A comparação entre os dois valdivia

A comparação entre os dois valdivia

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Marcelo Oliveira / Agencia RBS

Pelo menos meio século separava o Inter do Grêmio, no Beira-Rio. Cinquenta anos de futebol representados por dois jogadores: no Grêmio, Douglas; no Inter, Valdívia.

Douglas jogava nos anos 60; Valdívia, no século 21. Douglas era a TV em preto & branco; Valdívia, o IPad. Douglas era o telex; Valdívia, o celular com internet. Douglas era o cigarro na sala de espera do hospital; Valdívia, os produtos orgânicos. Douglas é Ademir da Guia; Valdívia é Valdívia.

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Com Douglas, o Grêmio jogou pastoso, trocando bola no restrito espaço de 16,5 metros em que se estica a risca maior da grande área. Toque para cá, toque para lá, erro, e o Inter saía em velocidade estonteante com três jogadores: Nilmar, Sasha e, claro, Valdívia. Foi essa a história do clássico.

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SASHA É SASHA. LUAN É DOUGLAS

Quem contou foi o repórter Júlio César Santos. Num dos treinos da semana, Luan fez uma jogada de efeito, e Luiz Felipe alertou:

- Você está querendo ser Pelé, e você não é o Pelé. É o Luan.

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Luan não acreditou no treinador. Entrou em campo jurando ser Pelé. Só que Pelé, antes de receber a bola, já sabia o que fazer com ela. Luan, não. Luan precisa de elaborada reflexão. E, enquanto ele pensa, o adversário dá o bote na bola, retoma-a e vai embora com ela. Luan fica parado, olhando. Ao lado de Douglas.

A nêmesis de Luan é Sasha. Sasha não acha que é Pelé. Sabe que é Sasha. Aos 20 minutos de clássico já havia roubado quatro bolas, feito falta e deixado bem claro que Marcelo Oliveira não conseguiria fazer seu jogo pelo lado esquerdo. Muitas vezes, Sasha foi um segundo lateral-direito, sempre interessado, sempre concentrado, sempre ativo, nunca desistindo da bola. Como tem de ser numa decisão.

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O BRANDO E OS VOADORES

O Inter ganhou o jogo no contra-ataque, em lances que se repetiram por uma dúzia de vezes no primeiro tempo: o jogador do Grêmio girava o corpo e tentava passar para quem vinha de trás. Os do Inter, mais atentos, retomavam a bola e voavam rumo ao gol de Marcelo Grohe. Foi assim nos dois gols, com erros bisonhos de Matías Rodriguez e Fellipe Bastos.

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Claro que o caso de Fellipe Bastos foi especial. Ele estava ainda lamentando o fato de ter acertado no travessão aquela falta no primeiro tempo, quando a bola surgiu-lhe diante dos pés. Fellipe Bastos estava desconcentrado, que é o que de pior pode acontecer numa partida de futebol. O que fazer com ela? Quando um jogador tem essa dúvida, o melhor a fazer é simplificar, dar o chutão, jogar para a lateral, tudo, menos ser brando. Fellipe Bastos foi brando. Decisões não são para brandos.

Guilherme Moreno e Thiago D'Amaral26 nov, 2021Leitura: 3 min.

Ídolo palmeirense falou com exclusividade ao ESPN.com.br

O Palmeiras vai em busca do tri da Conmebol Libertadores contra o Flamengo, neste sábado (27), às 17h, em jogo que você vê no FOX Sports e pela ESPN no Star+. Um dos principais jogadores da equipe é Raphael Veiga, que ganhou elogios de quem foi um verdadeiro maestro com a camisa alviverde.

Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, Jorge Valdivia se rendeu ao futebol do camisa 23 do Palmeiras. Segundo o Mago, Raphael Veiga é o termômetro da equipe de Abel Ferreira.

Fã de carteirinha, Valdivia assiste a todos os jogos do Palmeiras. E nas ausências de Veiga que o ex-camisa 10 alviverde percebeu o tamanho da importância de Veiga em campo.

“Eu tenho acompanhado muito os jogos do Veiga, porque eu faço os jogos do Palmeiras (como comentarista). O último que fiz foi o 2 a 1 para o Fluminense, e quando ele não está bem, o time do Palmeiras sente a falta, sente que está faltando esse jogador de qualidade. E quando ele vai bem, faz gol ou está sempre presente", disse Valdivia.

Se o Palmeiras tem Raphael Veiga como grande maestro, o Flamengo não fica atrás. Arrascaeta é quem comanda a equipe rubro-negra e serve a dupla Bruno Henrique e Gabigol. E Valdivia enxerga em Veiga uma característica diferente.

"Então, são dois jogadores que, cada um, tem uma característica diferente, porque o Veiga é um jogador que gosta de pegar a bola e ir para a frente, buscando o chute. Ele é um jogador que chuta muito bem, faz muito gol, é muito seguro. Então, pelo que eu vejo nos jogos que fiz, é esse jogador que faz a diferença. E quando ele não está bem, o Palmeiras sente muito a falta desse jogador", finalizou.

A comparação entre os dois valdivia
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Rapahel Veiga comemorando gol de pênalti pelo Palmeiras sobre o Internacional, no BrasileirãoMauro Horita/Gazeta Press

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Após atuar com três atacantes em boa parte desta temporada, o Palmeiras deve passar por mudança em seu esquema tático e ser escalado no 4-4-2. Em busca de garantir uma vaga no time titular, o meio-campista Tiago Real destacou suas principais características e contestou comparação com Valdivia, um de seus principais concorrentes na disputa.

