O “desencontro de culturas” promovido pelos primeiros contatos entre europeus e indígenas ganhou nova força a partir de 1516, quando Dom Emanuel I, rei de Portugal, enviou navios ao novo território para efetivar o povoamento e a exploração. Não reconhecendo nos nativos uma cultura própria, os portugueses pretendiam torná-los súditos do rei de Portugal e cristãos. Eram incapazes de entender os índios e o seu contexto sócio - cultural, reduzindo-os à condição de selvagens, de acordo com os padrões europeus. Muito comum entre a comunidade indígena, durante a colonização do Brasil o escambo foi utilizado na extração do pau-brasil. ... O trabalho decorrente do corte e do transporte da madeira feito pelos índios era “pago” com utensílios de pouco valor para os colonizadores. Quando os europeus chegaram ao Brasil, encontraram povos que denominaram índios, com quem travaram diversos tipos de relações. ... As religiões indígenas, assim como as instituições políticas e as manifestações culturais desses povos, foram compreendidas e admiradas pelos colonizadores. Segundo Azevedo (1976), a atuação jesuítica na colônia brasileira pode ser dividida em duas fases distintas: a primeira fase, considerando-se o primeiro século de atuação dos padres jesuítas, foi a de adaptação e construção de seu trabalho de catequese e conversão do índio aos costumes dos brancos; já a segunda fase, o ... Escambo é o termo usado para se referir à troca de bens e produtos entre duas pessoas. Ou seja, em um escambo, as duas partes trocam produtos sem a utilização de papel-moeda como intermediador. Para que ocorra o escambo, as duas partes precisam estar de acordo em relação aos bens trocados. Os portugueses consideravam o comportamento dos povos nativos néscio, pois aceitavam objetos de pouco valor na Europa em troca de objetos valiosos na mesma, como o pau-brasil. ... Para os indígenas, esses objetos os diferenciavam perante outros grupos, reconhecendo-os como aliados dos estrangeiros.