma agrária. São Paulo: Moderna, 2004.

CONWAY, Gordon. Produção de alimentos no século XXI: biotecnologia e meio ambiente. Tradução de Celso Mauro Paciornik. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.

GREEN, Jen. Alimentos transgênicos. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 2008.

MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. São Paulo: Contexto, 2010.

PORTELA, Fernando; MANÇANO, Bernardo F. Reforma agrária. São Paulo: Ática, 2004.

Para assistir

Gaijin: caminhos da liberdade

Brasil, 1980, 105 min.

Direção de Tizuka Yamasaki.

O sonho de Rose: 10 anos depois

Brasil, 1997, 92 min.

Direção de Tetê Moraes.

Dia de festa

Brasil, 2006, 77 min.

Direção de Pablo Georgieff e Toni Venturi.

Para pesquisar

Ministério da Agricultura.

Site que apresenta informações sobre o meio ambiente.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Site com informações sobre a produção agropecuária.

Atlas da questão agrária no Brasil. Página 254

Unidade 3

Para ler


ANDRADE, Manuel Correia de; ANDRADE, Sandra Maria Correia de. A federação brasileira: uma análise geopolítica e geossocial. Porto Alegre: Contexto, 2003.

DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

IOKOI, Hilda Márcia Grícoli et al. Ser índio hoje: a tensão territorial. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

OLIVEIRA, Carlos Roberto de. História do trabalho. São Paulo: Ática, 2006.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

RODRIGUES, Francisco Luiz; CAVINATO, Vilma Maria. Lixo: de onde vem? Para onde vai?. São Paulo: Moderna, 2003.

SILVA JR., Hédio (Org.). O papel da cor: raça/etnia nas políticas de promoção da igualdade. São Paulo: Ceert, 2003.

THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. São Paulo: Edusp, 2010.

Para assistir

Abril despedaçado

Brasil, 2011, 90 min.

Direção de Walter Salles.

Espelho D’água: uma viagem no Rio São Francisco

Brasil, 2004, 110 min.

Direção de Marcus Vinicius Cesar.

A invenção de Brasília

Brasil, 2001, 55 min.

Direção de Renato Barbieri.

Para pesquisar

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

Site que apresenta taxas de desflorestamento da Amazônia Legal.

Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Unidade 4

Para ler


ANDRADE, Manuel Correia de. O Nordeste e a questão regional. São Paulo: Ática, 1993.

BONFIM, João Bosco Bezerra. Um pau de arara para Brasília. São Paulo: Biruta, 2010.

CRUZ, Nelson. No longe dos Gerais. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. É possível explorar e preservar a Amazônia?. São Paulo: Moderna, 2013.

NICOLELIS, Giselda Laporta. Macaparana. São Paulo: Atual, 2011.

Para assistir

Amazônia em chamas

Estados Unidos, 1994, 123 min.

Direção de John Frankenheimer.

Entre Rios

Brasil, 2009, 30 min.

Direção de Caio Silva Ferraz.

Loas aos reis do Congo

Brasil, 2011, 14 min.

Direção de Kiko Alves.

Relíquias de um Terno de Reis

Brasil, 2013, 15 min.

Direção de Daniel Choma e Tati Costa.

Para pesquisar

Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste.

Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia.

Site das Unidades de Conservação no Brasil, do Instituto Socioambiental.

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Página 255

Gabarito

Seção Enem e Vestibulares

UNIDADE 1

Capítulo 1

1. B

2. B

3. C

Capítulo 2

1. A

2. B

3. A

Capítulo 3

1B

2D

3 A

4 03

UNIDADE 2

Capítulo 4

1 C

2 A

3 A

4 A

5 V-V-F-V-V

6 C

Capítulo 5

1 B

2 D

3 A

Capítulo 6

1 B

2 E

3 D

4 B

5 A

6 C

UNIDADE 3

Capítulo 7

1 D

2 D

3 B

4 B

5 A

Capítulo 8

1 E

2 B

3 B

4 B

Capítulo 9

1 C

2 A

3 A

4 B

5 B

6 A

7 B

Capítulo 10

1 C

2 D

3 C

4 D

5 04 + 08 = 12

6 A

7 B

UNIDADE 4

Capítulo 11

1 Resposta: Regiões: Centro-Oeste e Norte

Dois dos motivos:

• construção de Brasília

• criação de projetos de exploração mineral

• avanço da fronteira agrícola nessas regiões permanência de taxas de natalidade elevadas • movimentos migratórios oriundos de outras regiões do país

As duas regiões brasileiras com maior crescimento relativo da população no período apresentado foram Centro-Oeste e Norte. Os motivos que concorreram para tal fato resultam da historicidade que relegou até meados do século XX a posição de periferização econômica para o interior do país. A partir da década de 1940/1950 iniciam-se processos que resultam no povoamento das regiões e consequente aumento populacional, como: a construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil, a construção de Brasília, o PIN – Plano de Integração Nacional desenvolvido pelo governo JK que implanta a malha rodoviária. A partir da década de 1970, com os governos militares, desenvolvem-se os projetos minerais e os de colonização, resultando no avanço da frente agrícola, o que por sua vez, cria uma intensa corrente migratória do centro-sul em direção a essas áreas. A partir da década de 2010, os investimentos estatais em infraestrutura de transportes e energia cria nova corrente migratória, ampliando a taxa de crescimento populacional.

