Qual a importância do Enem para a educação

À realização do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM, em outubro desse ano, sinalizada pelo Ministério da Educação, tem sido aguardada com apreensão pelas instituições do setor e pelos estudantes, que investem muito na preparação para as provas.

Teme-se a repetição do que aconteceu em 2020, com a suspensão do exame por conta da pandemia, ou ainda, o alto índice de abstenção registrado na data de reagendamento das provas, em janeiro deste ano, reflexo da confusão que se formou e chegou até a justiça. Dos estudantes inscritos. 51,5% não compareceram para fazer o teste, índice correspondente a certa de 2,8 milhões de pessoas. Um prejuízo gigantesco para o país!

No amazonas, onde as provas só foram realizadas em fevereiro, em virtude da recorrência dos casos de Covid-19 em janeiro, o índice de abstenção chegou a quase 70% dos inscritos. Foram mais de 111 mil pessoas ausentes.

Com índice de abstenção recorde no país, entendo que o Exame, deixa de cumprir o propósito para o qual foi criado, o de mapear e identificar a real situação do ensino no Brasil e, assim , orientar a implantação de políticas públicas. Sem essa bússola, todos trabalham no escuro e com apenas um recorte.

Criado em 1998, o Enem, hoje, é um indicador de mensuração da qualidade do ensino no Brasil e, a partir de 2009, passou também a ser um instrumento importante de seleção para o ingresso em instituição de ensino superior. É preciso, portanto, manter a regularidade, a fim de que as provas sejam realizadas no tempo correto, mediante a observação, e claro, dos cuidados exigidos pelo momento e a adoção de todos os protocolos de segurança necessários em situação de pandemia.

Esperamos que o Ministério da Educação cumpra a palavra quanto à realização das provas, porque um possível adiamento traria prejuízos, em especial para os alunos, que precisam ingressar nas universidades públicas e. como consequência, atingiria em cheio essas instituições já que as faculdades privadas são mais flexíveis.

A Fametro, por exemplo, optou por aceitar as notas de edições anteriores para ingressar na graduação, enquanto nas universidades públicas isso não é possível.

A nota do ENEM é fator decisivo para quem sonha cursar uma universidade pública, hoje, um instrumento de importância em qualquer instituição de Ensino Superior. Levantamento realizado pelo “Quero Bolsa”, plataforma de bolsas de estudo e vagas no ensino superior, mostra que o número de instituições (públicas e privadas), que usam o ENEM como processo seletivo, passou de 1.289 para 1.622 entre 2015 e 2019. Dessas 1.622 (que representam 62% das instituições do país), 1.469 são privadas.

É preciso, também, ressaltar o papel do ENEM na melhoria da educação no Brasil, em especial do Ensino Médio, com avanços registrados desde a sua criação. As melhorias acontecem porque é possível ter um raio-x do ensino no País, com base nessa e em outras ferramentas, e , assim, atuar onde há problemas, buscar soluções e investir em novos programas, sem isso, como disse antes, estamos no escuro.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi a primeira iniciativa ampla de avaliação do sistema de ensino implantado no Brasil. Criado em 1998 e sendo usado, inicialmente, para avaliar a qualidade da educação nacional, a prova era aplicada aos alunos do ensino médio em todo o país para auxiliar o ministério na elaboração de políticas pontuais e estruturais de melhoria do ensino brasileiro através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ensino Médio e Fundamental.

Entre 1998 e 2008, o Enem era constituído de 63 questões aplicadas em apenas um dia de prova. Até então, o exame não servia para ingresso em cursos superiores e apenas algumas Universidades utilizavam porcentagem da nota em alguma das fases do vestibular. Em 2009, um novo modelo de prova para o Enem foi lançado, com 180 questões objetivas e uma questão de redação, e com ele, a proposta de unificar o vestibular das universidades federais brasileiras.

Desde que teve seu formato modificado, o Enem resulta em polêmicas diferentes a cada ano. Seja na forma de correção de redações, seja no vazamento das questões. Contudo, os ajustes nas correções e o aumento da segurança em torno do concurso, revelam a tendência de que, no futuro, ele irá substituir totalmente os vestibulares da maioria das instituições de ensino.

