O que é uma probabilidade de evento do risco?

O que é uma probabilidade de evento do risco?

Gerenciamento de risco é a medição de eventos que ocorrem e um certo período e que podem ser controlados, exatamente no sentido de minimizar ações externas e internas que possam causar danos ou perdas a algo ou alguém.

Logo, gerenciamento é a arte de pensar, tomar decisão e agir para que se possa obter resultados.

Quando falamos de gerenciamento, lembramos também do conceito do diagrama de Ishikawa, ou simplesmente como também é conhecido o gráfico de causa e efeito.

Então, gerenciamento pode ser tratado como uma matéria cientifica, pois utiliza o racional para prever e antecipar ações de forma mais eficiente.

Definição de Risco

Risco é definido como sendo “probabilidade de perigo, geralmente com ameaça física para o homem e/ou para o meio ambiente”.

Fica claro dessa forma que risco está ligado ao perigo e ameaças que o acerca. Significa que quando há riscos, há probabilidade de um evento não desejável acontecer.  

O termo risco é definido como a possibilidade de perda e revela o fato de que não há possibilidade de prever as consequências de um evento, podendo ser eventos bons e desejáveis, ou ruins e indesejáveis.

O que resulta na consequência indesejável que, geralmente está associada ao risco. Por esse motivo, o termo risco envolve dois parâmetros: consequência e probabilidade.

“Só mede quem controla e só controla quem gerencia”

PETER DRUCKER (1954)

A mais antiga obra árabe de aritmética conhecida foi escrita por Al-khowârismî, matemático que viveu no século IX. Embora poucos beneficiários de sua obra devem ter ouvido falar nele, a maioria de nós o conhece indiretamente.

Tente dizer “Al-khowârismî” rapidamente. É dai que vem a palavra “algoritimo”, que significa regras de cálculo. Foi Al-khowârismî o primeiro matemático a estabelecer regras para adição, subtração, a multiplicação e a divisão com os novos numerais hindus.

Em outro tratado “ciência da transposição e cancelamento” ele especifica o processo de manipulação das equações algébricas.

A palavra Al-jabr deu-nos a palavra “álgebra”, a ciência das equações.

A invenção da imprensa com tipos moveis, em meados do século XV, foi o catalizador que acabou derrubando a oposição à plena adoção de novos números.

Agora, as alterações fraudulentas deixaram de ser possíveis e as complicações do uso dos numerais romanos saltaram aos olhos de todos. O avanço deu um novo estimulo as transações comerciais.

Tabuadas de multiplicação de “Al-khowârismî” tornaram-se algo que todos os colegiais dali para frente tiveram de aprender.

Finalmente, com as primeiras noções das leis das probabilidades, os algoritmos ganharam mais notoriedades entre os estudiosos da época.

Os algoritmos são importantes para controlar números e fornecer informações concretas as medidas que devem ser adotadas para redução de problemas e suas perdas.

Gerir o risco não é uma questão de sorte, mas sim de estudo.

Ao elencar um estudo, pode-se mencionar que a Teoria das Probabilidades nasceu da necessidade de se prever resultados de experiências realizadas na vida real que não podem ser obtidos com certeza.

Os exemplos mais clássicos são os jogos de azar, onde os jogadores começaram a procurar os matemáticos para conhecer suas chances de vitória nos jogos.

Em função disso, foi natural interpretar a probabilidade de um evento ocorrer como sendo a razão entre o número de ocorrências desse evento (n) e o número de repetições da experiência (N).

À medida que vai aumentando a quantidade de experimentos, acredita-se que essa razão se estabilize, se aproxime de um número fixo.

Analisar as probabilidades é ter os resultados pautados em métricas que possibilitam desenvolver ferramentas que trarão redução da sinistralidade.

Gerenciamento de riscos é o processo de medir, dirigir e controlar, além de criar métricas e utilizar algoritmos de maneiras a reduzir sinistros durante o processo industrial, manufatura, transporte e outros.

Gerenciamento de Risco no Transporte

No transporte, o Gerenciamento de Riscos é tido como uma ferramenta primordial para reduzir os impactos causados por ações externas e internas.