2 D

3 D

4 D

Capítulo 12

1 E

2 C

3 E

4 C

5 C

6 E

7 D

8 E

Capítulo 13

1 C

2 E

3 C

4 E

5 B

6 E

7 C

Página 256

Bibliografia

AB’SÁBER, Aziz Nacib. Brasil: paisagens de exceção: o litoral e o pantanal mato-grossense: patrimônios básicos. Cotia: Ateliê Editorial, 2006.

______. Litoral do Brasil. São Paulo: Metalivros, 2008. ANDRADE, Manuel C. de. O Brasil e a África. São Paulo: Contexto, 1989.

______; ANDRADE, Sandra Maria Correia de. A federação brasileira: uma análise geopolítica e geosocial. São Paulo: Contexto, 2003.

AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. São Paulo: Difel, 2003.

BECKER, B. K.; EGLER, C. A. G. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993.

CARLOS, Ana Fani A. A cidade. São Paulo: Contexto, 1999.

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Página 1

GEOGRAFIA 2

ENSINO MÉDIO

Espaço e identidade

Levon Boligian Licenciado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Professor de Ensino Médio do Instituto Federal Catarinense (IFC).

Doutor em Ensino de Geografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Andressa Alves

Licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Arte-educadora licenciada em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Professora de Geografia e de Artes Visuais no Ensino Fundamental e na formação continuada de professores do Ensino Básico. Assessora educacional na rede particular de ensino.

Manual do Professor

1ª edição


São Paulo – 2016

COMPONENTE CURRICULAR


GEOGRAFIA

2º ANO
ENSINO MÉDIO

Editora do Brasil Página 2

APRESENTAÇÃO

Esta coleção traz a marca do diálogo que estabelecemos com colegas professores do Ensino Médio em cursos de formação continuada que ministramos ao longo dos últimos anos. A obra também reflete importantes contribuições recebidas nos vários debates dos quais participamos, em encontros e simpósios sobre prática de ensino por todo o país. A proposta didático-pedagógica que nos orienta alinha-se com as tendências mais recentes no ensino da Geografia, contemplando práticas relacionadas ao contexto de vida dos alunos e propondo situações que permitam o estabelecimento da interdisciplinaridade em sala de aula. Neste caderno dirigido ao professor apresentamos os pressupostos teórico-metodológicos que norteiam nosso trabalho, o conteúdo e a estrutura das unidades que compõem o livro, textos de apoio teórico para o desenvolvimento dos conteúdos, sugestões e propostas para o trabalho em sala de aula, comentários e respostas das atividades e, por fim, as referências bibliográficas básicas utilizadas na concepção desta obra.

Os autores


Página 3

Sumário

A Geografia escolar e o Ensino Médio 4 Os conceitos básicos e o conteúdo de Geografia no Ensino Médio 4 A orientação didático-pedagógica da obra 7 Objetivos gerais do ensino de Geografia no Ensino Médio 7 Objetivos específicos do trabalho didático-pedagógico 8 Cartografia no Ensino Médio 9 Trabalho integrado e interdisciplinar 10 Avaliação 11 Avaliação e Enem 12 Conteúdo do volume 2 14 Estrutura das unidades 15 Quadro curricular 16

Orientações e sugestões para o trabalho dos capítulos 24


Orientações e sugestões de respostas para as atividades 42
Bibliografia 63 Página 4

A Geografia escolar e o Ensino Médio

Desde que a Geografia se tornou disciplina escolar no Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro, em meados do século XIX, várias mudanças curriculares ocorreram nos conteúdos e nos objetivos de ensino dessa área do conhecimento. Nas últimas décadas, sobretudo em razão das novas correntes de pensamento que se estabeleceram no campo da Geografia acadêmica e das amplas reformas curriculares ocorridas no país, intensos debates a respeito dos conhecimentos geográficos que deveriam ser ensinados aos alunos vieram à tona, principalmente no que se refere à superação de uma Geografia escolar tradicional, baseada na descrição e na memorização de fatos e fenômenos espaciais.

Atualmente, é consenso entre os especialistas que o principal objetivo da Geografia escolar é estimular nos alunos o desenvolvimento de uma consciência e de um tipo de raciocínio que tem por base a espacialidade dos elementos e dos fenômenos naturais e sociais. Isso porque tais elementos fazem parte, direta ou indiretamente, da experiência dos alunos. Tomar consciência da espacialidade desses elementos em determinado período (histórico ou geológico), ou seja, reconhecer o modo como o espaço é organizado em razão das dinâmicas naturais e sociais é fundamental para o desenvolvimento de práticas sociais e da cidadania.

