2 a parte 2 começa com uma invocação um chamado quem o poeta invoca (chama nos primeiros versos)

2 a parte 2 começa com uma invocação um chamado quem o poeta invoca (chama nos primeiros versos)
2 a parte 2 começa com uma invocação um chamado quem o poeta invoca (chama nos primeiros versos)

Daniela Diana

Professora licenciada em Letras

Os Lusíadas é uma das obras mais importantes da literatura de língua portuguesa e foi escrita pelo poeta português Luís Vaz de Camões e publicada em 1572.

Ela foi inspirada nas obras clássicas a “Odisseia”, de Homero, e a “Eneida”, de Virgílio. Ambas são epopeias que narram as conquistas do povo grego.

No caso dos Lusíadas, Camões narra as conquistas do povo português na época das grandes navegações.

Os Lusíadas é um poema épico do gênero narrativo, o qual está dividido em dez cantos.

É composta de 8816 versos decassílabos (em maioria os decassílabos heroicos: sílabas tônicas 6ª e 10ª) e 1102 estrofes de oito versos (oitavas). As rimas utilizadas são cruzadas e emparelhadas.

A obra está dividida em 5 partes, a saber:

  • Proposição: introdução da obra com apresentação do tema e dos personagens (Canto I).
  • Invocação: nessa parte o poeta invoca as ninfas do Tejo (Canto I) como inspiração.
  • Dedicatória: parte em que o poeta dedica a obra ao rei Dom Sebastião (Canto I).
  • Narração: o autor narra a viagem de Vasco da Gama e dos feitos realizados pelos personagens. (Cantos II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX).
  • Epílogo: conclusão da obra (Canto X).

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Resumo da Obra

2 a parte 2 começa com uma invocação um chamado quem o poeta invoca (chama nos primeiros versos)
Capa da primeira edição de Os Lusíadas

A Epopeia escrita em dez cantos, tem como tema as navegações ultramarinas do século XVI, as grandes conquistas do povo português e a Viagem de Vasco da Gama às Índias. A mitologia greco-romana a o Cristianismo são temas recorrentes na obra.

No início ele narra sobre a frota de Vasco da Gama que vai em direção ao Cabo da Boa Esperança.

A epopeia termina com o encontro dos viajantes e as musas na Ilha dos Amores. Os principais episódios da obra são:

  • Inês de Castro (Canto III)
  • Velho do Restelo (Conto IV)
  • Gigante Adamastor (Canto V)
  • Ilha dos Amores (Canto IX)

Confira a obra na íntegra, fazendo o download do PDF aqui: Os Lusíadas.

Trechos da Obra

Para compreender melhor a linguagem de Os Lusíadas, confira abaixo trechos de cada canto da obra:

Canto I

As armas e os Barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram

Novo Reino, que tanto sublimaram;

Canto II

Já neste tempo o lúcido Planeta Que as horas vai do dia distinguindo, Chegava à desejada e lenta meta, A luz celeste às gentes encobrindo; E da casa marítima secreta he estava o Deus Nocturno a porta abrindo, Quando as infidas gentes se chegaram

Às naus, que pouco havia que ancoraram.

Canto III

Agora tu, Calíope, me ensina O que contou ao Rei o ilustre Gama; Inspira imortal canto e voz divina Neste peito mortal, que tanto te ama. Assi o claro inventor da Medicina, De quem Orfeu pariste, ó linda Dama, Nunca por Dafne, Clície ou Leucotoe,

Te negue o amor devido, como soe.

Canto IV

Despois de procelosa tempestade, Nocturna sombra e sibilante vento, Traz a manhã serena claridade, Esperança de porto e salvamento; Aparta o Sol a negra escuridade, Removendo o temor ao pensamento: Assi no Reino forte aconteceu

Despois que o Rei Fernando faleceu.

