Observe a tabela a seguir diferença entre as populações

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40 78 29 41 56 34 17 72 59 11 56 73 7 17 77 22 7 36 44 69 39 28 30 62 21 80 30 19 56 54 23 29 67 37 33 39 51 46 31 54 31 53 42 39 44 88 20 Fazendo uma distribuição de frequências determinando o número de Classes pela regra da raiz quadrada e tendo o menor dado da tabela como o limite inferior da 1ª classe e cujas classes tem 12 como amplitude do intervalo de classes, podemos afirmar que a diferença entre a amplitude total e a amplitude amostral; a frequência da 3ª classe e o ponto médio da 5ª classes são respectivamente: Escolha uma opção: a. 8; 1 e 46. b. 12; 5 e 67. c. 3; 13 e 61. d. 7; 8 e 55. Questão 14 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão _______________ é uma representação característica de um gráfico de distribuição de frequências. É um diagrama de colunas em que cada retângulo está relacionado com uma classe da distribuição de frequência. O espaço no início da afirmação deve ser completado com a palavra: Escolha uma opção: a. Tabela. b. Polígono de frequência. c. Histograma. d. Gráfico de colunas. Questão 15 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Veja os dados a seguir: 04; 12; 14; 10; 35; 30; 32; 10; 8; 5. Podemos afirmar que sua média aritmética é: Escolha uma opção: a. 18. b. 16. c. 35. d. 15. Questão 16 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Um grupo de alunos estavam discutindo sobre suas notas, relacionaram assim: André tirou 10,0 pontos, Carla 5,5; Joice 8,5; Paulo 7,0; Ricardo 8,0 e Mariza 5,0. A nota mediana destes alunos é? Escolha uma opção: a. 6,8 pontos. b. 8,4 pontos. c. 7,5 pontos. d. 8,1 pontos. Questão 17 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão O histograma pode ser considerado o gráfico mais usado nas apresentações de dados quantitativos. É utilizado para variáveis quantitativas contínuas. Leia as características de um Histograma, abaixo relacionadas: I. Os intervalos devem ter todos a mesma amplitude. (As barras devem ser todas da mesma largura). II. Cada barra representa a frequência de um intervalo de valores. III. As barras devem estar todas juntas(Sem espaço entre elas). IV. Todas as barras devem ser de mesma altura e dispostas à mesma distância uma das outras. É correto afirmar: Escolha uma opção: a. As características I e IV não são verdadeiras. b. As características II e III são falsas. c. É falsa a característica I e verdadeira a característica II. d. É verdadeira a característica II e falsa a característica IV. Questão 18 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Considere uma prova de 5 questões abertas onde você tirou nota máxima. Fazendo um levantamento das notas, podemos perceber que em 4 questões você tirou notas que somadas totalizaram 3/4 da nota total. Em um gráfico de setores, o ângulo correspondente à 5ª questão é: Escolha uma opção: a. 45º. b. 60º. c. 90º. d. 30º. Questão 19 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Observe a tabela de frequências abaixo: Os valores nas células A, B e C, são respectivamente: Escolha uma opção: a. 45 – 0, 2 – 35. b. 15 – 0,1 – 10. c. 35 – 0,5 – 20. d. 25 – 2 – 50. Questão 20 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Para uma amostragem sistemática temos algumas vantagens. Leia atentamente as vantagens a seguir. I. Uma amostra sistemática é executada com maior rapidez e menor custo que uma aleatória, desde que a escolha das unidades amostrais seja mecânica e uniforme. II. A sistematização proporciona uma boa estimativa da média e do total, devido à distribuição uniforme da amostra em toda população. III. Na amostra sistemática, se os estratos da população forem pelo menos aproximadamente do mesmo tamanho, podemos otimizar a obtenção de informações sobre a população, com base no princípio de que, onde a variação é menor, menos elementos são necessários para bem caracterizar o comportamento da variável. IV. O deslocamento entre as unidades é mais fácil pelo fato de seguir uma direção fixa e preestabelecida, resultando em tempo gasto menor e, por consequência, um menor custo de amostragem. É correto afirmar: Escolha uma opção: a. A afirmativa III é verdadeira e a afirmativa IV é falsa. b. As afirmativas II e III são falsas. c. As afirmativas I e IV são verdadeiras. d. A afirmativa I é verdadeira e a afirmativa II é falsa. Questão 21 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Observe a tabela a seguir: É correto afirmar que a média aritmética, a moda e a mediana dos dados coletados são respectivamente: Escolha uma opção: a. 5,95; 3,52; 4,95. b. 3,45; 6,21; 3,92. c. 4,75; 5,46; 6,12. d. 6,35; 4,28; 5,31. Questão 22 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Leia atentamente as informações a seguir: I. Amostragem é o processo de coleta das informações de parte da população chamada a mostra, mediante métodos adequados de seleção destas unidades. II. Uma Amostra aleatória é constituída por elementos da população selecionados por um sistema preestabelecido. III. Dados Brutos são aqueles que ainda não foram numericamente organizados. IV. Censo é uma avaliação indireta de um parâmetro, com base em um estimador através de cálculos de probabilidades. Sobre as informações acima podemos afirmar que: Escolha uma opção: a. São falsas as afirmativas II e III. b. São falsas as afirmativas III e IV. c. Somente a afirmativa I é correta. d. São corretas as afirmativas I e III. Questão 23 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Analise as afirmativas a seguir: I. Para desenhar uma tabela de distribuição de frequências agrupadas em classes, você pode incluir valores nas classes, mas não pode incluir valores no Rol. II. A frequência de valores que realmente representam o número de dados de cada classe é a frequência relativa. III. A soma das frequências simples é igual ao total dos dados da distribuição. IV. A soma das frequências das classes anteriores e da classe atual, é a frequência absoluta. V. A dimensão obtida através da diferença entre o limite superior e inferior da classe é a amplitude da classe. Podemos afirmar que: Escolha uma opção: a. Somente as afirmações I, II e III são verdadeiras. b. Somente as afirmações II, III e IV são falsas. c. Somente as afirmações I, III e V são verdadeiras. d. Somente as afirmações II, IV e V são falsas. Questão 24 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Observe as afirmativas a seguir: I. Na construção de um gráfico, para as abcissas escreve-se ao lado direito da escala. II. Para o sistema de eixos as linhas auxiliares devem ser grafados com traço mais claro. III. O título do gráfico deve ser escrito sempre acima do gráfico. IV. Nas escalas dos eixos, não há a necessidade de ordenar as grandezas. V. É fundamental que um gráfico tenha cabeçalho, corpo e rodapé. Podemos afirmar que: Escolha uma opção: a. Apenas as afirmativas III e IV são verdadeiras. b. Apenas as afirmativas I, III e V são verdadeiras. c. Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. d. Apenas as afirmativas II e V são verdadeiras. Questão 25 Completo Atingiu 2,00 de 2,00 Marcar questão Texto da questão Leia atentamente as afirmativas a seguir: I. A aplicação da estatística intensificou-se nas últimas décadas, tornando-se o foco do estudo de especialistas para as áreas econômicas,