De acordo com essas considerações, o espaço, principal objeto de estudo da Geografia, é abordado neste livro como produto das ações humanas sobre a natureza e das relações entre as pessoas. Grande parte do conteúdo deste livro é organizada com base nessa perspectiva, para que os alunos compreendam que as sociedades transformam o espaço geográfico ao longo do tempo histórico por meio de sucessivos modos de produção, de inovações tecnológicas e científicas e de novas relações de trabalho.

Ainda nessa perspectiva geográfica, o trabalho com os elementos da natureza (distribuição de elementos, processos e fenômenos naturais) é feito de acordo com uma visão integradora entre as dinâmicas sociais e as dinâmicas naturais. Assim, espera-se que os alunos percebam que o espaço geográfico e as paisagens terrestres são produtos das relações de interação e dependência entre os elementos naturais da biosfera (formas de relevo, rios, florestas, mares, climas e outros) e da interferência humana sobre esses elementos e, consequentemente, sobre os ecossistemas do planeta. Além disso, ao estudar os fatos sociais e os fenômenos naturais, levam-se em conta, nesta obra, as diferentes escalas geográficas de análise. Isso significa dizer que, no processo de elaboração dos conteúdos e das atividades de ensino aqui apresentadas aos professores, buscou-se levar em consideração uma visão escalar do espaço geográfico, articulando, sempre que necessário, as escalas local, regional, nacional, zonal e global para melhor apreensão da realidade socioespacial contemporânea e pretérita.

Ler os fenômenos geográficos em diferentes escalas permite ao aluno uma leitura mais clara do seu cotidiano. Dessa maneira, ele entenderá a realidade, poderá comparar vários lugares e notar as semelhanças e diferenças que há entre eles. A partir desse entendimento, os saberes geográficos são estratégicos, pois permitem ao aluno compreender o significado da cidadania e assim exercitar seu direito de interferir na organização espacial. [...]

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio – Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006. v. 3. p. 51.

Os conceitos básicos e o conteúdo de Geografia no Ensino Médio

De acordo com Kaercher et al. (1999, p. 169)

O Ensino Médio constitui a etapa final do ensino básico. É, portanto, o momento em que devem ser consolidados, complementados e aprofundados os conteúdos de aprendizagem que foram desenvolvidos no Ensino Fundamental. Nesta etapa, na qual se amplia o domínio cognitivo, instrumental e afetivo/valorativo, é importante que o professor tenha, em cada disciplina, um bom conhecimento de sua área de atuação, em especial dos conteúdos que serão objeto do processo de ensino-aprendizagem. [...]

KAERCHER, Nestor André; REICHWALD Jr., Guilherme; SCHÄFFER, Neiva Otero. A Geografia no Ensino Médio. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS/Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre, 1999.


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Nesta obra, os conteúdos estão estruturados de acordo com os conceitos básicos da Ciência Geográfica – lugar, paisagem, região e território – e com outros conceitos fundamentais, como sociedade, cultura, técnica, tecnologia, redes, fluxos e globalização. Observe no quadro-síntese a seguir (extraído do PCN + Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências Humanas e suas Tecnologias, 2002) o significado de alguns conceitos básicos da Geografia utilizados como elementos estruturantes deste volume.


