D) qual é a posição dos estados unidos em relação ao protocolo de kyoto?

O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional entre os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), firmado com o objetivo de se reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e o consequente aquecimento global.

Redigido e assinado em Kyoto (Japão), em 1997, o Protocolo criou diretrizes para amenizar o impacto dos problemas ambientais causados pelos modelos de desenvolvimento industrial e de consumo vigentes no planeta.

De acordo com o Protocolo, as nações se comprometem a reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa em 5,2%, comparando-se com os níveis de 1990. O principal alvo é o dióxido de carbono (CO2), pois especialistas acreditam que a emissão desenfreada desse e de outros gases está ligada ao aquecimento global, fenômeno que pode ter efeitos catastróficos para a humanidade durante as próximas décadas.

A intensidade do corte nas emissões de gases poluentes varia, contudo, de país para país, e só foram obrigadas a seguir o compromisso acima as nações consideradas desenvolvidas.

O Protocolo entrou em vigor a partir de 2004 e prevê que suas metas sejam atingidas entre 2008 e 2012, quando ele expirará, dando lugar a outro acordo. Esse novo protocolo deve ser negociado, redigido e aprovado até a realização da conferência da ONU prevista para ocorrer no final de 2009, em Copenhague, na Dinamarca.

Mecanismos e medidas

O Protocolo de Kyoto propõe três mecanismos para auxiliar os países a cumprirem suas metas ambientais. O primeiro prevê parcerias entre países na criação de projetos ambientalmente responsáveis. O segundo dá direito aos países desenvolvidos de comprarem "créditos" diretamente das nações que poluem pouco. Por fim, também foi criado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), conhecido como o mercado de créditos de carbono.

Segundo o Protocolo de Kyoto, os países desenvolvidos têm de tomar algumas medidas para atingir as metas de redução de gases:

  • Aumento da eficiência energética em setores relevantes da economia;
  • Proteção e aumento de sumidouros e reservatórios de gases de efeito estufa sobre o meio ambiente, como as florestas;
  • Promoção de práticas sustentáveis de manejo florestal, florestamento e reflorestamento;
  • Promoção de formas sustentáveis de agricultura;
  • Pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de formas novas e renováveis de energia;
  • Promoção e pesquisa de tecnologias de sequestro de dióxido de carbono;
  • Promoção e pesquisa de tecnologias ambientalmente seguras, que sejam avançadas e inovadoras;
  • Redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais, isenções tributárias e tarifárias, e também de subsídios para todos os setores emissores de gases de efeito estufa que sejam contrários ao objetivo do protocolo;
  • Convenção e aplicação de instrumentos de mercado que reduzam as emissões de gases poluentes;
  • Estímulo a reformas adequadas em setores relevantes, objetivando promover políticas e medidas que limitem ou reduzam emissões de gases de efeito estufa;
  • Limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua recuperação e utilização no tratamento de resíduos, bem como na produção, no transporte e na distribuição de energia;
  • Cooperação, compartilhamento de informações sobre novas tecnologias adotadas.

Assinaturas e ratificações

Redigido o documento, era preciso que os países assinassem e ratificassem o Protocolo, ou seja, confirmassem sua adesão, para que o acordo entrasse em vigor.

As assinaturas começaram a ser colhidas em 1998, mas o Protocolo só entrou em vigor em 2004, após a aceitação e ratificação da Rússia. Isso ocorreu porque, para entrar em vigor, o Protocolo precisava ser ratificado por pelo menos 55 países que, juntos, representassem, no mínimo, 55% das emissões de gases feitas em 1990.

Atualmente, 175 países já assinaram e ratificaram o documento, mas os Estados Unidos, maior emissor de dióxido de carbono do mundo (36,1%), se opuseram ao Protocolo de Kyoto, afirmando que a implantação das metas prejudicaria a economia do país.

Na época, o presidente George W. Bush considerou possível a hipótese do aquecimento global, mas disse que preferia combatê-lo com ações voluntárias por parte das indústrias poluentes e com novas soluções tecnológicas. Outro argumento utilizado por Bush, para refutar o acordo, foi o fato de o Protocolo não exigir redução de emissões dos países em desenvolvimento, como a China e a Índia.

Durante o governo de George Bush, a posição do governo norte-americano sofreu modificações, mas em nenhum momento os Estados Unidos sinalizaram a intenção clara de ratificar o Protocolo.

Essa leve alteração no comportamento dos EUA ocorreu a partir de dezembro de 2007, depois da Conferência das Nações Unidas em Bali, onde se discutiu o relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPPC). Naquela oportunidade, a Austrália, que até aquele momento relutara em assinar o Protocolo, acabou aderindo, o que deixou os Estados Unidos isolados em relação aos demais países desenvolvidos.