"Os torcedores comparam por ser a mesma posição, mas temos estilos diferentes. Ele joga mais de costas para o gol, armando jogadas, enquanto eu chego mais na área. Já aconteceu de eu jogar com o Valdivia. Podemos atuar juntos", explicou.

Em boa fase no time comandado por Gilson Kleina, Tiago Real disputou quatro partidas no Campeonato Brasileiro da Série B, sendo três como titular, e marcou dois gols. Apesar de ser meio-campista, o jogador se consolidou como artilheiro alviverde na competição nacional, com dois gols. Além de Valdivia, o recém-chegado Mendieta, Serginho, Wesley e Patrick Vieira são fortes concorrentes na luta por um lugar na equipe.

Já o atleta chileno disputou nove partidas nesta temporada, sendo cinco como titular, e marcou um gol. O camisa 10 desfalcou o time alviverde em 25 jogos neste ano e não esteve em campo em momentos importantes, como semifinal do Campeonato Paulista, oitavas de final da Copa Libertadores da América e início da Série B.

"Já joguei com o Valdivia e sem ele também. Já atuei como típico camisa 10 e aberto pelos lados. O futebol está com essa questão de fechar espaços muito em foco, e isso é algo que eu procuro fazer bem. Busco fechar alguns setores e me movimentar para abrir a defesa adversária. Muitas vezes não apareço tanto criando jogadas, mas tento ajudar de outras maneiras", encerrou.

O próximo compromisso do Palmeiras será contra o Oeste, em 6 de julho, às 16h20 (de Brasília), em partida válida pela sétima rodada da segunda divisão nacional. Este será o último jogo de punição que obriga a equipe a atuar longe de capital e será realizado em Presidente Prudente. O time alviverde ocupa a terceira colocação na tabela de classificação do torneio, com 12 pontos.

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Gazeta Esportiva


A comparação entre os dois valdivia

Gustavo Gómez vai escrevendo seu nome na história do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

No triunfo por 2 a 1 sobre o Ceará, no último sábado, Gustavo Gómez atingiu mais uma marca histórica pelo Palmeiras. Desta vez o capitão do Verdão igualou Valdivia como o jogador estrangeiro com mais vitórias pelo clube (122). Além disso, o zagueiro paraguaio já aparece como o terceiro "não-brasileiro" com mais partidas pelo Alviverde.

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São 198 jogos de Gómez até aqui, e está atrás somente do compatriota Arce e do chileno Valdivia, ambos com 241, que dividem o primeiro posto de gringos com mais partidas pelo Verdão. Mesmo com menos jogos em relação aos ídolos Arce e Valdivia, Gómez já é o número um em vitórias: ele chegou ao seu triunfo de número 122 (nas 198 partidas), contra 115 de Arce (em 241 jogos) e ao lado do Mago Valdivia, com os mesmos 122 (em 241 jogos).​​Com o gol diante do Internacional, no último domingo, o paraguaio chegou a oito em 2022, que já o colocam na quarta posição entre os zagueiros com mais bolas na rede pelo Alviverde em uma única temporada, ao lado de Cléber e Vitor Hugo, que, em 1996 e 2015, respectivamente, também marcaram oito vezes cada um. Acima deles na lista de zagueiros com mais gols em uma mesma temporada, apenas Vágner Bacharel e Daniel, ambos com nove gols (respectivamente em 1983 e 2005) e Júnior Baiano, o recordista no quesito, com dez gols em 1999. Ou seja, Gómez precisa de mais dois para empatar com Baiano e três para ultrapassar o ex-defensor. Esta já é também a temporada mais artilheira do paraguaio no Verdão. Ao todo, Gómez marcou 25 gols desde que chegou em 2018. Além dos oito em 2022 (em 39 jogos), foram três em 2018 (em 17 jogos); cinco em 2019 (em 42 jogos); seis em 2020 (em 58 jogos); e três em 2021 (em 42 jogos). Nunca passou em branco pelo clube. Esses 25 gols já fazem do capitão palmeirense o terceiro maior zagueiro-artilheiro da história do Verdão, outra marca atingida em 2022, pois iniciou a temporada com 17 gols e, quando chegou a 23, ultrapassou Vágner Bacharel e se isolou nesta posição. Dessa forma, ficou atrás apenas de Loschiavo (defensor das décadas de 20 e 30), com 32, e de Luís Pereira (zagueiro dos anos 70 e 80), com 36. Além disso, Gustavo Gómez, que já era de forma isolada o zagueiro com mais gols pelo Palmeiras em jogos do Campeonato Brasileiro, ampliou sua marca: foi a 14 gols pela competição (do total de seus 25 pelo clube). Nessa lista, o capitão alviverde é seguido pelos zagueiros Nen, com 12 gols em brasileiros, e Vagner Bacharel, com 10. Por fim, mas não menos importante, vale destacar que Gómez voltou a ser artilheiro do time no Brasileirão-2022, igualando os sete de Rony, e também se tornou o terceiro estrangeiro com mais gols pelo Palmeiras em jogos de Campeonato Brasileiro, com os mesmos 14 gols do argentino Hernán Barcos. Agora, nessa lista, ambos estão atrás apenas do chileno Valdivia (15) e do paraguaio Arce (26). Com sete taças conquistadas pelo clube, Gustavo Gómez é o estrangeiro com mais títulos na história do Palmeiras (duas Libertadores, um Brasileiro, dois Paulistas, uma Copa do Brasil e uma Recopa). Ele também colocou o seu nome no Top 100 dos jogadores que mais atuaram com a camisa do Verdão em todos os tempos. Atualmente são 198 partidas, ocupando a 83ª posição na lista.
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