Como ocorre a concentração da população brasileira nas proximidades do litoral é longe dele

O Brasil é o quinto país mais populoso do planeta, no entanto, é considerado um país pouco povoado. Explique essa situação.

Diferencie o conceito de populoso e povoado.

A distribuição populacional no território brasileiro ocorre de forma irregular, sendo algumas regiões com muitos habitantes e outras com população pequena. A região brasileira mais populosa e povoada é:

a) Nordeste.

b) Sudeste.

c) Sul.

d) Norte.

e) Centro-Oeste.

(Vunesp) Embora o Brasil esteja colocado entre os países mais populosos do mundo, quando se relaciona sua população total com a área do país obtém-se um número relativamente baixo. A essa relação da população x área, damos o nome de:

a) Taxa de crescimento.

b) Índice de desenvolvimento.

c) Densidade demográfica.

d) Taxa de natalidade

e) Taxa de fertilidade

(UNIVALE) Sobre a ‘população’ a alternativa verdadeira é:

a) A população relativa é o número total de habitantes de um local.

b) Pode-se chamar uma área ou região de muito povoada quando ela possui uma grande população absoluta.

c) As áreas anecumênicas são aquelas de grande concentração populacional. Geralmente, são áreas urbanas de grande concentração industrial.

d) Densidade demográfica é a divisão da população relativa pela área do local.

e) As áreas onde a população absoluta é grande são chamadas de áreas de grande concentração populacional.

ENEM) O quadro abaixo nos  mostra a taxa de crescimento natural da população brasileira no século XX:

Período

Taxa anual média de crescimento natural (%)

1920-1940

1,90

1940-1950

2,40

1950-1960

2,99

1960-1970

2,89

1970-1980

2,48

1980-1991

1,93

1991-2000

1,64

Analisando os dados, podemos caracterizar o período entre:

a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar.

b) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica.

c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade.

d) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica.

e) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico.

Ainda com base na tabela da questão anterior, é correto afirmar que a população brasileira:

a) apresentou crescimento percentual menor nas últimas décadas.

b) apresentou crescimento percentual maior nas últimas décadas.

c) decresceu em valores absolutos nas cinco últimas décadas.

d) apresentou apenas uma pequena queda entre 1950 e 1980.

e) permaneceu praticamente inalterada desde 1950.

respostas

O Brasil é tido como um país populoso em virtude do  seu grande número de habitantes (192.304.735), considerado como  o quinto país mais populoso do planeta. Porém, seu território é considerado pouco povoado, consequência de sua grande extensão territorial (8.514.876 km².). Os dados de povoamento são obtidos através da densidade demográfica, que consiste na divisão dos números da população absoluta (total) pela área. Realizando esse cálculo, fica evidente que o Brasil possui uma área muito grande para sua população, com densidade demográfica de 22,5 habitantes por quilômetro quadrado. Sendo portanto, pouco povoado.

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Populoso, ou população absoluta, corresponde à quantidade total de habitantes de um determinado lugar, desconsiderando a relação de espaço que habita.

Já o conceito de povoado, corresponde à ligação direta entre o número de habitantes e as áreas geográficas ou espaço habitado (divisão da população total pela área),  é assim que se estabelece a densidade demográfica, ou seja, quantidade de pessoas por km².

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a) Falso – É a segunda região brasileira mais populosa, sua população é de 53.650.000 habitantes, sua densidade demográfica é de 34,4 hab/km².

b) Verdadeiro – A região Sudeste do Brasil apresenta a maior quantidade de habitantes, sua população está estimada em 78 milhões de pessoas. É também a região mais povoada do país, com 87,5 hab/km².

c) Falso - O Sul do Brasil apresenta cerca de 27 milhões de habitantes, sendo a terceira mais populosa do país. É a segunda região mais povoada do território brasileiro, com densidade demográfica de 48 hab/km².

d) Falso – A região Norte possui a segunda menor quantidade de habitantes do Brasil, são aproximadamente 15 milhões; é a região menos povoada, com  4 hab/km².

e) Falso – O Centro-Oeste possui a menor quantidade de habitantes, são aproximadamente 13,3 milhões de pessoas residindo na mesma. A densidade demográfica é baixa,  8,6 km².