Depois da eleição de Barak Obama para a presidência dos EUA, a posição do país, até os primeiros meses de 2009, ainda era uma incógnita.

Certificados de carbono

Entre os países mais engajados na efetivação do Protocolo estão os membros da Comunidade Econômica Européia, que, por exemplo, passaram a tomar medidas no sentido de multar os carros mais poluentes.

Além disso, são esses países os que mais emitem certificados de redução de emissão de carbono. Tais papéis financiam os chamados Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), que são projetos em todo mundo para reduzir as emissões de gases ou captar o carbono emitido por processos industriais.

Os MDLs formam a base do comércio de carbono obrigatório. E é nesse filão que participam os países em desenvolvimento. Brasil, China e Índia, por exemplo, têm vários projetos que já emitiram certificados de carbono para serem comercializados.

Para o futuro, prevê-se a criação de um grande mercado global de carbono, com mercados regionais menores funcionando em paralelo. Espera-se a aproximação entre o Japão, que já possui um esquema voluntário em vigor, e a Nova Zelândia, que já desenha um esquema nacional; assim como a união entre Estados Unidos e Canadá. Ou seja, será comum países fazerem acordos.

As discussões prosseguem

Uma das questões primordiais em relação ao aquecimento global é: quem pagará a conta dos esforços necessários para atenuar a mudança climática?

Foi em busca de uma resposta que mil representantes de 190 países se reuniram, no início de abril de 2008, em Bangcoc, na Tailândia, e continuarão se reunindo. Eles discutem a divisão de responsabilidades para reduzir a geração de poluição e "salvar o planeta".

Dessa forma, as novas propostas de leis ambientais deverão estar prontas até o final de 2009, para, em 2013, substituírem o Protocolo de Kyoto. Esse novo tratado incluirá todos os países, e não só os desenvolvidos, causando impacto na economia mundial.

A previsão é de que, no final de 2009, em Copenhague, será desenhado um tratado para controlar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) após 2012, quando termina o Protocolo de Kyoto. Os aspectos mais práticos, como regras de redução ou mesmo mecanismos de flexibilização para ajudar os países a cumprirem as metas, serão construídos depois.

Entretanto, ao contrário do que prevê o Protocolo de Kyoto, as emissões de gases de efeito estufa dos países mais industrializados cresceram 2,3% entre 2000 e 2006. São números preocupantes, principalmente quando o mundo está diante de três crises interdependentes: climática, econômica e energética.

Protocolo de Kyoto é um tratado internacional derivado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, elaborada durante a Conferência das Partes III. É um acordo que estipula metas, principalmente aos países desenvolvidos, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Onde e quando foi assinado?

O Protocolo de Kyoto foi elaborado em 1997 na cidade de Kyoto, no Japão. Sua elaboração ocorreu durante a Conferência das Partes III, órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, da qual participaram representantes de 141 nações.

O protocolo foi ratificado em 15 de março de 1999 por 55 países que representam cerca de 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, entrando em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após a ratificação da Rússia.

Objetivos

O principal objetivo do Protocolo de Kyoto é estabelecer metas e obrigações para a redução das emissões de gases de efeito estufa à atmosfera, compromisso que deveria ser cumprido no período de 2008 a 2012.

Os países industrializados deveriam reduzir em 5,2% suas emissões em relação aos níveis de emissão registrados em 1990. Para a União Europeia e o Japão, ficaram estabelecidas reduções de 8% e de 7%, respectivamente. Os países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, não foram obrigados a reduzir suas emissões.

D) qual é a posição dos estados unidos em relação ao protocolo de kyoto?

O principal objetivo do Protocolo de Kyoto é estabelecer metas para a redução e a estabilização das emissões e concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.

O segundo período do compromisso, referente ao período entre 2013 e 2020, estabelece que os países reduzam as emissões de gases de efeito estufa em até 18% abaixo do nível registrado em 1990.

Algumas ações são incentivadas pelo protocolo para que os objetivos sejam alcançados. São elas:

  • Reforma do setor energético e do setor de transporte;

  • Uso de fontes renováveis de energia;

  • Redução das emissões de metano;

  • Combate ao desmatamento;

  • Proteção das florestas.

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Países-membros

O Protocolo de Kyoto foi assinado por mais de 175 países, os quais se dividem em:

Países signatários que ratificaram o protocolo: Paraguai, Argentina, Noruega, Japão, Brasil, China, Suíça, Iêmen, Coreia do Norte, todos os países-membros da União Europeia, entre outros.

