Que darei eu ao SENHOR Tema: O TESOURO ESCONDIDO É TUDO QUE PODEMOS DAR A DEUS COMO GRATIDÃO “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR.” “Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.” INTRODUÇÃOA verdade é que durante toda a história do homem, o homem nunca conseguiu retribuir a Deus tudo que Deus lhe fez. Nunca encontrou nada em que pudesse dizer: “Achei algo em que posso retribuir a Deus.” Veja a pergunta do salmista: Não é simplesmente dar. Dar por dar, mas dar por todos os benefícios que me tem feito. O homem conseguiu achar o que dar? Não. O Senhor tirou o povo de Israel mas o povo sempre reclamou no Deserto. Deus disse que daria uma terra boa ao povo, não só isso, mas uma terra que mana leite e mel, mas o povo reclamou dos gigantes que havia na terra. Nos livros dos profetas (Isaías cap. 1), vemos o povo oferecendo sacrifícios que não agradavam a Deus. O coração do homem não era reto, o pecado do homem o impossibilitava de retribuir a Deus. Sua oferta não chegava a Deus. O que dar a Deus? Algo precisava ser descoberto . DESENVOLVIMENTOA pergunta do salmista é a pergunta do homem que percorreu toda a história da humanidade. E é a pergunta para nós respondermos neste mês da Dedicação. Que daremos ao Senhor por tudo que Ele tem nos feito? Só Jesus poderia dar ao homem, através do seu sangue, a condição de ser grato a Deus. Só Ele levou um povo a encontrar a mesma resposta do salmista: Um tesouro escondido . Há 2 relações da resposta do salmista com a parábola do tesouro escondido. 1º relação: Tomarei o cálice da Salvação – um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu, e pelo gozo dele 2º relação: Invocarei o nome do SENHOR – Vende tudo quanto tem, e compra aquele campo CONCLUSÃOSe o homem se desfizer de tudo que tem e comprar este campo, aí sim ele invocou o nome do Senhor. Mas, voltando a pergunta, que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? O salmista não escreveu o que podia dar a Deus porque o homem não pode dar nada de si mesmo ou desta vida para retribuir a Deus. O salmista não disse que tinha achado algo que pudesse dar.
Mas ele encontrou uma resposta, e a sua resposta, profeticamente, apontava para uma profecia que levaria uma igreja a achar um tesouro escondido (tomar o cálice), e pelo gozo dela (O gozo é o Espírito Santo), ir e se desfazer de tudo quanto tem e comprar aquele campo (invocar o nome do Senhor). Que nome? Qual o nome do Senhor que invocamos? Quando é que invocamos o nome do Senhor? Quando dizemos: Maranata! O Senhor Jesus vem! Bruno Rocha Mais conteúdoJesus a grande pedra de testemunho – Josué 24:26-27a Um coração sincero e generoso – II Reis 10:15-16 O servo que luta na revelação vencerá – I Samuel 17:38-45 Carta à Igreja de Sardes – Apocalipse 3:1-6 Efésios 3:17-19 – Amor de Deus Simão, o Cireneu – Lucas 23:26 O Pardal solitário – Salmos 102:7 Ester 4:16 – Se perecer, pereci Que darei eu ao Senhor? – Salmo 116:12–14 Gênesis 19:17 – Abraão e Ló
O Salmo 116 faz
parte da categoria dos que conhecemos como Salmos de gratidão, pois delata o
reconhecimento e a profunda devoção de um homem que teve a sua oração
respondida por Deus. Apesar de muitos o atribuírem a Davi, não sabemos ao certo
quem o compôs, como também não conhecemos o contexto em que ele se encontrava.
É um salmo muito pessoal, pois em dezenove versículos vemos a primeira pessoa
do singular aparecer mais de trinta vezes. O salmista inicia suas palavras com uma afirmação: “Amo o Senhor”, seguida de uma razão: “Porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas.” Ele prossegue no versículo dois de forma semelhante, dizendo que porque o Senhor inclinou os seus ouvidos para ele, O invocaria em toda a sua vida. No versículo três, ele descreve como era a sua situação antes de ser atendido pelo Senhor, e em concordância com o seu relato, era um situação acentuadamente angustiante. Ele diz: “Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim”. Na poesia hebraica, morte e inferno (ou “Sheol”) são termos bem agressivos, denotando algo que agarra os vivos para desgastá-los com doenças ou esmagá-los com depressão¹; então, o salmista estava sobremodo afligido, tendo, por causa disso, caído em “tribulação e tristeza” (v.3). Até que ele clama ao Senhor: “Ó Senhor, livra a minha alma!” A sua oração não foi um apelo silencioso, mas foram gritos de desespero, ao ver a si mesmo humanamente sem esperança, diante de algo que exauria todas as suas forças, o deixando arremessado ao chão e afundado em tristeza. Ele contemplava a morte bem próxima, e os seus olhos não conseguiam encontrar nenhum meio de escape, além do Senhor, a quem recorreu em oração. Quando todos os recursos humanos falharam, ele sabia que podia ainda recorrer aos recursos divinos, e neles encontrou o alívio para a sua alma, porque o Senhor é compassivo, justo e misericordioso, que vela pelos simples, e Ele o livrou! (vs. 5-6). O salmista podia dizer à sua alma: “volta ao teu repouso” (v.7), porque o Senhor havia estendido sobre ele a sua bondade. Ele poderia dizer para ela: “Repouse e fique tranquila, não se agite com temores inquietantes e receosos como fazes de vez em quando.”