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1. (Uerj) 

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No último mês de janeiro, nas comemorações do Dia de Martin Luther King, propagou-se, mais uma vez, a frase Black lives matter “Vidas negras importam”, que surgiu nos protestos gerados pela morte de jovem negro, em agosto de 2014, na cidade norte-americana de Ferguson.

A utilização dessa frase nas comemorações de 2015 aponta para uma contradição existente entre uma característica da ordem política norte-americana e um impedimento ao pleno exercício dos direitos civis.

Essa característica e esse impedimento, respectivamente, são:

a) prevalência do republicanismo e existência de grupos paramilitares   

b) legitimidade do associativismo e regulação dos movimentos populares   

c) vigência do ideal democrático e permanência de desigualdades étnicas   

d) garantia da liberdade de manifestação e monitoramento das redes sociais   

  

2. (Uel) Analise a tabela a seguir:

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Os dados sobre a pobreza e a indigência segundo a cor ilustram os argumentos dos estudos

a) de Gilberto Freyre sobre a natural integração dos negros na sociedade brasileira, que desenvolveu a democracia racial.    

b) de Caio Prado Junior sobre a formação igualitária da sociedade brasileira, que desenvolveu o liberalismo racial.    

c) de Sérgio Buarque de Holanda sobre a cordialidade entre as raças que formam a nação brasileira: os negros, os índios e os brancos.    

d) de Euclides da Cunha sobre a passividade do povo brasileiro, ordeiro e disciplinado, que desenvolveu a igualdade de oportunidades para todas as raças.    

e) de Florestan Fernandes sobre a não integração dos negros no mercado de trabalho cem anos após a abolição da escravidão.


