Chamado são quantos dias

Em 2002, Hollywood começou a prestar atenção no cinema de terror japonês. A produção oriental apostava em sustos que surgiam em momentos menos inesperadas e sem se apoiar tanto na trilha sonora. Em O Chamado (2002), o impacto por meio da tensão psicológica foi uma das ferramentas utilizadas pelo diretor Gore Verbinski para adaptar o longa japonês Ring: O Chamado (1998), que narra a trajetória daqueles que assistiram à fita VHS amaldiçoada de Samara. Como resultado, a interpretação da atriz Daveigh Chase, carregada de maquiagem, e o empenho da atriz Naomi Watts tornaram o filme um sucesso de público, arrecadando mais de US$249,3 milhões mundialmente.

Por consequência, o filme ganhou a sequência O Chamado 2 (2005), dando continuidade à trama. Apesar de a segunda produção ainda arrecadar razoáveis US$163 milhões, os produtores não chegaram nem perto dos lucros previstos. Durante mais de uma década, a saga de Samara na tela grande foi abandonada, para retornar apenas em 2017, com seu terceiro episódio, O Chamado 3 (2017). Com uma história renovada e adaptada ao público que nem tenha visto os episódios anteriores, a obra tenta resgatar as particularidades que consolidaram o primeiro capítulo.

Chamado são quantos dias
O Chamado 3
Rings, EUA, 2017 Drama/Horror, 117 minutos

De F. Javier Gutiérrez


Com Vincent D’Onofrio, Johnny Galecki, Alex Roe, Matilda Anna Ingrid Lutz, Andrea Powell, Jill Jane Clements
Sinopse: A jovem Julia fica intrigada quando seu namorado, Holt, começa a explorar uma história envolvendo uma amaldiçoada fita de vídeo, que faz a pessoa que a assiste morrer em sete dias. Ela se sacrifica para salvar a vida dele e acaba fazendo uma descoberta terrível: há um “filme dentro do filme” que ninguém jamais viu antes.
Orçamento: US$25 milhões
Bilheteria mundial: US$83 milhões
Nota IMDb: 4,5/10
Nota Metacritic: 25/100
Nota Rotten Tomatoes: 8%
Nota Papo de Cinema: 4/10
O que nós achamos: “Apesar do título fazer referência a uma das obras mais marcantes do gênero neste século, tudo o que se tem aqui é mais do mesmo, sem nada de novo que mereça ser destacado”. Confira na íntegra a crítica de Robledo Milani