A importância e a necessidade de saber inglês no mundo globalizado

Texto: Jonatan Lavor
Produção: Alan Silva, Jontan Lavor, Marcos Sudoviski e Vinícius Frank Edição: Alan Silva e Jonatan Lavor

ara alguns, a matemática é considerada a única linguagem universal. Porém, atualmente, com o advento da globalização e o firmamento dos Estados Unidos (EUA) como grande potência econômica, a língua inglesa ganhou maior relevância dentre as outras e é falada em quase todos os lugares do planeta, tornando-se o idioma capaz de facilitar a comunicação entre países e aproximar suas culturas.

O processo de globalização se manifesta em diversos aspectos. Na esfera econômica ou cultural, tanto faz; cada país é influenciado de maneira diferente. Portanto, quando se trata da disseminação do inglês, deve-se destacar com ênfase a relação com a condição social, pois nem todos conseguem pagar um curso ou fazer uma viagem internacional. Contudo, de acordo com Karina Fernandes, Coordenadora do curso de especialização em Metodologia da Língua Inglesa e Tradução da Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR, nunca foi tão fácil aprender um segundo idioma.

A expansão da internet, a utilização de novas tecnologias e o alto consumo de produtos americanos são fatores que auxiliam não apenas na popularização do inglês, mas também na aprendizagem, por proporcionarem maior contato com a língua. Para Karina, fora as séries, filmes e músicas, muitas pessoas têm contato com o inglês através de videogames.

“Hoje em dia é possível jogar vídeo game com alguém lá da Finlândia. Estar na sua casa e com áudio se comunicar com alguém de outro país. Isso é globalização. Aí você quer essa interação e quer passar de fase, então tudo isso faz com que se queira cada vez mais aprender inglês”

Nesse contexto, o inglês já não é mais um diferencial no currículo de ninguém. É essencial. Karina Fernandes falou que a vivência no exterior é o que realmente chama atenção das empresas. Para o professor autônomo de inglês, Vinícios Ramos, quem se destaca hoje é aquele que fala um terceiro ou quarto idioma, mas disse também que o Brasil ainda “caminha lentamente” na aquisição de línguas estrangeiras.

“Eu vejo essa cultura da preguiça ainda no brasileiro. Acha que não precisa de outra língua ou que isso só é necessário para conseguir um emprego melhor. E não é isso. O inglês é você ingerir uma cultura diferente, não só dos Estados Unidos, mas coisas de vários países”, declarou.

O mercado de trabalho exige, mas as pessoas também buscam esse novo conhecimento por motivos pessoais, como a compreensão de músicas, assistir filmes e séries logo após o lançamento ou até mesmo para viajar a outros países. Guilherme Konig decidiu conhecer o Havaí e aprender a falar inglês fazia parte de seus planos. Com dois meses, já conseguia se comunicar porque sabia as palavras “chaves”. Além disso, o jovem de 21 anos sabe a segunda língua mais popular no mundo, o espanhol, porque fez amigos Chilenos e Mexicanos por lá.

“Todo mundo falava inglês, mas entre eles tinha vários grupinhos de quem falava japonês, tailandês, sírio, espanhol, e tinha pessoa que falava cinco ou seis línguas e daí conseguia se comunicar com todo mundo mesmo”, contou

Existem também vários sites e aplicativos gratuitos para estudar outras línguas, como Duolingo ou Reallife English. Ou seja, hoje em dia, o que não faltam são maneiras de aprender a “língua universal”.

Matéria desenvolvida para a disciplina de Globalização e Cultura da América Latina, ministrada pelo professor Miguel Angelo Manassés, no curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.