Leia o texto, a seguir, para responder à questão nós que resistimos aos celulares

Nome: N.º: endereço: data: Telefone: E-mail: Colégio PARA QUEM CURSA A 1 ạ SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2014 Disciplina: PoRTUGUÊs Prova: desafio nota: Examine a charge abaixo para responder às questões de 1 a 3. (Disponível em: <http://www.tecnologianaeducacaopdg.blogspot.com/2011/09/formacao-do-professor-para-ouso.html>. Acesso em: 25 mar. 2014.) QUESTÃO 1 Os elementos que compõem a charge (imagem e texto) e a informação Brasil tem 25 mi lhões de telefones celulares sugerem, de forma humorística, a) o controle em relação à quantidade de celulares vendidos. b) a inadequação do uso do telefone no trânsito. c) a popularização do acesso à telefonia móvel. d) a facilidade de comunicação entre as pessoas. e) o aperfeiçoamento dos aparelhos celulares. Tanto os elementos que compõem a charge (imagem e fala da personagem) quanto a informação dada sobre a quantidade de telefones celulares vendidos no Brasil sugerem, de forma humorística, a popularização do acesso à telefonia móvel. Resposta: C 1

QUESTÃO 2 Analise atentamente as afirmações: I. Em Me liga mais tarde, a colocação do pronome pessoal oblíquo fere uma regra gramatical baseada no uso português, mas que é adotada na língua falada e em algumas obras literárias no Brasil. II. Supondo normalmente que as pessoas se tratem por você, em Me liga mais tarde, o verbo concorda com o pronome você implícito. III. Segundo a gramática normativa conservadora, em Me liga mais tarde, o pronome me deveria ser substituído por outro, para a frase ser considerada gramaticalmente correta. É correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I e III, apenas. Erros: Em II, a forma verbal correta do verbo ligar para o pronome você, implícito, no modo imperativo corresponde à terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo: ligue. Em III, segundo a gramática normativa conservadora, o problema com relação ao pronome em Me liga mais tarde não é o pronome empregado, mas a sua colocação no início de período, uma vez que ele deveria estar enclítico, posto após o verbo. Resposta: A QUESTÃO 3 No trecho tô enrolado no trânsito, a palavra enrolado poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por a) impaciente. b) apressado. c) inseguro. d) atrapalhado. e) imóvel. A palavra enrolado pode ter vários significados. No trecho acima, indica que o catador de lixo, representado na charge, estava atrapalhado no trânsito. Resposta: D 2

Texto para as questões de 4 a 10. NÓS, QUE RESISTIMOS AOS CELULARES Não sucumbi ao telefone celular. Não tenho e nunca terei um telefone celular. Quando preciso usar um, uso o da minha mulher. Mas segurando-o como se fosse um grande inseto, possivelmente venenoso, desconhecido da minha tribo. Eu não saberia escolher a musiquinha que o identifica. Aquela que, quando toca, a pessoa diz é o meu!, e passa a procurá-lo freneticamente, depois o coloca no ouvido, diz alô, várias vezes, aperta botões errado, desiste e desliga, para repetir toda a função quando a musiquinha toca outra vez. Não sei, a gente escolhe a musiquinha quando compra o celular? Tem aí um Beethoven? Não. Mas temos as quatro estações do Vivaldi. Manda a primavera. Porque a musiquinha do seu celular também identifica você. Há uma enorme diferença entre uma pessoa cujo celular toca, digamos, Take five e uma cujo celular toca Wagner. Você muitas vezes só sabe com quem realmente está quando ouve o seu celular tocar, e o som do seu celular diz mais a seu respeito do que você imagina. [...] Sei que alguns celulares ronronam e vibram, discretamente, em vez de desandarem a chamar seus donos com música. Infelizmente, os donos nem sempre mostram a mesma discrição. Não é raro você ser obrigado a ouvir alguém tratando de detalhes da sua intimidade ou dos furúnculos da tia Djalmira a céu aberto, por assim dizer. É como o que nos fazem os fumantes, só que em vez do nosso espaço aéreo ser invadido por fumaça indesejada, é invadido pela vida alheia. Que também pode ser tóxica. Não dá para negar que o celular é útil, mas no caso a própria utilidade é angustiante. O celular reduziu as pessoas a apenas extremos opostos de uma conexão, pontos soltos no ar, sem contato com o chão. Onde você se encontra tornou-se irrelevante, o que significa que em breve ninguém mais vai se encontrar. E a palavra incomunicável perdeu o sentido. Estar longe de qualquer telefone não é mais um sonho realizável de sossego e privacidade o telefone foi atrás. Não tenho a menor ideia de como funciona o besouro maldito. E chega um momento em que cada nova perplexidade com ele torna-se uma ofensa pessoal, ainda mais para quem ainda não entendeu bem como funciona a torneira. Ouvi dizer que o celular destrói o cérebro aos poucos. Nos vejo os que não sucumbiram, os últimos resistentes como os únicos sãos num mundo imbecilizado pelo micro-ondas de ouvido, com os quais as pessoas trocarão grunhidos pré-históricos, incapazes de um raciocínio ou de uma frase completa, mas ainda conectados. Seremos poucos, mas nos manteremos unidos, e trocaremos informações. Usando sinais de fumaça. (Disponível em: <http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/05/03/nos-que-resistimos-aos-celulares- 443194.asp>. Acesso em: 10 abr. 2014.) 3

