Hipertensão arterial o que é

A hipertensão é uma doença crônica que surge quando a pressão arterial fica acima de 14x9 mmHg. Esse aumento da pressão arterial é popularmente conhecido como "pressão alta" e ocorre quando os vasos sanguíneos ficam mais estreitos ou perdem a elasticidade, o que faz com que o coração precise fazer mais força para bombear o sangue por todo o corpo. 

Os sintomas de hipertensão, apesar de pouco frequentes, podem surgir quando a pressão é muito superior à normal (12x6 mmHg), incluindo enjoos, tonturas, cansaço excessivo, visão embaçada, dificuldade para respirar ou dor no peito, por exemplo. 

Uma vez que nem sempre apresenta sintomas, é importante consultar o cardiologista regularmente, principalmente no caso de se ter histórico familiar de hipertensão, para avaliar a pressão e identificar precocemente algum problema, e, caso seja diagnosticada a hipertensão, iniciar o tratamento mais adequado para prevenir complicações graves como infarto ou AVC, por exemplo.

Principais sintomas

Alguns sintomas que podem indicar hipertensão são:

  • Enjoo;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça forte;
  • Sangramento pelo nariz;
  • Zumbido nos ouvidos;
  • Dificuldade para respirar;
  • Cansaço excessivo;
  • Visão embaçada;
  • Dor no peito;
  • Perda de consciência;
  • Ansiedade excessiva.

É muito comum que a hipertensão não cause qualquer sintoma, sendo identificada em consultas de rotina ao fazer avaliação da pressão arterial. Porém, se surgirem sintomas que façam suspeitar de hipertensão é importante procurar o pronto-socorro mais próximo ou marcar uma consulta com o cardiologista, para avaliar os sintomas, diagnosticar a hipertensão e iniciar o tratamento mais adequado.

No caso da pessoa já ter o diagnóstico da hipertensão e apresentar os sintomas, isso pode significar que está passando por uma crise hipertensiva. Nesse caso deve-se tomar os remédios indicados pelo cardiologista para controlar os sintomas ou procurar o pronto-socorro mais próximo caso não ocorra melhora dos sintomas. Veja o que fazer na crise hipertensiva.

Possíveis causas

A hipertensão é causada por qualquer alteração que cause dificuldade para o sangue circular nos vasos sanguíneos, aumentando a pressão que o coração precisa fazer para que o sangue circule corretamente pelo corpo. 

As causas da hipertensão podem ser classificadas de acordo com a origem da doença: 

1. Hipertensão essencial

A hipertensão essencial, também chamada de hipertensão primária, é a causa mais comum de pressão alta, e geralmente se desenvolve ao longo do tempo devido a alguns fatores como:

  • Idade, sendo mais comum após os 65 anos;
  • Hereditariedade, sendo mais comum em pessoas que têm história familiar de hipertensão;
  • Falta de atividade física;
  • Excesso de sal na alimentação;
  • Tabagismo.

Além disso, esse tipo de hipertensão também pode ocorrer devido ao excesso de estresse, podendo afetar pessoas de qualquer idade, até mesmo os mais jovens.  

2. Hipertensão secundária

A hipertensão secundária é um tipo de pressão alta que aparece devido a outro problema de saúde e que tem tendência para surgir de forma repentina.

Alguns problemas de saúde que podem causar hipertensão secundária são:

  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Doença nos rins, como insuficiência renal, glomerulonefrite ou pielonefrite;
  • Infecção crônica nos rins;
  • Defeitos congênitos no coração que ocorrem no nascimento do bebê; 
  • Tumor na glândula suprarrenal;
  • Alterações da tireóide como hipo ou hipertireoidismo;
  • Apnéia do sono.

Além disso, a hipertensão secundária pode ocorrer por consumo excessivo de bebidas alcoólicas, uso de drogas como anfetaminas ou cocaína e, até mesmo pelo uso de remédios como corticóides ou anticoncepcionais orais.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de hipertensão deve ser feito pelo cardiologista a partir dos sintomas, da avaliação do histórico pessoal e familiar e de pelo menos 3 medidas da pressão arterial, em 3 dias diferentes com intervalo de 1 semana entre as medições.

Além disso, o médico pode indicar a realização do exame MAPA, que utiliza um aparelho para medir a pressão arterial em casa durante 24 horas, para verificar as alterações na pressão e tentar identificar se existe algum fator nas atividades diárias que pode estar causando o aumento da pressão. Saiba como é feito o exame MAPA.   