Polêmicas a parte, é necessário que os estudantes tenham consciência da importância do Enem na vida acadêmica. É certo que cada universidade tem autonomia para aderir ao novo Enem conforme julgue melhor. Contudo, a nota do Enem é válida como pontuação para a seleção do ProUni, do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e também serve como certificação de conclusão do ensino médio para pessoas maiores de 18 anos de idade.

Por objetivar avaliar competências e não informações, o exame não é dividido em matérias. O fato é que o Enem exige compreensão dos enunciados e cobra mais domínio sobre o conteúdo do Ensino Médio. Diferente daquelas antigas provas de vestibulares que faziam com que o aluno decorasse fórmulas e datas. O Enem surgiu como forma de valorizar a lógica e a capacidade de interpretação do aluno, estimulando o raciocínio e as ideias.

Partindo do princípio – e neste caso generalizando – de que tudo que fazemos nas atividades diárias depende do exercício da leitura, para decodificarmos códigos, sinais e mensagens por meio de diferentes linguagens, não podemos negar que a avaliação do Enem é condizente com a necessidade da realidade.

Aliado a isso, a importância da prova fica ainda mais clara quando observamos o levantamento do site da revista Veja, revelando que pelo menos 92 instituições públicas e mais de 400 instituições privadas brasileiras utilizam o sistema para o preenchimento parcial ou total de suas vagas. Ademais, é crescente a participação dos estudantes na prova – em 2002, era 1,8 milhão de inscritos no Enem, enquanto que, em 2012, foram mais de 4 milhões de alunos inscritos.

Alguns defendem o fim do Enem devido aos sequentes erros, mas o problema não está na existência da prova. Precisamos apoiar a iniciativa do Enem e ajudar a aperfeiçoá-lo, dando continuidade ao processo de democratização e qualificação do nosso ensino.

Você sabe qual é a importância do Enem? Criado em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC), o Enem se tornou o maior vestibular do Brasil. Sua relevância aumentou depois de 2009, quando suas notas começaram a ser usadas para ingresso no ensino superior.

Contudo, antes dessa data ele era usado para avaliar o desempenho dos estudantes no final da educação básica, servindo também para conseguir o diploma do Ensino Médio. 

Hoje isso não é mais possível. Porém mais de 5 milhões de estudantes fazem a prova todo ano na tentativa de conquistar uma vaga no ensino superior, seja de forma gratuita, com bolsas ou com a ajuda de financiamento.

Quer entender melhor qual a importância do Enem e saber qual opção se relaciona com a sua necessidade para entrar no ensino superior? Continue a leitura deste artigo!

Qual a importância do Enem para a educação
Créditos da imagem: Tevalux11/DepositPhotos

Qual a importância do Enem?

Bom, podemos responder essa pergunta dizendo que, atualmente, o Enem é a principal forma de ingresso de estudantes ao ensino superior. Dependendo da nota obtida, é possível entrar em instituições de ensino superior públicas, particulares e até no exterior.

Mas para explicar com mais detalhes qual a importância do Enem para você, elaboramos os próximos tópicos sobre cada um desses acessos à tão sonhada graduação:

1. Acesso às universidades públicas

Este sem dúvida é um grande marco para entender qual a importância do Enem. Isso ocorreu graças à implementação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em 2009. 

Segundo o Inep, a ideia foi democratizar as vagas de ensino superior por meio de um processo nacional, dando a possibilidade de estudantes de qualquer estado concorrerem às vagas de qualquer região.

Entenda mais sobre o sistema: 

Sisu

O Sisu utiliza a nota do Enem como forma de ingresso em várias instituições públicas de ensino superior, como as universidades federais e os institutos federais de educação profissional e tecnológica. Para participar, os interessados não podem ter zerado a redação. 

Na sua primeira edição, em 2015, foram ofertadas 205.514 vagas em cursos superiores por universidades federais, estaduais e institutos federais em todo o Brasil. Em 2022, foram oferecidas 62.385 vagas em 70 instituições públicas de ensino superior de todo o país.