Conceito Concepção norteadora Elementos de aprofundamento
Espaço geográfico “Conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios, ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas) que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar.” (Milton Santos) O espaço é perceptível, sensível, porém extremamente difícil de ser limitado, quer por dinâmica, quer pela vivência de elementos novos e elementos de permanência. Apesar de sua complexidade, ele apresenta elementos de unicidade. Interferem nos mesmos valores, que são atribuídos pelo próprio ser humano e que resultam numa distinção entre o espaço absoluto – cartesiano – uma coisa em si mesmo, independente; e um espaço relacional que apresenta sentido (e valor) quando confrontado a outros espaços e outros objetos.
Paisagem Unidade visível do arranjo espacial, alcançado por nossa visão. Contém elementos impostos pelo homem por meio de seu trabalho, de sua cultura e de sua emoção. Nela se desenvolve a vida social e, dessa forma, ela pode ser identificada informalmente apenas, mediante a percepção, mas também pode ser identificada e analisada de maneira formal, de modo seletivo e organizado; e é neste último sentido que a paisagem se compõe como um elemento conceitual de interesse da Geografia.
Lugar Porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e cria identidade. Guarda em si mesmo as noções de densidade técnica, comunicacional, informacional e normativa. Guarda em si a dimensão da vida, como tempo passado e presente. É nele que ocorrem as relações de consenso, conflito, dominação e resistência. É nele que se dá a recuperação da vida. É o espaço com o qual o indivíduo se identifica mais diretamente.
Território Porção do espaço definida pelas relações de poder, passando assim da delimitação natural e econômica para a de divisa social. O grupo que se apropria de um território ou se organiza sobre ele cria relação de territorialidade, que se constitui em outro importante conceito da Geografia. Ela se define como a relação entre os agentes sociais políticos e econômicos, interferindo na gestão do espaço. A delimitação do território é a delimitação das relações de poder, domínio e apropriação nele instaladas. É portanto uma porção concreta. O território pode, assim, transcender uma unidade política, e o mesmo acontecendo com o processo de territorialidade, sendo que este não se traduz por uma simples expressão cartográfica, mas se manifesta sob as relações variadas, desde as mais simples até as mais complexas.
Escala
Distinguem-se dois tipos ou duas visões básicas: a escala cartográfica e a escala geográfica. A primeira delas é, a priori, uma relação matemática que implica uma relação numérica entre a realidade concreta e a realidade representada cartograficamente. No caso da escala geográfica, trata-se de uma visão relativa a elementos componentes do espaço geográfico, tomada a partir de um direcionamento do olhar científico: uma escala de análise que procura responder aos problemas referentes à distribuição dos fenômenos.
Para a escala cartográfica, é essencial estabelecer os valores numéricos entre o fato representado e a dimensão real do fato ocorrente. No entanto, essa relação pode pressupor a escolha de um grau de detalhamento que implique a inclusão de fatos mais ou menos visíveis, dentro de um processo seletivo que considere graus de importância para o processo de representação. No caso da escala geográfica, o que comanda a seleção dos fatos é a ordem de importância deles no contexto do tema que está sendo trabalhado. Há, nesse caso, uma seleção efetiva dos fatos a partir dos diversos níveis de análise, que já se tentou agrupar em unidades de grandeza, o que pode ser discutível.

Página 6

Conceito

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6. a. O sistema de parceria funciona quando trabalhadores rurais utilizam a terra de outra pessoa (no caso, o proprietário da terra) para cultivar sua lavoura ou manter criação pecuária. Nesse sistema, o proprietário fornece subsídios para a produção e há diferentes formas de pagamento: em dinheiro (após o produto cultivado ser comercializado), com parte da produção (cultivada nesse sistema) ou ainda com a própria força de trabalho.

b. O arrendamento funciona de forma similar ao sistema de parceria, em que o trabalhador rural trabalha na terra de outro proprietário. Contudo, nesse caso, o trabalhador “compra” ou aluga o direito de usar a terra por um período determinado. A forma de pagamento desse “aluguel” varia e segue os mesmos padrões dos parceiros: dinheiro, produtos ou trabalho.

c. São os boias-frias: trabalhadores informais e temporários que são submetidos a péssimas condições, longas jornadas e remuneração diária e muito baixa.

7. A reforma agrária é uma reestruturação da distribuição da estrutura fundiária. Coordenada pelo Estado (no caso do Brasil, o órgão federal responsável é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra), essa medida visa promover a justa redistribuição de terras por meio da desapropriação de grandes áreas improdutivas e da divisão e do repasse do direito de uso dessas áreas a camponeses que não possuam terras para produzir e trabalhar, com a criação de assentamentos rurais.

8. O principal objetivo dos movimentos sociais camponeses é atingir a reforma agrária, pautada na democratização do acesso à terra, ao capital e à educação; na produção em um modelo que preserva o meio ambiente, os trabalhadores rurais e os consumidores; e na reorganização da agricultura brasileira (para valorizar mais o mercado interno).

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9. Os assentamentos rurais são áreas de terras (que antes foram desapropriadas) subdivididas em lotes e distribuídas aos camponeses (para realizar a reforma agrária).

10 a. A expropriação de terras é o processo pelo qual os pequenos e médios produtores perdem suas propriedades para os grandes produtores. Entre os fatores que causam esse processo estão a falta de incentivo estatal aos pequenos e médios produtores e a concorrência desleal entre os produtos.

b. Com o aumento das expropriações de terras dos pequenos e médios produtores, e o consequente aumento da quantidade de terras nas mãos dos grandes produtores, a estrutura fundiária brasileira tende a ficar cada vez mais concentrada, isto é, muita terra nas mãos de poucos e pouca terra nas mãos de muitos.

Análise de texto

a. Antes de ser assentado, César havia trabalhado como arrendatário no Paraná e, além disso, trabalhou no espaço urbano, como metalúrgico, vigia e guarda.

b. Módulo é uma divisão de terra dentro do assentamento, do qual César tem um de cinco alqueires e meio.

c. César relata que planta em seu módulo milho, feijão e arroz.

d. Resposta pessoal.

Professor, assegure que os alunos não julguem a vida de César de forma preconceituosa e que respeitem os diferentes modos de vida da população brasileira.

e. Atualmente o processo de implantação de assentamentos rurais é lento.

Professor, caso necessário, auxilie os alunos na pesquisa e indique fontes para que eles se mantenham atualizados. Faça a mediação da apresentação dos dados e dos debates.