O transporte rodoviário de cargas é dotado de diversas ferramentas da mais alta tecnologia e de complexos procedimentos, capazes de reduzir significativamente as perdas ocasionadas por roubos e acidentes.

Para tanto, se desenvolve planos estruturados e modulares de controles, para os diferentes tipos de operações, identificando e avaliando os riscos presentes e adotando medidas compatíveis aos riscos.    

Com base em estudos de probabilidade, para cada tido de risco no transporte de cargas deve ser adotado uma ação que possibilite minimizar o tipo de evento e o impacto que causa na economia local.

O que é uma probabilidade de evento do risco?

Também chamada de matriz de riscos ou mapa de calor, pode-se dizer que os riscos incluem os efeitos de qualquer uma das formas de incerteza nos objetivos. Essa técnica está descrita na NBR IEC 31010 de 08/2021 – Gestão de riscos – Técnicas para o processo de avaliação de riscos que fornece orientações para a seleção e aplicação de técnicas para o processo de avaliação de riscos em uma ampla série de situações. As técnicas são usadas para auxiliar na tomada de decisões em que haja incerteza e fornece as informações sobre riscos específicos e como parte do processo para a gestão de riscos.

Esse documento fornece resumos de uma série de técnicas, com referências a outros documentos em que as técnicas são descritas com mais detalhes. A incerteza pode levar a consequências positivas ou negativas, ou a ambas. O risco é frequentemente descrito em termos de fontes de risco, eventos potenciais, suas consequências e suas probabilidades.

Um evento pode ter múltiplas causas e levar a múltiplas consequências. As consequências podem ter um número de valores discretos, ser variáveis contínuas ou ser desconhecidas. As consequências podem não ser discerníveis ou mensuráveis no início, mas podem se acumular ao longo do tempo.

As fontes de risco podem incluir a variabilidade inerente ou incertezas, relacionadas a uma série de fatores, incluindo comportamento humano e estruturas organizacionais ou influências sociais, para as quais pode ser difícil prever qualquer evento específico que possa ocorrer. Nem sempre é possível tabular o risco facilmente como um conjunto de eventos, suas consequências e suas probabilidades.

A probabilidade pode ser definida como a medida da chance de ocorrência, expressa como um número entre 0 e 1, onde 0 é impossibilidade e 1 é a certeza absoluta. Na terminologia de gestão de riscos, a palavra probabilidade é usada para se referir à chance de algo acontecer, não importando se definida, medida ou determinada, ainda que objetiva ou subjetivamente, qualitativa ou quantitativamente, e se descrita utilizando-se termos gerais ou matemáticos (como probabilidade ou uma frequência durante um determinado período de tempo).

O termo em inglês likelihood não tem um equivalente direto em alguns idiomas e, em vez disso, o equivalente do termo probability é frequentemente usado. Entretanto, em inglês, probability é muitas vezes interpretado estritamente como uma expressão matemática. Portanto, na terminologia de gestão de riscos, convém que likelihood seja utilizado com a mesma ampla interpretação que o termo probability tem em muitos outros idiomas, além do inglês.

Quanto à incerteza, pode-se categorizar os seus tipos: incerteza que reconhece a variabilidade intrínseca de alguns fenômenos e que não é possível que seja reduzida por pesquisas adicionais, por exemplo, jogar dados (às vezes se refere a incertezas aleatórias); incerteza que geralmente resulta da falta de conhecimento e que, portanto, pode ser reduzida ao se reunirem mais dados, refinar modelos, aprimorar técnicas de amostragem, etc. (às vezes referida como incerteza epistêmica).

Outras comumente reconhecidas formas de incerteza incluem: a incerteza linguística, que reconhece a imprecisão e a ambiguidade inerente à linguagem falada; incerteza da decisão, que tem relevância particular nas estratégias de gestão de riscos e que identifica a incerteza associada aos sistemas de valores, julgamento profissional, valores das companhias e normas sociais.