O cardiologista pode também solicitar a realização de outros exames que ajudam a identificar uma possível causa, como exame de urina, exame de sangue, eletrocardiograma ou ultrassom renal, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento da hipertensão deve ser sempre feito sob indicação do cardiologista e, no caso da hipertensão secundária, o médico deve indicar o tratamento mais adequado, direcionado para corrigir a doença ou problema que causou a pressão alta.

Já no caso da hipertensão primária, é fundamental fazer mudanças no estilo de vida conforme orientação do médico, como praticar atividades físicas, evitar fumar ou fazer alterações na alimentação, reduzindo o consumo de sal e aumentando a quantidade de verduras, legumes e frutas, por exemplo. Veja outras medidas para tratar a hipertensão primária.

No entanto, quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, o médico pode recomendar remédios para baixar a pressão arterial como diuréticos ou betabloqueadores como furosemida ou propranolol, por exemplo. Confira todos os remédios utilizados para tratamento da hipertensão.

Assista o vídeo a seguir com dicas de como tratar a hipertensão arterial:

Hipertensão gestacional

A hipertensão gestacional, também chamada de hipertensão na gravidez, é uma situação grave que pode ser causada por uma alimentação desequilibrada, obesidade, diabetes, malformação da placenta ou primeira gravidez com mais de 35 anos, por exemplo.

Esse tipo de hipertensão deve ser identificada e tratada rapidamente para evitar o desenvolvimento de pré-eclâmpsia, que é uma situação grave e que pode resultar em coma e colocar em risco a vida da mãe e do bebê. Saiba mais sobre a pré-eclâmpsia e como é feito o tratamento.  

Além dos sintomas que podem ser percebidos durante uma crise hipertensiva como dor de cabeça constante, especialmente na nuca, ou visão embaçada, na gravidez pode também haver inchaço exagerado das pernas e dos pés, assim como dor abdominal intensa. Veja todos os sintomas e saiba como identificar a hipertensão gestacional.

Possíveis complicações

A pressão excessiva nas paredes dos vasos sanguíneos causada pela hipertensão pode danificar as veias e artérias e também os órgãos, podendo causar complicações graves como:

  • Infarto;
  • AVC;
  • Aneurisma;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Arritmia;
  • Angina de peito;
  • Insuficiência renal.

A hipertensão também pode causar danos nos olhos, além de levar a uma diminuição do fluxo de sangue para o cérebro e causar problemas de memória, dificuldade para aprender ou para falar, e até demência.

Por isso, é importante sempre fazer o tratamento indicado pelo médico, pois quanto mais alta a pressão arterial e quanto mais tempo a pressão estiver descontrolada, maior o risco de complicações graves.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), também chamada de pressão alta, é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. 

A pressão, medida em milímetros de mercúrio (mmHg), é o resultado da força que o sangue, bombeado a partir do coração, faz ao percorrer as paredes das artérias — que, por sua vez, oferecem resistência a esse trânsito. É essa disputa que determina o valor da pressão arterial. 

Uma pessoa é considerada hipertensa quando sua pressão fica maior ou igual a 14 por 9 (140 / 90mmHg) na maior parte do tempo. 

A última pesquisa que mensurou os dados da hipertensão em todo Brasil foi a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013. Nela foi detectada que 21,4% da população acima de 18 anos.

Entre as mulheres, há um número maior com hipertensão (24,2%), enquanto entre os homens apenas 18,3% têm esse diagnóstico. Além disso, esse diagnóstico aumenta com a idade:

  • Entre 30 e 59 anos: 17,8%
  • Entre 60 e 64 anos: 44,4%
  • Entre 65 e 74 anos: 52,7%
  • De 75 em diante: 55%

Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica.

Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra. 

Os valores de pressão arterial em indivíduos acima de 18 anos classificam-se em (1, 2 e 3) :

  • Ótima: Pressão sistólica <120> e Pressão diastólica <80
  • Normal: Pressão sistólica <130 e Pressão diastólica: <85
  • Limítrofe:130-139 e Pressão diastólica: 85-89
  • Hipertensão estágio 1: Pressão sistólica: 140-159 e Pressão diastólica: 90-99
  • Hipertensão estágio 2: Pressão sistólica: 160-179 e Pressão diastólica: 100-109
  • Hipertensão estágio 3: Pressão sistólica: = 180 e Pressão diastólica = 110
  • Hipertensão sistólica isolada: Pressão sistólica: = 140 e Pressão diastólica: < 90.