² Como também: “Repousa em Deus. Retorna a Ele como teu repouso, e não busca esse repouso na criatura, pois ele deve ser encontrado só Nele.”² O Senhor havia lhe dado um tríplice livramento: a sua alma da morte, os seus olhos da tristeza, e os seus pés da queda, e agora ele tem condições de andar em Sua presença, e é isso o que ele se prontifica a fazer enquanto existir (vs. 7-9). O salmista confessa que apesar de ter estado muito aflito, ele creu, e que em sua perturbação pensou que todos os homens fossem mentirosos (v.10-11), que não havia absolutamente ninguém a quem ele podia confiar e recorrer quando precisasse. E agora, depois de liberto, ele deseja expressar de alguma forma a sua gratidão ao seu Senhor. Porém, ele se depara com a sua própria insuficiência em dar algo que possa retribuir tudo o que Ele tem feito em seu favor. Então, pergunta: “Que darei eu ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo?” (v. 12). Conforme ressalta João Calvino, ele “Exclama, com piedosa admiração, que o volume dos benefícios de Deus era maior do que as palavras que ele poderia achar para dar vazão às gratas emoções de seu coração. A indagação é enfática: o que darei? E declara que se sentia destituído não do desejo, e sim do meio que o capacitariam a render graças a Deus [...] ‘Estou muitíssimo disposto a cumprir meu dever, mas, quando olho ao meu redor, não encontro nada que seja uma recompensa adequada.’”³ Quantos benefícios nós mesmas também temos recebido do Senhor? Se considerarmos, são mais do que somos capazes de lembrar! E assim como o salmista, não temos condições nenhuma de retribuí-Lo por eles. Então, o que podemos fazer? O que nos resta é gratidão! Demonstrar de alguma forma o quanto somos gratas Àquele de quem temos recebido todas as coisas. O salmista iria demonstrar sua gratidão de quatro formas. Iria tomar o cálice da salvação, invocar o nome do Senhor, pagar os seus votos e oferecer sacrifícios de ações de graças (vs. 13-14, 17-19). Ele remonta a coisas que eram comuns em sua época, sob o regime da lei. Iria em direção ao templo, com uma oferta em suas mãos, para que um sacrifício fosse realizado, junto com a libação do vinho, ou seja, o cálice da salvação, e da gratidão pública ao Senhor. Além disso, ele iria invocá-Lo, e pagar todos os votos que fizera ainda quando estava em sua aflição. Ele diz duas vezes que iria cumprir os seus votos ao Senhor diante de todo o povo (vs. 14, 18), e que iria invocar o Seu nome (vs. 13, 17). Mas, acima do sacrifício do animal, estava o sacrifício da sua vida. Ele já dissera que amava o Senhor (v.1), que invocaria o Seu nome durante toda a sua vida (v. 2) e que andaria em sua presença aqui na terra (v. 9). Então, ele estaria diante do Senhor, desfrutando de Sua presença, continuamente. Ele não agradeceria ao Senhor apenas uma vez, mas a sua vida seria uma vida de eterna gratidão. Ele não se esqueceria Dele num só momento, antes, viveria para Aquele em quem residia a sua plena felicidade. Não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais ao Senhor, porque o sacrifício perfeito já foi realizado por Jesus na cruz do Calvário. Então, como demonstramos nossa gratidão ao Senhor? Vivendo inteiramente para Ele! Apresentando para Ele o sacrifício das nossas vidas, ofertadas para o serviço do Seu Reino e da Sua perfeita vontade. É isso o que o Senhor deseja dos seus servos: Que tenhamos a Ele como o mais desejável e o mais importante que tudo o mais, todos os dias. Posteriormente, o salmista diz que era o seu servo, filho da sua serva, cuja morte é preciosa aos Seus olhos (vs. 15-16). Com isso, ele diz que a morte que tanto temia não seria para ele um mero acaso, pois o Deus que tem estima por seus servos cuidava das particularidades da sua vida; e, conforme a NVI, via com pesar a morte deles. Se Deus não permite que nenhum pardal morra sem o seu consentimento (Mt 10:29-31), não iria também cuidar daqueles que valem muito mais do que pardais, nesse aspecto? Logo, não há o que temer. “... quebraste as minhas cadeias.” (v. 16) O Senhor havia quebrado as suas cadeias, e um dia, Ele quebrou todas as cadeias que nos assolavam, e nos trouxe para um lugar seguro, debaixo de suas asas. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1:13). Nele somos libertas do pecado, do mundo e de nós mesmas. Que daremos ao Senhor por tudo isso? Tenhamos um coração grato, e vivamos para o Único que é digno de ter a nossa vida por inteiro em Suas mãos. Thayse Fernandes ____________________ ¹ KIDNER, Derek. Salmos 73-150: Introdução e comentário. São Paulo: Mundo cristão, 1984. ² HENRY, Matthew. Comentário bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. ³ CALVINO, João. O livro dos Salmos. Vol. 4: salmos 107-150. São José dos Campos: Fiel, 2009. |