O processo de seleção é muito simples. No sistema, o candidato encontra a relação de instituições cadastradas, cursos e notas de corte em cada um deles. O estudante deve escolher dois cursos, sinalizando um deles como primeira opção.

Vale ressaltar que dependendo do curso, podem ser adotados pesos diferentes para cada área avaliada pelo Enem. Há ainda as vagas reservadas para cotistas, conforme determinação pela Lei de Cotas (12.711/2012) e para políticas e ações afirmativas.

Assim, divulgada a primeira lista de classificados pelo Sisu, os inscritos que não se classificaram podem participar de uma lista de espera. Porém, as próximas chamadas são de responsabilidade das instituições participantes do programa.

2. Acesso às universidades privadas

Existem diversas formas de acesso às universidades particulares

Saiba mais sobre cada um deles:

Prouni

Com a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni), em 2004, também entendemos qual a importância do Enem. Afinal, por meio da nota obtida no Exame, é possível obter bolsas de estudos integrais e parciais em cursos de graduação em universidades e faculdades particulares. 

Para participar do programa é preciso ter média de 450 pontos no último Enem e não ter zerado a redação. Para concorrer à bolsa integral (100%), o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por membro da família.

Já para a bolsa parcial (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. 

Além disso, o candidato deve satisfazer a pelo menos uma das condições abaixo:

  • ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública;
  • ter cursado o ensino médio completo em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola;
  • ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola privada;
  • ser pessoa com deficiência;
  • ser professor da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrante de quadro de pessoal permanente de instituição pública e concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura. Nesses casos, não há requisitos de renda.

Um dado interessante é que para o Prouni de 2022, 188.127 estudantes foram selecionados. Desse total, 55.269 pessoas usaram a nota do Enem 2020 e 132.858 a nota do Enem 2021.

Pois bem, após entender qual a importância do Enem com base no Prouni, vamos saber mais sobre o Fies, pois, por meio deste programa, também é possível acessar às universidades privadas:

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos aderentes ao programa.

A partir de 2018, o programa possibilitou juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento, que varia conforme a renda familiar do candidato. Assim, o estudante paga as prestações respeitando o seu limite de renda, fazendo com que os encargos a serem pagos diminuam consideravelmente.

Assim como no Prouni, para requerer o benefício é necessário ter alcançado média mínima de 450 pontos e não ter zerado a redação no Enem. A vantagem é que o Fies aceita as notas do Enem desde 2010.

Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos. Só em 2022, serão mais de 110 mil vagas ofertadas para o programa.

Vestibular

Outra forma de saber qual a importância do Enem é verificando que muitas instituições de ensino superior também usam a nota do Exame como uma forma de seleção ou como uma parte do vestibular

Fica a critério da faculdade estabelecer a forma como essa nota é utilizada, mas geralmente ocorre o seguinte: 

  • a nota é empregada como fase única; 
  • a nota é usada como 1ª fase do vestibular;
  • a nota é usada como parte do processo seletivo ou ainda para preencher vagas remanescentes.

São inúmeras as faculdades que aceitam a nota do Enem para ingresso em suas graduações. Como os critérios podem variar, antes, você precisa conferir o site da instituição desejada para conhecer todas as opções disponíveis.

3. Estudar em Portugal

Outra forma de ver qual a importância do Enem é que, desde 2014, mais de 51 universidades, institutos politécnicos e escolas superiores de Portugal têm acordo com o Inep, que garante acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar uma graduação fora do país.

Dessa forma, o resultado do Enem pode ser usado nos processos seletivos de instituições de educação portuguesas. Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas, e os estudantes também pagam taxas como forma de coparticipação nos custos do ensino, mesmo nas instituições públicas.Prontinho! Agora você sabe em detalhes qual a importância do Enem para entrar em um curso superior! Que tal conferir nosso próximo artigo sobre como escolher o curso preparatório para o Enem ideal para o seu perfil de estudante?