Como incentivar um filho a estudar

Como incentivar meu filho a gostar de estudar? Essa pergunta é muito comum entre os pais. É fácil entender essa situação, pois, às vezes, é difícil para os pequenos reconhecerem o valor do estudo frente às várias opções de diversão.

As crianças costumam passar muito tempo brincando e se divertindo com os seus amigos de mesma idade. Porém pouco se aborda nessa fase da vida como os estudos são importantes.

No entanto, não gosta de estudar desde a fase infantil pode gerar resultados muito negativos no futuro. Isso porque o estudo, na verdade, se trata de uma prática frequente ao longo de nossa vida. Afinal, nunca paramos de estudar, apesar do nível de especialização.

Até mesmo quando nos tornamos profissionais é de suma importância dar seguimento com os estudos. Essa “reciclagem” de ensinamentos deve ocorrer de forma contínua, sempre se atualizando, quando for possível. Logo, essa ideia deve ser ensinada desde criança.

A fim de evitar que os filhos tenham problemas de aprendizado, é preciso, desde cedo, estimulá-los ao estudo sem que isso pareça uma obrigação ou algo pesaroso. Veja algumas dicas de como incentivar o seu filho a gostar de estudar!

Destaca-se, ainda, que algumas coisas podem estar atuando no aprendizado do seu filho, como os transtornos de aprendizagem – que vamos destacar logo a seguir.

Qual a importância de incentivar seu filho a estudar desde cedo?

Tudo na vida parte de uma rotina, e para o hábito de estudo não é diferente. A criança adquire os hábitos de tomar banho, escovar os dentes, comer sozinha e se trocar; para a prática do estudo, deve ocorrer da mesma forma.

Por vezes, topamos com jovens em recuperação por falta de uma boa base no ensino fundamental. Ou seja, se no passado aquele aluno tivesse criado o hábito de estudar, seria mais fácil aprender a tabuada, por exemplo, do que assimilá-la agora, junto a problemas complexos de física e matemática.

Nenhuma pessoa domina todas as áreas do conhecimento, ou até mesmo apresentam facilidade com tudo. Até porque cada um tem a sua própria habilidade, e isso será trabalhado ao longo da vida.

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No entanto, começar desde cedo os estímulos com o estudo é primordial, uma vez que essa prática levará ao desejo de aprender. O estudo, então, não se resume a livros, escrita e cálculos.

O estudo também é ver em tudo algum aprendizado, isto é, retirar proveito de qualquer situação. Logo, quanto mais cedo uma criança perceber isso, mais prazeroso será o estudo para ela.

Portanto, é dever dos pais conversar e incentivar o seu filho a gostar de estudar desde cedo, seja com atividades lúdicas ou fazendo o dever de casa com elas.

Transtornos de aprendizagem

Uma criança pode não gostar de estudar pelos mais diversos motivos, e um deles é o caso de transtornos de aprendizagem. Eles são capazes de afetar a compreensão de uma pessoa, além do seu poder de aprender. Inclusive, os que mais costumam ter prejuízos com esse tipo de transtornos são as crianças ainda na fase escolar.

Entretanto, é possível ver que alguns adultos também passar por essa situação. Isso ocorre em especial quando os adultos não tratam, em nenhuma fase da vida. Os sinais, portanto, se fazem mais presentes e aparentes.

Sabemos que os pais sempre desejam o que há de melhor para os filhos. Mas para isso é necessário prestar atenção no sinais que a criança já demonstra desde pequeno. Além disso, também é de suma importância escolher uma escola com a melhora infraestrutura possível.

Muitas instituições de ensino contam com um planejamento especial para esse tipo de situação, o que ajuda no fato de incentivar o seu filho a gostar de estudar.

Definição de transtorno de aprendizagem

Após ter uma visão geral sobre os transtornos de aprendizagem, você deve entender o conceito deles. Portanto, é possível entender esses transtornos como capazes de interferir em certos pontos de ensino – em crianças e adultos – e no fato da pessoa gostar de estudar ou não.

Desse modo, em suma, os transtornos tornam esse processo de aprendizagem mais difícil, ao passo que interfere no âmbito social, escolar e profissional. Sendo assim, é bom tratar dos transtornos, a fim de que a criança tenha a sua experiência adequada na escola.

Alguns desses distúrbios dificultam o ensino e as relações sociais de uma criança, e por isso o tratamento é tão importante. A criança precisa se dar bem com as outras, além de aprender. Isso é o que constrói parte da personalidade de uma pessoa, e tudo na fase da infância.

