Características Gerais Os fungos crescem sobre todos os substratos imagináveis e ambientes, desde as rochas, seres vivos, materiais em processo de decomposição, em slides, instrumentos ópticos, papelão, parede, sapatos, roupas, etc. Possuem uma grande facilidade em crescer sob todas as condições ambientais e de maneira ampla, desde que haja umidade e temperatura adequada ou propícia. Muitos fungos são específicos, como por exemplo, a formação de microrriza e fungos liquenizados. Mais de 8.000 gêneros e 150.000 espécies já foram descritas. Os fungos constituem um grupo de organismos aclorofilados, portanto são heterotróficos obrigatórios. Assemelham-se às plantas no fato de, com poucas exceções, possuírem uma parede celular bem definida. São usualmente imóveis e se reproduzem por meio de esporos (endógenos ou exógenos). A reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Possuem rápido crescimento. Não possuem raízes, caules ou folhas, nem um sistema vascular desenvolvido, como nas plantas superiores. Importância dos fungos Os fungos são agentes responsáveis em grande parte pela decomposição das substâncias orgânicas e como tal, nos afetam de modo direto, pela destruição dos alimentos, tecidos, couro e outros artigos de consumo manufaturados com materiais sujeitos a seus ataques. Causam a maior parte das enfermidades das plantas e também muita enfermidade dos animais e dos homens constituem a base de uma quantidade de processos industriais de fermentação, tais como a elaboração do pão, vinho, cerveja, a fermentação da semente de cacau e a preparação de certos queijos; são empregados na produção de muitos ácidos orgânicos e de algumas preparações vitamínicas, e são responsáveis pela manufatura de certas drogas antibióticas entre as quais destaca a penicilina. Os fungos são tão prejudiciais como benéficos à agricultura. Por uma parte prejudicam a colheita ocasionando perdas de milhões de dólares por causa das enfermidades que produzem nas plantações, enquanto por outra parte aumentam a fertilidade do solo por trocas que originam, que dão como resultado a produção de alimentos que são aproveitados pelas plantas verdes, além de ser muito utilizado como alimento. Não só micologistas (cientistas que estudam os fungos) se preocupam pelos fungos, também os citologistas, os geneticistas e os bioquímicos sabem que podem ser importantes indivíduos de investigação no estudo dos processos biológicos fundamentais. Dada a rapidez com que alguns grupos crescem e se reproduzem, se requer pouco tempo para um número determinado de gerações, do que as plantas e animais superiores. Importância econômica dos fungos A importância econômica está diretamente ligada ao interesse comercial, benefício ou prejuízo (patógeno) que podem aumentar ou diminuir a sua renda econômica, bem como na área de biotecnologia. Muitos fungos que produzem toxina estão sendo muito utilizados para o uso próprio do ser humano, ou por meio delas transformar em outros produtos de interesse econômico mais rentável. Decomposição de matéria orgânica (decompositores de lignina, celulose – reciclagem de nutrientes em florestas): atual situação é a possibilidade de limpar o lixo urbano, que possuem um volume extraordinário de produção; Ataque e decomposição de alimentos (bolor preto, salmão e verde); Biotecnologia industrial (fermentação, produção de queijo, enzimas como celulase); Antibiótico (penicilina, ampicilina, notatina, flavicina); Doenças (patógenos em animal e vegetal); Danos em colheitas (ferrugem, carvões); Alimentação direta (Agaricus, Clavaria, Boletus, Lentinus); Estudos de genética; Micorriza (simbiose com raízes de plantas vasculares – endomicorriza e ectomicorriza); Alucinógenos – Psilocybe mexicana (utilizam em cerimônia religiosa no México); Corantes e tinturas (fungos liquenizados); Ninhos de beija-flor (fungos liquenizados); Propriedades antibióticos e feitos medicinais (fungos liquenizados); Propriedades cicatrizantes (Calvatia cyathiformis). Ambiente Brasil
No Reino Fungi incluem-se os fungos, organismos heterotróficos, multicelulares ou unicelulares, que já foram considerados plantas primitivas. Uma das diferenças entre esses dois grupos está no fato de que as plantas possuem clorofila, uma característica ausente nos fungos. Existem mais de 100.000 espécies de fungos descritas, e especialistas acreditam que mais de 1000 são descobertas a cada ano. Essas espécies apresentam papel ecológico importante, atuando, por exemplo, com bactérias, no processo de decomposição. Além disso, algumas apresentam grande potencial econômico, e outras são responsáveis por desencadear doenças no nosso corpo. Como representantes conhecidos dos fungos, podemos citar os mofos, bolores e cogumelos. Leia também: Dermatofitoses – infecções na pele causadas por fungos Característica gerais dos fungosOs fungos são organismos heterotróficos