Debate

Respostas pessoais.

Professor, oriente os alunos para que compreendam a importância da luta por melhorias dos direitos e das condições de trabalho para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Os trabalhadores são os responsáveis diretos pela produção e merecem ser valorizados por seus empregadores.

Capítulo 10

Revisitando o capítulo

1. Êxodo rural é a migração de pessoas do campo para a cidade. No Brasil, a expropriação de terras e a dispensa de mão de obra no campo desencadearam um intenso afluxo de trabalhadores das áreas rurais em direção às cidades. A partir da década de 1940, esse fenômeno resultou no aumento das taxas de urbanização no país. Na década de 1960, a população urbana brasileira se tornou maior que a população rural.

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2. a. Os estados mais populosos do Brasil são: São Paulo (43.663.669 habitantes), Minas Gerais (20.593.356 habitantes), Rio de Janeiro (16.369.179 habitantes), Bahia (15.044.137 habitantes) e Rio Grande do Sul (11.164.043 habitantes).

b. Maiores taxas: Rio de Janeiro (97%), São Paulo (96,5%) e Distrito Federal (95,5%). Menores taxas: Maranhão (58,3%), Pará (68,9%) e Piauí (68,4%).

Espera-se que os alunos expliquem as causas da diferença nas taxas de urbanização com base nos processos de transformação do campo no Centro-Sul e de expansão da fronteira agrícola nacional.

3. A migração campo-cidade, chamada de êxodo rural, resultou na absorção da mão de obra do setor primário pelo secundário e, principalmente, terciário (maiores no espaço urbano que no espaço rural).

4. De maneira geral, o processo de metropolização no Brasil caracterizou-se pelo crescimento dos maiores centros urbanos, que receberam grande número de migrantes rurais, especialmente entre 1950 e 1980. Isso levou à formação das primeiras metrópoles nacionais. Também a partir da década de 1950, aumentou o número de centros urbanos locais. Muitos deles surgiram à medida que as fronteiras econômicas ou agrícolas se expandiram em direção à porção ocidental do país.

5. a. Região metropolitana é caracterizada pela conurbação urbana, que cria grandes aglomerações em torno de uma cidade principal e apresenta interdependência entre os municípios que a compõem.

b. Megalópoles são aglutinações de duas ou mais metrópoles; como as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo, que formam a megalópole brasileira.

c. O enorme crescimento das áreas urbanas dos grandes centros faz com que o espaço urbano de diferentes cidades atinja o espaço urbano das cidades vizinhas. Esse processo (de união das áreas urbanas de diferentes cidades) é chamado de conurbação urbana.

6. A denominação do IBGE para a megalópole brasileira é: complexo metropolitano do Sudeste.

7. Entre os problemas sociais e ambientais causados pelo processo de metropolização, é possível citar: canalização de rios e córregos, ocupação dos fundos de vales, ocupação de morros e encostas, poluição das águas, destruição de mananciais, deficiência no sistema de coleta de esgoto, de fornecimento de água potável, de energia elétrica e de transporte de qualidade.

8. Segregação socioespacial é a desigualdade na apropriação do espaço pelos diferentes grupos sociais. Essa segregação pode ser exemplificada com os padrões de moradia (entre a classe mais rica e a mais pobre) e o acesso à infraestrutura, como pavimentação das vias públicas, acesso à água encanada, rede elétrica etc.

9. Áreas de risco são locais ambientalmente sensíveis e perigosos, com características que tornam sua ocupação perigosa, como grande declividade do terreno (o que propicia desabamentos) e fundos de vale (passíveis de enchentes ou de inundações).

10. As fronteiras econômicas se expandiram no século XX em direção à porção ocidental do país e provocaram o surgimento de muitos centros urbanos, pois atraíram grande contingente populacional para o trabalho agrícola.

11. Na classificação da rede urbana brasileira do IBGE, Porto Alegre, Fortaleza e Belém são consideradas metrópoles; Campinas e Vitória são classificadas como capitais regionais A; Santa Maria é classificada como capital regional B.

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12. Plano Diretor é um plano político de desenvolvimento do município com a função de orientar o poder público e a iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural na oferta dos serviços públicos essenciais, assegurando melhores condições de vida para a população.

Análise de texto

O processo de crescimento das cidades médias brasileiras é resultado do fenômeno de interiorização do crescimento econômico brasileiro, que, por sua vez, é causado pelo avanço das fronteiras agrícolas e pela desconcentração da atividade industrial.

Análise de imagem

a. Resposta pessoal.

Professor, o importante é o aluno identificar as garrafas plásticas como um símbolo da poluição nas cidades e relacionar suas ações diárias (como o consumo de uma garrafa plástica) com a poluição.

b. Resposta pessoal.

Professor, verifique se os alunos percebem essas intervenções como formas de conscientizar a população.

c. Professor, os alunos podem citar, principalmente, o problema da poluição, mas aproveite esse momento para mostrar que a falta de planejamento das grandes metrópoles acarreta, por exemplo, a ausência de coleta de lixo periódica e de qualidade, a falta de locais para o despejo adequado desse lixo etc.

