Substantivos derivados são aqueles cujo nome deriva de outras palavras do próprio idioma. Esse processo de derivação pode ocorrer de diferentes formas, como: Show
Leia também: Quais são os substantivos comuns? O que é substantivo derivado?O substantivo derivado é aquele cujo nome se origina de outras palavras da própria língua. Ele pode se originar de um substantivo primitivo ou de outro substantivo derivado. Além disso, pode se originar de palavras de outras classificações, como adjetivos ou verbos. Substantivos derivados mantêm o radical das palavras de origem, apresentando, muitas vezes, variação em sua forma e mudança de sentido. Veja alguns substantivos derivados:
Note que, nos exemplos anteriores, o radical pode se encontrar no início, no meio ou no final da palavra. Isso acontece porque o processo de derivação pode ocorrer de formas diferentes. Vamos entender como a seguir. A derivação pode ser classificada de diferentes formas dependendo de como a palavra derivada se originou: a derivação pode ser prefixal, sufixal, parassintética, regressiva ou imprópria. A seguir, veja um pouco mais sobre essas classificações.
Diferenças entre substantivo derivado e primitivoO substantivo primitivo é aquele que não se origina de nenhuma palavra do próprio idioma. É comum que, com base nesses substantivos primitivos, originem-se outros substantivos, que serão os derivados. No exemplo a seguir, “livro” é um substantivo primitivo que gera outros substantivos derivados. Exercícios resolvidosQuestão 1 - Leia os enunciados e complete as lacunas com um substantivo derivado com base no contexto, respeitando a palavra e o tipo de derivação que se pede entre parênteses. A) O ________ é essencial para a construção de imóveis. (pedra – derivação sufixal) B) Estamos muito decepcionados com ele... O que ele fez nos trouxe muito ________. (gosto – derivação prefixal) C) Há gente capaz de qualquer coisa em busca de ________, mesmo que isso gere problemas de saúde! (magro – derivação parassintética) Resolução A) pedreiro B) desgosto C) emagrecimento Questão 2 - (FGV) Texto 1 - Argumentos contra a redução da maioridade penal 1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas da Constituição Federal que não podem ser modificadas por congressistas. 2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não iria contribuir para sua reinserção na sociedade. 3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos isolados, e não em dados estatísticos. 4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em educação e em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a vulnerabilidade deles diante da violência. 5. A redução da maioridade penal iria afetar, principalmente, jovens negros, pobres e moradores de áreas periféricas no Brasil, na medida em que este é o perfil de boa parte da população carcerária brasileira. (Uol - Cotidiano 19/05/2015 – adaptado) Entre os substantivos seguintes, retirados do texto 1, aquele que NÃO é formado por meio de verbo é: A) Constituição B) pressão C) inclusão D) redução E) população Resolução Alternativa E. O substantivo “população” é derivado de outro substantivo: “povo”.
Substantivos derivados são substantivos cuja origem reside em outras palavras da língua portuguesa, ou seja, derivam de substantivos primitivos, sendo formados através de processos de derivação. Exemplos de substantivos derivados:
Tipos de derivação existentes no portuguêsDerivação prefixal: É acrescentado um prefixo a uma palavra já existente, alterando o seu sentido, como em contramão (contra- + mão). Derivação sufixal: É acrescentado um sufixo a uma palavra já existente, alterando o seu sentido, como em jornalista (jornal + -ista). Derivação parassintética: São acrescentados um sufixo e um prefixo a uma palavra já existente, alterando o seu sentido, como em afilhado (a- + filho + -ado). Derivação regressiva: As palavras não são formadas por acréscimo, mas sim por redução, como em boteco (derivação regressiva de botequim). Neste tipo de derivação, muitos substantivos derivam não de substantivos primitivos, mas de verbos primitivos, sendo chamados substantivos deverbais, como em dispensa (derivação regressiva de dispensar). Derivação imprópria: Ocorre alteração do significado da palavra, sem que haja alterações na palavra primitiva, como em o jantar (derivação imprópria do verbo jantar). Quanto à origem, os substantivos podem ser classificados em substantivos primitivos e substantivos derivados. Os substantivos derivados são aqueles que, por meio do empréstimo de radicais já existentes numa dada língua, geram-se como novas palavras, mas mantendo uma relação de contiguidade com a originária. Esses nomes diferenciam-se dos substantivos primitivos, pois estes, além de não possuírem antecessores no mesmo idioma, não importam os afixos da língua originária, por exemplo, o grego e o latim. A colocação de prefixos ou de sufixos ou mesmo dos dois simultaneamente constitui algumas espécies de derivação conhecidas como prefixal, sufixal e parassintética respectivamente. Além dessas, há a regressiva e a imprópria. Leia também: O que é o processo de substantivação? O que é substantivo derivado?Os substantivos derivados surgem de outros vocábulos já existentes na língua.Substantivos derivados são os originados de um radical preexistente. Nesse sentido, esses nomes mantêm uma correspondência com o sentido presente na palavra primitiva, mas se diferenciam dela, já que a eles são acrescentados prefixos, sufixos ou mesmo os dois. Dessa forma, há a economia linguística, pois há um compartilhamento de um radical entre algumas palavras, ao mesmo tempo em que a sofisticação vocabular não é prejudicada, tendo-se em vista que ela é bastante necessária para a devida transmissão de ideias. Exemplos:
Importante destacar que o uso de determinados afixos nos substantivos desencadeia uma mudança de sentido, que só será compreendida conforme o contexto. Exemplo: Aquela mulherzinha me irrita! Apesar de o sufixo ser usualmente utilizado para expressar um diminutivo, não gerando outra palavra, no contexto, percebe-se que não necessariamente a mulher é pequena, pois o teor da afirmação é pejorativo, isto é, uma tentativa de rebaixar a pessoa de quem se fala. Inicialmente, faz-se necessário saber o que é o fenômeno da derivação. Dessa forma, derivação constitui um processo pelo qual, com base em um radical (parte da palavra que carrega o núcleo significativo, que não se divide em partes menores e que é comum a um grupo de vocábulos), cria-se, além da palavra original, outras, portanto, tidas como derivadas. Esse sistema pode dar-se de cinco formas diferentes, as quais serão vistas a seguir. Acontece quando, a um radical ou a uma palavra primitiva, acrescenta-se um morfema no início, ou seja, um prefixo, que pode ser de origem:
Ocorre quando há a junção do radical ou da palavra primitiva com um morfema, o qual estará situado no final da nova construção vocabular (sufixo). Esse tipo de derivação pode gerar novos substantivos, adjetivos, verbos ou advérbios. Em vista disso, classifica-se em: - Nominal: aglutina-se para formar um substantivo (pont + eira = ponteira) ou um adjetivo (pont + udo = pontudo). - Verbal: conecta-se a fim de originar um verbo (suav + izar = suavizar). - Adverbial: acrescenta-se o sufixo -mente a um adjetivo feminino (perigosa + mente = perigosamente). Parassíntese é uma palavra que deriva do grego pará (posição ao lado de) e synthetikós (que combina) e consiste em um processo no qual há a incorporação simultânea de um prefixo e um sufixo a um radical ou a uma palavra primitiva. Dessa forma, do novo vocábulo formado não se pode retirar o prefixo, deixando o radical e o sufixo, tampouco extrair o sufixo, mantendo o radical e o prefixo, sob pena de incorrer em agramaticalidade. Exemplos:
Nas derivações anteriores, houve um aumento do tamanho da palavra em virtude da colocação de afixos. No caso da regressiva, acontece o contrário, já que há uma diminuição da forma fonológica (sonora) e gráfica (escrita) do vocábulo derivado em comparação ao primitivo. Normalmente, esse fenômeno ocorre para a criação de substantivos deverbais ou pós-verbais (construídos de verbos — em sua maioria, de primeira ou segunda conjugação, ou seja, terminados em -ar ou -er — por meio da supressão da desinência verbal e do morfema modo temporal de infinitivo, além da introdução das vogais -o, -a ou -e nos radicais verbais). Exemplos:
Essa derivação ocorre quando há uma modificação da classe gramatical da palavra, mas sem uma mudança de sua configuração formal. Tal processo, segundo alguns estudiosos da língua, não deveria constar na parte referente à formação das palavras, uma vez que o vocábulo já existe e não sofre transformação gráfica ou fonética, e sim semântica. Veja alguns casos mais comuns: - De substantivo próprio a comum: damasco (nome da capital da Síria ▯ fruta); - De comum a próprio: coelho (animal ▯ sobrenome); - De adjetivos a substantivos: circular (característica de algo cujo movimento possui a forma de círculo ▯ documento); - De verbos a substantivos: jantar (ação de comer algo à noite ▯ refeição – antecedido por artigo); - De verbos e advérbios a conjunções: quer...quer, já...já; - De particípios a preposições: salvo (particípio do verbo salvar ▯ preposição cujo sentido é exceção). Diferenças entre substantivo derivado e primitivoOs substantivos primitivos diferenciam-se dos derivados no que toca às estruturas e formações de cada grupo. Nesse sentido, os primitivos são aqueles que, apesar de serem reminiscências de uma dada língua, por exemplo, o latim, mantêm apenas o radical (modificado ou não em virtude do tempo) das palavras do idioma originário, não incorporando, portanto, seus afixos. Em contrapartida, os derivados são produtos da junção de um radical já existente na língua atual ora com os prefixos, ora com os sufixos, ora com os dois simultaneamente. Veja também: O que é o processo de composição de palavras? Exercícios resolvidosQuestão 1 – (Unifesp) É melhor que o sujeito comece a ler através de uma adaptação bem-feita de um clássico do que seja obrigado a ler um texto ilegível e incompreensível segundo a linguagem e os parâmetros culturais atuais. Depois que leu a adaptação, ele pode pegar o gosto, entrar no processo de leitura e eventualmente se interessar por ler o Machadão no original. Agora, dar uma machadada em um moleque que tem PS3, Xbox, 1000 canais a cabo e toda a internet à disposição é simplesmente burrice. (Ronaldo Bressane. http://entretenimento.uol.com.br) Examine a passagem do texto: “e eventualmente se interessar por ler o Machadão no original. Agora, dar uma machadada em um moleque”. Os dois termos em destaque, derivados por sufixação, reportam a Machado de Assis. Tal recurso atribui aos substantivos, respectivamente, sentido de: A) pejo e intimidade. B) ironia e simpatia. C) humor e reverência. D) simpatia e ironia. E) tamanho e humor. Resolução Alternativa D, pois o sufixo “ão”, no contexto, carrega uma ideia de proximidade e de descontração ao mencionar Machado de Assis, estabelecendo, consequentemente, uma relação de simpatia entre o autor literário e o leitor. Além disso, há o uso do sufixo “ada”, que, unido à palavra primitiva machado, assume um significado irônico, pois indica um grau de violência (golpe com machado) para introduzir na cabeça, à força, o conteúdo elaborado da obra. Questão 2 – Assinale a alternativa que não apresenta um substantivo derivado. A) cabeleireira B) portinhola C) criança D) felicidade E) fogueira Resolução Alternativa C, pois “cabeleireira” deriva de “cabelo”, “pontinhola” deriva de “porta”, “felicidade” deriva de “feliz”, e “fogueira” deriva de “fogo”, restando apenas “rapaz”. |