3. (Uem) O conto Negrinha, escrito por Monteiro Lobato, publicado em 1920, narra a história de uma pobre órfã, menina negra, de sete anos da idade, criada por uma rica senhora branca, a qual sente imenso prazer em aplicar-lhe constantemente surras e castigos corporais.

“A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos – e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo – essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! ‘Qualquer coisinha’: uma mucama assada ao forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: ‘Como é ruim, a sinhá!’...

O 13 de maio tirou-lhe das mãos o azorrague, mas não lhe tirou da alma a gana. Conservava Negrinha em casa como remédio para os frenesis. Inocente derivativo:

– Ai! Como alivia a gente uma boa roda de cocres bem fincados!...”

(LOBATO, Monteiro. Negrinha. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 4 e 5).

Considerando a narrativa acima e conhecimentos sobre preconceito, discriminação e exclusão social no Brasil, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

01) O conto, publicado cerca de três décadas após a instauração legal do trabalho livre, evidencia a persistência de uma mentalidade escravocrata na sociedade brasileira, com a manutenção de relações marcadas pela violência, pelo sentimento de posse e a exclusão de direitos em relação à população negra.   

02) A integração do negro na sociedade de classes, ocorrida principalmente após o desenvolvimento político e econômico brasileiro, durante a década de 1950, aconteceu de tal forma a criar condições mais igualitárias de participação dessa população no sistema de competição capitalista, rompendo com a desigualdade originalmente imposta pelo escravismo no Brasil.   

04) Esse conto usa a ironia como recurso para evidenciar as relações de abuso, agressão e violência sofridas pela população negra no Brasil mesmo após o fim da escravidão.   

08) O preconceito, baseado no princípio que a cor de pele fundamenta diferenças profundas entre as pessoas, é um fenômeno social que pode se expressar tanto a partir da restrição do acesso a vagas de trabalho quanto por meio de formas de violência interpessoal, de caráter físico ou psicológico.  

16) O Brasil é um país onde predomina a chamada “democracia racial” e, portanto, não faz sentido discutir problemas de racismo, a não ser em textos de ficção.   

4. (Uem-pas) No primeiro semestre de 2014, alguns fatos provocaram uma série de discussões acerca do racismo no futebol. Um episódio com grande repercussão na mídia internacional foi o do atleta Daniel Alves, jogador do F.C. Barcelona, que, durante uma partida do Campeonato Espanhol, foi alvo de uma banana arremessada pela torcida adversária. Casos como esse também ocorreram no Brasil. Conforme noticiado pela imprensa esportiva, após um jogo realizado em março, pelo Campeonato Gaúcho, o árbitro Márcio Chagas da Silva sofreu diversos insultos racistas e teve seu carro danificado por torcedores, que inclusive colocaram bananas no escapamento do veículo.

Tendo em vista esses acontecimentos, assinale o que for correto sobre o racismo.

01) Nos casos apresentados, o jogador e o árbitro foram hostilizados porque a ciência antropológica atual os considera representantes de raças inferiores.   

02) No Brasil, condutas racistas, como as cometidas contra o árbitro Márcio Chagas da Silva, contrariam o artigo 5º da Constituição Federal, segundo o qual “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.   

04) Os episódios de racismo apresentados são irreais porque não existe racismo na sociedade brasileira.   

08) Os casos de racismo no futebol brasileiro devem ser considerados como exceções, pois a história do país foi construída por uma convivência igualitária entre raças e etnias.   

16) As desigualdades entre brancos e negros na sociedade brasileira não estão relacionadas às suas capacidades biológicas. São resultantes de processos históricos que excluem os negros e seus descendentes.   

5. (Uema) Leia o fragmento abaixo.

“[...] Se a supressão do nexo colonial não se refletiu na condição de escravo nem afetou a natureza da escravidão mercantil, ela alterou a situação econômica do senhor que deixou de sofrer o peso da ‘espoliação colonial‘ e passou a contar, por conseguinte, com todas as vantagens da ‘espoliação escravista‘ que não fossem absorvidas diretamente pelos mecanismos secularizados do comércio internacional”.

Fonte: FERNANDES, Florestan. Circuito Fechado: quatro ensaios sobre o “poder institucional”.