Exemplos de incerteza incluem: a incerteza quanto à verdade das premissas, incluindo presunções sobre como as pessoas ou sistemas podem se comportar; variabilidade nos parâmetros nos quais a decisão está baseada; a incerteza na validade ou precisão dos modelos que foram estabelecidos para fazer previsões sobre o futuro; os eventos (incluindo mudanças em circunstâncias ou condições) cuja ocorrência, caráter ou consequência sejam incertos; a incerteza associada a eventos disruptivos; os resultados incertos de questões sistêmicas, como escassez de pessoal competente, que podem ter uma ampla gama de impactos, que não é possível determinar claramente; a falta de conhecimento que surge quando a incerteza é reconhecida, mas não totalmente compreendida; a imprevisibilidade; a incerteza resultante das limitações da mente humana, por exemplo, em compreender dados complexos, prever situações com consequências de longo prazo ou fazer julgamentos sem preconceitos.

A matriz de probabilidade/consequência (também conhecida como matriz de riscos ou mapa de calor) é uma maneira de exibir os riscos de acordo com suas consequências e probabilidades e combinar estas características para exibir uma classificação para a significância do risco. Escalas personalizadas para consequência e probabilidade são definidas para os eixos da matriz.

As escalas podem ter qualquer número de pontos – escalas de três, quatro ou cinco pontos são mais comuns – e podem ser qualitativas, semiquantitativas ou quantitativas. Se forem usadas descrições numéricas para definir as etapas das escalas, convém que elas sejam consistentes com os dados disponíveis e convém que as unidades sejam fornecidas.

Geralmente, para ser consistente com os dados, cada ponto de escala nas duas escalas precisa ser uma ordem de magnitude maior que o anterior. A escala (ou escalas) de consequência pode retratar consequências positivas ou negativas. Convém que escalas sejam diretamente conectadas aos objetivos da organização e convém que se estendam da máxima consequência crível à menor consequência de interesse. Um exemplo parcial de consequências adversas é mostrado na figura abaixo.

O que é uma probabilidade de evento do risco?

As categorias das consequências adicionais ou a menos podem ser usadas e as escalas podem ter menos ou mais que cinco pontos, dependendo do contexto. A coluna de classificação da consequência pode ser em palavras, números ou letras.

Convém que a escala de probabilidade abranja o intervalo pertinente aos dados para os riscos a serem classificados. A escala de classificação de probabilidade pode ter mais ou menos que cinco pontos e as classificações podem ser dadas como palavras, numerais ou letras.

Convém que a escala de probabilidade seja personalizada à situação e pode precisar cobrir uma faixa diferente para consequências positivas ou negativas. Se a consequência mais alta for considerada tolerável em uma baixa probabilidade, convém que o degrau mais baixo na escala de probabilidade represente uma probabilidade aceitável para a consequência mais alta definida (caso contrário, todas as atividades com a consequência mais alta são definidas como intoleráveis e não é possível torná-las toleráveis).

Ao decidir a probabilidade tolerável para um único risco, de alta consequência, convém que o fato de que múltiplos riscos possam levar à mesma consequência seja considerado. Uma matriz é desenhada com consequência em um eixo e probabilidade no outro correspondendo às escalas definidas.

Uma classificação de prioridade pode ser vinculada a cada célula. No exemplo fornecido, existem cinco classificações de prioridade, indicadas por algarismos romanos. Tipicamente, as células são coloridas para indicar a magnitude do risco. As regras de decisão (como o nível de atenção da direção ou a urgência da resposta) podem ser vinculadas às células da matriz.

Essas dependerão das definições usada para as escalas e da atitude da organização em relação ao risco. Convém que a concepção permita que a prioridade de um risco seja baseada na extensão em que o risco leve a resultados que estejam fora dos limites de desempenho definidos pela organização para seus objetivos. A matriz pode ser configurada para dar peso extra às consequências (como mostrado na figura abaixo) ou à probabilidade, ou pode ser simétrica, dependendo da aplicação.

O que é uma probabilidade de evento do risco?

Uma matriz de probabilidade/consequência é usada para avaliar e comunicar a magnitude relativa dos riscos com base em um par probabilidade/consequência que está tipicamente está associado a um evento focal. Para classificar um risco, o usuário primeiro encontra o descritor de consequência que melhor se adapta à situação e depois define a probabilidade com a qual se acredita que a consequência ocorrerá.