A hipertensão pode aparecer durante a gravidez ou já ser uma característica da mãe desde antes. Em ambos os casos, pode trazer diversos riscos à gestante, pois a pressão alta altera o fluxo sanguíneo da placenta para o feto causando inúmeros transtornos que podem culminar com sérias complicações como a diminuição do aporte de oxigênio para o feto.

Já no caso da mãe, o quadro pode desenvolver-se para a pré-eclâmpsia, quando ocorrem convulsões na hora do parto. Por isso é muito importante que a grávida acompanhe sempre essa taxa com seu médico.

Ela também pode e deve tomar cuidados, como restringir o sal e controlar o peso. Para as mulheres que já tomavam medicamentos para controlar a pressão, podem ter que fazer troca de medicamento para não prejudicar a criança, mas tudo isso será avaliado pelo médico .

A hipertensão normalmente é causada quando há uma resistência e endurecimento maior dos vasos sanguíneos para a passagem do sangue, o que necessita uma força maior do coração para o bombeamento do sangue. Isso pode ser um processo natural do corpo, mas é aumentado com alguns dos fatores de risco.

Leia também: 8 alimentos para baixar a pressão alta

A hipertensão pode ser dividida em três estágios, definidos pelos níveis de pressão arterial. Esses números, somados a condições relacionadas que o paciente venha a ter, como diabetes ou histórico de AVC, determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou muito alto. Além disso, quanto mais alta a pressão arterial, maior a chance de o paciente precisar usar medicamentos (1, 2 e 3)

  • Estágio I: hipertensão acima de 130 por 90 e abaixo de 160 por 100
  • Estágio II: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110
  • Estágio III: hipertensão acima de 180 por 110.

Na sua maioria os pacientes hipertensos são assintomáticos, podendo ocorrer (1, 2 e 3):

  • Dores no peito
  • Dor de cabeça
  • Tonturas
  • Zumbido no ouvido
  • Visão turva.

O diagnóstico de hipertensão é feito pela medida da pressão. A forma mais comum é a medida casual, feita no consultório com aparelhos manuais ou automáticos. A hipertensão também pode ser diagnosticada por aparelhos que fazem aproximadamente 100 medidas de pressão durante 24 horas.

Este é um evento que ocorre quando a medida da pressão é feita por um profissional de saúde que cause algum grau de ansiedade no paciente, então a pressão se eleva de forma desproporcional ao valor diário. O problema disso é que o médico, vendo a pressão alta, aumenta a medicação. E esse paciente em casa sofre com efeito de overdose dos remédios que não são necessários no dia a dia.

A forma de diferenciar a hipertensão do avental branco da hipertensão arterial verdadeira é utilizar um método de medida da pressão arterial fora do consultório, que pode ser a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) ou a MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial).

Leia também: 15 maneiras de prevenir e controlar a hipertensão

A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos. Em uma minoria, a hipertensão pode ser causada por uma doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Entretanto, há vários outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles (1, 2 e 3):

  • Consumo de bebidas alcoólicas
  • Obesidade
  • Idade
  • Consumo excessivo de sal
  • Gênero e etnia (maior em homens, e em indivíduos não-brancos)
  • Idade
  • Sedentarismo

Fatores de risco cardiovasculares adicionais aos pacientes com hipertensão:

  • Tabagismo
  • Alteração dos níveis de colesterol toral e frações e triglicérides
  • Diabetes melito
  • História familiar prematura de doença cardiovascular: homens<55 anos e mulheres <65 anos.

Leia também: Oito alimentos para combater a hipertensão

O principal exame para identificar a hipertensão é a medida da pressão arterial feita em consultório. Fora isso, outros exames podem ser feitos, como já explicado acima, tais quais:

  • MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), nele você fica com um aparelho que mede sua pressão por 24 horas, uma técnica usada para diferenciar hipertensão do jaleco branco da pressão alta comum
  • MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial), ou seja, a medida com o aparelho que você tem em casa.

Além disso, outros exames podem ser pedidos, principalmente se o paciente chegar ao médico com sintomas, para entender se a hipertensão já prejudicou algum órgão, como o coração.