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a) Falso – A taxa de crescimento está relacionada ao aumento do número de habitantes do país.

b) Falso – O índice de desenvolvimento consiste em um dado socioeconômico, portanto, não está relacionado à relação população x área.

c) Verdadeiro – A densidade demográfica é um dado obtido através da divisão da população absoluta (número total de habitantes) pela área, e é expressa por hab/km². A densidade demográfica é representada pelo número de habitantes por km², sendo um dado que estabelece a respeito do povoamento de um determinado local.

d) Falso – A taxa de natalidade expressa a quantidade de nascimento de um determinado local.

e) Falso – A taxa de fertilidade consiste no número proporcional de filhos que uma mulher pode gerar ao longo da vida.

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a) Falso – População relativa é a relação da população e a área de um local, ou seja, é a densidade demográfica de um determinado lugar.

b) Falso – Uma área ou região só pode ser chamada de muito povoada quando apresenta grande densidade demográfica.

c) Falso – As áreas enecumênicas são aquelas que apresentam aspectos que dificultam a ocupação humana, dotadas de climas, solos e outros aspectos desfavoráveis para a moradia.

d) Falso – A densidade demográfica é a divisão da população absoluta (número total) pela área.

e) Verdadeiro – As áreas que possuem muitos habitantes apresentam grande concentração populacional. É importante destacar que as áreas com grande concentração populacional nem sempre são muito povoadas, visto que áreas povoadas são as que apresentam grande densidade demográfica.

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a) Falso – Durante essas décadas não houve crescimento do planejamento familiar, visto que as médias de aumento populacional são altas.

b) Verdadeiro – Da década de 1950 a 1970 é o período no qual ocorreu as maiores médias de crescimento natural – 2,99% e 2,89%. Portanto, nesse período houve uma explosão demográfica.

c) Falso – As taxas de crescimento natural de 1960 a 1980 estiveram em constante declínio, havendo, portanto, uma redução da taxa de fertilidade. 

d) Falso – Apesar de as taxas de crescimento demográfico sofrerem redução nesse período, o crescimento demográfico aumentou, pois a quantidade de habitantes no Brasil eleva a cada ano.

e) Falso – O crescimento demográfico não se estabiliza, visto que o crescimento vegetativo do país continua positivo, ou seja, o número de nascimentos é maior que o de óbitos.

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a) Verdadeiro – Ao analisarmos a tabela, fica evidente que a média de crescimento natural está reduzindo nas últimas décadas, pois as taxas de crescimento estão em constante declínio.

b) Falso – Está havendo a redução do crescimento natural nas últimas décadas, a menor média constatada foi no período de 1991 – 2000 com 1,64%.

c) Falso – Em valores absolutos (total) a população brasileira está aumentando, o que está reduzindo é a taxa de crescimento natural, pois o crescimento vegetativo ainda é positivo.

d) Falso – A pequena queda é registrada apenas no crescimento natural, no entanto, na quantidade total, ou seja, na população absoluta, ocorreu um aumento populacional.

e) Falso – A quantidade de habitantes no território brasileiro alterou bastante no período de 1950 a 2000, havendo um grande acréscimo populacional no país.

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O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, com 8.514.876 km2. O país possui um litoral com 7.367 km, banhado a leste pelo oceano Atlântico. O contorno da costa brasileira aumenta para 9.200 km se forem consideradas as saliências e reentrâncias do litoral.

O litoral brasileiro é extenso e pouco recortado. A plataforma continental - terreno da crosta terrestre que avança para o mar - tem profundidade média de 200 metros e largura média de 90 km. Toda essa extensão lhe confere uma diversidade de paisagens ao longo da costa, onde se alternam dunas, falésias, praias, mangues, recifes, baías, restingas, estuários e recifes de corais.

Esse extenso litoral aliado à sua posição geográfica confere ao país importante destaque geopolítico e estratégico. Condições climáticas propícias favorecem o transporte marítimo, que ocorre o ano inteiro. Entre as principais atividades econômicas, estão a pesca e o turismo. Além disso, existem grandes reservas de petróleo - cerca de 70% da exploração de petróleo brasileiro ocorre na plataforma continental.

Norte, Nordeste, Sudeste e Sul

Devido à sua extensão e por suas características comuns, o litoral brasileiro pode ser divido em Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

O litoral Norte vai da foz do rio Oiapoque ao delta do rio Parnaíba. Apresenta grande extensão de manguezais exuberantes, assim como matas de várzeas de marés, campos de dunas e praias. Apresenta rica biodiversidade em espécies de crustáceos, peixes e aves.

O litoral Nordeste começa na foz do rio Parnaíba e vai até o Recôncavo Baiano. É marcado por recifes calcíferos e areníticos, além de dunas que, quando perdem a cobertura vegetal que as fixam, movem-se com a ação do vento. Há ainda nessa área manguezais, restingas, lagunas e matas. Nas águas do litoral nordestino vivem o peixe-boi marinho e as tartarugas, ambos ameaçados de extinção.

