O que é xepa da vacina

Não é mais necessário realizar o cadastro para a xepa, pois mesmo crianças sem comorbidades já podem tomar a vacina.

A Secretaria Municipal de Saúde de Sinop regulamentou a aplicação da “xepa da vacina”, que é a utilização de doses remanescentes dos frascos abertos para pessoas não agendadas. Mesmo em caso de sobras ao final de expediente, por desistência ou não comparecimento do agendado, a preferência é para a população próxima da faixa etária atendida.

O secretário de Saúde, Valério Gobbato, alerta a população que as sobras, quando ocorrem, não ultrapassam 10 doses. “Precisamos deixar claro que não adianta vir 100 pessoas. Essa xepa vai ser o máximo de 5 a 8 doses por dia. A prioridade são os grupos que estão sendo vacinados. Então, uma pessoa hoje, de 20 anos, que chegar aqui, ela pode sim receber a vacina, desde que nesse final de expediente, quando for distribuído a senha, não tenha uma pessoa que está na faixa etária de 30 anos. Então, mesmo a xepa, será priorizado as pessoas que estão dentro do grupo que foi aberto a vacinação”, destacou o titular da pasta.

A 'xepa', idealizada em pontos de vacinação de outras cidades brasileiras, acontece porque cada frasco do imunizante tem um total de doses que precisa ser aplicada. Em caso de ‘sobra’ e não haver pessoas agendadas, os profissionais das unidades de saúde podem aplicar em pessoas que estejam aguardando no local.

Em Sinop, desde o início da vacinação até agora, 92,3 mil doses de imunizantes. Deste total, 66,4 mil corresponde a primeira dose e, 26,1 mil em segunda ou dose única. O público vacinável (pessoas com 18 anos ou mais) está estimado em 104,3 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde.

Neste momento, estão sendo atendidas as pessoas com 30 anos ou mais, no sistema de agendamento via site da Prefeitura de Sinop (https://vacina.sinop.mt.gov.br/agendamento/vacina ).Já a segunda dose, segue atendimento em livre demanda no novo ponto de atendimento: Clube dos Idosos (ao lado do hospital regional).

Confira, na íntegra, o OFÍCIO CIRCULAR Nº 01/GAB/SMS/2021 de 23 de julho de 2021, que orienta a aplicação das “sobras” de vacinas após abertura dos frascos, também chamado de “xepa da vacina”:

“Aos (as) coordenadores (as) das unidades de vacinação da COVID-19.

Assunto: XEPA DA VACINA CONTRA A COVID-19.

O senhor VALÉRIO GOBBATO, Secretário Municipal de Saúde do Município de Sinop-MT, no uso de suas atribuições legais, vem por meio deste, ORIENTAR e DETERMINAR quais as medidas que devem ser seguidas quanto as “xepa” das vacinas contra a COVID-19, na forma que se segue:

CONSIDERANDO o plano de vacinação do Ministério da Saúde, que orienta quais as diretrizes devem ser seguidas, quanto a chamada “xepa da vacina”, nos casos de quando houver frasco de vacina aberto no fim do expediente, para que não haja qualquer desperdício de dose;

CONSIDERANDO que cada frasco da vacina CoronaVac contém quantidade suficiente para, pelo menos 10 (dez) doses, e após ser aberta deve ser aplicada em até 08h00min, sendo que podem sobrar no máximo 09 (nove) doses e no mínimo 01 (uma) dose;

CONSIDERANDO que no caso dos imunizantes de Oxford/AstraZeneca, a mesma após ser aberta deve ser aplicada em até 48h00min, e desta forma provavelmente não terá sobras (xepa);

CONSIDERANDO que cada frasco da vacina Janssen contém quantidade suficiente para, pelo menos 05 (cinco) doses, e após ser aberta deve ser aplicada em até 06h00min, sendo que podem sobrar no máximo 04 (quatro) doses e no mínimo 01 (uma) dose;

CONSIDERANDO que cada frasco da vacina Pfizer-BioNTech contém quantidade suficiente para, pelo menos 06 (seis) doses, e após ser aberta deve ser aplicada em até 06h00min, sendo que podem sobrar no máximo 05 (cinco) doses e no mínimo 01 (uma) dose;

CONSIDERANDO que se, ao fim do expediente, houver sobras de vacinas em frascos abertos, e são essas doses remanescentes, que não podem ser usadas no dia seguinte, que passaram a ser chamadas de “xepa da vacinação”, e precisam ser aplicadas, pois não se admitirá de forma alguma que as doses sejam “DESCARTADAS/DESPERDIÇADAS”.