Para que a MRPA seja eficiente, requer o seguinte passo a passo:

  • Esteja em repouso por pelo menos dois minutos (idealmente cinco minutos)
  • Fique na posição sentada
  • Esteja de bexiga vazia (para evitar que a distensão de bexiga cause desconforto e eleve a pressão)
  • Prefira momentos em que você ou a pessoa que está medindo a pressão esteja sem dor ou ansiedade extrema
  • Posicione o braço na altura do coração, apoiado em alguma superfície
  • Coloque o aparelho medidor nem muito apertado e nem muito solto, permitindo a entrada de um dedo
  • Evite falar durante a medição
  • Meça duas vezes, com 5 minutos de intervalo, para ter certeza da medida.

Hoje cada vez mais aplicativos prometem medir sua pressão com a colocação do dedo na câmera do celular ou identificador de digital. No entanto, a maioria dos médicos ainda é um pouco reticente com esse tipo de tecnologia, aguardando mais estudos que confirmem sua eficácia. 

Especialistas que podem diagnosticar hipertensão são:

  • Clínico geral
  • Cardiologista
  • Cirurgião vascular.

Infelizmente, como a hipertensão só apresenta sintomas quando está mais avançada, as pessoas só suspeitam do quadro quando já apresentam alterações no organismo.

Para fazer diagnóstico precoce precisamos que em todo o atendimento de saúde, seja público ou privado, as pessoas tenham sua pressão arterial verificada. Você também pode medir a sua pressão arterial em casa com uso de aparelhos apropriados.

A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente, que depende das comorbidades e medidas da pressão. É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão inicia-se a mudança do estilo de vida (MEV) associado ou não a medicamentos. Alguns hábitos incluem: 

  • Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares
  • Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos
  • Praticar atividade física regular
  • Aproveitar momentos de lazer
  • Abandonar o fumo
  • Moderar o consumo de álcool
  • Evitar alimentos gordurosos
  • Controlar o diabetes e outras comorbidades.

Existem diferentes classes de drogas para reduzir a PA, que agem em mecanismos distintos. O tratamento da hipertensão deve ser individualizado. A depender do perfil do paciente hipertenso, algumas classes podem ser mais adequadas que outras.

Também é importante ressaltar que muitas vezes se faz necessário associar classes de medicações com mecanismos distintos, pois essa estratégia possibilita uma maior efetividade no controle da pressão arterial e na proteção cardiovascular. Entre os medicamentos usados para controlar a PA estão:

  • Inibidor da enzima conversora da angiotensina: eles impedem a angiotensina I de se converter em angiotensina II, essa última responsável pelo aumento da pressão arterial
  • Antagonistas dos receptores da angiotensina (ARA): bloqueia a ação da angiotensina II em um dos receptores que ale atua
  • Betabloqueadores: agem no sistema nervoso simpático, que tem como uma das funções reagir ao estresse. 
  • Diuréticos: aumentam a excreção de água e sódio do organismo e também tem ação vasodilatadora, reduzindo a pressão sanguínea
  • Antagonistas de cálcio: eles bloqueiam a ação do canal de cálcio com consequente dilatação das artérias.

Esse é um dos grandes problemas no tratamento da hipertensão. A falta de adesão ao tratamento e o conceito de que uma vez que a pressão arterial esteja controlada, a medicação pode ser suspensa.

Um paciente hipertenso que suspende a sua medicação está sujeito aos riscos de uma elevação súbita da pressão em algumas situações, como no estresse, além dos riscos crônicos que os níveis pressóricos elevados provocam (AVC, Infarto Agudo do Miocárdio, Doença Renal Crônica e Insuficiência Cardíaca). 

Leia também: Chás para pressão alta: descubra qual realmente funciona

Os medicamentos mais usados para o tratamento de hipertensão são:

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

A hipertensão arterial primária não tem cura, mas tem um excelente controle através de tratamento medicamentoso e mudanças no estilo de vida. Alguns casos de hipertensão arterial são secundários a uma outra doença ou a algum fármaco ou droga, e esses casos podem ser curados.

Pessoas em idade adulta meçam a pressão pelo menos uma vez por ano como forma de acompanhamento (a medidas que vamos envelhecendo a pressão vai aumentando). Além disso, outros hábitos de vida saudáveis podem ser adotados para prevenir a hipertensão (1, 2 e 3):

Saiba mais: Conheça a dieta mais indicada para evitar hipertensão

  • Evite ficar parado: caminhe mais, suba escadas em vez de usar o elevador
  • Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas
  • Tente levar os problemas do dia a dia de maneira mais tranquila
  • Mantenha o peso saudável: procure um profissional de saúde e peça orientação quanto à sua alimentação
  • Tenha uma alimentação saudável
  • Diminua o sal da comida.