Inclusive, diversos adultos se mantém tímidos até uma fase mais avançada, como reflexo de sua infância.

Causas que explicam o transtorno de aprendizagem

Não é possível definir uma causa específica do transtorno de aprendizagem. Existem, no entanto, diversas teorias que podem explicar a sua origem. A primeira delas tem origem biológica, mas os fatores ambientais também precisam ser checados.

Um outro ponto que você deve estar atento é ao período da gestação e na hora do parto. Alguns fatos nesse momento podem afetar a criança, e por isso é primordial que a mãe seja devidamente acompanhada.

Ademais, algumas crianças também são privadas de algo na sua infância, e isso pode ser a causa do transtorno. O bullying também pode contribuir para a origem desse transtorno de aprendizagem, a depender de como se deu a situação das ofensas.

No ambiente de casa, com o contato envolvendo a família, a criança também pode passar por algumas dificuldades, ao passo que isso dificulta o ensino. Como hoje ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa, que não aceita conversar sobre esses assuntos, existem muitos obstáculos sobre esse tema.

No entanto, é essencial fazer um acompanhamento psicológico, uma vez que os profissionais dessa área podem identificar e tratar a criança ou adulto.

Além disso, esses profissionais se tornam essenciais no sentido de ajudar os filhos não só na aula, mas também no momento “extracurricular”. Isto é, como foi dito acima, os transtornos também afetam de forma direta a conduta, o que deve ser trabalhado tanto pelos educadores quanto pelos pais.

Por fim, outros fatores que podem ser a causa do transtorno de aprendizagem são as lesões cerebrais, transtornos mentais ou doenças maternas.

Tipos de transtornos de aprendizagem

Os transtornos de aprendizagem, assim como também acontece em outras questões parecidas, recebe uma divisão em alguns tipos. Esses tipos que nos ajudam na compreensão sobre o tema, além daqueles que não fazem parte da área profissional.

Inclusive, os próprios profissionais fazem uso dessa divisão ao classificar o quadro de saúde do seu paciente, adulto ou criança. Desse modo, o DSM-V traz três categorias para as condições do transtorno de aprendizagem.

São elas o transtorno que torna impossível a leitura, a que prejudica na matemática, interfere, de forma negativa, na escrita e, por fim, podem tirar da pessoa o fato de gostar de estudar. Contudo, outros distúrbios podem afetar, de forma muito grave, a capacidade de aprendizagem que as crianças têm, é o que veremos a seguir.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é o nosso primeiro exemplo, pois, hoje em dia, está entre os mais conhecidos transtornos. Esse tipo de conhecimento, inclusive, acontece por parte dos pais e dos educadores, que podem ajudar no tratamento.

Desse modo, é possível ver que a definição do TDAH possui uma ligação direta com a dificuldade que a criança tem de se concentrar na aula dada em sala. Além disso, diversas tarefas que são mais comuns do dia a dia são mais difíceis para essa criança realizar.

Com isso, vemos que a criança com TDAH demonstra algumas mudanças muito frequentes na sua conduta. É muito comum que essas crianças aparentem ser mais ansiosas e inquietas, e em poucos casos têm uma linha mais agressiva, porém é possível.

Na maioria desses casos, a criança que tem TDAH se apresenta como irredutível, em especial pelo fato de ter problema em seguir comandos. Além do fato de que elas não conseguem se acalmar de modo fácil, fazendo o que querem e quando quiserem.

É muito comum que essas crianças cometam diversos erros no momento de prova, o que pode ser explicado devido à sua desatenção. Contudo, elas sabem o assunto que foi ministrado, mas por conta dessa dificuldade não conseguem demonstrar.

Um ponto interessante a ser feito é que o TDAH pode continuar na vida da pessoa desde a infância até a fase adulta. Logo, quando isso ocorre, vemos que o transtorno interfere no rendimento no âmbito acadêmico, mas também profissional.

Por causa disso, é primordial investir em tratamentos que reduzam o impacto desse transtorno no que se refere ao ensino e vida social.

Dislexia

A dislexia também é outro transtorno muito conhecido no meio profissional e na sociedade no geral. Por isso, a sua principal marca é que a criança aqui também tem dificuldade na leitura e escrita.

Dessa maneira, as pessoas com dislexia precisam de um tempo maior para assimilar e absorver o conteúdo que acabou de ser ministrado em aula.

Sendo assim, vemos que a criança com dislexia costuma se atrapalhar muito com as palavras que ouve, trocando as letras de lugar. Elas se confundem com os sons, não sendo capazes de reproduzi-los com a escrita.