Capítulo 11

Revisitando o capítulo

1. Para regionalizar o território brasileiro, o IBGE leva em consideração aspectos de ordem socioeconômica e demográfica, sempre levando em conta os limites estaduais, a fim de facilitar a coleta e a organização dos dados estatísticos.

2. a. As grandes regiões geoeconômicas.

b. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apontem, entre outros aspectos: o deslocamento populacional em razão das fronteiras agrícolas (em direção ao oeste e à Amazônia), a construção de Brasília e a concentração industrial e agropecuária moderna no Centro–Sul.

c. A nova forma de regionalização proposta para o país foi caracterizada por três grandes regiões: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia.

3. A Floresta Amazônica estende-se pelo Nordeste até a região central do estado do Maranhão, onde tem início a Mata dos Cocais, que se estende até o Piauí. Ao norte do Maranhão encontram-se ainda regiões de campos. O Cerrado ocupa parte dos estados do Piauí, do Maranhão e do sul da Bahia. Toda a faixa litorânea dos nove estados nordestinos é ocupada por vegetação litorânea. As florestas tropicais estendem-se por uma faixa leste que vai do Rio Grande do Norte à Bahia. A Caatinga ocupa todo o interior da região e é a vegetação mais abundante no complexo regional do Nordeste.

4. Para dividir o espaço geográfico nordestino em quatro sub-regiões, são usados critérios ambientais e socioeconômicos. As quatro sub-regiões do Nordeste são: Zona da Mata, Agreste, Meio-Norte e Sertão.

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5. A Sudene foi fundada em 1960 com o intuito de promover o desenvolvimento social e econômico do Nordeste e combater a forte repulsão populacional que ocorria na região. Depois que a instituição foi criada, a atividade industrial aumentou significativamente no Nordeste, o que impulsionou a participação do setor secundário na economia nordestina e integrou a região à economia do Centro-Sul.

6. O clima dominante na Zona da Mata é o tropical úmido (quente e chuvoso), com pluviosidade elevada, que favorece o desenvolvimento da floresta tropical, mata exuberante e com grande diversidade de espécies. No Agreste, o clima mais seco dá origem a uma área de transição, com trechos tanto úmidos, onde há a presença da mata, quanto secos, onde predomina a Caatinga. No Meio-Norte existe uma área de transição entre o clima árido do Sertão e o equatorial da floresta Amazônica, onde se encontram o Cerrado, a Mata de Cocais e a floresta Amazônica.

7. Atualmente, a Zona da Mata é considerada a sub-região economicamente mais importante do Nordeste porque tem destaque no panorama financeiro nacional, apresentando crescimento econômico acima da média brasileira e alto potencial de consumo da população. Desse modo, a Zona da Mata está sendo comparada, em alguns aspectos, à potência asiática.

8. As principais cidades do Agreste são: Campina Grande, na Paraíba; Caruaru e Garanhuns, em Pernambuco; Arapiraca, em Alagoas; Feira de Santana, na Bahia.

9. As principais atividades econômicas desenvolvidas no Meio-Norte são a extração vegetal e a criação de gado bovino. Além disso, também são muito importantes para a economia do Meio-Norte o Complexo Portuário e Industrial de São Luís e o Corredor de Exportação Norte.

10 a. O Corredor de Exportação Norte foi criado para permitir o escoamento das safras agrícolas do Meio-Norte e de porções das regiões Norte e Centro-Oeste em direção ao porto de Itaqui, em São Luís, no Maranhão.

b. O Complexo Portuário e Industrial de São Luís, no Maranhão, colabora para impulsionar o crescimento do Meio-Norte. Ele é fundamental para a exportação de produtos agrícolas e para o embarque de minério de ferro, cobre e manganês extraídos da Serra do Carajás, no Pará.

11. No Sertão nordestino predominam a Caatinga e o clima semiárido, com temperaturas elevadas e duas estações definidas, uma seca e outra chuvosa. A atividade econômica está baseada na agropecuária e na agricultura de subsistência.

12. O clima predominante na sub-região do Sertão nordestino afeta diretamente as atividades agropecuárias, que ficam comprometidas nos períodos de estiagem.

13. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos expliquem sua resposta com base nos textos apresentados.

14. O complexo regional nordestino vem sendo considerado por alguns especialistas a “China brasileira” porque esse país é uma potência emergente e tem algumas características socioeconômicas semelhantes às do Nordeste brasileiro. Observa-se na região crescimento econômico acima da média brasileira e população com alto potencial de consumo, porém há grande concentração de renda.

15. Os principais fatores considerados estimulantes do desenvolvimento econômico dos estados nordestinos são os investimentos no setor industrial, na agricultura e no turismo.