Baseando-se no fragmento de Florestan Fernandes, pode-se afirmar que a independência do Brasil

a) dificultou o fortalecimento da economia nacional.   

b) fortaleceu o setor econômico escravista nacional.   

c) extinguiu o tráfico de pessoas escravizadas ao país.   

d) rompeu com a estrutura econômica baseada na escravidão.   

e) aumentou a dependência brasileira aos interesses portugueses.   

6. (Enem PPL) A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.

CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).

Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra que

a) essa ideologia equipara a nação a outros países modernos.   

b) esse modelo de democracia foi possibilitado pela miscigenação.   

c) essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade social aos negros.   

d) esse mito camuflou formas de exclusão em relação aos afrodescendentes.   

e) essa dinâmica política depende da participação ativa de todas as etnias.   

7. (Uepa 2015)  Com base nos textos I e II, responda à questão.

Responsabilidade pelas diferenças é da sociedade atual

No período colonial e imperial brasileiro, um modelo de escravidão extremamente brutal sobre suas vítimas não deixara de lograr mecanismos de mobilidade social para alguns descendentes de escravizados que se tornaram libertos.

No Brasil do século 19, em algumas regiões, eles poderiam chegar mesmo a 80% do total da população livre; dados semelhantes aos de Cuba. No Sul dos Estados Unidos, por exemplo, o índice era de apenas 4%. Alguns destes chegaram – de forma ainda hoje inédita – aos altos escalões da vida cultural e política do país. A lista não e tão pequena assim: Rebouças, Patrocínio, Caldas Barbosa, Machado de Assis.

Na contramão, há quem afirme que a liberdade conquistada pela alforria, em nossa antiga sociedade, era extremamente precária – em razão da cor, tornando as pessoas libertas de tez mais escura no máximo quase-cidadãos.

De qualquer maneira, se é verdade que nossa realidade colonial e imperial guarda uma complexidade própria, o fato é que ao longo do século 20 a antiga sociedade acabaria abrigando um desconcertante paradoxo. O escravismo não tivera nada de harmonioso, mas o sistema de dominação abria margens para infiltrações.

Para as experiências do pós-emancipação, cor, raça e racismo foram paisagens permanentemente reconfiguradas. Ordem, trabalho, disciplina e progresso dialogaram com as políticas públicas de aparato policial e criminalização dos descendentes dos escravizados e suas formas de manifestação cultural e simbólica.

No projeto de nossas elites desse período vigorou a concepção de que o desenvolvimento socioeconômico era incompatível com nossas origens ancestrais em termos étnicos. Países com maiorias não brancas não atingiram, e jamais alcançariam, o tão desejado progresso. Os perniciosos efeitos do sistema escravista foram associados às suas vítimas, ou seja, os escravizados.

No contexto posterior aos anos 1930, a valorização simbólica da mestiçagem seria um importante combustível ideológico do projeto desenvolvimentista. Dado o momento histórico em que fora forjado, se pode até reconhecer que tal discurso poderia abrigar algum tipo de perspectiva progressista. Por outro lado, ao consagrar como natural a convergência das linhas de classe e cor, tal lógica tentou convencer que diferenças sociais derivadas de aparências físicas (cor da pele, traços faciais), conquanto nítidas e persistentes, inexistiam.

Ou se existiam eram para ser esquecidas, abafadas ou comentadas no íntimo do lar. Como tal, o mito da democracia racial serviu não apenas ao projeto de industrialização do país. Também se associou a um modelo de desenvolvimento que viria a ser assumidamente concentrador de renda e poder político em termos sociorraciais, dado que tais assimetrias passaram a ser incorporadas à paisagem das coisas.

Após o fim do mito da democracia racial, parece que se torna necessário romper com uma segunda lenda. A de que as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do escravismo, findado há 120 anos.

Tal compreensão retira da sociedade do presente a responsabilidade pela construção de um quadro social extremamente injusto gerado a cada instante, colocando tal fardo apenas nos ombros do distante passado. Nosso racismo está embebido de uma forte associação entre cor da pele e uma condição social esperada ou desejada. Tal correlação atua nos diversos momentos da vida social, econômica e institucional.

A leitura dos indicadores sociais decompostos pela variável cor ou raça expressa a dimensão de tais práticas sociais inaceitáveis. Se os afrodescendentes se conformam com tal realidade, fica então ratificado o mito. Se não se conformam, dizem os maus presságios: haverá ruptura de nossa paz social.