No geral, é muito comum ver que essas são as mesmas crianças que recebem um certo destaque nas matérias de artes e de cálculo. Isso porque, apesar de ter um processo de ensino diferente dos colegas, elas também são muito inteligentes. No entanto, é preciso ensinar a elas de um modo diferente, com foco em outras coisas para que absorvam o conteúdo.

Logo, é necessário que todos ao redor dessa criança a incentivem cada vez mais a aprender, por mais que não siga a forma mais convencional. Se possível, invista em livros lúdicos, programas de TV e demais materiais divertidos.

A disgrafia, como o termo já nos traz uma noção, possui uma relação direta com a escrita, a partir da “grafia” dessa palavra. Com base nisso, esse é um transtorno que afeta, de modo direto, o poder de escrita que a criança tem. Essa escrita tem a ver tanto com as letras em si, mas também com os números.

Sendo assim, a dificuldade dessa criança em escrever pode ter relação com o fato de não conseguir entender o desenho das letras. As letras, no geral, trazem um som, e a disgrafia impede que esses dois pontos estejam ligados.

Dessa forma, ainda é possível fazer a divisão da disgrafia em dois tipos: motora ou perceptiva. Enquanto a primeira se trata de uma dificuldade em escrever no papel uma letra ou número, a segunda não segue o mesmo preceito.

Na disgrafia motora, a criança com o transtorno é capaz de ler facilmente e falar muito bem, mas não consegue escrever de forma correta as palavras.

Por outro lado, a disgrafia perceptiva é um transtorno mais nítido no momento de assimilar o que as letras, número, frases e palavras significam.

Por esse motivo, a criança não consegue esses pontos aos sonos. Um dos sinais mais comuns nessas crianças é a sua inabilidade de participar dos ditados feitos dentro da sala de aula com todos os alunos.

Discalculia

Trouxemos a discalculia como nosso último transtorno de aprendizagem. Esse é um transtorno que se relaciona com a dificuldade que o aluno tem de aprender matemática e os seus cálculos.

Nesse sentido, é perceptível que essa criança com discalculia não é capaz de entender de fato o raciocínio de cada operação matemática. Portanto, ela apresenta um senso numérico fraco, o que a torna uma criança ansiosa. Sempre antes de fazer uma tarefa da disciplina, veja se a criança está inquieta e não se sente confortável.

No geral, os sintomas da discalculia são distintos e dependem da criança. Com isso, cada uma tem a sua forma de apresentar dificuldades em aprender os cálculos de matemática.

Em se tratando dos jovens, os desafios são outros, a exemplo de medir a quantidade de alimentos, interpretar os dados presentes em um gráfico ou tabela. Esses entraves dificultam na hora de uma prova de vestibular.

Esse é um distúrbio que costuma estar junto com a dislexia. Assim, se o seu filho tem essas duas condições, o diagnóstico pode demorar um pouco para ser mais ser finalizado de forma concreta.

Como incentivar meu filho a gostar de estudar?

Você não deve, em momento algum, seja o motivo que for, ligar o estudo a uma punição ou até mesmo castigo. Isso vai causar uma má impressão sobre a importância de estudar. Por esse motivo, é de suma importância usar estratégias inteligentes para que a criança se divirta enquanto estuda. Confira a seguir, então, algumas dicas para incentivar o seu filho a gostar de estudar:

Investigue se o seu filho possui algum transtorno de aprendizagem

É necessário que você investigue se o seu filho desenvolveu, de alguma forma, um transtorno de aprendizagem. Isso porque, como você pôde perceber acima, o transtorno pode ser um dos motivos que o impedem de incentivar o seu filho a gostar de estudar.

Logo, todo o aparato necessário se faz primordial nesse momento, unindo o apoio dos pais, a atenção dos educadores e a ação direta dos psicólogos. Deve existir, então, uma ação em conjunto de todas essas pessoas, a fim de tratar diretamente da criança.

Lembre-se ainda que as crianças não são tão fáceis de lidar, apesar de conseguirem ser muito honestas. Essa qualidade pode ajudar os psicólogos a identificarem o que está acontecendo e a origem do transtorno.

Tratamentos para os transtornos de aprendizagem

Você pode tratar os transtornos de aprendizagem – na verdade, essa é uma obrigação. Afinal, ao tratá-los, vemos como esse processo é fundamental na diminuição dos sintomas sofridos com o transtorno. Logo, o primeiro passo é um diagnóstico correto.