Trabalhando com gêneros textuais

a. As principais causas das secas no Nordeste são: a zona de convergência intertropical (que altera a circulação dos ventos atmosféricos) e o El Niño.


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b. Resposta pessoal. Professor, auxilie os alunos a perceber que a frase destaca a migração do Nordeste para, principalmente, o Sudeste, motivada pela seca e pela busca de melhores condições de vida.

Trabalho prático

Professor, auxilie os alunos nas pesquisas e, caso necessário, oriente-os na elaboração dos painéis. Verifique se precisam de ajuda com a lista de materiais necessários e estimule-os a pensar na melhor forma de expor suas conclusões.

Capítulo 12

Revisitando o capítulo

1. a. Corresponde à região geoeconômica definida por critérios que contemplam aspectos naturais e o processo de formação socioespacial do Brasil.

b. Compreende a extensão total da floresta Amazônica, que se estende por vários países da América Latina.

c. Região de planejamento estabelecida para ser o principal alvo de investimentos estatais e privados. Corresponde à área ocupada pelo bioma da Floresta Amazônica dentro do território brasileiro.

2. O aluno pode apontar a diversidade de conjuntos florestais, além de outros ecossistemas integrados, como os campos e os cerrados. O aluno também pode citar a estreita interdependência dos elementos naturais desse bioma, que cria as condições necessárias para manter tamanha biodiversidade na região.

3. A serrapilheira é muito importante para a manutenção da Floresta Amazônica, pois fornece os nutrientes de que as plantas necessitam para sobreviver.

4. De acordo com os pesquisadores, pequenas alterações na natureza decorrentes da ação humana, em áreas de baixa concentração populacional, teriam efeitos benéficos para a biodiversidade, abrindo espaços de refúgio para a vida. Explique aos alunos a importância que as populações tradicionais (caboclos e indígenas) têm para a manutenção da biodiversidade na Amazônia e dos impactos desastrosos que a ocupação desenfreada da região provoca no meio ambiente.

5. Os rios são as principais vias de transporte de pessoas e mercadorias na Amazônia, onde quase não existem estradas. Por isso, a rede hidrográfica é muito importante para a economia e para a população da região.

6. As principais iniciativas foram: o estabelecimento do Plano de Integração Nacional (PIN) para promover a ocupação e o povoamento da região; a construção de rodovias para ligar a Amazônia às demais regiões do país; a criação de órgãos de planejamento, como a Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

7. a. A fronteira econômica do país tem se expandido na região, avançando pelos estados do Mato Grosso e do Pará em direção ao interior da floresta Amazônica, onde estão as principais cidades da região, como Porto Velho, Rio Branco, Manaus e Santarém.

b. As rodovias da Amazônia ligam as capitais e as principais cidades da região com o restante do território nacional. Elas não são numerosas e apresentam poucos trechos pavimentados. Por isso, não são tão eficazes quanto as hidrovias para integrar os municípios da região amazônica.

8. Pequenos núcleos urbano-rurais: implantados para assentar famílias de migrantes, sobretudo nordestinos, nos estados do Amazonas, de Rondônia e do Pará. Nessas pequenas propriedades, desenvolvia-se a agricultura de subsistência com técnicas tradicionais, que levaram ao rápido empobrecimento dos solos e ao consequente deslocamento das famílias assentadas na região, que se estabeleceram em latifúndios improdutivos ou em terras devolutas.


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Médias propriedades rurais: propriedades implantadas ao longo de rodovias federais e estradas vicinais em meio à floresta nos estados do Amazonas, de Rondônia e do Tocantins. Elas foram vendidas por empresas de colonização a migrantes provenientes da região Centro-Sul. Essas áreas de colonização favoreceram a formação de cidades e permitiram a introdução de culturas agrícolas comerciais altamente mecanizadas na região. Grandes latifúndios empresariais: enormes propriedades vendidas a baixo custo pelo Estado a grandes empresas nacionais e multinacionais. Ocupam áreas isoladas no interior dos estados, onde são desenvolvidas atividades relacionadas à extração vegetal, ao reflorestamento e à pecuária extensiva. Muitas dessas propriedades ainda estão intocadas, constituindo apenas áreas de especulação.

9. As indústrias da região amazônica concentram-se nas proximidades das capitais dos estados, com destaque para a região de Manaus, onde se localiza a Zona Franca. A maior parte delas está ligada à produção de bens intermediários (madeira, produtos mecânicos e produtos de minerais não metálicos). Também se destaca na região a produção de bens de capital (metalurgia, siderurgia e química) e de bens de consumo não duráveis (papel, perfumaria, produtos alimentícios e bebidas). A produção menos expressiva na região é a de bens de consumo duráveis (material elétrico, de comunicação e de transporte).

10. Os povos da Amazônia e a sua cultura são ameaçados principalmente pela disputa da ocupação das terras e pela biopirataria – apropriação de seus conhecimentos sobre a flora e a fauna por empresas químicas e farmacêuticas.