O racismo e as assimetrias de cor ou raça do presente não são produtos da escravidão, muito embora tenham sido vitais para o seu funcionamento. Em sendo uma herança perpétua e acriticamente atual.

O que fazer para superar este legado? Este é o desafio de todos nós, habitantes deste sexto século brasileiro que há pouco despertou.

(Flávio Gomes e Marcelo Paixão. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj2311200806.htm.Texto adaptado)

Quem foi quem disse que o samba tem / Origem lá no morro meu bem / O samba nasce em qualquer lugar / Não dou exemplo pra não dar o que falar / Quando se tem ao lado um alguém / Com esse ritmo que é nosso também / Fazer samba não é privilégio de ninguém.

(Elza Soares: Teleco-teco).

A passagem do texto I que confirma a afirmativa contida no texto II é:

a) em sendo uma herança perpétua e acriticamente atualizada, o passado fez-se presente.   

b) este é o desafio de todos nós, habitantes deste sexto século brasileiro que há pouco despertou.   

c) nosso racismo está embebido de uma forte associação entre cor da pele e uma condição social esperada ou desejada.   

d) se os afrodescendentes se conformam com tal realidade, fica então ratificado o mito.   

e) o escravismo não tivera nada de harmonioso, mas o sistema de dominação abria margens para infiltrações.   

8. (Upe) Observe a tabela a seguir:

Diferença entre as populações de brancos e negros no Brasil (em médias)

Observe a tabela a seguir diferença entre as populações

Ela apresenta as principais dimensões que caracterizam a desigualdade racial no Brasil.

Com base nas médias nela apresentadas, é CORRETO afirmar que

a) a proporção de negros analfabetos é menor que a média nacional.   

b) os domicílios com banheiro e água encanada representam a dimensão mais desigual, mostrando a proximidade do negro em relação ao branco.   

c) a desigualdade social no Brasil aumentou significativamente, pois a proporção de pobres negros foi maior que a de brancos e a da média nacional juntas.   

d) as formas de perseguição étnica e racial no Brasil são relações sociais, que refletem a desigualdade existente, apresentada na tabela.   

e) há uma desigualdade forte no país entre brancos e negros, e os dados são insuficientes para perceber todas as dimensões sociais que tornam os indivíduos desiguais.   

9. (Ufu) O discurso sobre a formação da identidade nacional brasileira tem como uma de suas vertentes o estudo das consequências do encontro de três matrizes étnicas: o negro, o europeu (branco) e o indígena. Em meio a este debate, e contrariando as teorias raciais, elaborou-se uma tese conhecida como “democracia racial”, caracterizada por

a) defender o direito de participação de representantes de todas as raças no processo político.   

b) pressupor a miscigenação harmoniosa entre os diferentes grupos étnicos que formaram a nação brasileira.   

c) denunciar os conflitos raciais e a desvalorização dos afrodescendentes no Brasil.   

d) culpar os grupos dominantes pela marginalização dos afrodescendentes e da população indígena brasileira.   

10. (Uepa) Responsabilidade pelas diferenças é da sociedade atual

            No período colonial e imperial brasileiro, um modelo de escravidão extremamente brutal sobre suas vítimas não deixara de lograr mecanismos de mobilidade social para alguns descendentes de escravizados que se tornaram libertos.

            No Brasil do século 19, em algumas regiões, eles poderiam chegar mesmo a 80% do total da população livre; dados semelhantes aos de Cuba. No Sul dos Estados Unidos, por exemplo, o índice era de apenas 4%.  Alguns destes chegaram – de forma ainda hoje inédita – aos altos escalões da vida cultural e política do país. A lista não e tão pequena assim: Rebouças, Patrocínio, Caldas Barbosa, Machado de Assis.

            Na contramão, há quem afirme que a liberdade conquistada pela alforria, em nossa antiga sociedade, era extremamente precária – em razão da cor, tornando as pessoas libertas de tez mais escura no máximo quase-cidadãos.

            De qualquer maneira, se é verdade que nossa realidade colonial e imperial guarda uma complexidade própria, o fato é que ao longo do século 20 a antiga sociedade acabaria abrigando um desconcertante paradoxo. O escravismo não tivera nada de harmonioso, mas o sistema de dominação abria margens para infiltrações.

            Para as experiências do pós-emancipação, cor, raça e racismo foram paisagens permanentemente reconfiguradas. Ordem, trabalho, disciplina e progresso dialogaram com as políticas públicas de aparato policial e criminalização dos descendentes dos escravizados e suas formas de manifestação cultural e simbólica.