Para isso, é bom verificar alguns critérios no diagnóstico. Sem um diagnóstico correto em mãos, você não poderá seguir com o tratamento mais adequado. Por isso, você, como educador ou responsável pela criança, deve se preocupar com esse aspecto.

Na verdade, o que devemos fazer é o oposto, inclusive com crianças que não têm nenhum transtorno. A escola precisa ser um local atrativo, legal e divertido, unindo os principais elementos com o ensino, tornando essa aprendizagem boa.

Com o intuito de evitar quaisquer confusões, os devidos critérios foram definidos para que se tenha um diagnóstico adequado dos transtornos de aprendizagem. Eles são analisados por um profissional, a exemplo do pedagogo, mas você também pode estar atento.

Somente após essa análise profissional, avaliação e o então diagnóstico, podemos concluir se essa criança precisa ou não de tratamento. Por isso é tão importante levar em conta alguns pontos.

Dentre os requisitos que são usados em um diagnóstico nesse sentido, podemos citar os seguintes:

  • Problema na grafia;
  • Dificuldade em entender o que significa os conteúdos escritos;
  • Não conseguir escrever (quando consegue, a letra é ilegível);
  • Leitura sem precisão e de forma lenta;
  • Problema em dominar os conceitos dos números;
  • Dificuldade em pensar nos cálculos matemáticos.

Trace objetivos

É mais fácil para o adulto se engajar em alguma coisa quando ele tem um objetivo definido; da mesma forma ocorre com a criança. Assim, a melhor forma de incentivar o seu filho a gostar de estudar é criando objetivos de curto, médio e longo prazo.

No início do ano letivo, o objetivo de passar de ano está muito longe para os alunos e por isso pouco palpável. Portanto, os pais devem definir objetivos mensais ou semestrais. Comece pondo uma hora de estudo por dia, depois coloque uma nota mínima em um trabalho ou prova e assim por diante. Dessa forma, o seu filho ficará motivado e feliz quando for conquistando cada objetivo.

Lembre-se somente de seguir o ritmo da criança, pois cada um tem o seu próprio jeito de levar essa situação. De nada adianta colocar objetivos demais, sendo que, na prática, eles não serão possíveis.

Fale sobre a importância do aprendizado

É comum que a educação ainda seja tratada com uma metodologia rígida em que os alunos têm que passar de ano com notas boas e um dia se formar em uma faculdade.

Assim, para acabar com isso, comece a usar o verbo aprender no lugar de estudar. Afinal, aprender vai muito além de estudar e ter boas notas. Aprender significa agregar saberes que serão usados por toda a vida.

Além disso, o simples fato de conversar com o seu filho pode ajudar muita coisa, como demonstrar que o aprendizado é a coisa mais importante que temos em nossa vida.

Por isso, procure sempre se comunicar com a criança, deixando claro que o ensino não é um dever ou uma obrigação, e sim algo intrínseco. Essa é uma ótima arma para incentivar o seu filho a gostar de estudar.

Crie recompensas

Sabemos que o ato do estudo deve ser algo usual na vida das crianças. Mas, pelo menos no início, criar recompensas pode ser uma forma de incentivo.

Desse modo, mesmo que ainda não reconheça o valor de estudar, o seu filho verá um benefício nessa tarefa e vai se esforçar mais para alcançar os objetivos. Você pode trocar horas de estudo por um passeio, brinquedo novo ou até um tempo a mais no videogame.

Veja que você não deve “comprar” o seu filho, pois isso pode causar uma impressão ruim. No caso da recompensa, essa ideia nos traz uma noção de que a pessoa fez por merecer.

Alguns pais, por outro lado, não transmitem essa mensagem, e sim de que o filho só vai estudar quando tiver algum presente envolvido.

Outro bom ponto é que os pais têm que ajudar os filhos, incentivá-los e dar o exemplo. De nada adianta mandar o seu filho estudar se você nunca tem tempo para ajudá-lo. Para ajudar no processo de incentivar o seu filho a gostar de estudar, crie uma grade de estudos para ele e coloque horários em que os dois estudarão juntos.

Ser um pai e/ou uma mãe presente com certeza é uma forma de apoiar o seu filho. Isso porque ele vai se sentir amado e estimulado a sempre querer mais.

Caso essas dicas não sejam o bastante, ou você ainda se pergunta “como incentivar meu filho a gostar de estudar”, o ideal é que você busque por ajuda profissional.

Como falamos acima, muitos problemas e erros de jovens e adultos poderiam ter sido evitados na infância com a ajuda de um professor particular, pois esse profissional tem a experiência necessária para incentivar as crianças ao estudo.

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