QUESTÃO 4 O principal objetivo comunicativo do autor, ao escrever o texto, é a) persuadir o leitor a não sucumbir ao uso constante do aparelho celular, evitando, dessa forma, expor a sua intimidade a céu aberto. b) alertar o leitor sobre os problemas causados ao cérebro pelo uso constante do aparelho celular. c) justificar a falta de discrição dos donos de aparelho celular por meio da música escolhida como toque de chamada. d) expor o seu ponto de vista a respeito do telefone celular, justificando o fato de não querer para si um desses aparelhos. e) conscientizar o leitor sobre os perigos causados pelo uso excessivo do aparelho, para que continue são em um mundo imbecilizado. O autor, ao escrever o texto, tem como objetivo principal justificar os motivos pelos quais escolheu não possuir um telefone celular. Resposta: D QUESTÃO 5 A única alternativa em que o autor não expressa o seu sentimento em relação ao telefone celular é a) Não tenho e nunca terei um telefone celular. b)... segurando-o como se fosse um grande inseto, possivelmente venenoso. c) Não dá para negar que o celular é útil, mas no caso a própria utilidade é angustiante. d) O celular reduziu as pessoas a apenas extremos opostos de uma conexão. e) Seremos poucos, mas nos manteremos unidos, e trocaremos informações. Apenas no que informa a alternativa e, o autor não expressa seu sentimento em relação ao telefone celular. Na alternativa em questão, ele se refere às demais pessoas que, como ele, não sucumbirão ao telefone celular. Resposta: E QUESTÃO 6 O autor usa um diálogo, no decorrer do texto, que diz respeito à compra da música do celular para a) revelar o motivo pelo qual ele sucumbiu ao uso do aparelho. b) expressar uma ironia diante da questão. c) induzir o leitor à compra de música de qualidade para o aparelho. d) imprimir um tom polêmico ao texto. e) servir de fundamento à ideia de que, para pessoas mais velhas, é difícil manusear um celular. 4

Ao empregar o diálogo, durante a compra da música para o celular, o autor usou de ironia diante de tal questão para ressaltar o mau gosto musical de algumas pessoas na escolha da música que servirá como toque de seu celular. Resposta: B QUESTÃO 7 Em todos os trechos abaixo, a palavra que exerce a mesma função sintática, exceto em a) Eu não saberia escolher a musiquinha que o identifica. b) Sei que alguns celulares ronronam e vibram. c) Não dá para negar que o celular é útil. d) o que significa que em breve ninguém mais vai te encontrar. e) Ouvi dizer que o celular destrói o cérebro aos poucos. À exceção da alternativa a, em que a palavra que exerce a função de pronome relativo, iniciando oração subordinada adjetiva, em todas as outras, a mesma palavra exerce a função de conjunção integrante, iniciando, dessa forma, orações subordinadas substantivas. Resposta: A QUESTÃO 8 No trecho e passa a procurá-lo freneticamente, depois o coloca no ouvido, diz alô, várias vezes, aperta botões errado, desiste e desliga, para repetir toda a função quando a musiquinha toca outra vez, há entre a sequência de ações descritas, separadas por vírgulas, uma relação de a) oposição de ideias que se excluem. b) alternância entre ocorrências semelhantes. c) sucessão de fatos interdependentes. d) simultaneidade de ocorrências independentes. e) causalidade entre fatos que se sucedem. As vírgulas foram usadas, no trecho acima, para separar uma sequência de ações que têm, entre elas, relação de sucessão de fatos interdependentes. Resposta: C 5