Um ponto é colocado na célula que combina estes valores, e o nível de risco e a regra de decisão associada são lidos da matriz. Os riscos com consequências potencialmente altas são frequentemente mais preocupantes para tomadores de decisão mesmo quando a probabilidade for muito baixa, porém um risco frequente, mas de baixo impacto pode ter consequências cumulativas grandes ou de longo prazo.

Pode ser necessário analisar ambos os tipos de riscos, pois os tratamentos de risco pertinentes podem ser bem diferentes. Onde um intervalo de diferentes valores de consequência é possível a partir de um evento, a probabilidade de qualquer consequência específica será diferente da probabilidade do evento que produz essa consequência.

Geralmente é usada a probabilidade da consequência especificada. Convém que a maneira como a probabilidade é interpretada e usada seja consistente em todos os riscos sendo comparados. A matriz pode ser usada para comparar riscos com diferentes tipos de consequência potencial e tem aplicação em qualquer nível em uma organização.

É comumente usada como uma ferramenta de triagem quando muitos riscos foram identificados, por exemplo, para definir quais riscos precisam ser encaminhados a um nível gerencial mais alto. Também pode ser usado para ajudar a determinar se um dado risco é amplamente aceitável ou não aceitável, de acordo com a zona onde que está localizado na matriz.

Pode ser usado em situações onde há dados insuficientes para análise detalhada ou a situação não permite tempo e esforço para uma análise mais detalhada ou quantitativa. Uma forma de matriz de probabilidade/consequência pode ser usada para análise de criticidade na análise de modos, efeitos e criticidade de falha (FMECA) ou para definir prioridades após os estudos de perigo e operabilidade (HAZOP) ou na técnica estruturada “E se” (SWIFT).

Como entradas, uma matriz de probabilidade/consequência precisa ser desenvolvida para se adequar ao contexto. Isso requer que alguns dados estejam disponíveis para estabelecer escalas realistas. As matrizes de esboço precisam ser testadas para assegurar que as ações sugeridas pela matriz correspondam à atitude da organização em relação ao risco e que os usuários entendam corretamente a aplicação das escalas. O uso da matriz precisa de pessoas (idealmente uma equipe) com um entendimento dos riscos que estão sendo classificados e dos dados que estejam disponíveis para ajudar no julgamento das consequências e de sua probabilidade.

A saída é uma apresentação que ilustra a probabilidade da consequência relativa e o nível do risco para diferentes riscos e uma classificação de significância para cada risco. Os pontos fortes da técnica incluem o seguinte: é relativamente fácil de utilizar; fornece uma classificação rápida dos riscos em diferentes níveis de significância; fornece uma clara apresentação visual da significância pertinente do risco por consequência, probabilidade ou nível de risco; pode ser usada para comparar riscos com diferentes tipos de consequências.

As suas limitações incluem o descrito a seguir: requer boa expertise para delinear uma matriz válida; pode ser difícil definir escalas comuns que se apliquem a toda uma série de circunstâncias pertinentes a uma organização; é difícil definir as escalas sem ambiguidade para permitir que os usuários ponderem consequências e probabilidades de forma consistente; a validade das classificações do risco depende de quão bem as escalas foram desenvolvidas e calibradas; requer um único valor indicativo para que seja definida consequência, enquanto em muitas situações são possíveis uma gama de valores de consequência e a classificação do risco depende de qual é escolhido; uma matriz devidamente calibrada envolverá níveis de probabilidade muito baixos para muitos riscos individuais que são difíceis de conceituar; sua utilização é muito subjetiva e diferentes pessoas frequentemente alocam classificações muito diferentes ao mesmo risco. Isto a deixa aberta à manipulação; não é possível agregar riscos diretamente (por exemplo, não é possível definir se um número específico de riscos baixos ou um risco baixo identificado um número específico de vezes é equivalente a um risco médio).

Dessa maneira, é difícil combinar ou comparar o nível de risco para diferentes categorias de consequências. Uma classificação válida requer uma formulação consistente de riscos (o que é difícil de alcançar) e cada classificação depende da maneira como um risco é descrito e do nível de detalhe fornecido (por exemplo, quanto mais detalhada for a identificação, maior será o número de cenários registrados, cada um com uma probabilidade menor). Convém que a maneira pela qual os cenários são agrupados na descrição de risco seja consistente e definida antes da classificação.