Visando o tratamento da hipertensão, foi criada nos Estados Unidos a Dieta Dash, sigla em inglês para Abordagem Dietética para Parar a Hipertensão.

A dieta DASH tradicional costuma indicar algumas mudanças na quantidade de alimentos:

  • Redução do sódio para 1.500 a 2.300 mg ao dia para quem tem hipertensão, e entre 2.000 e 3.000 mg para quem não tem
  • Diminuição da quantidade de gorduras saturadas para entre 6% e 10% das calorias consumidas ao dia (ou seja, se sua dieta é 1.500 calorias, só consumir 90 a 150 calorias provenientes deste tipo de gordura)
  • Limitação do consumo de colesterol para 300 mg no caso de quem é saudável e 150 mg para quem já tem hipertensão.

Veja aqui o que se pode consumir na dieta Dash, suas vantagens e indicações.

  • Reduza o sal de mesa, ou seja, aquele que você adiciona aos alimentos na hora de comer
  • Evite ou reduza alimentos ricos em sódio como congelados, sopas instantâneas, molho shoyu, embutidos (presunto, a mortadela, o peito de peru, entre outros) e refrigerantes
  • Uma boa forma de reduzir a gordura saturada proveniente das carnes vermelhas é consumir apenas 500 gramas desse alimento por semana
  • Em vez de cortar os laticínios, prefira os com pouca gordura, que possuem boas quantidades de cálcio e de proteínas, duas substância que ajudam a baixar a pressão sanguínea
  • Para reduzir o colesterol, limite o consumo de ovos para 4 na semana
  • Prefira sempre grãos integrais que são ricos em fibras: Este nutriente contribui para que a absorção do colesterol, dos triglicerídeos, da glicose, entre outros, seja mais lenta. Assim, evita-se altos níveis de liberação de insulina, o que previne não só o diabetes, como o aparecimento da hipertensão e aumento da gordura abdominal
  • Óleos vegetais e oleaginosas são ricos em gorduras insaturadas, que ajudam na saúde do coração. Portanto, consuma-os com moderação, mas use-os como substitutos das fontes de gordura saturada
  • Não pense nos vegetais apenas como acompanhamentos do almoço ou jantar: elas podem ser estrelas do prato principal ou snacks da tarde.

Saiba mais: Saiba consumir diferentes tipos de sal ajuda a combater hipertensão

Existem diversos exercícios que ajudam quem tem hipertensão:

  • Caminhadas, que ajudam a colocar o coração em um ritmo mais equilibrado
  • Exercícios com pesos, como a musculação, que aumentam os capilares sanguíneos
  • Técnicas relaxantes como ioga e tai chi chuan, que reduzem o estresse e acabam atuando na hipertensão.
  • Invista em caminhadas
  • Reduza, mas não elimine, o sal
  • Diminua o acúmulo de gordura na cintura
  • Beba moderadamente
  • Evite fumar
  • Controle melhor o estresse
  • Aposte na vitamina D
  • Faça sexo seguro regularmente.

Veja mais detalhes sobre essas dicas para controlar a hipertensão aqui.

As principais complicações da hipertensão são AVC, por infarto agudo do miocárdio ou doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma atrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. É importante ressaltar que qualquer combinação de fatores de risco é sempre muito mais grave, pois o risco das comorbidades é multiplicado. Em média, uma pessoa com hipertensão que não controla o problema terá uma doença mais grave daqui 15 anos.

Saiba mais: Diabetes e hipertensão: como conviver com ambos?

Sociedade Brasileira de Hipertensão

Hospital do Coração

Sociedade Brasileira de Cardiologia

ABESO

(1) Ministério da Saúde

(2) Weimar Sebba Barroso, cardiologista presidente do Departamento de Hipertensão da SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia;

(3) Marly Uellendahl, cardiologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica;

(4) Bruno Valdigem, cardiologista - CRM: 118535

(5) Armando da Rocha Nogueira, cardologista e presidente do Departamento de Hipertensão da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj)

(6) Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS 2013) - Instituto Nacional de Geografia e Estatpistica (IBGE) - ftp://ftp.ibge.gov.br/PNS/2013/pns2013.pdf