País signatário com intenção de ratificar o protocolo: Cazaquistão.

Países não signatários que não ratificaram o protocolo: Vaticano, Afeganistão, Iraque, Estados Unidos, Sérvia, entre outros.

Protocolo de Kyoto e Conferência das Partes

Durante a década de 1980, as evidências científicas a respeito das emissões de gases de efeito estufa provocaram um despertar de consciência da sociedade a respeito das mudanças climáticas, tornando-se tema de diversos debates. Assim, houve uma grande pressão para que fosse criado um acordo mundial sobre o assunto.

Na área científica, foi criado o Painel Intergovernamental em Mudanças Climáticas. Já na área política, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Comitê Intergovernamental de Negociação para a Convenção-Quadro do Clima, que resultou, em 1992, na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

Essa convenção é um acordo mundial firmado por 154 países, mais os países da União Europeia, com o objetivo de controlar e reduzir a emissão e a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Para efetivar esse tratado, foram criados alguns órgãos, como a Conferência das Partes, órgão máximo da convenção. O objetivo dessa conferência é reunir países para revisar os compromissos estabelecidos na convenção.

Durante a realização da Conferência das Partes III (COP 3), criou-se também o Protocolo de Kyoto, um dos principais tratados na luta contra a emissão de gases à atmosfera.

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O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) representa uma flexibilização do Protocolo de Kyoto. Pode ser adotado por países que fazem parte do tratado, mas que não conseguem ou não pretendem cumprir as metas e obrigações de redução das emissões de gases de efeito estufa.

O mecanismo representa a possibilidade de uma nação adquirir Reduções Certificadas de Emissões, também conhecidas como Créditos de Carbono, a partir de projetos estabelecidos em países em desenvolvimento. Cada tonelada de carbono não liberada à atmosfera gera um certificado de redução de emissões, que poderá ser utilizado para compensar os índices de emissões de gases que ultrapassarem as metas estabelecidas.

Os projetos apresentados devem promover benefícios reais e de longo prazo ao meio ambiente e devem estar diretamente relacionados com a redução das emissões de gases de efeito estufa. Podem conter propostas de substituição de energias não renováveis por energias alternativas, diminuição do uso de energia, reflorestamento, entre outros.

Os principais objetivos do MDL são auxiliar os países a estabilizarem as concentrações de gases de efeito estufa, a promoverem um desenvolvimento sustentável por meio de projetos e a cumprirem suas metas de redução de emissões.

O Brasil teve o primeiro projeto instituído como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo na Organização das Nações Unidas. O país também foi o primeiro a ter Reduções Certificadas de Emissões ligadas ao reflorestamento.

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Estados Unidos e o Protocolo de Kyoto

Apesar de os Estados Unidos ser o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, o país recusou-se a ratificar o Protocolo de Kyoto. Segundo o presidente George W. Bush, os compromissos estabelecidos pelo protocolo poderiam prejudicar a economia do país. Além disso, questionou o fato de não haver metas para os países em desenvolvimento, que respondem por cerca de 52% das emissões de dióxido de carbono.

D) qual é a posição dos estados unidos em relação ao protocolo de kyoto?

Na contramão da maioria dos países, os Estados Unidos, maior emissor de gases de efeito estufa, não ratificaram o Protocolo de Kyoto.

Parte dos norte-americanos é cética em relação às mudanças climáticas. Para muitos, essas alterações fazem parte do ciclo da Terra e não estão relacionadas com as atividades antrópicas. O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou não acreditar em teorias como a do aquecimento global, culminando na retirada do país do Acordo de Paris.

Brasil e o Protocolo de Kyoto

Apesar de ter ratificado o protocolo em 23 de agosto de 2002, o Brasil não recebeu obrigatoriedades quanto prazos e metas sobre a emissão de gases de efeito estufa, já que é um país em desenvolvimento. Isso acontece porque se entende que países como Brasil, México, China possuem prioridades nos setores sociais, além de não emitirem, separadamente, uma grande porcentagem de gases.

Uma das prioridades do Brasil dentro do Protocolo de Kyoto refere-se à redução do desmatamento. O Brasil possui 16% das florestas mundiais, e protegê-las é uma grande contribuição para o ciclo do carbono e para o controle do efeito estufa.

Ações como a retomada do Programa Pró-Álcool, programas de produção do biodiesel e incentivos ao uso de energias alternativas na matriz energética brasileira representam o caminho do Brasil no combate às alterações climáticas.

Nosso país possui uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo e é pioneiro no uso do etanol, uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo.

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