Canto V

Estas sentenças tais o velho honrado Vociferando estava, quando abrimos As asas ao sereno e sossegado Vento, e do porto amado nos partimos. E, como é já no mar costume usado, A vela desfraldando, o céu ferimos, Dizendo:- «Boa viagem!»; logo o vento

Nos troncos fez o usado movimento.

Canto VI

Não sabia em que modo festejasse O Rei Pagão os fortes navegantes, Pera que as amizades alcançasse Do Rei Cristão, das gentes tão possantes. Pesa-lhe que tão longe o apousentasse Das Europeias terras abundantes A ventura, que não no fez vizinho

Donde Hércules ao mar abriu o caminho.

Canto VII

Já se viam chegados junto à terra Que desejada já de tantos fora, Que entre as correntes Indicas se encerra E o Ganges, que no Céu terreno mora. Ora sus, gente forte, que na guerra Quereis levar a palma vencedora: Já sois chegados, já tendes diante

A terra de riquezas abundante!

Canto VIII

Na primeira figura se detinha O Catual que vira estar pintada, Que por divisa um ramo na mão tinha, A barba branca, longa e penteada. Quem era e por que causa lhe convinha A divisa que tem na mão tomada? Paulo responde, cuja voz discreta

O Mauritano sábio lhe interpreta:

Canto IX

Tiveram longamente na cidade, Sem vender-se, a fazenda os dous feitores, Que os Infiéis, por manha e falsidade, Fazem que não lha comprem mercadores; Que todo seu propósito e vontade Era deter ali os descobridores Da Índia tanto tempo que viessem

De Meca as naus, que as suas desfizessem.

Canto X

Mas já o claro amador da Larisseia Adúltera inclinava os animais Lá pera o grande lago que rodeia Temistitão, nos fins Ocidentais; O grande ardor do Sol Favónio enfreia Co sopro que nos tanques naturais Encrespa a água serena e despertava

Os lírios e jasmins, que a calma agrava,

2 a parte 2 começa com uma invocação um chamado quem o poeta invoca (chama nos primeiros versos)
Luís de Camões, um dos maiores poetas portugueses

Luís Vaz de Camões (1524-1580) foi um dos mais proeminentes poetas do Renascimento em Portugal. Além de escritor, foi soldado perdendo um olho numa das batalhas. Infelizmente, Camões não teve reconhecimento que merecia durante sua vida.

Foi somente após sua morte, em 1580, que sua obra começa a chamar a atenção dos críticos. O ano de sua morte marcou o fim do Classicismo na literatura portuguesa.

Exercícios de Vestibular

1. (Mackenzie-SP) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que:

a) quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano Índico, portanto no meio da viagem; b) na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo; c) na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhe descenda a "máquina do mundo"; d) tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer contato marítimo com as Índias;

e) é composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas.

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Alternativa e) é composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas.

2. (UNISA) A obra épica de Camões, Os Lusíadas, é composta de cinco partes, na seguinte ordem:

a) Narração, Invocação, Proposição, Epílogo e Dedicatória. b) Invocação, Narração, Proposição, Dedicatória e Epílogo. c) Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo. d) Proposição, Dedicatória, Invocação, Epílogo e Narração.

e) N.d.a.

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Alternativa c) Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo.

3. (PUC-PR) Sobre o narrador ou narradores de os Lusíadas, é lícito afirmar que:

a) existe um narrador épico no poema: o próprio Camões; b) existem dois narradores no poema: O eu-épico, Camões fala através dele, e o outro, Vasco da Gama, que é quem dá conta de toda a História de Portugal. c) o narrador de Os Lusíadas é Luiz Vaz de Camões; d) O narrador de os Lusíadas é o Velho do Restelo;

e) O narrador de Os Lusíadas é o próprio povo português.

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Alternativa b) existem dois narradores no poema: O eu-épico, Camões fala através dele, e o outro, Vasco da Gama, que é quem dá conta de toda a História de Portugal.

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