e eucariontes que podem ser unicelulares ou multicelulares. A grande maioria das espécies é filamentosa, sendo esses filamentos denominados de hifas. Alguns fungos são formados por várias hifas densamente unidas, que formam o chamado micélio. O micélio pode ser observado em cogumelos, por exemplo. A maioria dos fungos apresenta hifas septadas, ou seja, que são divididas pelos chamados septos. Os septos são paredes transversais perfuradas por um poro que permite a comunicação entre as células, garantindo a passagem até mesmo de organelas celulares. As hifas que não apresentam esses septos recebem a denominação de asseptadas ou cenocíticas. Nelas o que se observa é um grande citoplasma contínuo com vários núcleos espalhados. Nos fungos parasitas, as hifas são chamadas de haustórios e são capazes de retirar do seu hospedeiro as substâncias necessárias para o desenvolvimento delas. Como citado, nem todos os fungos são filamentosos, existindo fungos unicelulares, como é o caso das leveduras. Vale destacar que as leveduras, apesar do que muitas pessoas pensam, não são um grupo taxonômico, estando relacionadas apenas com a forma morfológica de crescimento. Existem cerca de 600 espécies de leveduras conhecidas. As células que formam os fungos apresentam paredes celulares ricas em quitina, um tipo de polissacarídeo encontrado também no exoesqueleto de artrópodes. Quando falamos em parede celular, muitas pessoas relacionam-na com a encontrada nas plantas, porém a composição da parede celular dos fungos é diferente da dos vegetais, pois nesses últimos encontramos a presença de celulose. A nutrição dos fungos é heterotrófica, ou seja, eles são organismos incapazes de sintetizar seu próprio alimento. Esses seres vivos, geralmente, liberam enzimas sobre o alimento e depois absorvem os nutrientes de que necessitam. Vale destacar que existem fungos parasitas, espécies que vivem em simbiose, e fungos saprófitos, que vivem de matéria orgânica retirada de seres mortos. Em ambos os casos, a nutrição é do tipo heterotrófica. Os fungos foram, por muito tempo, confundidos com plantas. Entretanto, eles são organismos heterotróficos.Alguns fungos, para produzir a energia de que necessitam, realizam o processo de fermentação. Esse é o caso de algumas leveduras que, por apresentarem essa propriedade, são muito utilizadas economicamente. Nos fungos, o glicogênio é o principal carboidrato de reserva. A reprodução dos fungos ocorre, em sua grande maioria, por meio da formação de esporos, os quais podem ser produzidos de maneira assexuada ou sexuada. Esses esporos ajudam os fungos a espalharem-se pelo ambiente, uma vez que muitos são secos e pequenos, o que os permite ficar suspensos no ar. Alguns esporos são pegajosos e espalham-se pelo meio, aderindo-se ao corpo de insetos, por exemplo, e há aqueles lançados pelos próprios fungos. Ao encontrarem um local adequado, os esporos germinam e dão origem a um novo fungo. A reprodução sexuada inicia-se, geralmente, com a atração de hifas que liberam moléculas sinalizadoras sexuais. Essas moléculas atraem as hifas, que, ao encontrarem-se, fundem-se. Quando ocorre a união do citoplasma de dois micélios, temos o processo de plasmogamia. Os núcleos de cada indivíduo não se fundem de imediato em algumas espécies, podendo demorar horas, dias e até meses e anos. O próximo estágio é a chamada cariogamia, que ocorre quando os núcleos haploides fundem-se. Forma-se aqui o zigoto, que é um estágio diploide. A divisão por meio da meiose restaura a condição haploide, e formam-se os esporos. Percebe-se, portanto, que a reprodução sexuada é composta por três etapas: plasmogamia, cariogamia e meiose. Na reprodução assexuada, percebe-se também a produção de esporos, entretanto, normalmente observa-se que os fungos filamentosos produzem-nos por mitose. Outra forma de reprodução assexuada observada nos fungos é a por brotamento. Ela pode ser identificada em leveduras, nas quais surge um pequeno broto com base na célula-mãe. As leveduras também podem reproduzir-se por fissão, e alguns fungos podem ainda reproduzir-se assexuadamente pela fragmentação de suas hifas. Saiba mais: Cissiparidade – tipo de reprodução assexuada que pode ocorrer em algumas leveduras Principais grupos de fungosOs orelhas-de-pau são fungos do grupo dos basidiomicetos.Existem na literatura científica diferentes propostas para a classificação dos fungos. Apresentaremos, a seguir, a classificação tradicionalmente utilizada e que apresenta a divisão em cinco filos:
Leia mais: Cogumelos alucinógenos – os principais possuem como princípio ativo a psilocibina Importância dos fungosOs fungos são seres vivos que apresentam muita importância para o meio ambiente e também para os seres humanos. Veja, a seguir, algumas das suas principais ações: Alguns fungos fazem parte da nossa alimentação.
Por Vanessa Sardinha dos Santos |