Desta forma, para evitar que as “xepas de vacina” sejam desperdiçadas, seguem abaixo as DETERMINAÇÕES que devem ser seguidas para aplicação da “xepas de vacina”:

- Para atender as pessoas interessadas em ser vacinadas com as “xepas”, deverá ser distribuídas senhas, sendo que as mesmas somente serão vacinadas no caso de sobra da vacina, ou seja, a senha não dá o direito de vacina;

- As “xepas de vacina” devem ser aplicadas preferencialmente as pessoas que fazem parte do grupo prioritário,

- Em caso de não haver número suficiente de pessoas que fazem parte do grupo prioritário, as “xepas de vacina” devem ser aplicadas as pessoas, atendendo a ordem de chegada/senha;

- Em caso de ainda ocorrer “xepa de vacina”, os profissionais de saúde, devem procurar por moradores próximo a unidade de vacina, para que sejam aplicadas as doses remanescentes; - Todos os vacinados com a “xepa da vacina”, devem ser lançados no sistema https://si-pni.saude.gov.br/;

VALÉRIO GOBBATO

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE”

Xepa da vacina: Muzambinho tem cadastro para vacinação de crianças contra Covid-19

Ao mesmo tempo em que realiza a imunização de crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, a Prefeitura de Muzambinho utiliza o sistema de xepa na vacinação infantil contra Covid-19. O formato é usado por meio de cadastro, em que os pais deixam os nomes para levarem os filhos ao final do dia, em caso de sobra de doses.

Isso ocorre, pois cada frasco da Pfizer pediátrica contém 10 doses da vacina. Depois de aberto, as doses precisam ser utilizadas em um prazo máximo de 12h. Com isso, para que não ocorra perda de vacinas, a prefeitura convoca crianças sem doenças pré-existentes ao final do expediente de vacinação, para que as doses restantes sejam aplicadas e não passem do prazo.

“A xepa nada mais é do que um cadastro, uma fila de espera, para as crianças de 5 a 10 anos, que a gente usa para entrar em contato no fim do expediente, caso exista sobra de vacinas no fim do expediente. Para que não exista perda de vacina, a gente entra em contato com os pais que deixaram o nome dos filhos e convoca eles para virem tomar a vacina. A partir das 15h, quando estamos encerrando o expediente, quando ainda há sobra de vacinas nos frascos abertos, a gente entra em contato com os pais que deixaram os nomes com a gente”, explicou Michel Novais, enfermeiro responsável pela Vigilância Epidemiológica de Muzambinho.

1 de 1 Xepa da vacina: veja como é o sistema usado na imunização de crianças contra Covid-19 em Muzambinho — Foto: Daiane Mendonça Xepa da vacina: veja como é o sistema usado na imunização de crianças contra Covid-19 em Muzambinho — Foto: Daiane Mendonça

A cidade realiza a imunização de crianças de 5 a 11 anos com comorbidades ou deficiência permanente. Ao mesmo tempo também já é feita a vacinação de crianças com 11 anos sem comorbidades. A xepa acontece simultaneamente, em caso de necessidade, sendo que as crianças são chamadas a partir do cadastro e por critério de idade.

“A vacinação infantil segue uma sequência estabelecida pelo Ministério da Saúde. Começamos com as crianças com comorbidades, agora já estamos cadastrando as crianças de 11 anos. Então, se hoje já estamos vacinando crianças de 11 anos, ao final do dia, se houver doses disponíveis, daremos preferência para entrar em contato na xepa às crianças de 10 anos. Se ainda houver dose, depois as crianças de 9 anos e assim suscetivelmente”, falou.

Para realização do cadastro, o responsável pela criança deve se dirigir à Casa da Cultura de Muzambinho, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, para informar o nome da criança, a data de nascimento dela e o telefone para contato.

Até quinta-feira (20), 80 doses pediátricas, sendo 35 crianças com comorbidades, 40 com 11 anos e 5 doses de xepa, foram aplicadas.