O litoral Sudeste segue do Recôncavo Baiano até São Paulo. É a área mais densamente povoada e industrializada do país. Suas áreas características são as falésias, os recifes e as praias de areias monazíticas (mineral de cor marrom-escura). É dominada pela Serra do Mar e tem a costa muito recortada, com várias baías e pequenas enseadas. O ecossistema mais importante dessa área é a mata de restinga. Essa parte do litoral é habitada pela preguiça-de-coleira e pelo mico-leão-dourado (espécies ameaçadas de extinção).

O litoral Sul começa no Paraná e termina no arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. Com muitos banhados e manguezais, o ecossistema da região é riquíssimo em aves, mas há também outras espécies: ratão-do-banhado, lontras (também ameaçados de extinção), capivaras.

Ilhas costeiras

Ao longo da costa, existe ainda um conjunto de ilhas marítimas que se dividem em dois grupos: costeiras e oceânicas. As costeiras estão próximas ao litoral, se encontram apoiadas na parte do relevo do continente que avança para o mar. Algumas ilhas costeiras muito conhecidas abrigam capitais de estado como São Luís (MA), Vitória (ES) e a ilha de Santa Catarina, onde se situa a capital Florianópolis.

Outras ilhas se destacam pelo turismo, como Itaparica, na Bahia; Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e São Sebastião, em São Paulo. Há ainda ilhas costeiras que se destacam pela importância ecológica, como Abrolhos, distante aproximadamente 70 km da costa brasileira na região sul do Estado da Bahia, é composto por um grupo de recifes de corais e ilhas vulcânicas. Criado em 6 de abril de 1983, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi o primeiro parque marinho a ser criado no Brasil.

Segundo tradição nos meios náuticos, o nome Abrolhos provém da advertência abra os olhos!, contida em antigas cartas náuticas portuguesas aos navegantes daquela região, devido os perigo que é a grande quantidade de recifes submersos.

Ilhas oceânicas

As ilhas oceânicas são aquelas distantes do litoral; são ilhas que estão apoiadas no fundo do oceano. As principais ilhas oceânicas são os arquipélagos de Fernando de Noronha, atol das Rocas, os penedos de São Pedro e São Paulo, as ilhas de Trindade e Martim Vaz.

A mais importante delas é o arquipélago de Fernando de Noronha, formado por 19 ilhas de origem vulcânica e uma área de 18,4 km2, distante 360 km da costa do Rio Grande do Norte. Fernando de Noronha foi anexado ao estado de Pernambuco em 1988 e apenas a maior das ilhas, Fernando de Noronha (16,2 km2), é habitada. Para garantir sua preservação, foi transformado em parque nacional marinho. A entrada de visitantes é limitada e é cobrada uma taxa de preservação ambiental.

As ilhas de Trindade e Martim Vaz estão a 1.100 km do litoral do Espírito Santo e sua área é de apenas 10,7 km2. Essas ilhas são usadas como base da Marinha e áreas de observações meteorológicas, não ocorrendo ocupação humana. São as ilhas mais distantes da costa.

O atol das Rocas é uma afloração vulcânica coberta de corais; sua superfície é de 7,2 km2 e está distante 250 km do continente e 150 km de Fernando de Noronha. O acesso é difícil devido aos recifes. Foi a primeira reserva biológica do país, criada em 1979.

Os penedos de São Pedro e São Paulo são rochas que afloram a 900 km a nordeste do litoral do Rio Grande do Norte. São áreas pequenas e desprovidas de vegetação, cercadas por perigosos recifes.

As maiores ilhas fluviais

O Brasil possui ainda algumas das maiores ilhas fluviais do mundo, como a ilha de Marajó, com 50 mil km2, considerada a maior ilha flúvio-marinha do mundo. Localizada na foz do rio Amazonas, no Estado do Pará, considerada um dos grandes santuários ecológicos do mundo. E a ilha do Bananal, com 20 mil km2 de área, é a maior ilha fluvial do mundo, localizada no Estado de Tocantins.

O litoral brasileiro é um sistema natural e econômico de grande importância para o país. As principais capitais e cidades localizam-se na zona costeira e mais de 40% da população reside nessa faixa.

Além disso, os mares e oceanos desempenham um importante papel na vida do homem. Servem como fonte de alimentos, via de comunicação entre as diferentes regiões do planeta e contêm inúmeras riquezas minerais. A região litorânea é relevante para o turismo e o lazer, o que justifica a necessidade e a importância de sua conservação.