11. Resposta pessoal. Professor, avalie o que tem sido noticiado pela mídia sobre a Amazônia e oriente os alunos a prestar atenção e se manter informados sobre os conflitos de terra, em todo o Brasil, inclusive na Amazônia. Eles poderão citar problemas crônicos da posse de terra na Amazônia, como o processo de grilagem de terras dos pequenos agricultores pelos grandes fazendeiros na região.

12. O rápido processo de urbanização que vem ocorrendo no complexo Amazônico se deve ao fracasso dos projetos agropecuários voltados ao assentamento de pequenos produtores rurais e do intenso processo de concentração fundiária e de grilagem de terras de posseiros e indígenas, fatores que têm favorecido a migração de famílias expropriadas para os centros urbanos.

13. O arco de desflorestamento da Amazônia é uma área de fronteira agrícola na qual as florestas estão, gradativamente, sendo substituídas por pastagens e lavouras. Estende-se do nordeste do Pará até o Acre, passando pelo noroeste do Maranhão e Tocantins, pelo norte do Mato Grosso e por Rondônia.

Trabalhando com gêneros textuais

1. A peça publicitária faz uma alusão ao fato de a atividade pecuária, associada a outras culturas, ocupar áreas cada vez maiores do bioma amazônico.

2. O texto, de forma irônica e provocativa, faz o leitor pensar sobre a origem do produto que consome, no caso, a carne bovina produzida nas áreas de desmatamento da Floresta Amazônica.

3. Refere-se ao desmatamento da Floresta Amazônica.

Página 61

4. Resposta pessoal.

Professor, caso julgue importante, proponha um debate em sala de aula sobre o tema e, ao final, peça que os alunos se dividam em grupos e criem uma campanha publicitária de conscientização com temas ambientais, como o da peça apresentada na atividade.

Análise de mapa

1. O maior número de queimadas está registrado na região da Amazônia.

2. É possível perceber que a maior concentração dos focos de queimadas está nos limites (sul, sudeste e leste) da Floresta Amazônica. Analisando os dois mapas, percebe-se que essa concentração de queimadas tem a mesma abrangência espacial que o arco de desflorestamento da Amazônia, ou seja, as queimadas estão no arco de desflorestamento e são as responsáveis por sua configuração.

3. Assim como a comparação com o arco de desflorestamento da Amazônia, a análise entre as queimadas e a expansão da fronteira econômica mostra que a expansão econômica está na área do desmatamento; logo, está na área do arco de desflorestamento. Esse arco é o responsável pelo aumento produtivo do setor agropecuário brasileiro, que avança sobre a Floresta Amazônica.

Pesquisa Professor, auxilie os alunos na pesquisa e elaboração do material.

Capítulo 13

Revisitando o capítulo

1. O Estado implantou um modelo de desenvolvimento, a partir dos anos 1950, que envolveu a implantação de indústrias de base, altos investimentos em transportes, geração de energia elétrica e de centros de pesquisa e desenvolvimento de produtos com alta tecnologia.

2. Espera-se que os alunos descrevam a distribuição espacial da indústria no Centro-Sul tomando como base o mapa da página 237 do livro-texto.

3. A concentração e a diversidade de indústrias no Centro-Sul criaram condições para o desenvolvimento de maquinários agrícolas e insumos, o que levou a um intenso processo de modernização no campo na região.

4. Os principais gêneros agropecuários produzidos no Centro-Sul são aqueles relacionados à agricultura comercial: trigo, soja, café, laranja, cana-de-açúcar, entre outros.

5. No sistema de integração se estabelece uma parceria direta entre os criadores, que oferecem seus estabelecimentos e mão de obra para a criação de animais, e as empresas de alimentos, que oferecem técnicos especializados, insumos e filhotes para o desenvolvimento das criações.

6. Espera-se que os alunos identifiquem os principais fatores histórico-econômicos, tecnológicos e industriais que permitiram o desenvolvimento desse modelo agrícola no país.

7. Os principais fatores de transformação foram: aplicação de investimentos em um amplo complexo agroindustrial – com base na modernização de monoculturas comerciais –, a insuficiência de linhas de crédito para pequenos e médios produtores rurais e a disseminação do modelo de desenvolvimento agrícola capitalista.



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. Acesso em: 8 mar. 2016.

Matriz de Referência de Ciências Humanas e suas Tecnologias

Competência de área 1

Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

H1
Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

H2
Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.

H3
Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.

H4
Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.

H5
Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Página 13



Competência de área 2

Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

H6
Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.

H7
Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.

H8
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.

H9

Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.

H10
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

Competência de área 3

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

H11
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.

H12
Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.

H13
Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.

H14

Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.

H15

Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

Competência de área 4

Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

H16
Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.

H17
Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.

H18
Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.

H19
Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.

H20
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Competência de área 5

Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

H21
Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.

H22
Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.

H23
Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.

H24
Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.

H25
Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Competência de área 6

Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

H26
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.

Página 14



H27
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e/ou geográficos.

H28
Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.

H29
Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

H30
Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
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