            No projeto de nossas elites desse período vigorou a concepção de que o desenvolvimento socioeconômico era incompatível com nossas origens ancestrais em termos étnicos. Países com maiorias não brancas não atingiram, e jamais alcançariam, o tão desejado progresso. Os perniciosos efeitos do sistema escravista foram associados às suas vítimas, ou seja, os escravizados.

            No contexto posterior aos anos 1930, a valorização simbólica da mestiçagem seria um importante combustível ideológico do projeto desenvolvimentista. Dado o momento histórico em que fora forjado, se pode até reconhecer que tal discurso poderia abrigar algum tipo de perspectiva progressista. Por outro lado, ao consagrar como natural a convergência das linhas de classe e cor, tal lógica tentou convencer que diferenças sociais derivadas de aparências físicas (cor da pele, traços faciais), conquanto nítidas e persistentes, inexistiam.

            Ou se existiam eram para ser esquecidas, abafadas ou comentadas no íntimo do lar. Como tal, o mito da democracia racial serviu não apenas ao projeto de industrialização do país. Também se associou a um modelo de desenvolvimento que viria a ser assumidamente concentrador de renda e poder político em termos sociorraciais, dado que tais assimetrias passaram a ser incorporadas à paisagem das coisas.

            Após o fim do mito da democracia racial, parece que se torna necessário romper com uma segunda lenda. A de que as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do escravismo, findado há 120 anos.

            Tal compreensão retira da sociedade do presente a responsabilidade pela construção de um quadro social extremamente injusto gerado a cada instante, colocando tal fardo apenas nos ombros do distante passado. Nosso racismo está embebido de uma forte associação entre cor da pele e uma condição social esperada ou desejada. Tal correlação atua nos diversos momentos da vida social, econômica e institucional.

            A leitura dos indicadores sociais decompostos pela variável cor ou raça expressa a dimensão de tais práticas sociais inaceitáveis. Se os afrodescendentes se conformam com tal realidade, fica então ratificado o mito. Se não se conformam, dizem os maus presságios: haverá ruptura de nossa paz social.

            O racismo e as assimetrias de cor ou raça do presente não são produtos da escravidão, muito embora tenham sido vitais para o seu funcionamento. Em sendo uma herança perpétua e acriticamente atual.

            O que fazer para superar este legado? Este é o desafio de todos nós, habitantes deste sexto século brasileiro que há pouco despertou.

(Flávio Gomes e Marcelo Paixão. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj2311200806.htm.Texto adaptado)

Segundo o texto, o primeiro mito é o da democracia racial e o segundo é de que:

a) as assimetrias de cor ou raça sejam decorrência direta do escravismo.   

b) a ruptura de nossa paz social acontecerá a qualquer momento.   

c) não há mobilidade social para alguns descendentes de escravizados que se tornaram libertos.   

d) onde há ordem, trabalho, disciplina e progresso não há escravidão.   

e) a liberdade conquistada pela alforria, em nossa antiga sociedade, era extremamente precária – em razão da classe.   

11. (Uema) Os preconceitos fazem parte da vida em sociedade e resistem às mudanças, muitas vezes alimentando as desigualdades e a exclusão social, conforme trecho da música A carne dos compositores Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capellette.

A carne mais barata do mercado é a carne negra que vai de graça ‘pro’ presídio

E para debaixo de plástico que vai de graça ‘pro’ subemprego

E ‘pros’ hospitais psiquiátricos

A carne mais barata do mercado é a carne negra

Segurando esse país no braço

O cabra aqui não se sente revoltado

Porque o revólver já está engatilhado

Mas, muito bem intencionado

E esse país vai deixando todo mundo preto e o cabelo esticado...

Seu Jorge; Marcelo Yuca e Ulisses Cappelletti. “A Carne”. In: Farofa Carioca, Moro no Brasil. Rio de Janeiro: independente, 1998.

Os conceitos sociológicos apresentados no trecho da composição A carne são os seguintes: 

a) acomodação, discriminação racial, exploração do trabalho.    

b) institucionalização, igualdade social, politização.    

c) marginalização, industrialização, socialização.    

d) democracia, cidadania, desigualdade social.    


e) estigma, flexibilização, modernização.    

Observe a tabela a seguir diferença entre as populações