QUESTÃO 9 Observe as frases abaixo e analise a justificativa pelo uso das aspas em cada uma delas. I. As aspas em Take five indicam um novo uso do termo. II. As aspas em é o meu! sinalizam fala de personagem. III. As aspas em incomunicável indicam um trecho escrito propositalmente de maneira incorreta. É correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I e III, apenas. De acordo com o uso das aspas, é correto o que se justifica em II. Em I, usam-se aspas para citar o nome de uma música; em III, para dar destaque a uma palavra. Resposta: B QUESTÃO 10 Em cada nova perplexidade com ele torna-se uma ofensa pessoal, o verbo tornar-se deveria flexionar-se no plural caso se substituísse o trecho sublinhado por a) muitas pessoas percebem que a perplexidade. b) o fato de as pessoas ficarem perplexas. c) a perplexidade diante das novidades. d) as reações de perplexidade. e) o simples motivo de ficar perplexo. O verbo tornar-se deveria flexionar-se no plural caso o trecho sublinhado, no período acima, fosse substituído por as reações de perplexidade. Resposta: D 6

Texto para as questões 11 e 12. Decisão Herança não deixarei. Olhem o sangue dos cactos na paisagem nua uma haste de luz suspensa na tarde agreste os paupérrimos marmeleiros, as cicatrizes do deserto, os solitários labirintos do vento o silêncio, a morte, o esquecimento. Eis o que fica. (Hildeberto Barbosa Filho. Nem morrer é remédio: Poesia reunida. João Pessoa: Ideia, 2012. p. 433.) QUESTÃO 11 No poema, é predominante a presença de uma figura de linguagem que consiste em a) exagero intencional de uma expressão para tornar a ideia mais expressiva. b) aproximação de antônimos. c) emprego reiterado de conjunções coordenativas. d) atribuir características humanas a seres inanimados. e) empregar uma palavra com o significado de outra, indicando uma comparação subentendida. Predomina, no poema, o uso da personificação ou prosopopeia, figura que consiste em atribuir características humanas a seres inanimados. Resposta: D 7

QUESTÃO 12 Embora afirme, na primeira estrofe, que não deixará herança, pode-se dizer que, poetica - mente, do eu lírico restará(ão) a) sentimento de dever cumprido, pois conseguiu realizar tudo que desejava na vida. b) propriedades compostas por uma geografia densa e diversificada. c) lembranças inúteis da natureza que provocarão a indiferença dos herdeiros. d) coisas de pouco valor representadas por elementos da natureza que acentuam a pobreza material do eu lírico. e) paisagens que simbolizam a solidão, o sofrimento e a tristeza vivenciados ao longo da vida. Embora afirme que não deixará herança, pode-se dizer que, poeticamente, restarão do eu lírico paisagens que simbolizam a solidão, o sofrimento e a tristeza vivenciados ao longo da vida. Resposta: E Nas questões de 13 a 15, assinale a alternativa que completa corretamente os espaços em branco. QUESTÃO 13 I. É meio-dia e. II. III. IV. Ela comeu que o irmão. É entrada de pessoas estranhas. Entre minha amiga e houve certo aborrecimento. a) I. meio; II. menas; III. proibida; IV. eu. b) I. meio; II. menos; III. proibido; IV. eu. c) I. meia; II. menos; III. proibido; IV. mim. d) I. meia; II. menas; III. proibida; IV. mim. e) I. meia; II. menos; III. proibida; IV. eu. Em I, está subentendida a palavra hora, com que meia concorda. Em II, o advérbio menos é uma palavra invariável. Em III, É proibido fica invariável se o substantivo a que se refere possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo). Em IV, a preposição entre, como toda preposição, exige o pronome em caso oblíquo. Resposta: C 8

QUESTÃO 14 I. O espetáculo se inicia treze horas. II. Meu conselho a você: as atividades pontualmente. III. Mesmo que exausto, você deve concluir a tarefa. a) I. às; II. execute; III. esteja. b) I. as; II. executa; III. esteje. c) I. as; II. execute; III. esteja. d) I. às; II. execute; III. esteje. e) I. às; II. executa; III. esteja. Em I, o às, na indicação de tempo, deve ser craseado por representar a fusão (crase) da preposição com o artigo. Em II, o imperativo deve concordar com o sujeito de terceira pessoa (você), correspondendo, nesse caso, ao presente do subjuntivo. Em III, a forma de estar no presente do subjuntivo é esteja. Resposta: A QUESTÃO 15 I. sérios problemas na cidade. II. três meses que não nos vemos. III. três integrantes da comissão para iniciarmos a comemoração. a) I. Havia; II. Fazem; III. Falta. b) I. Havia; II. Faz; III. Faltam. c) I. Haviam; II. Faz; III. Faltam. d) I. Haviam; II. Faz; III. Falta. e) I. Haviam; II. Fazem; III. Faltam. Em I, o verbo haver, empregado no sentido de existir, é impessoal, devendo, portanto, ficar na terceira pessoa do singular. Em II, o verbo fazer, na indicação de tempo decorrido, é impessoal e deve ficar na terceira pessoa do singular. Em III, o verbo faltar deve estar no plural para concordar com o sujeito posposto três integrantes. Resposta: B 9